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Enviado: Dom Mar 18, 2007 7:24 pm
por Túlio
Kratos escreveu:
O problema mesmo é a forma com que o orçamento da Defesa é montado, se não me engano o Brasil é um dos poucos países no mundo em que a parte previdencial (pensões, salários e aposentadorias) dos servidores das Forças Armadas está atrelado ao orçamento da Defesa.
Logo você tem um orçamento imenso para padrões Sul Americanos, mas que não faz porra nenhuma, por quê?
Porque aqui é como eu falei lá em cima, gasta-se a maioria do orçamento na folha de pagamento.
Se houvesse um orçamento separado para a parte previdencial e uns 20 bilhões de reais para a parte operacional (das Forças Armadas) nós teríamos provavelmente segunda mais forte Força Aérea (das Américas) após a dos Estados Unidos.
É muito dinheiro, é, mas pelo menos assim nós não teríamos de esquentar a cabeça com megalomaníacos na presidência de países vizinhos.
Seríamos, de fato, uma potência militar regional.



Leiam!!!

ISSO É UM POST!!! :shock: :shock: :shock: :shock:

Vale cada letra!!!

E concordo com cada uma!!!

Enviado: Dom Mar 18, 2007 8:33 pm
por Degan
Bueno...

En los orzamentos para las FFAA de Chile, también están incluidas las penciones y los gastos de salud de éstas.

Enviado: Dom Mar 18, 2007 8:34 pm
por Bolovo
Degan escreveu:Bueno...

En los orzamentos para las FFAA de Chile, también están incluidas las penciones y los gastos de salud de éstas.

Mas a porcentagem é muito menor, aqui é mais de 80%.

Enviado: Dom Mar 18, 2007 8:36 pm
por Marino
Degan escreveu:Bueno...

En los orzamentos para las FFAA de Chile, también están incluidas las penciones y los gastos de salud de éstas.

Degan, uma pergunta:
Nestes orçamentos estão incluídos os recursos da lei reservada do cobre, ou somente recursos do tesouro nacional?

Enviado: Dom Mar 18, 2007 8:46 pm
por Degan
Marino....no, el canon del cobre no está incluida en el orzamento....

Ese dinero, por ley, eso solo para la compra (o pago) de armas....
Lo que sucede es que históricamente era una cantidad relativamente baja (y que se reparte en partes iguales en las 3 instituciones), que se usaba integramente en seguir pagando la enorme deuda militar que se tubo que hacer durante los años de embargo... :?
Ahora, ha permitido prepagar deuda y dejar la contabilidad bastante en "azul"...

Enviado: Dom Mar 18, 2007 8:47 pm
por Marino
Ok, obrigado.

Enviado: Dom Mar 18, 2007 8:54 pm
por faterra
Sniper escreveu:Esse número de 85 horas/ano é absurdo !

Sería em torno de 1:45 de vôo por semana ! :?

vou tentar entrar em contato com a FAB e tentar um número mais "oficial" ... :lol:

Abraço!


Ainda no Plano Fênix, no governo FHC, foi aumentada a verba para o incremento das horas voadas.
Na revista Segurança e Defesa, nº 67, consta a seguinte notícia:
No dia 13 de julho de 2000, o Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, aprovou três exposições de motivos do Ministério da Defesa concernentes à Aeronáutica Brasileira. Na primeira, o presidente aprovou a elevação do esforço aéreo da FAB, aumentando o número de horas voadas de 120 mil para 145 hs/ano. Esse número, entretanto, representa apenas um patamar mínimo para o adestramento dos pilotos da FAB. Para atingí-lo foi necessária a suplementação de recursos, já aprovada, da ordem de R$ 220,8 milhões. Mas, para o orçamento de 2001, o Ministério da Defesa pretente elevar este total para 180 mil hs/ano, o que representa a recuperação dos níveis anteriormente praticados pela FAB.


Não sei como chegar ao nº de horas/ano/aeronave pois não tenho as respectivas quantidades de aeronaves e nem os nº de horas disponíveis para cada tipo.
Mas acredito que deve ser bem maior do que estas 85 horas/ano.
O nº de horas disponíveis para os caças deve ser bem maior em relação às outras aeronaves.

Enviado: Dom Mar 18, 2007 9:03 pm
por orestespf
Além de concordar com o Kratos (e com o Túlio), sobre o problema do orçamento da defesa no Brasil, tem um agravante que até agora nenhum governo conseguir mudar: entram pra reserva muito cedo (conta-se o tempo de academias, etc.), aposentadoria integral (sendo promovidos a um posto acima em relação a útlimo ocupado na ativa) e o pior deles na minha opinião, as viúvas e até as "filhas" recebem integralmente o valor do soldo. O que acontece na prática, as tais filhas evitam casar-se formalmente (cartório) para não perder o direito adquirido. É uma bola de neve. É bom lembrar que isso não ocorre em praticamente nenhum país sério.
Assim, quando vemos aumentos nos orçamentos, não dá pra ficar empolgado, pois em geral, se referem a repasses de "perdas salariais". Os últimos governos evitam ao máximo mexer neste corporativismo militar para evitar atritos. As liberações de verbas substanciais para aquisição "volumosa" de novos equipamentos sempre passa por estes pontos e eles não cedem.
Por um lado, os governos (útlimos) têm consciência da necessidade de renovação dos equipamentos, por outro lado, os militares não abrem mão dos seus "direitos adquiridos". A pressão é grande de ambas as partes, podemos nos lembrar o que ocorreu no último governo quando quase todas as forças "praticamente pararam". Fizeram a escolha de sempre...
Não estou entrando no mérito legal se os militares estão errados em reinvicar suas convicções, mas é razoável o governo agregar todos esses valores no orçamento, com a intenção de mostrar para a sociedade o que se gasta com as FFAA´s. Política, política, política.
Às vezes me parece cômodo para os militares deixarem os equipamentos sucatearem (para fazer pressão para verbas para novas aquisições sem mexer no que já está conquistado), mas também é cômodo para o governo, já que o Brasil é um país pacífico e não se predispõe a guerras (vai nessa... rsrs). É uma espécie de guerra fria de bastidores....
A única coisa que nós entusiastas podemos fazer: ficarmos indignados com o desreipeito com a forma que se trata Defesa neste país!

Abraços,
Orestes

Enviado: Dom Mar 18, 2007 9:20 pm
por Marino
Orestespf, isto já foi discutido em outro tópico e já foi desmistificado.
Sugiro dar uma lida antes de escrever alguma coisa que já foi mostrado que não é realidade.
Um abraço

Enviado: Dom Mar 18, 2007 9:29 pm
por orestespf
Caro Marino, respeito e muito sua opinião e todos os seus posts (que particularmente são inteligentes e eu o vejo como "fonte" segura e confiável). Por fazer parte do sistema, talvez este meu post acaba o agredindo mesmo e possivelmente a outros amigos, mas que fique claro que essa não é minha intenção.
Quanto a ler mais e me informar, leio tudo por aqui e em outros fóruns, a tal desmistificação é minha velha conhecida... De alguma forma, sou bem informado sobre alguns dos temas que aqui aparecem. Não iria citar esse fato se não tivesse informação privilegiada. Estudei muito na minha vida, sei me comportar, e não arriscaria especular com um assunto tão delicado. Os problemas existem de fato, apenas lamento que isso ocorra.
Seria bom ver resultados práticos por parte dos militares e do governo, até porque esse assunto é desagradável e não cabe neste tópico. Quem sabe alguns artigos na mídia (assim como ocorreu na PF) não ajuda um pouco??? rsrsrs

Saudações cordiais e respeitosas ao amigo Marino,
Orestes

Enviado: Dom Mar 18, 2007 9:58 pm
por Marino
Caro Orestes, em absoluto me senti agredido, e não foi minha intenção dizer que você não lê ou que não se interesse por ler.
Suas dúvidas são mais do que procedentes, e já foram discutidas por aqui.
Por ex:
entram pra reserva muito cedo (conta-se o tempo de academias, etc.

Veja, uma academia militar não é uma universidade. Os alunos estão cumprindo, realmente, um período militar duríssimo, internado, com serviços aos fins de semana, risco de vida, exercícios, manobras, viagens nas férias, etc.
Não entramos para a reserva muito cedo. Tenho quase 50 anos e estou na ativa. Quando vamos para a reserva ganhamos proporcionalmente ao efetivo tempo de serviço, como manda a lei.

aposentadoria integral (sendo promovidos a um posto acima em relação a útlimo ocupado na ativa)

Aposentadoria integral só se cumprir mais de 30 anos de serviço, hoje em dia 35 anos, por alteração de interstício. A promoção ao posto acima acabou a muito.

o pior deles na minha opinião, as viúvas e até as "filhas" recebem integralmente o valor do soldo

As filhas, acabou desde o governo FHC para os novos militares. Os antigos, QUE PAGAVAM por isso, como uma previdência privada, não perderam o direito. Eu havia explicado isso, era opcional querer pagar por um serviço previdenciário, descontado em folha, como um serviço privado, e não como um privilégio. Quem pagava continua com o direito de receber. As viúvas ganham igual por sermos descontados para isso, mas também são descontadas até a morte, diferente dos outros. Parece que agora os outros brasileiros também serão, mas os militares sempre foram.

"perdas salariais".

O próprio governo publicou dados que mostram que os militares são os "funcionários" que tem a menor média salarial do executivo, legislativo e judiciário. Dado oficial.
Sou CMG da ativa, com todos os cursos de carreira, e ganho líquido 5.100,00 reais. Sem segundas intenções, quanto ganha um delegado da PF em primeira função? Ou um juíz de primeira instância? Ou um motorista do congresso?
Quando digo cursos de carreira, não digo somente os cursos de combatente, mas graduação em engenharia eletrônica com pós graduação em comunicações, outros 2 cursos de Estado-Maior, em nível de Mestrado, um MBA em gestão internacional, outro de doutorado em Política e Estratégia marítimas. Com honestidade, acha que ganho muito?
Que minha esposa, arquiteta, que estudava italiano e pintura, transferida depois de 1 mês de casada para Manaus, abrindo mão de toda sua carreira para acompanhar o marido, não merece depois de minha morte ganhar 5000 reais?
Desculpe se parece que "elevei o tom" de meu post anterior, mas a tentativa é só de dar conhecimento destes fatos, que a sociedade desconhece.
Um forte abraço
Marino

Enviado: Dom Mar 18, 2007 10:12 pm
por orestespf
Olá Marino,

desde já peço desculpas aos amigos do DB pelo "off topic" e também a administração. Não me alongarei muito neste assunto, já que parece que eu e o Marino estramos em um acordo, com suas últimas palavras...

Honestamente Marino, acho que os militares ganham muito pouco mesmo. Sou professor universitário (Univ. Fed.) e passamos (juntos com os militares) pelos mesmos problemas da aposentadoria integral. É uma vergonha o que vocês ganham pela dedicação que fazem pelo país, além de muito tempo de estudos e treinamento...

Quando me referi as viúvas e filhas (sei da situação do FHC, pelo motivo acima, sofremos os mesmos cortes), me referi aos direitos adquiridos passados e que causam (ainda grande impacto na folha). Os novos militares perderam isso, mas irá demorar para vermos algum resultado específico no aspecto "orçamento de defesa".

Ainda tem muita coisa errada no nosso modelo (você tem consciência disso e eu sei), mas espero que o país comece a discutir um sistema de Defesa para o país e não apenas distribuição de verbas para cada uma das forças, como uma espécie de "cala-boca". Estou sabendo que haverá mudanças nesta postura, mas os resultados aparecem de forma lenta... Mesmo o que "está por vir" ainda é pouco diante do que é o Brasil, mas será uma melhoria em relação ao que temos. A única coisa que desejo de fato é uma política séria de um sistema de Defesa Nacional, programada e responsável. Tem gente trabalhando em cima disto, mas não sei o desfecho... rsrs

Abraços cordiais,

Orestes

Enviado: Seg Mar 19, 2007 4:57 pm
por Túlio
Tá, e os F16? :wink:

Enviado: Seg Mar 19, 2007 5:53 pm
por Sintra
Túlio escreveu:Tá, e os F16? :wink:


Foram entregues, "end of story" 8-]
Muitos parabéns à Fach e ao Degan. :wink:

Enviado: Seg Mar 19, 2007 6:34 pm
por Degan
Corrección....

Faltan 6 MLU más (por el momento)... :twisted: