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Russia confirms spy drone deal with Israel
11:38 10/04/2009

MOSCOW, April 10 (RIA Novosti) - The Russian Defense Ministry has signed a deal with an Israeli company to buy several unmanned aerial vehicles (UAV), a Russian deputy defense minister said on Friday.

"We have closed a deal with an Israeli company on the delivery of a range of UAVs," said Vladimir Popovkin, who is responsible for military procurements.

The Russian business paper Kommersant reported on Tuesday that a contract signed with Israel Aerospace Industries (IAI) envisioned the purchase of the Bird-Eye 400 mini-UAV (weight - 5kg, range - 10 km), I-view MK150 tactical UAV (160 kg, 100 km), and Searcher Mk II medium-range UAV (426 kg, 250 km).

The Russian military stressed the need to provide its Armed Forces with advanced means of battlefield reconnaissance in the wake of a brief military conflict with Georgia last August, when the effectiveness of Russian military operations was severely hampered by the lack of reliable intelligence.

The Russian Air Force has launched a number of UAV development programs for various purposes. Air Force Commander, Col. Gen. Alexander Zelin said last year that Russia would deploy advanced unmanned aerial vehicles (UAV) with a flight range of up to 400 kilometers (250 miles) and a flight duration capability of up to 12 hours by 2011.

However, Russian defense companies, including the MiG corporation, the Russian Helicopters and the Vega Radio Engineering Corp., have failed so far to provide the military with effective spy drones.

Popovkin said that buying foreign spy drones was a temporary measure, and the purchases were designed "to show our industry what it [a spy drone] is."

"We will rely on our own equipment to fight wars," he said.

According to various estimates, the Russian military needs up to 100 UAVs and at least 10 guidance systems to ensure effective battlefield reconnaissance in case of any military conflict.

Russia thwarted in bid for advanced Israeli UAVs, leaked U.S. cable shows
By Nabi Abdullaev and Barbara Opall-Rome
January 04, 2011
http://www.c4isrjournal.com/story.php?F=5242569

Russia sought to buy sophisticated unmanned aircraft from Israel, but settled for less-advanced systems after the U.S. expressed concerns about the deal, according to a U.S. State Department cable released by the WikiLeaks organization.

Dated Dec. 22, 2009, the cable from the U.S. Embassy in Tel Aviv describes the Dec. 1-2 visit of Ellen Tauscher, the U.S. defense undersecretary for arms control and national security, to Israel and her meetings with senior Israeli officials.

The message sheds new light on a quid pro quo arrangement in a deal signed in September between Russian Defense Minister Anatoly Serdyukov and his Israeli counterpart, Ehud Barak. The negotiations began after the August 2008 war with Georgia, when the Russian Defense Ministry began seeking to acquire advanced Israeli unmanned planes.

An Israeli defense source said Israel seriously considered Russia’s proposed $1 billion purchase of advanced UAV technology, but had been clear that U.S. counterparts “would not be happy if it went to Russia, and extremely upset if it ever made its way to China.”

Israel’s Ministry of Defense eventually denied Russia’s request for the high-end Heron 1 aircraft, multimission payloads and manufacturing capabilities. Instead, the ministry approved kit exports for older Searcher medium-range unmanned planes, the short-range I-View, and the infrastructure needed for final assembly in Russia.

Israel also said it would indefinitely freeze export licenses to Georgia and would consult with Moscow on arms sales to former satellite states such as Kazakhstan. In exchange, Russia agreed to consider Israeli concerns about Moscow’s arms sales to Syria, Iran and other states.

In June, the Russian Defense Ministry purchased a dozen drones for $53 million from Israel Aerospace Industries (IAI). The UAVs included the I-View MK150, the Searcher MK II and the Bird Eye 400 mini-UAV.

In September, Russian President Dmitry Medvedev ordered the nullification of the 2007 contract under which Russia would have sold Iran S-300 anti-aircraft missiles for $800 million.

The official reason for the move was the June 9 U.N. Security Council resolution banning arms exports to Iran. The U.S. and Israel have been pressing Russia not to deliver the interceptors.

Less than a month later, IAI and Russia’s state-owned Oboronprom signed a three-year, $400 million contract under which a plant in Kazan is to begin assembling unmanned aircraft from parts supplied by IAI next year.

Marino escreveu:A matéria do link abaixo deveria talvez estar em geopolítica, mas somente alguns abnegados leriam.
Então, posto aqui já que tem a ver com vants.
Olhem, para aguçar a curiosidade, a fotografia na página 8.
Esta, para mim, é a discussão principal.
http://www.au.af.mil/au/cadre/aspj/apji ... orke_p.pdf

alexmabastos escreveu:

Marino escreveu:A matéria do link abaixo deveria talvez estar em geopolítica, mas somente alguns abnegados leriam.
Então, posto aqui já que tem a ver com vants.
Olhem, para aguçar a curiosidade, a fotografia na página 8.
Esta, para mim, é a discussão principal.
http://www.au.af.mil/au/cadre/aspj/apji ... orke_p.pdf

Achei que seria muito comentada aqui essa notícia.
Vants americanos na AS. Bolívia, Equador e Colômbia...é claro, no papel somente né...sei.

Abs

moura escreveu:Sapão,
o projeto Vant do DPF vai além das aeronaves, engloba equipes táticas, helicopteros, sistemas de inteligência e muito mais.
O DPF tem gente e capacidade para desenvolver esse projeto porém acredito que o maior desafio está dentro do orgão, inveja e vaidade é uma me...., mas como você disse tem muita agua para rolar.
Ainda não entendi o porque da Forças Armadas não estarem junto nesse projeto, estão perdendo uma grande oportunidade de integração e desenvolvimento de doutrina.
Alias o DPF também perde pois ainda tem muito que aprender em termos de planejamento e logística com as Forças Armadas.

LeandroGCard escreveu:

sapao escreveu:O problema é CONSTRUIR o piloto automatico, entre outras coisas que vão na aeronave...

Como engenheiro não acho que o problema seja assim tão difícil não.
Leandro, há quanto tempo estamos tentando construir um sistema inercial?

Se é pela questão de construir aeronaves com qualidade e segurança temos já a Embraer, que está anos à frente de qualquer empresa de Israel neste quesito.
Concordo, mas não se trata somente disso. Tanto é assim que mesmo sem ter uma industria aeronautica Israel está na vanguarda no desnvolvimento/uso de VANT, logo atrás dos USA e a frente do restante do mundo.

O controle automático também não me parece um grande problema, o AMX já fazia vôo automático em alta velocidade com acompanhamento do terreno e lançamento de armas em modo CCLP vinte anos atrás (mesmo com visibilidade zero).
Guiado por um inercial importado.

Em caso de pane ou perda de contato por qualquer motivo (avaria, interferência, alcance excedido, etc...) é bastante fácil ter um sistema de backup que assuma o comando e traga o VANT de volta para a base guiado por GPS ou até por sistemas inerciais comerciais, em total segurança, e o controle do pouso em si pode ser feito por um sistema de comunicação paralelo de curto alcance.
E funciona mais ou menos assim, so que é "tão fácil" como um sistema que permita a aproximação e pouso de uma aeronave com visibilidade zero (ILS CAT III), coisa que até hoje não temos no país principalmente pelos custos. Quantas aeronaves possuem um sistema assim?
E tudo isso teria que ter certificação aeronautica, mesmo o controle de curto alcance.

Neste caso a missão poderia até ser abortada, mas isso não implicaria na perda da aeronave.
Depende do caso: se ela pousa OK, se não vai "aterrar" e ai so olhando depois para saber.

Fica faltando mesmo apenas a parte de sensores e armamentos, que tem muita empresa por aí vendendo no mercado para as mais diversas aplicações, e a Embraer já tem ampla experiência em integrá-los em qualquer tipo de aeronave.
Na hora de vender dizem que integra até no IPHONE, mas depois do contrato assinado vai ter que haver uma campanha de ensaios, que é uma das coisas mais onerosas que um projeto pode ter. Ai sim, vamos ver se a cablagem aguenta, se a vibração não tira o foco do sensor, se a chuva não danifica as informações e assim por diante.

É claro que muitos dos componentes mecânicos e eletrônicos teriam que ser adquiridos de terceiros, em muitos casos de empresas estrangeiras, mas não é assim com ABSOLUTAMENTE TODOS os aviões da Embraer? Então porque para um VANT teríamos que desenvolver todo e qualquer sistema aqui?
Não fui eu que sugeri isso, mas pelo menos o projeto deveria ser nosso seguindo nossas necessidades.

A questão do desenvolvimento de um VANT nacional de grande porte (alcance acima dos 100 Km) é bem outra, e está centrada na escala de produção. Uma aeronave assim demandaria investimentos no desenvolvimento pelo menos idênticos aos de um avião como o Super-Tucano ou um jato executivo, e depois quantas unidades seriam adquiridas por nossas FA's e PF, 15, 20, 25? Estes números não chegariam nem perto de pagar todo o investimento no desenvolvimento, produção e depois suporte a este tipo de aeronave. Quando começarmos a falar em várias dezenas ou mesmo centenas de aeronaves (nem vou falar dos milhares usados pelos americanos) aí podemos pensar no assunto, até lá o negócio é mesmo comprar de prateleira e ir experimentando para ter uma idéia das aplicações possíveis e da quantidade que poderia ser realmente empregada.
Isso já está sendo feito, e existe sim um mercado ENORME esperando a certificação e legislação do MD sobre o caso; não só no Brasil como no mundo afora.
Não são uma nem duas empresas (estatais e privadas) e orgãos federais, estaduais e municipais interessados no assunto e na opinião da FAB, para todo o tipo de serviço.
Só para citar 1 exemplo, hoje se você quiser contratar uma firma de aerolevantamento vai ter que esperar em uma fila que normalmente dura mais de ano, e vai pagar muito por isso.
Ou você acha que a ELBIT ou a EMBRAER se associaram por acaso do destino ou para fornecer essa quantidade de VANT que voce citou?

E é exatamente este o caso dos países que hoje adquirem VANT's de Israel e dos EUA, a coisa nada tem a ver com capacidades técnicas. Os russos por exemplo já tinham extraordinários VANT's estratégicos de reconhecimento supersônicos e com enorme alcance lá atrás, na década de setenta!
Veja bem, não estou dizendo que eles não podem fazer. Mas que foram inteligentes o suficiente para perceber que não basta só construir um avião sem piloto, porque um VANT foi feito para missões com caracteristicas diferentes.
Sua operação é diferenciada, e a Doutrina de emprego tambem.
Você como engenheiro sabe bem que eu preciso saber qual o problema para poder soluciona-lo; e essa é a questão!
Tirar um piloto e usar a plataforma da mesma maneira de antes é burrada, o que eles estão fazendo e aprender o "como fazer/o que fazer" com Israel, que com certeza espera conquistar associados no caminho (como já fez aqui no Brasil).

Estes desenvolvimentos só foram abandonados porque os satélites de reconhecimento os tornaram obsoletos na época.
Se foram substituidos por sateilites, então não eram VANT.
Porque um não substitui o outro, muito pelo contrario.
Só para constar, até hoje a OTAN utiliza o REC TATICO com aeronaves de caça e foto com filme; porque para determinadas missões ainda não se conseguiu achar algo que possa fazer o mesmo.Leandro G. Card

LeandroGCard escreveu:É preciso olhar com cuidado estas notícias sobre as dificuldades dos russos em desenvolver VANT's, pois como são divulgadas elas podem dar a entender o problema de forma errada.
Não sei se houve outra postagem, mas se está se refereindo a minha pode olhar de novo e ver que eu não disse que eles tem dificuldades; mas sim que acertadamente foram comprar com quem sabe mais que eles (e o restante do mundo fora os EUA).

Um país que tem mísseis anti-navio de guiagem autônoma com mais de 500 Km de alcance e já construía isso aí embaixo na década de 60 com certeza não é tão incompetente assim:
Da mesma maneira que eles não são incompetentes na industria naval e vão comprar navios na França

http://www.airwar.ru/enc_e/spy/tu123.html

Os vôos desta coisa sobre a Inglaterra naquela época ( ) foi que deram a impressão aos americanos de que o Mig-25 era um caça excepcional, e levaram às especificações do F-15 (quando os americanos descobriram que não eram Mig's 25 mas drones que eles estavam detectando em seus radares os protótipos do F-15 já estavam voando).
Como você bem escreveu, não chamaria de UAV mas de Drone, por mais que a legenda da foto diga o contrario.
Eu diria que a diferença é que um faz um vôo com uma rota previamente estabelecida e com puca margem de alteração, enquanto o outro tem liberdade total de ação A COMANDO do piloto.

A questão agora da compra dos UAV's israelenses deve certamente estar relacionada aos sensores instalados, área em que a Rússia de fato hoje deve estar atrás dos EUA e de Israel, que estão bem mais envolvidos com as mais recentes evoluções da eletrônica.
Sinceramente Leandro, eu não acho que uma país capaz de integrar um RADAR ou um sistema eletrootico em um satelite tenha esse tipo de dificuldade. Sem querer ser vira-lata, mas (se como você bem disse e concordo) NÓS temos essa capacidade, não teriam os russos?
Acredito que a questão esteja mais em conhecer mesmo a finalidade e o modo de operação de desses sistemas.

A preocupação dos americanos deve ser exatamente com relação a isso. Mas este é um ponto específico, que não impede o desenvolvimento dos VANT's em si.
Eu pessoalmente vejo este tipo de compra como um sinal de que a situação do restante do mundo tambem bateu por lá: ninguem mais é capaz de bancar sozinho um projeto militar de alto custo.
Vale ressaltar que a utilização de VANT´s pela Georgia tambem serviu para que eles percebessem que estavam ficando para trás neste tipo de operação, e que isso talvez os tenha levado a pensar que ao inves de gastar alguns anos pensando em como fazer fosse melhor perguntar a quem já sabe.
Acho que a preocupação dos USA é mais com a perda da vantagem Doutrinaria que eles tem, porque um a introdução dos VANT´s representa um novo tipo de guerra, assim como foi com o carro de combate, o RADAR, o AEW.
Até porque tecnologicamente acho dificil Israel passar algo que os russos já não dominem.Eles sabem muito bem que a mercadoria de hoje pode ser repassada para algum vizinho amanhã.
Leandro G. Card

sapao escreveu:

moura escreveu:Sapão,
o projeto Vant do DPF vai além das aeronaves, engloba equipes táticas, helicopteros, sistemas de inteligência e muito mais.
O DPF tem gente e capacidade para desenvolver esse projeto porém acredito que o maior desafio está dentro do orgão, inveja e vaidade é uma me...., mas como você disse tem muita agua para rolar.
Ainda não entendi o porque da Forças Armadas não estarem junto nesse projeto, estão perdendo uma grande oportunidade de integração e desenvolvimento de doutrina.
Alias o DPF também perde pois ainda tem muito que aprender em termos de planejamento e logística com as Forças Armadas.

Moura, segundo escutei em uma palestra recente a ideia e englobar os dados SISDABRA, SISFRON e SISGAAZ tudo via satelite (a ser comprado no curto prazo) em um sistema só.

Não duvido em nada da capacidade da PF, mas o principal obice (além da vaidade que você citou e que é comum a nós todos, acredite) seria o pessoal. Uma unidade dessas dispende mais gente do que uma unidade normal, e são recursos humanos muito especializados.
Talvez a coisa caminhe para um projeto compratilhado, mais ou menos como ocorre hoje com o EB na Brigada PQDT e a MB no P-3.

Marino escreveu:Vírus de computador ataca aviões não tripulados dos EUA

Globo, Publicada em 08/10/2011 às 18h45m


WASHINGTON. Um vírus de computador infectou pontos de comando à distância da base de Creech, no estado americano de Nevada - justamente de onde saem as aeronaves não tripuladas usadas pelo Exército dos Estados Unidos em missões de contraterrorismo no Afeganistão, Paquistão e no Iraque.

Segundo reportagem da revista "Wire", o vírus registra as informações digitadas nos computadores que comandam os aviões. Citando três fontes anônimas, a revista afirma, no entanto, que não houve vazamento de informações confidenciais para o exterior ou mesmo cancelamento de missões aéreas.

"Um vírus infectou os cockpits dos aviões não tripulados (conhecidos como drones) americanos Predator e Reaper, gravando todas as ordens dos pilotos quando efetuaram missões à distância no Afeganistão ou em outras regiões de conflito", diz a "Wired".

Segundo a revista, especialistas ainda não sabem se o ataque virtual ocorreu voluntária ou acidentalmente. Em um comunicado, a Força Aérea dos EUA afirmou que não vai prover quaisquer informações sobre o caso, alegando que isso permitirá a cyberpiratas melhorar suas técnicas de invasão virtual.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/ ... z1aEJfMIbL
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moura escreveu:Sapão,
você está chegando no ponto G do dpf, o nosso efetivo está baixo, somo hoje menos de 15000 em todo Brasil, para executar um numero de atribuições que nenhuma força de segurança tem, só para comparar a PM de SP tem mais ou menos 100.000 policiais só para o estado de SP. E isso sem falar no pessoal que está para aposentar.
Alem disso temos problemas de má gestão e brigas entre categorias dentro da policia que só enfraquecem o orgão.
O projeto Vant é show mas demanda um efetivo grande e muito bem treinado, coisa que leva tempo e dinheiro.
Criação de doutrina num orgão de burocratas metidos a juristas é coisa quase impossível.
Abraço.
Moura.

thelmo rodrigues escreveu:Após 6 meses, avião espião da PF sai à caça de criminosos 09 Out 2011
Promessa de Dilma, aeronave chegou em março, mas enfrentou problemas burocráticos e até falta de gasolina
Mesmo com aeronave a 5.000 m de altitude, câmeras captam com precisão movimentos em um raio de 40 km
FERNANDO MELLO

A Polícia Federal colocou em operação na segunda-feira o primeiro Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado), avião espião que será utilizado para combate ao tráfico de drogas, armas e contrabando.
Em cinco dias de voos, rastreou mais de 1.000 km na região da tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai).
As primeiras operações registraram três rotas que a PF acredita serem utilizadas por traficantes e contrabandistas.
Promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff, o Vant chegou de Israel em março. Desde então, enfrentou problemas burocráticos e passou por voos de teste.
O avião espião chegou a ficar parado mais de um mês perto de Foz do Iguaçu (PR) por falta de combustível. O pregão que definiria o fornecedor foi cancelado por falta de candidatos, como a Folha revelou em abril deste ano.
A reportagem teve acesso aos vídeos e fotos produzidos com câmeras acopladas ao avião. Quando o Vant voa a 5.000 metros de altitude, elas conseguem captar com precisão movimentos que estão em um raio de até 40 km.
Um vídeo mostra embarcações com cigarros contrabandeados navegando pelo lago de Itaipu. Um dos barcos é atracado perto de uma região de floresta. A carga passa para carros e carretas e segue para ser revendida no Brasil.
Em outro vídeo, feito de madrugada, duas lanchas suspeitas de levarem drogas e contrabando se separam e fogem em rotas diferentes.
As imagens são transmitidas ao vivo para uma sala de controle. Com elas, os policiais conseguem coordenar operações para prender os criminosos ou segui-los.
Na última semana, porém, nenhuma prisão foi efetuada. A ideia é reunir informações de inteligência que permitam rastrear o caminho dos criminosos, evitando prender apenas os intermediários.
O Vant consegue voar 37 horas ininterruptas. Hoje, oito pilotos estão aptos a operá-lo. Cada um comanda o avião por até quatro horas.
Além de voar em linha reta, os pilotos podem fazer manobras que permitem à câmera buscar imagens como se o equipamento estivesse estático, como um helicóptero.
Uma das vantagens do Vant é o fato de ele não ser perceptível a partir de 2.500 metros de altitude, o que permite rastrear criminosos sem que eles percebam.

OPERAÇÕES CONJUNTAS
A PF fechou acordos com a Receita Federal e com o Ibama para operações conjuntas contra contrabando e desmatamento, usando imagens produzidas pelo avião.
Além do Vant que está em operação, a PF comprou outro equipamento, que deve chegar no próximo mês.
Os dois integram projeto de R$ 650 milhões. Até 2015, a PF quer ter 14 aviões espiões em funcionamento.
A verba também bancará satélites para transmissão, treinamento e quatro bases aéreas.O Vant é utilizado por países como Alemanha, Canadá e Inglaterra. A Índia, por exemplo, tem 50 modelos iguais aos adquiridos pela PF.