eligioep escreveu:joao fernando escreveu:O que uma carroceria não militar atrapalha no projeto???
.......X2!!!
eligio e João fernando,
acredito, de maneira bem simples, que os requisitos de um veículo militar não são, em geral, condizentes com a proposta de desempenho, durabilidade e operação de veículos civis. estas visam sempre, antes de mais nada, a melhor relação custo x benefício, porque se trata de projeto e uso meramente comercial.
já aqueles, por suas especificidades e característica de desempenho e operacionalidade, não podem, ou ao menos não deveriam, creio eu, suportar adaptações de cunho civil aos seus parãmetros em função do aumento da possibilidade de degradação dos requisitos originais, e por consequência, da relação custo x benefico, que no campo militar tem outra feição, longe daquelas do mercado comercial.
ora, acho eu que os problemas de logistica, manutenção e produção de veículos militares no Brasil denoda de forma bem objetiva e abusiva não só a total inépcia da industria de defesa como a visão que o Estado brasileiro possui do tema. se o EB embassa seus critérios de avaliação para a aquisição de veiculos pela simplicidade de se achar peças na borracharia da esquina, ou em qualquer posto de estrada, é porque necessariamente, me parece, não está pensando tanto na condição de êxito destes veiculos quando em combate real, mas tão somente na sua faina diária de "exército da salvação" do governo do momento...
infelizmente nós temos - ou falta-nos - uma cultura militar no Brasil de não conseguir enchegar como prioridade os usos e qualidades de nossos materiais de guerra enquanto objetos voltados para isso: a guerra; mas apenas como simples recursos do uso diário nas atividades ordinárias de uma repartição pública como outra qualquer, que não sabe, não consegue ou não quer, se imaginar usando seus veículos em seu verdadeiro viés.
a bem da verdade, veiculos militares sempre foram e sempre serão exceção. em tudo. neste sentido, não entendo a valia de se dispor a projetos de veiculos militares, com vista prioritária a minorar a questão custo de manutenção e/ou aquisição, adaptações do mundo civil, sem levar-se em conta a degradação óbvia que tais adaptações poderm incorrer.
não se resolve falta de dinheiro - e de vergonha na cara dos politicos com a defesa - com apelações e adaptações
primarias de recursos. chegamos em um ponto que "quebra-galhos" simplesmente não são mais aceitáveis como solução de continuidade. Ou a coisa começa definitivamente a ser levada a sério, ou não vamos alugar algum... novamente.
abs.