Aviação Naval Brasileira

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Aviação Naval Brasileira

#601 Mensagem por FIGHTERCOM » Ter Jan 04, 2022 7:30 am

FCarvalho escreveu: Sáb Jan 01, 2022 2:22 pm
FIGHTERCOM escreveu: Qui Dez 30, 2021 7:31 am Pessoal, esqueçam essa história de caças na MB, sejam eles embarcados ou não. O timing para isso passou faz tempo. A MB precisa é de mais um "Atlântico" e focar na operação com drones.
Viram o acordo de cooperação da Embraer com a BAE Systems? Está aí algo em que a MB pode se beneficiar.
Abraços,
Wesley
Mal e porcamente conseguimos verbas para a construção de míseros 4 navios de escolta relativamente leves, como vamos pensar em outro "Atlântico"? Vamos ter muita sorte se chegarmos a ter 6 até o final desta década. Se nada atrasar, como sempre, claro.
Notar ainda que eles correm risco permanente de terem seus recursos obliterados a qualquer momento.
É mais fácil (e barato) conseguir um LHD do que um NAe com caças! :wink:

Abraços,

Wesley




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Re: Aviação Naval Brasileira

#602 Mensagem por FCarvalho » Ter Jan 04, 2022 12:37 pm

FIGHTERCOM escreveu: Ter Jan 04, 2022 7:30 am
FCarvalho escreveu: Sáb Jan 01, 2022 2:22 pm Mal e porcamente conseguimos verbas para a construção de míseros 4 navios de escolta relativamente leves, como vamos pensar em outro "Atlântico"? Vamos ter muita sorte se chegarmos a ter 6 até o final desta década. Se nada atrasar, como sempre, claro.
Notar ainda que eles correm risco permanente de terem seus recursos obliterados a qualquer momento.
É mais fácil (e barato) conseguir um LHD do que um NAe com caças! :wink:
Abraços,
Wesley
Não existem LHD usados a venda no mercado em prazo visível. O último que havia nós compramos.
único jeito que tem nesta década seria comprar um LHD adicional é encomendando ele novo. Mas com o preço de um navios destes conseguimos mais 2 ou 3 FCT a mais para chamar de nossas.
E quanto a Nae na marinha, esquece. O caras lá sabem que antes de 2050 este assunto é indiscutível.
Vai ficar para o PEM 2060.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#603 Mensagem por FCarvalho » Ter Jan 04, 2022 12:50 pm

gabriel219 escreveu: Ter Jan 04, 2022 2:21 am Uma coisa que levantei no outro tópico e seria interessante debater é: por que a MB preferiu o A-4KU ao SuE?
Considerando em termos de combate ar-ar, ambos possuem capacidades semelhantes, apesar do A-4 ser mais ágil. O A-4 leva uma carga de 1 tonelada maior também.
A vantagem do SuE é já possuir integração com o AM-39 e ter uma capacidade CAS até que decente.
Considerando que a missão das aeronaves Brasileiras seria basicamente ASuW e anti-helicóptero, talvez, o SuE não teria sido um melhor candidato do que o A-4KU?
Lembro que na época da compra a MB chegou a verificar a disposição dos SuE, mas desistiu logo de cara por causa do preço que os franceses queriam, e por tudo que teria de ser feito - por eles, claro - em termos de atualização/manutenção dos mesmos - eram usados e estocados - para poder operar no Nae Minas Gerais. Eram poucas unidades disponíveis e com um preço muito caro para comprar e manter.
No caso dos A-4KU(23) eles estavam disponíveis para entrega imediata, com baixo preço e com toda a logística incluída no pacote oferecida pelo governo do Kuwait.
Ademais, os custos operacionais dos A-4 foram considerados muito mais em conta do que os caças franceses, isto provado e verificado com o pessoal da aviação naval da Argentina que operou ambos os caças.
Os A-4 foram considerados ideais por serem de fácil manutenção e operação, eram muito ágeis e poderiam operar em qualquer Nae de pequeno ou médio porte que a MB viesse a operar. E principalmente, serviam muito bem para o propósito principal que era devolver a baixo custo a capacidade de asa fixa da aviação naval, formando e treinando tripulações e organizando a doutrina.
Era mais ou menos o que a FAB fez com com os F-5 no começo do século XXI, a espera da decisão pelo FX1 da vida. Mas infelizmente não deu certo.
A FAB teve que esperar quase vinte anos por uma decisão, e a MB ficou sem dinheiro, sem Nae e quase sem caças.
Fazer o quê. Paciência.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#604 Mensagem por FIGHTERCOM » Ter Jan 04, 2022 1:26 pm

FCarvalho escreveu: Ter Jan 04, 2022 12:37 pm
FIGHTERCOM escreveu: Ter Jan 04, 2022 7:30 am
É mais fácil (e barato) conseguir um LHD do que um NAe com caças! :wink:
Abraços,
Wesley
Não existem LHD usados a venda no mercado em prazo visível. O último que havia nós compramos.
único jeito que tem nesta década seria comprar um LHD adicional é encomendando ele novo. Mas com o preço de um navios destes conseguimos mais 2 ou 3 FCT a mais para chamar de nossas.
E quanto a Nae na marinha, esquece. O caras lá sabem que antes de 2050 este assunto é indiscutível.
Vai ficar para o PEM 2060.
Mas quem falou em LHD usado? É novo mesmo!!!

Não precisa cortar no programa FCT, é só melhorar a gestão. Veja que o contrato de modernização dos AF-1/1A foi assinado em 2009 ao custo de USD 107.545.380,20.

A MB está rasgando dinheiro (nosso) deste aquele período em um programa cujo resultado é pra lá de duvidoso.

E o que dizer do KC-2?! Melhor nem comentar.

Só o que foi gasto nesses dois programas ridículos já dava para dar de entrada em um LHD e dividir o restante em suaves prestações. Mas qual foi a opção da Marinha Imperial? Brincar de "US Navy".


Abraços,

Wesley




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Re: Aviação Naval Brasileira

#605 Mensagem por FCarvalho » Ter Jan 04, 2022 2:38 pm

FIGHTERCOM escreveu: Ter Jan 04, 2022 1:26 pm
FCarvalho escreveu: Ter Jan 04, 2022 12:37 pm Não existem LHD usados a venda no mercado em prazo visível. O último que havia nós compramos.
único jeito que tem nesta década seria comprar um LHD adicional é encomendando ele novo. Mas com o preço de um navios destes conseguimos mais 2 ou 3 FCT a mais para chamar de nossas.
E quanto a Nae na marinha, esquece. O caras lá sabem que antes de 2050 este assunto é indiscutível.
Vai ficar para o PEM 2060.
Mas quem falou em LHD usado? É novo mesmo!!!
Não precisa cortar no programa FCT, é só melhorar a gestão. Veja que o contrato de modernização dos AF-1/1A foi assinado em 2009 ao custo de USD 107.545.380,20.
A MB está rasgando dinheiro (nosso) deste aquele período em um programa cujo resultado é pra lá de duvidoso.
E o que dizer do KC-2?! Melhor nem comentar.
Só o que foi gasto nesses dois programas ridículos já dava para dar de entrada em um LHD e dividir o restante em suaves prestações. Mas qual foi a opção da Marinha Imperial? Brincar de "US Navy".
Abraços,
Wesley
Bem Wesley, quanto à gestão dos recursos, entendo que isto é função do MD mediar, de forma a apontar e decidir o que é prioridade e o que não é prioridade em termos de investimento. Mas sabemos que se muito o MD apenas assina embaixo o que as forças propõe nos seus planos estratégicos. Não deveria ser assim, mas como não há ninguém dentro e fora do MD para questionar o que as forças fazem. :|

Por outro lado, um LHD novo me parece só faria sentido se fosse em substituição ao Atlântico, abrindo a possibilidade de aquisição de mais de um navio. A MB no passado disse que precisava de 4 destes navios, mas operar o único que temos já está sendo um verdadeiro suplício em termos financeiros para a força.

Os 2 classe Mistral franceses foram vendidos ao Egito por algo em torno de US 900 milhões, mais treinamento e logística de apoio. Mas isso foi a uns 6 ou 7 anos atrás, se bem me lembro. Os 2 navios da classe Juan Carlos I vendidos à Austrália saíram por mais de US 1 bilhão, enquanto o novo navio italiano custou mais de E$ 1 bilhão de euros. Só por aí podemos ver que no curto prazo é basicamente impossível a MB se envolver com qualquer projeto de navio desta classe que seja novo.

Não sei quanto está custando cada Type-75 para a marinha da China, mas seria, também, uma opção a se ver, que dependendo do negócio, pode nos oferecer uma boa relação custo x benefício. Mas se já acho difícil a MB operar um navio de pouco mais de 21 mil ton, qual não seria o tamanho do problema em operar um com mais de 40 mil ton. Se bem que os chineses tem bem mais de um projeto de LHD guardados no bolso.

A ver.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#606 Mensagem por gabriel219 » Ter Jan 04, 2022 4:19 pm

FIGHTERCOM escreveu: Ter Jan 04, 2022 1:26 pm
FCarvalho escreveu: Ter Jan 04, 2022 12:37 pm

Não existem LHD usados a venda no mercado em prazo visível. O último que havia nós compramos.
único jeito que tem nesta década seria comprar um LHD adicional é encomendando ele novo. Mas com o preço de um navios destes conseguimos mais 2 ou 3 FCT a mais para chamar de nossas.
E quanto a Nae na marinha, esquece. O caras lá sabem que antes de 2050 este assunto é indiscutível.
Vai ficar para o PEM 2060.
Mas quem falou em LHD usado? É novo mesmo!!!

Não precisa cortar no programa FCT, é só melhorar a gestão. Veja que o contrato de modernização dos AF-1/1A foi assinado em 2009 ao custo de USD 107.545.380,20.

A MB está rasgando dinheiro (nosso) deste aquele período em um programa cujo resultado é pra lá de duvidoso.

E o que dizer do KC-2?! Melhor nem comentar.

Só o que foi gasto nesses dois programas ridículos já dava para dar de entrada em um LHD e dividir o restante em suaves prestações. Mas qual foi a opção da Marinha Imperial? Brincar de "US Navy".


Abraços,

Wesley
Não se esqueça do Mansup.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#607 Mensagem por gabriel219 » Ter Jan 04, 2022 4:21 pm

FCarvalho escreveu: Ter Jan 04, 2022 12:50 pm
gabriel219 escreveu: Ter Jan 04, 2022 2:21 am Uma coisa que levantei no outro tópico e seria interessante debater é: por que a MB preferiu o A-4KU ao SuE?
Considerando em termos de combate ar-ar, ambos possuem capacidades semelhantes, apesar do A-4 ser mais ágil. O A-4 leva uma carga de 1 tonelada maior também.
A vantagem do SuE é já possuir integração com o AM-39 e ter uma capacidade CAS até que decente.
Considerando que a missão das aeronaves Brasileiras seria basicamente ASuW e anti-helicóptero, talvez, o SuE não teria sido um melhor candidato do que o A-4KU?
Lembro que na época da compra a MB chegou a verificar a disposição dos SuE, mas desistiu logo de cara por causa do preço que os franceses queriam, e por tudo que teria de ser feito - por eles, claro - em termos de atualização/manutenção dos mesmos - eram usados e estocados - para poder operar no Nae Minas Gerais. Eram poucas unidades disponíveis e com um preço muito caro para comprar e manter.
No caso dos A-4KU(23) eles estavam disponíveis para entrega imediata, com baixo preço e com toda a logística incluída no pacote oferecida pelo governo do Kuwait.
Ademais, os custos operacionais dos A-4 foram considerados muito mais em conta do que os caças franceses, isto provado e verificado com o pessoal da aviação naval da Argentina que operou ambos os caças.
Os A-4 foram considerados ideais por serem de fácil manutenção e operação, eram muito ágeis e poderiam operar em qualquer Nae de pequeno ou médio porte que a MB viesse a operar. E principalmente, serviam muito bem para o propósito principal que era devolver a baixo custo a capacidade de asa fixa da aviação naval, formando e treinando tripulações e organizando a doutrina.
Era mais ou menos o que a FAB fez com com os F-5 no começo do século XXI, a espera da decisão pelo FX1 da vida. Mas infelizmente não deu certo.
A FAB teve que esperar quase vinte anos por uma decisão, e a MB ficou sem dinheiro, sem Nae e quase sem caças.
Fazer o quê. Paciência.
E não tivemos que pagar horrores pra modernizar poucos A-4 logo depois?

É mais uma das decisões de pegar barato e pagar caro pra operar por teimosia.

Aliás, esses A-4 serviriam de nada se fossem usados, pois não possuem míssil antinavio integrado, se quer Maverick. Iriam com bombas contra navio inimigo???




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Re: Aviação Naval Brasileira

#608 Mensagem por J.Ricardo » Ter Jan 04, 2022 4:27 pm

Hoje manter esses aviões é falta de bom censo da MB, deveriam transformar essa unidade em uma unidade especializada em drones e usar aquelas aquelas trapizongas dos kc2 em um embrião de aviação de patrulha, sei lá, quem sabe com algum pod pendurado nele até que sirva para isso.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#609 Mensagem por Túlio » Ter Jan 04, 2022 4:39 pm

J.Ricardo escreveu: Ter Jan 04, 2022 4:27 pm Hoje manter esses aviões é falta de bom censo da MB, deveriam transformar essa unidade em uma unidade especializada em drones e usar aquelas aquelas trapizongas dos kc2 em um embrião de aviação de patrulha, sei lá, quem sabe com algum pod pendurado nele até que sirva para isso.
PARA MING :twisted: [TROLL MODE ON] devíamos era doar esses Skyhawks, junto com tudo o que tivermos em peças, ferramental, documentação e armamento AO PARAGUAY, além de treinar o pessoal deles: ninguém na BOLÍVIA ia conseguir mais dormir, pois não iam ter nada que os segurasse.

Pelo menos lá os aviões iam servir para alguma coisa além de torrar dinheiro do PAGADOR DE IMPOSTOS.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#610 Mensagem por J.Ricardo » Ter Jan 04, 2022 4:47 pm

Eu doava tudo pra Argentina e dizia: vai lá Argentina, agora dá pra encarar a Inglaterra. :twisted:




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Re: Aviação Naval Brasileira

#611 Mensagem por gabriel219 » Ter Jan 04, 2022 5:02 pm

J.Ricardo escreveu: Ter Jan 04, 2022 4:27 pm Hoje manter esses aviões é falta de bom censo da MB, deveriam transformar essa unidade em uma unidade especializada em drones e usar aquelas aquelas trapizongas dos kc2 em um embrião de aviação de patrulha, sei lá, quem sabe com algum pod pendurado nele até que sirva para isso.
Os KC-2 poderiam ser movidos até pro EB usar na Amazônia, tanto para transporte de carga quanto como aeronave bombeiro. Os Bandeirulas poderiam ir pra MB para dar inicio a isso, assim, o futuro substituto do P-3AM, iria direto pra MB.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#612 Mensagem por gabriel219 » Ter Jan 04, 2022 6:54 pm

Só as decisões estúpidas da MIRJ, dava para reequipar e colocar o SISGAAZ em prática, com drones e tudo. Vejamos:

MANSUP: R$ 380 milhões até 2018, muito provavelmente esse valor já ultrapassou a casa dos R$ 400 milhões. Pra se ter noção, o custo de desenvolvimento do MTC foi de aproximadamente R$ 193 milhões, com mais R$ 110 milhões para aquisição de 100 mísseis, num total de R$ 303 milhões. É um "míssil" cujo peso chega perto de uma tonelada e tem alcance de 70 km, que nem sabemos quando será produzido contra um outro com alcance bem superior a 300 km, carga superior e já possui 100 mísseis encomendados, com possibilidade de ser triplicado isso com vendas internacionais. Quantas encomendas tem o MANSUP mesmo? Qual era o problema da MB, que já pensava em adquirir o Astros Mk6, em participar do programa junto com o EB? Muito provavelmente, se quer seriam gastos algo mais que R$ 200 milhões pra fazer a versão naval e ainda aceleraria o projeto. Já já chega algum SEM CÉREBRO pra falar que o programa tem importância por nos deixar independente e não sei que país da África vai comprar o Mansup, com C-802 sendo vendido ai por um custo estimado MENOR e desempenho HUMILHANTEMENTE SUPERIOR. São centenas de milhões num projeto de um míssil da década de 70 - na melhor das hipóteses - para o século XXI, que NINGUÉM QUER! Fora os novos mísseis Turcos, do EAU e assim vai.

A-4M: R$ 243 milhões, aproximadamente, para modernizar 4 aeronaves, que NÃO possui míssil novo integrado, se quer míssil anti-navio ou até mesmo o Derby, já que seu radar permitiria isso. A MIRJ conseguiu gastar mais de 200 milhões em quatro aeronaves que possuem capacidades ofensivas semelhantes ao A-29, genial! Aliás, quiçá piores! Não quiseram SuE por ser "caro" e conseguiram transformar o barato A-4 em um projeto mais caro ainda, gênios!

KC-2: Alguém aqui sabe qual foi o custo dessa palhaçada? Pois tinha um custo inicial, mas a empresa faliu - não se deram o trabalho de fazer consultoria sobre a empresa do qual iriam contratar??? - ai tiveram que contratar outra.

A-12: USD 12 milhões é a preço de nada e a modernização dele não era tão cara para o que ofereciam, mas claro que os ilustres do AMRJ sabem mais que a própria DCNS, na época. O que daria errado? Quase 500 milhões de erros mais tarde, segundo alguns estimam.

Ai, com valores confirmados, chega na casa do bilhão a brincadeira com dinheiro público. Qual vantagem de desenvolver o Mansup e não uma versão naval do MTC? NENHUMA! Qual vantagem de pegar A-4 pra depois fazer o que fez? NENHUMA! Vou nem comentar sobre o KC-2 e o A-12, sério, esses são casos de lesa pátria mesmo.

E as maiores barbeiragens ainda estão por vir, como Javelin, Abrams e JTLV pro CFN, afinal a MIRJ é uma força a parte do Brasil, é quase como uma PMC. Não faz sentido nenhum ter qualquer comunalidade de material com as demais forças, pra quê?

Não sei porque milagre eles usam o L118, deve ser algum milagre divino que proporcionou isso ou falta de opção mesmo na época.

As únicas decisões "acertadas" da Marinha foram imposições políticas, como o PROSUB mesmo.

Ai depois ficam "ain, o congresso, ain o presidente", ai eles liberam a verba e as FFAA faz isso ou gasta toda a grana com aposentadoria e pensão. Olhem o nosso Orçamento, nem se quer temos uma FFAA grande, chega a ser bem comparável ao da Turquia e olha que engraçado, nosso orçamento é superior ao deles kkkkkkk. O orçamento militar da Turquia, ano passado, foi de USD 21 bilhões e o nosso fechou em torno de USD 25 Bilhões em 2020. Eles possuem uma FFAA composta por algo em torno de 355 mil Militares e nós em torno de 335 mil Militares.

Agora pare para analisar a diferença BRUTAL em equipamento e formento de sua BID por recursos próprios do MD deles. O problema são congressistas ou os próprios Militares que não sabem utilizar os recursos que possuem?




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Re: Aviação Naval Brasileira

#613 Mensagem por Túlio » Ter Jan 04, 2022 7:31 pm

Calma, @gabriel219, a MIRJ é muito IXPÉRRRRTA e só fica botando pilha pros gringos acharem que é fraquinha, tipo mostrando Skyhawk desdentado e inventando que nem tem mais CV. Mas esqueceram que MING :twisted: tem seu próprio Serviço de Inteligência, dae meus lacaios me mandaram uma foto que PROVA que tem CV sim e os caças a bordo são os melhores que há.

O acidente mostrado (pequeno, mal arranhou a pintura do caça) é, como sempre, culpa do governo FAXIXTX, que fica negando verba para prevenção de acidentes.


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Re: Aviação Naval Brasileira

#614 Mensagem por gabriel219 » Ter Jan 04, 2022 7:39 pm

Túlio escreveu: Ter Jan 04, 2022 7:31 pm
Calma, @gabriel219, a MIRJ é muito IXPÉRRRRTA e só fica botando pilha pros gringos acharem que é fraquinha, tipo mostrando Skyhawk desdentado e inventando que nem tem mais CV. Mas esqueceram que MING :twisted: tem seu próprio Serviço de Inteligência, dae meus lacaios me mandaram uma foto que PROVA que tem CV sim e os caças a bordo são os melhores que há.

O acidente mostrado (pequeno, mal arranhou a pintura do caça) é, como sempre, culpa do governo FAXIXTX, que fica negando verba para prevenção de acidentes.


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Sério, eu não fico com raiva total da MIRJ, mas sim de forista que fica chorando aqui pra deputado e presidente, quando temos um orçamento 25% MAIOR que o da Turquia, uma força menor e nem se quer se compara com o poder de fogo e com a BID deles. Deve ser normal por ai gastar, até então em 2018, 77,5%, o que hoje deve ser aumentado. Vou procurar o orçamento e fazer o cálculo pra trazer aqui e passarem a cobrar as pessoas certas.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#615 Mensagem por gabriel219 » Ter Jan 04, 2022 8:05 pm

@Túlio, trazendo aqui sobre o ano de 2021:

Gastos totais com pessoal: R$ 84.554 Bilhões.

Gastos com ativa (salários, rancho, manutenção e entre outros): R$29.913 Bilhões; e
Gastos com Aposentadoria e Pensões: R$ 51.752 Bilhões.

Isso dá uma porcentagem de 62%, aproximadamente. O orçamento executado total foi de R$ 97,28 Bilhões, o que dá, até o ano passado, em torno de USD 31 bilhões.

O quanto disso realmente foi gasto com investimento: R$ 9 bilhões, aproximadamente.


Não tenho os dados do orçamento Turco de 2021, porém o de 2020 gira em torno de USD 20 Bilhões. Possuem uma força com cerca de 6% mais tropas do que nós, atuam em um conflito em Afrin e parte da Síria, possui uma BID do qual eu nem irei comparar, possui uma FA composta por 293 aeronaves de caça e 195 drones armados CAT 4 pra cima; uma Marinha com 12 SSK's, 16 Fragatas e 25 drones CAT 5, além de MPA's; e um Exército com 3 mil VBC's, 5 mil VBTP's, dezenas de milhares de peças de artilharia (solo-ar e solo-solo), além de mais de 110 drones de combate, aéreos e estão recebendo os terrestres.

O orçamento militar deles corresponde a 65% do nosso orçamento.

O que está de errado conosco é falta de verba ou gestão?




Editado pela última vez por gabriel219 em Ter Jan 04, 2022 8:47 pm, em um total de 1 vez.
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