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Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Ter Set 22, 2009 10:57 pm
por RenaN
Walterciclone escreveu:
RenaN escreveu:É isso que eu estou tentando entender também, Orestes. :|

Sds.
PARECE que sim, mas muito atabalhoadamente :? :evil:
Nao sei Walter. Tirando a parte legal da coisa, conforme a entrevista do advogado que você postou, se o ato não for ilegal o Brasil não reconhece o novo governo e não vejo atitude errada nisso.

Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Ter Set 22, 2009 11:38 pm
por Izaias Maia
Brasil foi "chavista" ao dar abrigo a Zelaya, diz oposição
22 de setembro de 2009 • 17h16 •

Marina Mello
Direto de Brasília

Senadores da oposição criticaram nesta terça-feira o abrigo concedido pela embaixada brasileira em Honduras ao presidente deposto, Manuel Zelaya. Para os parlamentares, a concessão do abrigo em si pode ser vista de forma positiva, já a forma como Zelaya está na embaixada, acompanhado por seus apoiadores e, na visão deles, usando o espaço para realizar "comícios" é questionável e aponta para uma postura "chavista" do Brasil em questões internas de outros países.

"Conceder asilo é uma coisa, ficar fazendo comício dentro da embaixada brasileira, é outra. Temos que respeitar a autonomia, não podemos pegar a embaixada e deixar acontecer o que está acontecendo. Não podemos entrar nesse 'chavismo' de estar invadindo questões internas de outros países", disse o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

Para o líder tucano Arthur Virgílio (AM), o Brasil vinha conseguindo manter uma postura internacional de intermediar conflitos e a atitude pode prejudicar essa posição. "Temo que esta seja uma 'bola fora', um equivoco. O Brasil acaba se desqualificando como interlocutor porque não teve postura imparcial", disse Virgílio.

O clima na comissão chegou a esquentar quando o senador Heráclito perguntou ao embaixador Gonçalo Mourão, chefe do Departamento de América Central e Caribe no Ministério das Relações Exteriores, se o ministro Marco Aurélio Melo teria participado de alguma das conversas relativas a Zelaya. "Acho que o senhor deveria perguntar a ele senador, porque eu não sei", disse o embaixador.

Heráclito se irritou e rebateu: "o senhor não me mande fazer nada e me respeite", disse.

O presidente da comissão, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), disse que apesar de concordar que o Brasil não teria como negar o abrigo a Zelaya, é preciso ter cuidado para que o País não acabe criando um "complexo, uma concessão de que vai tomar conta do mundo".

Redação Terra

Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Ter Set 22, 2009 11:40 pm
por alcmartin
[029] [029]

Vôo de cheque para a diplomacia brazuka...vamos ver como se sai.

Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Ter Set 22, 2009 11:43 pm
por Bourne
Como o Brasil foi "chavista" se os a maioria dos países do mundo dão apoio ao presidente destituindo e são contra o golpe, inclusive os EUA?

Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Ter Set 22, 2009 11:48 pm
por Mapinguari
Walterciclone escreveu:
Bender escreveu:Podem ficar tranquilos,que a GN acabou de informar que a embaixada esta segura,a embaixada tem UM segurança privado para cuidar de toda segurança do local.

Menos mal.

Sds.

É..., tem que mandar uns 2 Hércules lotados de CFNs e na volta trazer o Zelaya na marra para um asilo lá em botafogo. Ou em Bsb, como aconteceu com o Stroessner.
Sabe que eu pensei a mesma coisa?
Acho que 200 FN davam conta de retomar a Embaixada e trazer os 12 funcionários brasileiros e mais o Zelaya. Espero que, a essa altura, uma alternativa dessas já esteja sendo preparada, com pessoal e aeronaves em alerta.

Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Qua Set 23, 2009 12:04 am
por PRick
izaias freitas maia escreveu:Brasil foi "chavista" ao dar abrigo a Zelaya, diz oposição
22 de setembro de 2009 • 17h16 •

Marina Mello
Direto de Brasília

Senadores da oposição criticaram nesta terça-feira o abrigo concedido pela embaixada brasileira em Honduras ao presidente deposto, Manuel Zelaya. Para os parlamentares, a concessão do abrigo em si pode ser vista de forma positiva, já a forma como Zelaya está na embaixada, acompanhado por seus apoiadores e, na visão deles, usando o espaço para realizar "comícios" é questionável e aponta para uma postura "chavista" do Brasil em questões internas de outros países.

"Conceder asilo é uma coisa, ficar fazendo comício dentro da embaixada brasileira, é outra. Temos que respeitar a autonomia, não podemos pegar a embaixada e deixar acontecer o que está acontecendo. Não podemos entrar nesse 'chavismo' de estar invadindo questões internas de outros países", disse o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

Para o líder tucano Arthur Virgílio (AM), o Brasil vinha conseguindo manter uma postura internacional de intermediar conflitos e a atitude pode prejudicar essa posição. "Temo que esta seja uma 'bola fora', um equivoco. O Brasil acaba se desqualificando como interlocutor porque não teve postura imparcial", disse Virgílio.

O clima na comissão chegou a esquentar quando o senador Heráclito perguntou ao embaixador Gonçalo Mourão, chefe do Departamento de América Central e Caribe no Ministério das Relações Exteriores, se o ministro Marco Aurélio Melo teria participado de alguma das conversas relativas a Zelaya. "Acho que o senhor deveria perguntar a ele senador, porque eu não sei", disse o embaixador.

Heráclito se irritou e rebateu: "o senhor não me mande fazer nada e me respeite", disse.

O presidente da comissão, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), disse que apesar de concordar que o Brasil não teria como negar o abrigo a Zelaya, é preciso ter cuidado para que o País não acabe criando um "complexo, uma concessão de que vai tomar conta do mundo".

Redação Terra
Logo nossa mídia vendida e querida :lol: :lol: , corre para escutar os "Senadores" da Oposição, que só falam besteiras, são a dupla perfeita, ou melhor, pertencem ao mesmo bando, uma parte gosta de abanar o rabo, a outra não sai de cima do muro!!!! :twisted: :twisted: :twisted:

[]´s

Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Qua Set 23, 2009 12:46 am
por Pedro Gilberto
Centurião escreveu:Vamos supor algumas coisas:

1 - E se o Itamaraty não tem nada a ver com a volta do Zelaya?
2 - E se o cara apareceu de surpresa por lá e nos deixou com duas opções: bater a porta na cara ou recebê-lo. Qual seria a opção menos ruim para nós? (Não é uma pergunta retórica, eu quero saber a opinião de todos mesmo.)

Deixando essas suposições de lado. Espero que o governo declare enfaticamente que não tolerará qualquer agressão à embaixada. Nessa hora, acredito que todos devemos apoiar o nosso governo. Acredito que temos sim meios de nos defender, mas espero que não seja necessário.
Oi Centurião...como diria Jack, vamos por partes... :twisted:

1- Realmente a essa altura do conhecimento não temos como saber se foi uma jogada ensaiada ou o Itamaraty foi colocado numa sinuca de bico por Chavez. Eu creio que foi a 2 opção, mas não duvidaria se foi combinado esse retorno e abrigo do Zelaya na Embaixada do Brasil.

2- Bem aqui teremos que brincar de O que aconteceria se....e tudo são apenas suposições.
Se Zelaya não fosse recepcionado pela Embaixada do Brasil, provavelmente iria bater na porta da Embaixada da Venezuela.
Assim veríamos essa muvuca que ocorreu no que na frente do prédio deles. Muito provavelmente o Chavez ia bradar, bater na mesa, fazer aquele escarcéu que nós sabemos que ele sabe fazer, só que definindo a linha vermelha dele - se invadir nossa Embaixada nós invadimos Honduras. Disso podemos derivar 2 hipotéses

2.1. O governo golpista de Honduras não irá invadir porque sabe que é caixão e vela, visto que esse ato irá legitimar perante a comunidade internacional uma intervenção militar no país (podendo ser via uma coalizão ou não). Imagino que nesse cenário o desfecho seria semelhante ao que ocorrerá a partir da situação atual. Continuará o jogo de gato e rato diplomático que estamos vendo e aquele que piscar primeiro perde. O Micheleti já anunciou que aceita negociar desde que escolha o interlocutor provalvemente fora dos atuais (Brasil, Venezuela, EUA,). Se for um negociador mais imparcial mas com credibilidade (ex Canada) podemos supor que irão tentar um cenário de empate técnico, isto é, eu perco (Micheleti), mas ele não ganha (Zelaya), assumindo uma junta governamental interina até novas eleições com supervisão internacional ocorra. Seria a saída mais factível de ambas as partes concordarem. Se esse desfecho ocorrer, o Chavez não teria como se apossar do discurso do solucionador do imblóglio. Mas ainda assim com certeza irá apoiar o candidato que mais abrace a causa bolivariana, e caso este ganhe o pleito, teremos mais um país dentro de sua área de influência.

2.2 Se o Micheleti (só) tiver cojones e for invadir a Embaixada, podemos dizer que com certeza o governo seria derrubado pois não tem taco para suportar a intervenção. O que ocorrerá após a queda do regime seria uma incógnita mas podemos supor uma convulsão no vácuo da ausência de poderes nacionais constituídos e, até que seja definido uma nova estrutura de poder, ocorrerá uma guerra civil. Se esse período for curto, ou seja, a convulsão não durar muito, podemos supor que haverá novas eleições sobre o manto de Chavez, o Novo Libertador das Américas, devendo assim eleger um partidário de Zelaya (se não o próprio) e então Chavez irá tomar para si de vez a herança do Bolivar, aumentando o prestígio de sua causa na AL.

Enfim, podemos extrair outos cenários possíveis em que Chavez não teria ganhos (geo)políticos. Sim, mas seria os descritos acima são, creio eu, os mais verossímeis de ocorrer.

[]´s

Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Qua Set 23, 2009 12:47 am
por Izaias Maia
Zelaya denuncia plano para invasão da embaixada brasileira
22 de setembro de 2009 • 23h23

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, afirmou nesta terça-feira que o governo de fato em Tegucigalpa planeja invadir a embaixada do Brasil, onde está abrigado desde a véspera.

Em declarações ao canal Telesul, sediado em Caracas, Zelaya disse que "na noite de hoje vão assaltar a embaixada do Brasil. Há um plano de captura e assassinato. Parece que já têm os médicos prontos para declarar que houve um suicídio", disse Zelaya a Telesul por telefone.

"Esclareço à comunidade internacional que Manuel Zelaya Rosales não é um suicida, que está vivo e lutando por seus princípios e seus valores com firmeza. Prefiro morrer firme do que me ajoelhar diante desta ditadura", afirmou.

Zelaya, que foi derrubado e expulso do país por um golpe militar, em 28 de junho passado, voltou secretamente na segunda-feira a Honduras, onde se refugiou na embaixada do Brasil.

O governo de fato de Honduras, liderado por Roberto Micheletti, garantiu hoje que não pretende invadir a embaixada do Brasil para deter Zelaya. "Não planejamos e nem faremos qualquer coisa na embaixada de qualquer país para deter o senhor Manuel Zelaya", declarou a vice-chanceler Martha Lorena Alvarado.

A polícia hondurenha também descartou a invasão da embaixada em Tegucigalpa: "isso não pode ser feito porque estamos falando de convenções internacionais, e é preciso respeitar as leis internacionais", disse o oficial Orlin Cerrato.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em Nova York para a Assembléia Geral das Nações Unidas, advertiu o governo hondurenho de fato para que respeite a imunidade da embaixada brasileira.

"Nós esperamos que os golpistas não entrem na embaixada (...). Pedi (a Zelaya) que tivesse muito cuidado para não dar pretexto algum aos golpistas para recorrer à violência".

As ruas próximas à embaixada do Brasil estão bloqueadas por militares e policiais de choque, que impedem a passagem, inclusive da imprensa.

A polícia e o Exército assumiram o controle da região após expulsar, na manhã de hoje, cerca de 4 mil seguidores de Zelaya que se concentravam diante da embaixada.

AFP
http://noticias.terra.com.br/mundo/golp ... leira.html

Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Qua Set 23, 2009 12:54 am
por Izaias Maia
Micheletti descarta encontro com Zelaya para diálogo sobre crise
23 de setembro de 2009 • 00h32


O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, descartou a possibilidade de se encontrar com o líder deposto, Manuel Zelaya, que está abrigado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
Em uma entrevista à BBC Mundo, Micheletti disse que os dois líderes possuem representantes que podem iniciar o diálogo numa tentativa de encerrar de forma pacífica a crise política no país.

Confira trechos da entrevista.

BBC - Como foi que Manuel Zelaya entrou em Honduras sem o conhecimento do governo? O senhor tinha ideia de que ele tentaria entrar?

Micheletti- Não. Sabíamos, suspeitávamos de que os movimentos de muitos políticos aqui de Honduras até a Nicarágua, onde estava Zelaya, poderiam provocar uma tentativa de regresso por parte dele. Mas oficialmente não sabemos nem sequer por onde ele entrou.

Neste país há tantas fronteiras que não temos a capacidade para administrá-las. Não sabemos se ele chegou por helicóptero ou por terra. Há ma forte indicação que ele entrou em um veículo político conhecido do país, mas não temos nenhuma confirmação oficial.

BBC - O senhor acredita que, de certa forma, os serviços de inteligência do país falharam?

Micheletti- Eu creio que sim. Não precisamente isso porque estamos dedicados a muitos trabalhos internos sobre o que está passando e o que pode ocorrer e de repente por isso não dedicamos tanta atenção ao regresso de Zelaya.

E também há uma contribuição de outros setores que afirmavam que ele não voltaria porque estariam tentando fechar o acordo de San José e isso e aquilo, e isso nos deu um pouco de confiança e aconteceu o que acabou acontecendo.

BBC - Agora que Zelaya está em Honduras, que saída o senhor vê para essa situação? O senhor está disposto a conversar com ele diretamente?

Micheletti - Não. Acredito que nós temos comissões responsáveis para realizar o diálogo. Não há nenhum problema, os acordos podem ser assinados posteriormente.

Mas primeiro quero escutar da parte dele que ele aceita as eleições, que vamos às urnas. E que ele aceita a paz e a tranquilidade. Que ele pode fazer um chamado aos seus apoiadores para que não saiam às ruas. Infelizmente, acredito que ele mesmo já perdeu o controle das pessoas da esquerda que estão envolvidas nesse movimento no país.

Mas primeiro vamos ver as ações. Nós já estamos acostumados, já conhecemos perfeitamente as atitudes do senhor Zelaya. Ele tem sido um homem que não cumpre nenhuma promessa que faz. Ele prometeu mil coisas e não as fez. Por exemplo, ele prometeu que não faria uma Assembleia Constituinte e tentou fazer uma.

BBC - Então, pelo que o senhor me disse, o senhor está disposto a conversar com Zelaya para que ele diga exatamente quais são suas intenções?

Micheletti - Não, ele já as declarou publicamente. As intenções dele são vir novamente para cá montar uma Assembleia Constituinte, acabar com o Supremo Tribunal de Justiça, acabar com o Congresso Nacional e estabelecer uma ditadura no país. Ele já falou isso publicamente.

BBC - O senhor então está disposto a receber, por exemplo, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) ou algum outro presidente latino-americano para que se inicie uma negociação com Zelaya?

Micheletti - Não consigo imaginar o que negociaríamos. A negociação que temos em Honduras é realizar as eleições em 29 de novembro, escolher um novo presidente e a partir daí entregar a ele o poder em 27 de janeiro como manda a Constituição e a lei eleitoral.

Esse é o nosso plano, nosso trabalho e temos caminhado sobre esse tema. São eles que colocam obstáculos e vem se dedicando a romper toda a propaganda política dos diferente candidatos de diversos países. Eles estão tratando de intimidar a população para que não vá às eleições. Sem dúvida, o povo está decidido que vai às urnas em 29 de novembro.

BBC- Mas se através de um mediador, Zelaya diga que sigam as eleições, mas que ele tem condições e o seu governo tem as suas. O senhor acredita que se pode iniciar um diálogo e resolver essa crise neste momento?

Micheletti - Eu acredito que sim, nós não temos nenhuma objeção em escutar. Definitivamente não temos objeção em escutar as propostas que possam ser feitas.

BBC- Através de um mediador ou seria diretamente com Zelaya?

Micheletti- Eu acredito que já se iniciaram, já parece que ele nomeou alguns representantes aqui para que possam dialogar com outros grupos.

Mas realmente a população está muito temerosa, a população tem muito medo das atitudes deste senhor. E logicamente, não tanto ele, mas o apoio que tem de Hugo Chávez, que trouxe conseqüências funestas a este país. Ele veio, se deu ao luxo de convidá-lo, trazê-lo aqui. E em uma praça pública ele insultou a todos os hondurenhos.

Depois ele trouxe aqui o presidente do Equador, Rafael Correa, para fazer o mesmo e insistir que nós, hondurenhos, devíamos fazer um referendo que foi praticamente o mesmo feito pelos equatorianos para que possam permanecer em suas posições políticas eternamente.

BBC - O que acontece com as reclamações do Brasil? Eles dizem que a embaixada está sitiada, que cortaram serviços de água e outras facilidades. É correto?

Micheletti- Não. A luz foi cortada pelo vandalismo que os apoiadores dele (de Zelaya) causaram. Muitos deles estavam bêbados, dispararam tiros para o alto - isso entre às 9h da noite e às 3h da manhã. Falando, fazendo festa. Depois eles desconectaram a luz, não sei por que ou como, mas desconectaram a luz da casa da embaixada e todo o bairro ficou sem energia elétrica.

Mas isso já foi praticamente restabelecido. Hoje, às 5h da manhã, expulsaram essa gente de lá porque os vizinhos da comunidade da região onde está a embaixada registraram queixas de que havia vandalismo e de que houve tentativa de roubo, então a polícia interveio para dispersar, manter a ordem, e garantir os bens e as pessoas na embaixada do Brasil.

Atuamos com a maior responsabilidade. Quisera os funcionários tenham uma oportunidade de expressar se houve um policial que tentou cruzar o muro ou as portas da embaixada. Não houve nada disso.

Ao contrário, hoje recebi uma informação às 8h da manhã de que o ministro da Segurança estava pedindo permissão porque o embaixador dos Estados Unidos havia dito que algumas pessoas que estão dentro da embaixada do Brasil, que são empregados da embaixada, hondurenhos e brasileiros queriam de lá sair porque estavam inconformados com o que estava acontecendo. Então eu disse ao ministro : "dê a autorização para que essas pessoas possam sair e ir para suas casas".

Isso indica que há abertura de nossa parte, que não temos rivalidade com nenhum país e que os funcionários e as pessoas que estavam dentro da embaixada digam se alguém do governo tentou causar danos.

Sem dúvida temos vizinhos ali na região que estão confessando que há gente tentando entrar nas propriedades sem sequer pedir permissão e que cometeram delitos e abusos contra moradores da região.

BBC - Há relatos na imprensa de que há feridos, que possivelmente uma pessoa teria morrido como consequencia das manifestações em frente à embaixada e que estariam levando os detidos a um campo de futebol. Essas declarações estão corretas?

Micheletti- Quero garantir a você que não há mortos. Você não acredita que se alguém tivesse sido morto, estas pessoas já não teriam feito um escândalo.

O Zelaya está mentindo, segue mentindo. Não é certo. Há feridos no confronto entre policiais e apoiadores dele. Lembre-se e volto a repetir que muitos deles estavam bêbados, fizeram uma festa durante a noite toda e então veio a reação da polícia e imagino que alguns deles reagiram contra as ações policiais. Mas não é correto dizer que há mortos.

Eu gostaria que quando esse tipo de notícia aparecer, mandem alguém para verificar se realmente aconteceu algum fato dessa natureza.

BBC- A propósito, temos vários jornalistas que querem entrar em Honduras, mas não podem porque os aeroportos foram fechados. Gostaria de perguntar se o senhor pensa em manter o toque de recolher e quando pensa em abrir o acesso aos aeroportos para que pessoas de fora possam entrar no país?

Micheletti - Há pouco estava reunido com o pessoal da Aeronáutica e fazendo planos, vendo a possibilidade de que possam entrar e falar com todos os setores e falar com os vizinhos da embaixada do Brasil e ver o que aconteceu durante a noite que essa gente se reuniu ali.

BBC - O senhor está disposto a utilizar a força para resolver essa situação?

Micheletti- Nós nunca utilizamos a força. Eu tenho 29 anos como deputado e congressista nesse país e tenho tentado lutar pela manutenção da democracia. Em 1980 voltamos à ordem constitucional através de uma Assembleia Constituinte. Eu fui um dos membros dessa Assembleia. Eu sei o que é lutar pela democracia e não acredito em utilizar a força por nenhuma justificativa. O Exército tem suas instruções, a polícia tem as instruções de cumprir com a ordem constitucional.

BBC - Por último, o senhor tem alguma mensagem para a comunidade internacional?

Micheletti - Eu quero dizer a todos os países que façam uma reflexão, que acusaram esse país sem antes conhecer a Constituição da República e as leis. Nos acusaram de forma injusta e o que fizemos foi defender nossa Constituição de quem tentou romper a ordem constitucional através de pesquisas para fazer uma Assembleia Constituinte. E esse senhor continua a dizer isso publicamente, que vai fazer uma Assembleia Constituinte e isso não se permite em um país democrático como esse.


BBC Brasil - BBC BRASIL.com
http://noticias.terra.com.br/noticias/0 ... 88,00.html

Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Qua Set 23, 2009 12:56 am
por Pedro Gilberto
PRick escreveu:
izaias freitas maia escreveu:Brasil foi "chavista" ao dar abrigo a Zelaya, diz oposição
22 de setembro de 2009 • 17h16 •

Marina Mello
Direto de Brasília

Senadores da oposição criticaram nesta terça-feira o abrigo concedido pela embaixada brasileira em Honduras ao presidente deposto, Manuel Zelaya. Para os parlamentares, a concessão do abrigo em si pode ser vista de forma positiva, já a forma como Zelaya está na embaixada, acompanhado por seus apoiadores e, na visão deles, usando o espaço para realizar "comícios" é questionável e aponta para uma postura "chavista" do Brasil em questões internas de outros países.

"Conceder asilo é uma coisa, ficar fazendo comício dentro da embaixada brasileira, é outra. Temos que respeitar a autonomia, não podemos pegar a embaixada e deixar acontecer o que está acontecendo. Não podemos entrar nesse 'chavismo' de estar invadindo questões internas de outros países", disse o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

Para o líder tucano Arthur Virgílio (AM), o Brasil vinha conseguindo manter uma postura internacional de intermediar conflitos e a atitude pode prejudicar essa posição. "Temo que esta seja uma 'bola fora', um equivoco. O Brasil acaba se desqualificando como interlocutor porque não teve postura imparcial", disse Virgílio.

O clima na comissão chegou a esquentar quando o senador Heráclito perguntou ao embaixador Gonçalo Mourão, chefe do Departamento de América Central e Caribe no Ministério das Relações Exteriores, se o ministro Marco Aurélio Melo teria participado de alguma das conversas relativas a Zelaya. "Acho que o senhor deveria perguntar a ele senador, porque eu não sei", disse o embaixador.

Heráclito se irritou e rebateu: "o senhor não me mande fazer nada e me respeite", disse.

O presidente da comissão, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), disse que apesar de concordar que o Brasil não teria como negar o abrigo a Zelaya, é preciso ter cuidado para que o País não acabe criando um "complexo, uma concessão de que vai tomar conta do mundo".

Redação Terra
Logo nossa mídia vendida e querida :lol: :lol: , corre para escutar os "Senadores" da Oposição, que só falam besteiras, são a dupla perfeita, ou melhor, pertencem ao mesmo bando, uma parte gosta de abanar o rabo, a outra não sai de cima do muro!!!! :twisted: :twisted: :twisted:

[]´s
Como sempre, nossa mídia sempre querendo tentando impor sua pauta ideológica... :roll:

Quer dizer agora se dá abrigo ao Zelaya é chavista... :shock:
Se "expulsa" os cubanos é BOF (Baba Ovo de Fidel), logo chavista por tabela.... :shock:

Pô definam aí....tem jeito de fazer algo e não ser chavista?? :lol:

[]´s

Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Qua Set 23, 2009 1:16 am
por Paisano
Os fatos de Honduras e as versões distorcidas*

Fonte: http://www.jblog.com.br/politica.php?itemid=15847
O governo de fato de Honduras restabeleceu o suprimento de água e energia elétrica à Embaixada do Brasil, que havia sido cortado em flagrante violência aos princípios diplomáticos internacionais. Esperava-se, no início da noite, a chegada do secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, a Tegucigalpa, com o objetivo de retomar o diálogo. Qualquer que venha a ser o desfecho da crise, o Brasil não pode desculpar o insulto à sua soberania. Os Estados Unidos estão atuando com firmeza no episódio, como mostram as declarações da secretária de Estado Hillary Clinton. Espera-se que Obama, passadas estas horas em que esteve ocupado com o problema da Palestina – onde se situa o Estado de Israel – venha a ocupar-se com maior atenção do que ocorre na América Central.

Quem ouve os comentários dos cientistas políticos e analistas internacionais das emissoras de televisão e lê alguns jornais brasileiros está certo de que Zelaya pretendia, em referendum popular – que ocorreria em junho passado – disputar um segundo mandato presidencial. Não é verdade. Zelaya queria – e sem efeito vinculante – que o povo dissesse se concordava, ou não, que nas eleições de novembro próximo uma quarta urna fosse colocada nas seções eleitorais. Nessa urna especial, os eleitores aceitariam, ou não, a convocação de Assembléia Nacional Constituinte para redigir nova Carta Política. A consulta direta ao povo, por iniciativa do presidente da República, é prevista pela atual Constituição de Honduras, em seu artigo 5º. Embora provavelmente nova Assembleia Constituinte pudesse tratar também do problema dos mandatos, a consulta de novembro não faria referência expressa a isso, nem Zelaya seria beneficiado: ela coincidiria com a eleição de seu sucessor, dentro das regras atuais do jogo. Portanto, não é verdade que Zelaya pretendesse, com a consulta prévia – e frustrada com o golpe de junho – obter um segundo mandato presidencial. Zelaya e as forças políticas que o apoiam pareciam dispostas a avançar na luta pelo desenvolvimento econômico e social de um dos países mais pobres do mundo. Tendo sido eleito pelas oligarquias conservadoras, às quais pertence por origem familiar, Zelaya, no exercício do poder, modificou a sua orientação ideológica, encaminhando-se para uma posição de centro-esquerda.

A Constituição hondurenha, mesmo estando ultrapassada pela nova situação mundial, é taxativa, em seu artigo 3º, na condenação aos golpes de Estado. Diz o dispositivo: “Nadie debe obediencia a un gobierno usurpador ni a quienes asuman funciones o empleos publicos por la fuerza de las armas o usando medios o procedimientos que quebranten o desconozcan lo que esta Constitución y las leyes establecen. Los actos verificados por tales autoridades son nulos. El pueblo tiene derecho a recurrir a la insurrección en defensa del orden constitucional”. Se assim é, não foi exatamente Zelaya quem violou a Constituição, mas os golpistas, civis e militares, que o sequestraram com sua família, alta madrugada, e o baniram do país.

O que ocorreu em Honduras e tem ocorrido na América Latina é o conflito entre um presidente eleito por voto majoritário, com amplo apoio popular, e um Congresso que representa, sobretudo, o poder econômico conservador. Pouco a pouco, Zelaya se foi distanciando das forças que o haviam elegido. Daí, provavelmente, a sua preocupação em buscar a convocação de nova Assembleia Nacional Constituinte – que poderia, eventualmente, promover a sua volta ao poder em 2014 – mas, também, consolidar algumas de suas medidas.

Se o ocupante da Casa Branca ainda fosse Bush, provavelmente Washington passaria a mão na cabeça de Micheletti. Caberia aos partidários de Zelaya organizar movimento armado, como tem ocorrido em algumas ocasiões, contra os golpistas, ou suportar a ditadura, como em outras. Os tempos, felizmente, são outros. É preciso fazer da oportunidade – a da condenação continental quase unânime contra os golpistas hondurenhos – um ponto de inflexão na história continental.

O Brasil agiu corretamente. Não poderia ter fechado as suas portas a um presidente legitimamente eleito e violentamente deposto por um golpe. Os senadores Arthur Virgílio e Heráclito Fortes precisam reler os acordos internacionais sobre direito de asilo e de refúgio, além da inviolabilidade das representações diplomáticas e de sua proteção pela comunidade internacional, antes de criticar o Itamaraty.

Em resposta ao senhor Roberto Freire, a chancelaria pode informar que Zelaya chegou à embaixada de automóvel.

*Mauro Santayana

Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Qua Set 23, 2009 2:46 am
por Enlil
"Ainda há vida" em nossa imprensa... mais um post q esclareçe pela enésima vez o q está acontecendo em Honduras... no entanto, os talibãs smurfs...

Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Qua Set 23, 2009 4:11 am
por Izaias Maia
Zelaya diz que proposta de diálogo de Micheletti é "manipulação"
23 de setembro de 2009 • 01h24

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, afirmou que a oferta de diálogo feita pelo governante interino, Roberto Micheletti, é uma "manipulação" e o acusou de não ter vontade de resolver a crise que vive o país.

"Tudo isto é uma manipulação", indicou Zelaya em declarações a Rádio Globo e ao Canal 36, depois que Micheletti manifestou sua disposição a dialogar para solucionar a crise que vive o país se este reconhece as eleições marcadas para 29 de novembro e sem que isto signifique sua volta ao poder.

"Micheletti não tem vontade de resolver a crise do país. Honduras vive uma convulsão por causa do golpe de Estado. Os golpistas devem deixar de manipular a opinião pública, eu vim aqui para que o diálogo seja direto, para que não tenha comparsas, nem nenhum tipo de distúrbios", ressaltou o presidente deposto, que retornou a Honduras na segunda-feira e se encontra abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.

Zelaya disse que se não há "igualdade para todos", sem "perseguição" nas eleições gerais convocadas para o próximo dia 29 de novembro, não há trato. Zelaya indicou que não pretende retirar a justiça em seu país, diante das "supostas acusações" contra si por supostos delitos de corrupção, incluído o de "traição à pátria", que fez a Promotoria.

Acrescentou que responderá a essas acusações no momento em que ele seja chamado, mas que os membros do governo interino de Micheletti "não podem desconhecer que houve um golpe de Estado". "Eles negam que houve um golpe de Estado, o que também é um delito, e também eles têm que responder aos tribunais para responder por esse delito", contou Zelaya, que chegou de surpresa em Honduras 86 dias depois do golpe.

Zelaya também disse que está chamando a comunidade nacional e internacional e "as forças vivas da sociedade para que se inicie o diálogo para a reconstrução do sistema democrático do país e para que nunca mais volte a se desrespeitar e suplantar a soberania popular, que é o mais sagrado de uma democracia".

A comunidade internacional, que não reconhece ao regime de Micheletti, também assinalou que desconhecerá ao novo governo que surja das eleições, se Zelaya não for restituído no poder. Zelaya assumiu a Presidência de Honduras em 27 de janeiro passado para um período de quatro anos.

EFE - Agência EFE
http://noticias.terra.com.br/mundo/golp ... lacao.html

Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Qua Set 23, 2009 4:18 am
por P44
Lula diz que golpistas em Honduras estão exagerando
23 de setembro de 2009 • 02h56 • atualizado às 02h56



O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu, após reunião em Nova York, um envolvimento maior da ONU no impasse diplomático gerado pelo refugio do presidente deposto, Manuel Zelaya, na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Para Lula, o governo golpista de Honduras "está exagerando". As informações são do Jornal das Dez, exibido pela GloboNews.

Zelaya foi destituído do poder no último dia 28 de junho, quando foi tirado de sua casa e levado para a Costa Rica. Ele voltou ao país na última terça-feira e se refugiou na Embaixada brasileira.

Nessa terça-feira foram registrados diversos confrontos entre forças de segurança hondurenhas e manifestantes pró-Zelaya. A polícia usou gás e canhões de água para conter os manifestantes.

Mais cedo, Lula e pediu a Zelaya que não dê pretexto para que golpistas pratiquem atos violentos contra a embaixada. O presidente brasileiro havia dito que "um golpista não pode se achar no direito de ser presidente sem disputar eleições". "Por isso estamos apoiando Zelaya, e gostaríamos que os golpistas se dispusessem a negociar", afirmou Lula.


http://noticias.terra.com.br/mundo/golp ... rando.html


REPORTAGEM DA SIC /Portugal
http://sic.sapo.pt/online/video/informa ... zelaya.htm

Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar

Enviado: Qua Set 23, 2009 4:29 am
por P44
Bourne escreveu:
pafuncio escreveu:Está havendo alguma reunião da OEA ? O Obrahmis já se manifestou ? Alguém tem um link do Miami Herald ?
Pô... Todo o mundo literalmente é contra a derrubada do presidente. Até o Obama. Os promotores do Golpe conseguiram despertar o desprezo do mundo todo. Ou seja, uma grande visão das conseqüências da ação. A próxima grande ga... é invadir uma embaixada estrangeira. [098]

Enfim, parece o exército de brancaleone. Se fosse em algum país da Ásia ou África, os golpistas tinham fuzilado o presidente e eliminado todos os descontentes.

acabei de descobrir que aqui na UE somos TODOS CHAVISTAS (e eu que pensava que era só o sócrates...)
:arrow: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/ ... 551776.asp