TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
Total de votos: 1320

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Bender

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60466 Mensagem por Bender » Ter Set 06, 2011 12:23 pm

suntsé escreveu:Uma das qualidades que admiro muito no LeandroGCard é essa ponderação que lhe é típica. Mesmo apesar da agressividade e soberba de alguns foristas, ele mantem sempre a sua tipica calma e educação.

Meus parabéns LeandroGCard, é uma grande satisfação ter alguem como você aqui no fórum.
Faço questão de acompanhá-lo caro suntsé. [009] É sempre um aprendizado ler os posts do colega Leandro,possui a incrível e inesgotável capacidade de nunca falar abobrinhas,aproveito para me desculpar pelas toneladas de abobrinhas depositadas por mim neste forum. [000] O Tulio véio é testemunha. :roll:

SDS.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60467 Mensagem por Túlio » Ter Set 06, 2011 3:33 pm

Sou sim e concordo com as assertivas. É sempre um prazer ler um post do Leandro. Droga é debater com ele, fui me meter e apanhei de relho! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60468 Mensagem por Penguin » Ter Set 06, 2011 4:45 pm

Com base em informações públicas (e certamente sem detalhamento), o que aparentemente o Brasil deseja em termos de ToT...


O QUE O BRASIL APARENTEMENTE QUER EM TERMOS DE ToT:

Extrato de reportagem da Isto É Dinheiro com a Embraer (2009):
(...) DINHEIRO - Voltando ao Brasil, quem é favorito para ganhar a licitação dos caças da FAB?
CURADO - Nós não estamos participando desta competição. Claramente o governo quer fazer a escolha do avião sem nenhuma ingerência nossa. Não temos nenhum poder de influência nesta decisão. O processo de seleção da Força Aérea Brasileira é um dos mais transparentes e competentes que já vi.
A FAB está conduzindo a coisa de uma forma muito séria. O que eles recomendarem, com certeza, será o melhor para o Brasil.
DINHEIRO - A indústria brasileira será beneficiada com transferência de tecnologia?
CURADO - A tecnologia é um critério secundário no processo. O fator determinante é a
adequação do avião às necessidades da FAB e, claro, o custo. Do lado tecnológico, o mais importante é que a indústria nacional tenha capacidade de fazer no futuro o que a FAB deseja, como adaptações em sistemas de comunicação ou estruturais.(...)
Entrevista em 2010 com Vice Presidente para o Mercado de Defesa da Embraer:
(...) A nossa conversa se iniciou com o programa F-X2, sempre com a preocupação de não comprometer as cláusulas de confidencialidade assinadas pela empresa com o Comando da Aeronáutica. Respondendo a nossa pergunta de abertura, Orlando Neto disse que a Embraer não se sentia “desconfortável” de ter que ficar participando desta concorrência “do banco”, e não no “campo”como costuma fazer normalmente. “Cada programa tem suas características próprias” disse ele. “Nós já fomos majoritários, minoritários... Pelo modelo adotado no F-X as decisões são todas da Força Aérea, nós entramos toda vez que ela quer nossa opinião. Não, a situação não é, nem um pouco desconfortável para nós.” Orlando contou ainda que as tecnologias sensíveis desejadas pela FAB e pela Embraer passam pelo conceito de autonomia industrial, envolvendo, entre outras, a capacidade de integração de radares e do programa de operações de vôo (flight operations program) para podermos dominar a integração de sistemas digitais complexos e tudo que for integração de sistemas. No plano de estruturas, o design de asas supercríticas e o projeto de estruturas complexas.(...)

KC390 x F-X2:
(...) Perguntado sobre a dificuldade técnica e o risco ligado ao design da Wing Center Box e da grande porta traseira do novo modelo , Orlando foi enfático ao afirmar que a Embraer pode sim desenvolver estes itens sozinha , se necessário. O que eles não souberem fazer ainda pode sempre ser desenvolvido do zero ou comprado sob a forma de serviço de empresas que tenham esta experiência prévia. “Existe um pool de conhecimento muito grande de profissionais no mercado que estiveram envolvidos em programas de grandes cargueiros militares como os Hercules, C-17 e C-5... é apenas uma questão de localizar esta gente e colocá-los para trabalhar conosco”. Seguindo sozinha, a Embraer terá, sim, que fazer uso maior de ”gigs” e “rigs” (estruturas para testes em terra e bancadas de teste de eletrônicos) e de extensa maquetagem, para conseguir alcançar seus objetivos de desempenho sempre buscando constantemente usar estratégias que lhes permitam mitigar os riscos de cada nova etapa.”Tendo concluído, com sucesso, o projeto dos E-Jets para nós é muito fácil agora fazer tudo isso de novo. Mas, lá no início daquele programa, havia muitas dúvidas da nossa capacidade de chegar até o fim... Da mesma forma, agora, nós nos lançamos a fazer o KC390 e vai ser exatamente a mesma coisa”, concluiu, Orlando.(...)
http://www.alide.com.br/joomla/componen ... lando-neto
(...) Dentro do “Request for Information” havia um item que especificava cerca de 10 tecnologias-chaves que o Brasil deseja adquirir.
Algumas destas teriam que ser absorvidas por órgãos de pesquisa do setor, como o CTA/ITA.
Outras, naturalmente, seriam mais da alçada da Embraer, e outras, ainda, viriam a ser úteis
para alguma das várias empresas médias de componentes para a indústria de
defesa/aeroespacial que começam a se destacar no Brasil. (...)
http://www.alide.com.br/joomla/index.ph ... format=pdf




Editado pela última vez por Penguin em Ter Set 06, 2011 5:44 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60469 Mensagem por Penguin » Ter Set 06, 2011 4:48 pm

E o que foi oferecido...

DASSAULT:
Tecnologias essenciais oferecidas ao Brasil:

- Integração aeromecânica de armas e casulos;
- Engenharia da estrutura do avião;
- Módulos de RF críticos para utilização em radares AESA;
- Tecnologias de sistemas digitais de controle de voo (DFCS) / DFCS avançados;
- Integração de motor;
- Gestão de testes de solo & voo;
- Manutenção e suporte integrados (bancada de testes, treinador de pilotos, planejamento de missão);
- Micro sistemas eletro-mecânicos (MEMS);
- Otimização multidisciplinar;
- Nanotecnologias;
- Inserção de operações de rede centralizada, interoperabilidade;
- Desenvolvimento/melhoria de sistema de missão de bordo;
- Optrônica;
- Aplicativos de pirotecnia espacial;
- Software de radar e de sistema de planejamento de missão;
- Desenvolvimento de software de simulação;
- Tecnologias de baixa detectabilidade;
- Tecnologias de projeto de redes de sistemas de veículos aéreos não tripulados.
- Novas tecnologias e perspectivas de mercado

(...)
As tecnologias de fabricação propostas para transferência cobrem as seguintes áreas:

- Processos compostos: moldagem por transferência de resina, colocação de fibras;
- Elaboração de superligas de grau aeroespacial (Inconel 718);
- Fundição de peças de alta precisão;
- Outros processos metalúrgicos: usinagem de 5 eixos com controle numérico, usinagem de alta velocidade, estiramento, técnicas de soldagem & modelagem, corte e perfuração a laser, revestimento com plasma;
- Processos de montagem: montagem sem gabarito & robótica, soldagem com feixe de elétrons, soldagem TIG robótica;
- Processos de inspeção: testagem automática não destrutiva;
- Simulações de processos de fabricação;
- Fabricação de módulos de RF para antena de radar (AESA).
- As tecnologias propostas para transferência ao Brasil estão associadas a pacotes de trabalho relacionados ao mercado mundial para o RAFALE e outros programas aeronáuticos, como os jatos comerciais FALCON, motores comerciais e militares.

(...)
Com o propósito de garantir a aquisição pelo Brasil das tecnologias essenciais para o domínio de futuros desenvolvimentos de aeronaves de caça, o COMAER/CTA será – além da indústria brasileira – o receptor de todas as referidas tecnologias.

Com o propósito de reforçar o papel dedicado ao CTA e outras instituições do COMAER juntamente com a FAB, as seguintes tecnologias estarão sujeitas a acordos de cooperação específicos:

- Engenharia de estrutura do avião;
- Integração de oficina aeromecânica;
- Desenvolvimento/melhoria do sistema de missão;
- Tecnologia de baixa detectabilidade e sobrevivência;
- Integração de motor;
- Optrônica;
- Ambiente de pilotagem: planejamento de missões e treinador de pilotos.


Aproveitando a experiência adquirida pela equipe RAFALE em outras áreas aeroespaciais e aeronáuticas, o CTA também tem a proposta de projetos de cooperação específicos em tecnologias sensíveis e promissoras como:

- Programa do veiculo lançador de satélites VLS-1 (Pirotecnia Espacial);
- Tecnologias de veículos aéreos não tripulados Battlelab;
- Sistemas Micro Eletro-Mecânicos (MEMS);
- Nanotecnologias;
- Cooperação para o desenvolvimento de um motor turbojet para um veículo aéreo não tripulado.

Foco na EMBRAER
De acordo com sua posição de fabricante aeronáutica e integradora de sistemas, a EMBRAER terá total expertise e autonomia para liderar e realizar – em cooperação com a indústria aeronáutica brasileira – adaptações e aperfeiçoamentos futuros na aeronave RAFALE e seus sistemas. Isso levará a EMBRAER a adquirir capacidades e conhecimento—aprimorando o que já havia ganhado no programa AMX – para realizar, de modo autônomo no futuro, o projeto da próxima geração de caças brasileiros.

A EMBRAER tem a proposta de, também, desempenhar um papel chave na transferência da fabricação do RAFALE para o Brasil, a partir de peças estruturais essenciais da aeronave (ex. asa) até chegar a uma linha de montagem local para o RAFALE, iniciando o primeiro lote de aeronaves F-X2.

A parceria estratégica firmada entre a equipe RAFALE e a EMBRAER se estenderá a outros programas aeronáuticos, incluindo, por exemplo, a transferência de tecnologia no campo do domínio chave e altamente sensível dos Sistemas Digitais de Controle Voo (DFCS). É importante destacar que as tecnologias DFCS são dominadas por pouquíssimas empresas no mundo e desejadas por muitas.

Foco em pequenas e médias empresas
As principais tecnologias aeronáuticas também serão transferidas para outras empresas brasileiras, permitindo, em cooperação com a EMBRAER, o desenvolvimento local de funcionalidades operacionais para maiores adaptações e aperfeiçoamento da aeronave RAFALE ao longo de sua vida. Entre as empresas candidatas estão a AEROELETRÔNICA, ATECH, MECTRON e OMNISYS.
A indústria aeronáutica brasileira ganhará capacidades para fornecer suporte local à FAB em assistência técnica, inclusive na manutenção de elementos essenciais de sistemas e equipamentos da aeronave RAFALE: motor, aviônica, sensores, estrutura do avião. As empresas candidatas incluem AEROELETRÔNICA, FOCAL, MECTRON e OMNISYS.

Haverá aprimoramento da capacidade de fabricação aeronáutica do Brasil. Graças à transferência de tecnologia envolvendo processos tecnológicos de ponta, a indústria aeronáutica brasileira aumentará sua capacidade e competitividade para participar de grandes programas aeronáuticos do mercado mundial. Entre as empresas beneficiadas encontram-se a AÇOTÉCNICA, LATECOERE DO BRASIL, Grupo Empresarial HTA (ALLTEC, CAL COMPOENDE, ASTRA, GRAÚNA, STATUS USINAGEM) FRIULI, MULTIALLOY, OMNISYS, SOBRAER, VILLARES METAL.

Dentro e além do Programa F-X2, as novas tecnologias adquiridas proporcionarão a suas beneficiárias a chance de entrar em novos mercados e negócios, assim aumentando ou mantendo sua receita em larga escala.

Foco na cooperação com universidades
A equipe RAFALE atualmente coopera com mais de 100 universidades e centros de P&D no mundo todo. Ela fortalecerá seus elos com as universidades brasileiras e particularmente:

- A cooperação com o ITA em áreas como nanotecnologia e MEMS com a participação de alunos de pós-doutorado;
- A cooperação com o ITA para o desenvolvimento de motores turbojet para veículos aéreos não tripulados;
- A pesquisa cooperativa com a Universidade Federal do Rio de Janeiro focando principalmente otimização não linear.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60470 Mensagem por Penguin » Ter Set 06, 2011 4:49 pm

BOEING:
- Pesquisa em aerodinâmica supersônica através do primeiro túnel de vento tri-sônico no Brasil, que apoiará projetos tais como desenvolvimento de futuras aeronaves militares e jatos executivos supersônicos;
- Centro de modelagem e simulação com a capacidade para modelar futuros projetos comerciais e militares, e seus benefícios – Isso auxiliará na geração de requisitos para um caça de 5ª geração, ou sistemas comerciais ou militares de grande escala como monitoramento dos campos de petróleo do pré-sal ou segurança das fronteiras da Amazônia;
- Treinamento de minimização da assinatura radar e tecnologias stealth (furtividade);
- Tecnologias de usinagem;
- Tecnologia de materiais avançados e sua fabricação;
- Análise e reparo de danos em materiais compostos;
- Fabricação de material eletrônico;
- Sistemas micro eletro-mecânicos;
- Veículos aéreos não-tripulados;
- Tecnologias de segurança interna para avaliar infra-estruturas críticas no Brasil;
- Gerenciamento de estoque através de sistemas automatizados de rastreamento e resposta;
- Desenvolvimento e treinamento de currículo aeroespacial; e
- Apoio e co-desenvolvimento do KC-390 no que tange áreas críticas de projeto.

(...)
O segundo elemento exigido na área de segurança é a autonomia nacional para manter e modernizar as aeronaves adquiridas. A fim de apoiar diretamente as metas brasileiras de autonomia nacional, a Boeing transferirá “hardware”, as instalações, o conhecimento e dará treinamento que possibilitará à FAB e à indústria brasileira adquirirem a capacitação necessária para apoiar e gerenciar o Super Hornet durante os próximos trinta anos. Estes benefícios permitirão ainda que o Brasil possa aplicá-los em futuros projetos aeroespaciais brasileiros. Esta transferência inclui:

- Apoio e manutenção dos Super Hornet;
- Montagem final das aeronaves no Brasil;
- Conjuntos estruturais para os Super Hornet brasileiros e de outros clientes desta aeronave;
- Operações de ensaios em vôo no Brasil com aeronaves instrumentadas;
- Integração de armas;
- Treinamento de missão distribuída;
- Manuais técnicos eletrônicos integrados;
- Produção, montagem, inspeção, ensaios e ferramental de componentes do motor;
- Desenvolvimento de software, incluindo desenvolvimento de instalações;
- Geração do arquivo de dados de ameaças.

Cada uma destas tecnologias possui projetos a elas associados, que visam garantir a transferência de tecnologia e sua aplicação. Isto é o que de fato proporcionará duradouro benefício da tecnologia transferida.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60471 Mensagem por Penguin » Ter Set 06, 2011 4:56 pm

SAAB:
Erro Geral
SQL ERROR [ mysql4 ]

Incorrect string value: '\xE2\x80\x83' for column 'post_text' at row 1 [1366]

Um erro SQL ocorreu enquanto processava está página. Contate o administrador caso o problema persista.
WTF! O sistema não aceita de jeito nenhum a proposta deles...rs.
De qq forma segue o link do texto"proibido":
http://www.defesanet.com.br/fx2/noticia ... engt-Janer




Editado pela última vez por Penguin em Ter Set 06, 2011 5:18 pm, em um total de 5 vezes.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60472 Mensagem por Carlos Lima » Ter Set 06, 2011 5:38 pm

Bom... resta saber o que realmente é tecnologia que só conseguiriamos com a compra do F-X e tecnologia que poderia ser conseguida através de acordos comerciais normais e com menos dependências.

[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60473 Mensagem por knigh7 » Ter Set 06, 2011 7:21 pm

Penguin escreveu:SAAB:
Erro Geral
SQL ERROR [ mysql4 ]

Incorrect string value: '\xE2\x80\x83' for column 'post_text' at row 1 [1366]

Um erro SQL ocorreu enquanto processava está página. Contate o administrador caso o problema persista.
WTF! O sistema não aceita de jeito nenhum a proposta deles...rs.
De qq forma segue o link do texto"proibido":
http://www.defesanet.com.br/fx2/noticia ... engt-Janer

É só tirar as bolinhas :mrgreen:
Palestra da SAAB AB proferida por Bengt Janer
Câmara dos Deputados
14 de outubro de 2009


Excelentíssimo Senhor Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, Deputado Eduardo Gomes
Excelentíssimos Senhores e Senhoras parlamentares presentes.
Prezados membros desta mesa.
Senhoras e senhores.

Em nome da empresa SAAB, agradeço a Comissão de Ciência e Tecnologia, assim como a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, o gentil convite para participar dessa audiência pública, da mais alta importância para o esclarecimento do tema “Transferência de Tecnologia no Programa F-X2”.

Inicialmente, é importante citar que o Pedido de Oferta elaborado pelo Comando da Aeronáutica, e aprovado pelo Ministério da Defesa, foi muito claro e detalhado no tocante aos requisitos de transferência de tecnologia de interesse do parque industrial aeroespacial brasileiro e da própria Força Aérea Brasileira.

Posso assegurar aos senhores que a proposta de transferência de tecnologia apresentada pela Saab ao Comando da Aeronáutica cumpriu e excedeu o que foi solicitado pelo Pedido de Oferta.

Senhores Deputados, um processo de transferência de tecnologia, para ser eficaz, necessita de atender a quatro requisitos necessários.

Primeiro requisito - deve existir no país de origem uma entidade detentora da tecnologia a ser transferida e, no país de destino, uma entidade capacitada para recebê-la. Esta é uma condição fundamental. Não se transfere tecnologia para quem não está apto para recebê-la.

Segundo requisito - a tecnologia a ser transferida deve ter uma utilidade para a instituição, empresa ou governo, seja esta tecnologia de interesse científico, comercial ou estratégico. Sem utilidade para o país receptor, o processo não tem sentido.

Terceiro requisito – a metodologia para a transferência de tecnologia deve ser de uma forma que assegure que a sua absorção, pelos entes receptores, seja eficiente e eficaz. A metodologia utilizada para a transmissão da tecnologia tem um valor importante no processo.

Quarto requisito - deve ser proporcionado à instituição, empresa ou governo receptor da tecnologia todos os direitos de uso da tecnologia transferida. É importante que a tecnologia recebida possa ser utilizada pelas entidades receptoras sem qualquer restrição comercial para a manutenção das suas aeronaves, para melhorias futuras, para incorporação de novos sistemas e armamentos e para aplicação em outros produtos, militares ou civis, do seu interesse.

No caso das tecnologias “duais”, ou seja, aquelas que podem ser empregadas tanto para uso civil ou militar, receber uma tecnologia e não ter direito de utilizá-la onde for do interesse nacional é inconcebível. Por isso, obter o total direito de uso da tecnologia torna-se questão fundamental.

Posso assegurar aos senhores parlametares que a proposta da Saab atende de forma completa a todos estes quatro requisitos.
A SAAB está disposta a negociar com a Embraer, dentro do escopo da parceria estratégica a ser firmada caso o Governo Brasileiro escolha o Gripen NG Brasil, a co-propriedade industrial das tecnologias específicas do Gripen NG Brasil, tornando aquela aeronave um verdadeiro produto Embraer-Saab.

Acreditamos que a SAAB tenha sido a única empresa a oferecer a possibilidade de co-propriedade intelectual da aeronave ofertada.

A SAAB apresentou, em sua proposta recentemente entregue ao Comando da Aeronáutica, um programa de transferência de tecnologia que inclui:

- 100% de todas as tecnologias solicitadas pelo Comando da Aeronáutica;
- 100% das tecnologias solicitadas pelas maiores empresas do setor aeroespacial, em especial a Embraer;
- Processo de transferência “on the job training” – Aprender fazendo;
- Responsabilidade por 40% das atividades de desenvolvimento realizados por empresas brasileiras;
- Participação em todas as atividades de desenvolvimento;
- Produção de 80% da estrutura da aeronave (asas, segmentos da fuselagem, portas, etc.) por empresas brasileiras, para todos os Gripens NG a serem produziodos, inclusive os da Suécia;
- Aviônica produzida no Brasil


Gostaria, agora, de fazer um retrospecto da história da terceira maior empresa aeronáutica do mundo, a Embraer, orgulho de todos nós brasileiros.

A Embraer foi fundada em 1969, fruto da visão estratégica do Ministério da Aeronáutica e do Governo Brasileiro.

Foi criada para produzir o Bandeirante, cujos protótipos haviam sido desenvolvidos em um dos institutos do CTA.

Para fazer com que a empresa desse o seu “primeiro grande salto”, era necessário um auxílio externo, que veio na forma da transferência de tecnologia da empresa italiana Aermacchi que, na venda das suas aeronaves Xavante para a FAB, instalou uma linha de montagem nas suas instalações.

A metodologia empregada foi a de receber as primeiras quatro aeronaves montadas da Itália e, progressivamente, aumentar a carga de trabalho no Brasil.

Poucos componentes foram fabricados na Embraer. O objetivo principal era aprender como fazer produção serializada de aeronaves. Junto com a implantação da linha do Xavante na Embraer, vieram o conhecimento e processos de controle de qualidade, planejamento de produção e suporte logístico. Cerca de 200 Xavantes foram produzidos na linha da Embraer

E isso foi obtido há cerca de 40 anos.

Montar aeronaves em um regime conhecido como CKD (“Complete knock-down”), ou seja, montagem de kits produzidos pela matriz, não agrega nenhuma tecnologia à Embraer.

O “segundo grande salto” veio novamente por meio de empresas italianas. A participação da Embraer no Programa AM-X proporcionou absorção de conhecimentos na integração de sistemas, no desenvolvimento de software embarcado, na integração de armamentos, nos ensaios e testes em solo e em voo e em diversas tecnologias de produção principalmente de peças usinadas complexas.
No Programa AM-X, a Embraer foi responsável por 30% do projeto e desenvolvimento da aeronave e por 30% da produção de sua estrutura, consistindo especificamente das asas, trem de pouso, entradas de ar e tanque externo de combustível.

Cerca de 50 AM-X foram produzidos pela Embraer e outros 150 foram produzidos na Itália com peças e segmentos estruturais brasileiros.

É amplamente reconhecido que sem o programa AM-X, a Embraer não teria atingido o patamar que permitiu o desenvolvimento de todos seus aviões regionais e comerciais. O Programa AM-X foi o passaporte para a Embraer alcançar a terceira posição no ranking mundial da indústria aeronáutica.

E isso foi obtido há cerca de 30 anos.

Produzir peças com base em projetos feitos na matriz também não agrega nenhuma tecnologia à Embraer.

O que a SAAB propõe agora ao governo brasileiro e à Embraer, por meio do Programa Gripen NG, é o “terceiro grande salto”.

A SAAB ofereceu como principal componente da Oferta apresentada ao Comando da Aeronáutica, a proposta de formação de uma parceria estratégica com a Embraer, na qual está prevista atuação daquela empresa como a principal responsável por cerca de 40% do processo de desenvolvimento do Gripen NG Brasil, ficando a SAAB com a responsabilidade dos 60% restante.

Porém, ambas as empresas participarão de 100% das atividades de desenvolvimento.

A parceria Embraer-SAAB irá muito além dos aspectos puramente industriais. O Gripen NG será um produto Embraer-SAAB. No aspecto comercial, as duas empresas participarão das vendas do Gripen NG para todos os clientes mundiais. Está previsto, também, que a Embraer será a líder de venda (“prime contractor”) para os países da América Latina, e também para outros, onde a sua penetração, em termos de marketing, seja mais adequada.

Todo o software da aeronave será desenvolvido com a participação da Embraer e poderá ser modificado e alterado no futuro sem a presença da SAAB.

A proposta da SAAB oferece mais do que simplesmente “acesso” aos códigos-fonte. Os softwares críticos de missão, que incluem todos os softwares de interesse da FAB, e os respectivos códigos-fonte, serão desenvolvidos em parceria com a Embraer, que terá domínio de todo o conhecimento.

Também será instalado no Brasil um centro de desenvolvimento de softwares (laboratório e “rig” aviônico), que ao lado do pessoal habilitado, são as ferramentas indispensáveis ao completo domínio dos sistemas computacionais da aeronave.

É importante ressaltar que "acesso aos códigos-fonte" não tem qualquer significado prático caso o ente receptor não disponha da infraestrutura adequada (laboratórios e rigs aviônicos) e, principalmente, de pessoal treinado e habilitado, que somente será disponível caso tenha participado do processo de desenvolvimento.

Dentre as mais importantes tecnologias que a Embraer terá acesso destacam-se:

- Desenvolvimento de redes de informação, fusão de dados e informações e alto nível de integração de sistemas
- Tecnologias de projeto e produção de estruturas complexas e que utilizam materiais avançados tais como materiais compósitos
- Integração de motores
- Integração de radares
- Integração de armamentos de última geração
- Ensaios em voo de aeronaves supersônicas
- Sistemas avançados de comunicação e enlace de dados

A proposta da SAAB prevê que a linha de produção completa das 36 aeronaves Gripen NG Brasil será implantada no Brasil.

O governo da Suécia propõe incorporar a nova geração do Gripen na sua Força Aérea no mesmo cronograma do solicitado pela FAB, ou seja, a partir de 2014, isso significa que as exportações de produtos (80% da fuselagem) e serviços deverão ter início dentro de pouco tempo.

A parceria SAAB e Embraer é o que se poderia chamar de “parceria perfeita”. Isso porque as duas empresas possuem tecnologias próprias absolutamente complementares, e não são competidoras em nenhuma área de negócios, seja no mercado de aeronaves comerciais, militares e de aviação executiva.

As empresas também possuem experiências de parceria de sucesso, como nos programas AEW (Erieye) para os governos do Brasil, México e Grécia.

Por essa razão, podemos afirmar sem qualquer margem de erro, que o nível de envolvimento daquela empresa no Programa Gripen NG, e consequentemente, de ganhos tecnológicos e comerciais a serem aferidos pela Embraer, serão muito superiores aos do Programa AM-X.

O Programa Gripen NG Brasil será realmente o “terceiro grande salto” para a Embraer.

Além disso, o Gripen NG para o Brasil estará equipado com sistemas eletrônicos produzidos na empresa Aeroeletrônica, localizada no Rio Grande do Sul, que já fornece sistemas semelhantes para os Super-Tucanos e F-5 modernizados. Esta sinergia trará imensos ganhos operacionais e logísticos para a FAB, além de gerar centenas de empregos de alta tecnologia.

Os armamentos nacionais serão integrados no Brasil, com a participação da empresa Mectron, que atualmente fabrica os mísseis Piranha, MAR-1, e participa do desenvolvimento conjunto com a Africa do Sul do míssil A-Darter, que por feliz coincidência, utiliza aeronaves Gripen para os seus ensaios de lançamento.

Outro exemplo do processo de transferência de tecnologia da Saab, e a seriedade com que essa empresa está comprometida com o desenvolvimento da aeronave Gripen NG Brasil, é o Akaer, baseada em São José dos Campos, empresa de engenharia especializada em projetos estruturais.

A Akaer já foi contratada pela Saab, independente do resultado do Programa F-X2, para projetar as asas e partes importantes da fuselagem.

20 engenheiros estão na Suécia, desde 30 de agosto, trabalhando no Gripen NG.

Senhores parlamentares, as ofertas de transferência de tecnologia devem contemplar os quatro requisitos citados no início desta exposição, ou seja, que existam entidades nacionais capacitadas tecnológicamente para absorvê-la; que a tecnologia a ser transferida tenha utilidade para as indústrias brasileiras; que a tecnologia seja transmitida por meio de uma metodologia eficaz e que seja acompanhada por uma licença que assegure o total direito de uso para o programa em tela e para qualquer outro de natureza civil ou militar.

E ainda, que esse compromisso esteja contido na Oferta apresentada oficialmente ao Comando da Aeronáutica.

Finalmente, transferência de tecnologia não é feita com base em produtos já desenvolvidos.

Assim, não faz sentido falar em transferência de tecnologia do motor X, ou do radar Y, ou da bomba hidráulica Z.

A SAAB e as empresas participantes do Programa Gripen NG possuem todas as tecnologias de interesse do Comando da Aeronáutica, inclusive as relacionadas aos motores aeronáuticos e radares, e estão disponíveis e autorizadas para realizá-las.
Finalizando esta pequena apresentação, gostaria de dizer que o Programa Gripen NG abre para o Brasil uma oportunidade única de dotar a sua Força Aérea, em 2014, com a mais moderna aeronave de caça do mundo, com equipamentos eletrônicos e sistemas de auto-proteção com, no mínimo, 10 anos de vantagens tecnológicas sobre os demais, com uma vantagem incomparável, o de mais baixo preço de aquisição e de operação.

Nenhum outro programa utilizará tantos componentes nacionais, nem proporcionará a criação de postos de trabalho de alta tecnologia como o Programa Gripen NG Brasil.

Muito obrigado!




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60474 Mensagem por Penguin » Ter Set 06, 2011 10:12 pm

Penguin escreveu:Com base em informações públicas (e certamente sem detalhamento), o que aparentemente o Brasil deseja em termos de ToT...


O QUE O BRASIL APARENTEMENTE QUER EM TERMOS DE ToT:

Extrato de reportagem da Isto É Dinheiro com a Embraer (2009):
(...) DINHEIRO - Voltando ao Brasil, quem é favorito para ganhar a licitação dos caças da FAB?
CURADO - Nós não estamos participando desta competição. Claramente o governo quer fazer a escolha do avião sem nenhuma ingerência nossa. Não temos nenhum poder de influência nesta decisão. O processo de seleção da Força Aérea Brasileira é um dos mais transparentes e competentes que já vi.
A FAB está conduzindo a coisa de uma forma muito séria. O que eles recomendarem, com certeza, será o melhor para o Brasil.
DINHEIRO - A indústria brasileira será beneficiada com transferência de tecnologia?
CURADO - A tecnologia é um critério secundário no processo. O fator determinante é a
adequação do avião às necessidades da FAB e, claro, o custo. Do lado tecnológico, o mais importante é que a indústria nacional tenha capacidade de fazer no futuro o que a FAB deseja, como adaptações em sistemas de comunicação ou estruturais.(...)
Entrevista em 2010 com Vice Presidente para o Mercado de Defesa da Embraer:
(...) A nossa conversa se iniciou com o programa F-X2, sempre com a preocupação de não comprometer as cláusulas de confidencialidade assinadas pela empresa com o Comando da Aeronáutica. Respondendo a nossa pergunta de abertura, Orlando Neto disse que a Embraer não se sentia “desconfortável” de ter que ficar participando desta concorrência “do banco”, e não no “campo”como costuma fazer normalmente. “Cada programa tem suas características próprias” disse ele. “Nós já fomos majoritários, minoritários... Pelo modelo adotado no F-X as decisões são todas da Força Aérea, nós entramos toda vez que ela quer nossa opinião. Não, a situação não é, nem um pouco desconfortável para nós.” Orlando contou ainda que as tecnologias sensíveis desejadas pela FAB e pela Embraer passam pelo conceito de autonomia industrial, envolvendo, entre outras, a capacidade de integração de radares e do programa de operações de vôo (flight operations program) para podermos dominar a integração de sistemas digitais complexos e tudo que for integração de sistemas. No plano de estruturas, o design de asas supercríticas e o projeto de estruturas complexas.(...)

KC390 x F-X2:
(...) Perguntado sobre a dificuldade técnica e o risco ligado ao design da Wing Center Box e da grande porta traseira do novo modelo , Orlando foi enfático ao afirmar que a Embraer pode sim desenvolver estes itens sozinha , se necessário. O que eles não souberem fazer ainda pode sempre ser desenvolvido do zero ou comprado sob a forma de serviço de empresas que tenham esta experiência prévia.Existe um pool de conhecimento muito grande de profissionais no mercado que estiveram envolvidos em programas de grandes cargueiros militares como os Hercules, C-17 e C-5... é apenas uma questão de localizar esta gente e colocá-los para trabalhar conosco”. Seguindo sozinha, a Embraer terá, sim, que fazer uso maior de ”gigs” e “rigs” (estruturas para testes em terra e bancadas de teste de eletrônicos) e de extensa maquetagem, para conseguir alcançar seus objetivos de desempenho sempre buscando constantemente usar estratégias que lhes permitam mitigar os riscos de cada nova etapa.”Tendo concluído, com sucesso, o projeto dos E-Jets para nós é muito fácil agora fazer tudo isso de novo. Mas, lá no início daquele programa, havia muitas dúvidas da nossa capacidade de chegar até o fim... Da mesma forma, agora, nós nos lançamos a fazer o KC390 e vai ser exatamente a mesma coisa”, concluiu, Orlando.(...)
http://www.alide.com.br/joomla/componen ... lando-neto
(...) Dentro do “Request for Information” havia um item que especificava cerca de 10 tecnologias-chaves que o Brasil deseja adquirir.
Algumas destas teriam que ser absorvidas por órgãos de pesquisa do setor, como o CTA/ITA.
Outras, naturalmente, seriam mais da alçada da Embraer, e outras, ainda, viriam a ser úteis
para alguma das várias empresas médias de componentes para a indústria de
defesa/aeroespacial que começam a se destacar no Brasil. (...)
http://www.alide.com.br/joomla/index.ph ... format=pdf

-------------------------------------------------------------------


SAAB
(...)Inicialmente, é importante citar que o Pedido de Oferta elaborado pelo Comando da Aeronáutica, e aprovado pelo Ministério da Defesa, foi muito claro e detalhado no tocante aos requisitos de transferência de tecnologia de interesse do parque industrial aeroespacial brasileiro e da própria Força Aérea Brasileira.

Posso assegurar aos senhores que a proposta de transferência de tecnologia apresentada pela Saab ao Comando da Aeronáutica cumpriu e excedeu o que foi solicitado pelo Pedido de Oferta.
(...)

(...)
A SAAB está disposta a negociar com a Embraer, dentro do escopo da parceria estratégica a ser firmada caso o Governo Brasileiro escolha o Gripen NG Brasil, a co-propriedade industrial das tecnologias específicas do Gripen NG Brasil, tornando aquela aeronave um verdadeiro produto Embraer-Saab.

Acreditamos que a SAAB tenha sido a única empresa a oferecer a possibilidade de co-propriedade intelectual da aeronave ofertada.

A SAAB apresentou, em sua proposta recentemente entregue ao Comando da Aeronáutica, um programa de transferência de tecnologia que inclui:

- 100% de todas as tecnologias solicitadas pelo Comando da Aeronáutica;
- 100% das tecnologias solicitadas pelas maiores empresas do setor aeroespacial, em especial a Embraer;
- Processo de transferência “on the job training” – Aprender fazendo;
- Responsabilidade por 40% das atividades de desenvolvimento realizados por empresas brasileiras;
- Participação em todas as atividades de desenvolvimento;
- Produção de 80% da estrutura da aeronave (asas, segmentos da fuselagem, portas, etc.) por empresas brasileiras, para todos os Gripens NG a serem produziodos, inclusive os da Suécia;
- Aviônica produzida no Brasil
(...)

(...)
A SAAB ofereceu como principal componente da Oferta apresentada ao Comando da Aeronáutica, a proposta de formação de uma parceria estratégica com a Embraer, na qual está prevista atuação daquela empresa como a principal responsável por cerca de 40% do processo de desenvolvimento do Gripen NG Brasil, ficando a SAAB com a responsabilidade dos 60% restante.

Porém, ambas as empresas participarão de 100% das atividades de desenvolvimento.

A parceria Embraer-SAAB irá muito além dos aspectos puramente industriais. O Gripen NG será um produto Embraer-SAAB. No aspecto comercial, as duas empresas participarão das vendas do Gripen NG para todos os clientes mundiais. Está previsto, também, que a Embraer será a líder de venda (“prime contractor”) para os países da América Latina, e também para outros, onde a sua penetração, em termos de marketing, seja mais adequada.

Todo o software da aeronave será desenvolvido com a participação da Embraer e poderá ser modificado e alterado no futuro sem a presença da SAAB.

A proposta da SAAB oferece mais do que simplesmente “acesso” aos códigos-fonte. Os softwares críticos de missão, que incluem todos os softwares de interesse da FAB, e os respectivos códigos-fonte, serão desenvolvidos em parceria com a Embraer, que terá domínio de todo o conhecimento.

Também será instalado no Brasil um centro de desenvolvimento de softwares (laboratório e “rig” aviônico), que ao lado do pessoal habilitado, são as ferramentas indispensáveis ao completo domínio dos sistemas computacionais da aeronave.

É importante ressaltar que "acesso aos códigos-fonte" não tem qualquer significado prático caso o ente receptor não disponha da infraestrutura adequada (laboratórios e rigs aviônicos) e, principalmente, de pessoal treinado e habilitado, que somente será disponível caso tenha participado do processo de desenvolvimento.

Dentre as mais importantes tecnologias que a Embraer terá acesso destacam-se:

- Desenvolvimento de redes de informação, fusão de dados e informações e alto nível de integração de sistemas
- Tecnologias de projeto e produção de estruturas complexas e que utilizam materiais avançados tais como materiais compósitos
- Integração de motores
- Integração de radares
- Integração de armamentos de última geração
- Ensaios em voo de aeronaves supersônicas
- Sistemas avançados de comunicação e enlace de dados

A proposta da SAAB prevê que a linha de produção completa das 36 aeronaves Gripen NG Brasil será implantada no Brasil.

O governo da Suécia propõe incorporar a nova geração do Gripen na sua Força Aérea no mesmo cronograma do solicitado pela FAB, ou seja, a partir de 2014, isso significa que as exportações de produtos (80% da fuselagem) e serviços deverão ter início dentro de pouco tempo.

A parceria SAAB e Embraer é o que se poderia chamar de “parceria perfeita”. Isso porque as duas empresas possuem tecnologias próprias absolutamente complementares, e não são competidoras em nenhuma área de negócios, seja no mercado de aeronaves comerciais, militares e de aviação executiva.
(...)

-------------------------------------------------------------------


DASSAULT:
Tecnologias essenciais oferecidas ao Brasil:

- Integração aeromecânica de armas e casulos;
- Engenharia da estrutura do avião;
- Módulos de RF críticos para utilização em radares AESA;
- Tecnologias de sistemas digitais de controle de voo (DFCS) / DFCS avançados;
- Integração de motor;
- Gestão de testes de solo & voo;
- Manutenção e suporte integrados (bancada de testes, treinador de pilotos, planejamento de missão);
- Micro sistemas eletro-mecânicos (MEMS);
- Otimização multidisciplinar;
- Nanotecnologias;
- Inserção de operações de rede centralizada, interoperabilidade;
- Desenvolvimento/melhoria de sistema de missão de bordo;
- Optrônica;
- Aplicativos de pirotecnia espacial;
- Software de radar e de sistema de planejamento de missão;
- Desenvolvimento de software de simulação;
- Tecnologias de baixa detectabilidade;
- Tecnologias de projeto de redes de sistemas de veículos aéreos não tripulados.
- Novas tecnologias e perspectivas de mercado

(...)
As tecnologias de fabricação propostas para transferência cobrem as seguintes áreas:

- Processos compostos: moldagem por transferência de resina, colocação de fibras;
- Elaboração de superligas de grau aeroespacial (Inconel 718);
- Fundição de peças de alta precisão;
- Outros processos metalúrgicos: usinagem de 5 eixos com controle numérico, usinagem de alta velocidade, estiramento, técnicas de soldagem & modelagem, corte e perfuração a laser, revestimento com plasma;
- Processos de montagem: montagem sem gabarito & robótica, soldagem com feixe de elétrons, soldagem TIG robótica;
- Processos de inspeção: testagem automática não destrutiva;
- Simulações de processos de fabricação;
- Fabricação de módulos de RF para antena de radar (AESA).
- As tecnologias propostas para transferência ao Brasil estão associadas a pacotes de trabalho relacionados ao mercado mundial para o RAFALE e outros programas aeronáuticos, como os jatos comerciais FALCON, motores comerciais e militares.

(...)
Com o propósito de garantir a aquisição pelo Brasil das tecnologias essenciais para o domínio de futuros desenvolvimentos de aeronaves de caça, o COMAER/CTA será – além da indústria brasileira – o receptor de todas as referidas tecnologias.

Com o propósito de reforçar o papel dedicado ao CTA e outras instituições do COMAER juntamente com a FAB, as seguintes tecnologias estarão sujeitas a acordos de cooperação específicos:

- Engenharia de estrutura do avião;
- Integração de oficina aeromecânica;
- Desenvolvimento/melhoria do sistema de missão;
- Tecnologia de baixa detectabilidade e sobrevivência;
- Integração de motor;
- Optrônica;
- Ambiente de pilotagem: planejamento de missões e treinador de pilotos.


Aproveitando a experiência adquirida pela equipe RAFALE em outras áreas aeroespaciais e aeronáuticas, o CTA também tem a proposta de projetos de cooperação específicos em tecnologias sensíveis e promissoras como:

- Programa do veiculo lançador de satélites VLS-1 (Pirotecnia Espacial);
- Tecnologias de veículos aéreos não tripulados Battlelab;
- Sistemas Micro Eletro-Mecânicos (MEMS);
- Nanotecnologias;
- Cooperação para o desenvolvimento de um motor turbojet para um veículo aéreo não tripulado.

Foco na EMBRAER
De acordo com sua posição de fabricante aeronáutica e integradora de sistemas, a EMBRAER terá total expertise e autonomia para liderar e realizar – em cooperação com a indústria aeronáutica brasileira – adaptações e aperfeiçoamentos futuros na aeronave RAFALE e seus sistemas. Isso levará a EMBRAER a adquirir capacidades e conhecimento—aprimorando o que já havia ganhado no programa AMX – para realizar, de modo autônomo no futuro, o projeto da próxima geração de caças brasileiros.

A EMBRAER tem a proposta de, também, desempenhar um papel chave na transferência da fabricação do RAFALE para o Brasil, a partir de peças estruturais essenciais da aeronave (ex. asa) até chegar a uma linha de montagem local para o RAFALE, iniciando o primeiro lote de aeronaves F-X2.

A parceria estratégica firmada entre a equipe RAFALE e a EMBRAER se estenderá a outros programas aeronáuticos, incluindo, por exemplo, a transferência de tecnologia no campo do domínio chave e altamente sensível dos Sistemas Digitais de Controle Voo (DFCS). É importante destacar que as tecnologias DFCS são dominadas por pouquíssimas empresas no mundo e desejadas por muitas.

Foco em pequenas e médias empresas
As principais tecnologias aeronáuticas também serão transferidas para outras empresas brasileiras, permitindo, em cooperação com a EMBRAER, o desenvolvimento local de funcionalidades operacionais para maiores adaptações e aperfeiçoamento da aeronave RAFALE ao longo de sua vida. Entre as empresas candidatas estão a AEROELETRÔNICA, ATECH, MECTRON e OMNISYS.
A indústria aeronáutica brasileira ganhará capacidades para fornecer suporte local à FAB em assistência técnica, inclusive na manutenção de elementos essenciais de sistemas e equipamentos da aeronave RAFALE: motor, aviônica, sensores, estrutura do avião. As empresas candidatas incluem AEROELETRÔNICA, FOCAL, MECTRON e OMNISYS.

Haverá aprimoramento da capacidade de fabricação aeronáutica do Brasil. Graças à transferência de tecnologia envolvendo processos tecnológicos de ponta, a indústria aeronáutica brasileira aumentará sua capacidade e competitividade para participar de grandes programas aeronáuticos do mercado mundial. Entre as empresas beneficiadas encontram-se a AÇOTÉCNICA, LATECOERE DO BRASIL, Grupo Empresarial HTA (ALLTEC, CAL COMPOENDE, ASTRA, GRAÚNA, STATUS USINAGEM) FRIULI, MULTIALLOY, OMNISYS, SOBRAER, VILLARES METAL.

Dentro e além do Programa F-X2, as novas tecnologias adquiridas proporcionarão a suas beneficiárias a chance de entrar em novos mercados e negócios, assim aumentando ou mantendo sua receita em larga escala.

Foco na cooperação com universidades
A equipe RAFALE atualmente coopera com mais de 100 universidades e centros de P&D no mundo todo. Ela fortalecerá seus elos com as universidades brasileiras e particularmente:

- A cooperação com o ITA em áreas como nanotecnologia e MEMS com a participação de alunos de pós-doutorado;
- A cooperação com o ITA para o desenvolvimento de motores turbojet para veículos aéreos não tripulados;
- A pesquisa cooperativa com a Universidade Federal do Rio de Janeiro focando principalmente otimização não linear.

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BOEING:
- Pesquisa em aerodinâmica supersônica através do primeiro túnel de vento tri-sônico no Brasil, que apoiará projetos tais como desenvolvimento de futuras aeronaves militares e jatos executivos supersônicos;
- Centro de modelagem e simulação com a capacidade para modelar futuros projetos comerciais e militares, e seus benefícios – Isso auxiliará na geração de requisitos para um caça de 5ª geração, ou sistemas comerciais ou militares de grande escala como monitoramento dos campos de petróleo do pré-sal ou segurança das fronteiras da Amazônia;
- Treinamento de minimização da assinatura radar e tecnologias stealth (furtividade);
- Tecnologias de usinagem;
- Tecnologia de materiais avançados e sua fabricação;
- Análise e reparo de danos em materiais compostos;
- Fabricação de material eletrônico;
- Sistemas micro eletro-mecânicos;
- Veículos aéreos não-tripulados;
- Tecnologias de segurança interna para avaliar infra-estruturas críticas no Brasil;
- Gerenciamento de estoque através de sistemas automatizados de rastreamento e resposta;
- Desenvolvimento e treinamento de currículo aeroespacial; e
- Apoio e co-desenvolvimento do KC-390 no que tange áreas críticas de projeto.

(...)
O segundo elemento exigido na área de segurança é a autonomia nacional para manter e modernizar as aeronaves adquiridas. A fim de apoiar diretamente as metas brasileiras de autonomia nacional, a Boeing transferirá “hardware”, as instalações, o conhecimento e dará treinamento que possibilitará à FAB e à indústria brasileira adquirirem a capacitação necessária para apoiar e gerenciar o Super Hornet durante os próximos trinta anos. Estes benefícios permitirão ainda que o Brasil possa aplicá-los em futuros projetos aeroespaciais brasileiros. Esta transferência inclui:

- Apoio e manutenção dos Super Hornet;
- Montagem final das aeronaves no Brasil;
- Conjuntos estruturais para os Super Hornet brasileiros e de outros clientes desta aeronave;
- Operações de ensaios em vôo no Brasil com aeronaves instrumentadas;
- Integração de armas;
- Treinamento de missão distribuída;
- Manuais técnicos eletrônicos integrados;
- Produção, montagem, inspeção, ensaios e ferramental de componentes do motor;
- Desenvolvimento de software, incluindo desenvolvimento de instalações;
- Geração do arquivo de dados de ameaças.

Cada uma destas tecnologias possui projetos a elas associados, que visam garantir a transferência de tecnologia e sua aplicação. Isto é o que de fato proporcionará duradouro benefício da tecnologia transferida.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60475 Mensagem por marcelo l. » Qui Set 08, 2011 10:53 am

Sempre acreditei que as tecnologias pedidas do FX-2 seriam para baratear o projeto KC-390 e outros projetos e não para produção de um futuro caça, o problema que com atraso eterno logo todas vão ser compradas para tocar o (s) projeto (s), enquanto isso a FAB gasta fortunas para termos nos céus Mirages e F-5...qualquer caça que vier do FX-2 é lucro a muito tempo, a pior coisa é ficar comprando F-5 e fazendo upgrade.

No fundo, o governo dilatou tanto o prazo que as vantagens desses caças logo estarão perdidas, o negócio é entrar em um projeto de sexta geração afinal quando começarmos a quinta já estará obsoleta :twisted:




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60476 Mensagem por Petry » Qui Set 08, 2011 1:28 pm

Eu acho que tinha comprar aviões de preteleira e dar dinheiro para universidades públicas criarem núcleos especializados de pesquisa e desenvolvimento.

Distribui certos itens em determinadas universidades e investe nelas, quem sabe até parcerias. Aproveita que a UFRGS é uma das melhores da américa latina, fecha uma parceria com a AEL e desenvolve coisas necessárias. Pega a USP e tantas outras ótimas universidades brasileiras e vai distribuindo trabalhos e recursos. Nós vamos esperar o FX-2 para que empresas privadas internacionais invistam na gente de maneira obrigada a um acordo de venda? Vamos atulizar, desenvolver e ampliar nossa capacidade de geração de conhecimento através das universidades públicas, pois elas não servem apenas para gerar mão de obra qualificada, mas também conhecimento para o Estado.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60477 Mensagem por rcolistete » Qui Set 08, 2011 1:54 pm

knigh7 escreveu:Alberto, realmente o valor de 101 mi não é o Flyaway, porque tem o valor do imposto.
Mas vc restá pegando o um valor de 2008 da versão antiga, que está defasada se refere ainda a versão F2.
Nós já estamos na F3+, com radar AESA, DDN NG, a versão Snecma TCO.
Caro knigh7,

Esses EUR 101 milhões de custo unitário de produção do Rafale são o custo fly-away + produção de sobressalentes por 20-30 anos + simuladores + etc. Em relação ao custo unitário do programa Rafale, exclui P&D, impostos e mais alguns detalhes.

Sobre encomendas do Rafale : os 11 Rafales F1 foram contratados em 1993-95, os 48 F2 em 1999, os 59 Rafale F3 em 2004, os 60 Rafale F3+ (iguais ou semelhantes à oferta no FX-2) em 12/2009. Não se tem os custos fly-away dos Rafale F3+.

Os últimos custos fly-away detalhados datam de 2007, lembrando que os impostos não são "exportados" :
* EUR 52,8 mi pelo Rafale C (EUR 44,1 sem impostos);
* EUR 56,6 mi pelo Rafale B (EUR 47,3 sem impostos);
* EUR 60,8 mi pelo Rafale B (EUR 50,8 sem impostos).
Não citam se era Rafale F2, F3 ou média prevista de F1/F2/F3/F3+/etc.

Daí termos preço (que é diferente de custo) de exportação para célula limpa (fly-away) especulados em EUR 60-70 mi não é de se estranhar : impostos são retirados, margem de lucros de exportação são adicionadas, etc.

Abraços,

Roberto




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60478 Mensagem por rcolistete » Qui Set 08, 2011 2:02 pm

Petry escreveu:Eu acho que tinha comprar aviões de preteleira e dar dinheiro para universidades públicas criarem núcleos especializados de pesquisa e desenvolvimento.

Distribui certos itens em determinadas universidades e investe nelas, quem sabe até parcerias. Aproveita que a UFRGS é uma das melhores da américa latina, fecha uma parceria com a AEL e desenvolve coisas necessárias. Pega a USP e tantas outras ótimas universidades brasileiras e vai distribuindo trabalhos e recursos. Nós vamos esperar o FX-2 para que empresas privadas internacionais invistam na gente de maneira obrigada a um acordo de venda? Vamos atulizar, desenvolver e ampliar nossa capacidade de geração de conhecimento através das universidades públicas, pois elas não servem apenas para gerar mão de obra qualificada, mas também conhecimento para o Estado.
Do ranking das 200 melhores universidades, nenhuma brasileira faz parte...

Vários projetos de pesquisa na universidade são assim : se viabiliza/aprova o projeto (papelada, etc) para se conseguir recur$o$, não o contrário que seria obter recursos para se viabilizar o projeto. Recur$o$ são mais importantes que o projeto em si, entende ? Viagens, diárias, equipamentos desviados para uso pessoal que nunca mais dão as caras na universidade, etc.

Eu sou prof. universitário federal, falo por experiência de ver isso acima. E também já recusei em participar de muito projeto de fachada, compra com sobrepreço, muito caixa 2, concurso marmelada, etc. Obviamente que ocorre inversão de valores, ao invés de ser valorizado, eu sou odiado por muitos por esse meu comportamento "rebelde".




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60479 Mensagem por Boss » Qui Set 08, 2011 10:43 pm

Tem universidade brasileira entre as 200 melhores sim, depende é do ranking que se vê.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#60480 Mensagem por Bolovo » Sex Set 09, 2011 4:31 am

Boss escreveu:Tem universidade brasileira entre as 200 melhores sim, depende é do ranking que se vê.
Eu vi esses dias um desses rankings doidos sobre universidades, mas era focado nos cursos. De todos os cursos que existem no universo, de brasileiro na lista era só a USP na Psicologia entre as 100 melhores e na Geografia entre as 200 do mundo. E eu faço parte desse ultimo grupo. Nenhuma engenharia, nenhuma economia, nem medicina, nada. Brazuca só psicologia e a grandiosa e imortal Geografia. CHUPEM ESSA MANGA




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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