Guerras e massacres esquecidos
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- rodrigo
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São todos monstros, responsáveis pela morte de milhões. Pena que se tente realizar um pódio, onde temos o monstro nº 1 , o do 2º lugar e por aí. No momento de definição, a atuação soviética foi determinante para parar os nazistas, nada justifica o que foi feito depois pelos comunistas, e ainda bem que tivemos do outro lado da balança os EUA, senão...
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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- Clermont
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Eu desconfio que já postei em algum lugar por aqui, mas não lembro. Se for isso mesmo, desculpem...
SETE MILHÕES DE MORTOS NO HOLOCAUSTO "ESQUECIDO".
Eric Margolis - Colunista do Toronto Sun
Cinco anos atrás, escrevi sobre o esquecido Holocausto na Ucrânia. Fiquei surpreso ao receber várias mensagens de jovens americanos e canadenses de origem ucraniana me revelando que, até lerem minha coluna, nada conheciam sobre o genocídio de 1932-33 no qual o regime de Josef Stalin matou sete milhões de ucranianos e enviou outros dois milhões para campos de concentração. Como, perguntava eu, poderia tal amnésia histórica afligir a tantos?
Para judeus e armênios, os genocídios que seus povos sofreram são lembranças vivas que ainda influenciam seus cotidianos. Mesmo hoje, no 70º. aniversário da destruição de um quarto da população ucraniana, aquele crime gigantesco quase desapareceu no buraco negro da história. O mesmo ocorre com o extermínio dos cossacos do Don, pelos comunistas, na década de 1920, dos alemães do Volga em 1941 e as execuções em massa e deportações para campos de concentração de lituanos, letões, estonianos e poloneses. Ao final da Segunda Guerra, os "gulag" de Stalin mantinham 5,5 milhões de prisioneiros, 23% deles ucranianos e 6% bálticos.
Quase desconhecido é o genocídio de dois milhões de muçulmanos de povos da ex-URSS: chechenos, inguchétios, tadjiques, tártaros da Criméia, basquires e casaques. Os guerrilheiros que lutam pela independência da Chechênia e que hoje são rotulados de "terroristas" por Estados Unidos e Rússia são netos dos sobreviventes dos campos de concentração soviéticos. Adicione-se a esta lista de atrocidades esquecidas o assassinato, na Europa Oriental, entre 1945 e 1947, de pelo menos dois milhões de alemães étnicos, a maioria deles mulheres e crianças, e a violenta expulsão de mais 15 milhões de alemães, quando dois milhões de meninas e mulheres alemãs foram estupradas.
Dentre estes crimes monstruosos, a Ucrânia aparece como a maior vítima em termos de números. Stalin declarou guerra ao seu próprio povo em 1932, ao enviar os comissários V. Molotov e Lazar Kaganovitch e o chefe da NKVD (polícia secreta) Genrikh Yagoda para esmagar a resistência de fazendeiros ucranianos à coletivização forçada. A Ucrânia estava isolada. Todas as reservas de alimentos e animais foram confiscadas. Os esquadrões da morte da NKVD assassinavam "elementos antipartido".
Furioso porque poucos ucranianos estavam sendo executados, Kaganovitch - em tese o Adolf Eichmann da União Soviética - estabeleceu uma cota de 10.000 execuções por semana. Oitenta por cento dos intelectuais ucranianos foram assassinados. Durante o áspero inverno de 1932-33, 25.000 ucranianos eram executados, por dia, ou morriam de inanição e frio.Tornou-se comum o canibalismo. A Ucrânia, diz o historiador Robert Conquest, parecia uma versão gigante do futuro campo da morte de Bergen-Belsen.
A execução em massa de sete milhões de ucranianos, três milhões deles crianças, e a deportação para o "gulag" de mais dois milhões (onde a maioria morreu) foi oculta pela propaganda soviética. Os ocidentais pró-comunismo, como Walter Duranty, do "New York Times", os escritores britânicos Sidney e Beatrice Webb e o primeiro-ministro francês Edouard Herriot viajaram pela Ucrânia, mas negaram denúncias de genocídio e aplaudiram o que eles chamaram de "reforma agrária" soviética. Aqueles que se levantaram contra o genocídio foram rotulados de "agentes do fascismo".
Os governos dos EUA, Reino Unido e Canadá, contudo, estavam bem informados sobre o genocídio, mas fecharam os olhos, inclusive bloquearam grupos de ajuda que iriam para a Ucrânia. Os únicos líderes europeus que gritaram contra os assassinatos cometidos pelos soviéticos foram, ironicamente e por razões cínicas e de autopromoção, Hitler e o ditador italiano Benito Mussolini. Como Kaganovitch, Yagoda e outros veteranos e oficiais do Partido Comunista e da NKVD eram judeus, segundo Hitler, o comunismo seria uma conspiração judaica para destruir a civilização cristã. Versão que se tornou amplamente aceita por toda uma amedrontada Europa.
Quando veio a guerra, o presidente dos EUA Franklin D. Roosevelt e o primeiro-ministro britânico Winston Churchill se tornaram aliados de Stalin, embora eles soubessem que seu regime já tinha matado pelo menos 30 milhões de pessoas muito antes que o extermínio de judeus e ciganos por Hitler tivesse sequer começado. No estranho cálculo moral de extermínios em massa, apenas os alemães foram culpados. Mesmo Stalin tendo assassinado três vezes mais gente do que Hitler, para Roosevelt ele ainda era o "Uncle Joe" ("Tio Joe").
A aliança EUA-Reino Unido com Stalin fez deles parceiros no crime. Roosevelt e Churchill ajudaram a preservar o regime mais assassino da história, para o qual eles entregaram metade da Europa em 1945. Após a guerra, as esquerdas tentaram encobrir o genocídio soviético. Jean-Paul Sartre chegou a negar que o "gulag" tenha existido. Para os aliados ocidentais, o Nazismo era o único mal; eles não poderiam admitir serem aliados de assassinos em massa. Para os soviéticos, promover o holocausto judeu perpetuava o antifascismo e mascarava seus próprios crimes. Os judeus, inexplicavelmente, viram seu holocausto como o único. Foi a "raison d'etre" de Israel. Eles temiam que se divulgassem outros genocídios ocorridos naquele tempo pudesse reduzir a importância do deles. É da natureza humana!
Enquanto hoje, a academia, a imprensa e Hollywood concentram a atenção no holocausto judeu, ignoram a Ucrânia. Nós ainda caçamos assassinos nazistas, mas não caçamos assassinos comunistas. Há poucas fotos do genocídio ucraniano e do "gulag" stalinista, e muito poucos sobreviventes. Homens mortos não contam histórias. A Rússia nunca perseguiu nenhum de seus assassinos em massa, como se fez na Alemanha. Mas todos nós conhecemos os crimes de Adolf Eichmann e Heinrich Himmler, e sabemos o que foi Babi Yar e Auschwitz. Mas quem lembra os assassinos em massa soviéticos Dzerzhinsky, Kaganovitch, Yagoda, Yezhov e Beria?
Não fosse o escritor Alexander Solzhenitsyn, nós poderíamos nunca ter sabido dos campos da morte soviéticos como Magadan, Kolyma e Vorkuta. A todo tempo aparecem filmes sobre o terror nazista, enquanto o mal soviético some da visão ou se dissolve na nostalgia. As almas das milhões de vítimas de Stalin ainda clamam por justiça...
SETE MILHÕES DE MORTOS NO HOLOCAUSTO "ESQUECIDO".
Eric Margolis - Colunista do Toronto Sun
Cinco anos atrás, escrevi sobre o esquecido Holocausto na Ucrânia. Fiquei surpreso ao receber várias mensagens de jovens americanos e canadenses de origem ucraniana me revelando que, até lerem minha coluna, nada conheciam sobre o genocídio de 1932-33 no qual o regime de Josef Stalin matou sete milhões de ucranianos e enviou outros dois milhões para campos de concentração. Como, perguntava eu, poderia tal amnésia histórica afligir a tantos?
Para judeus e armênios, os genocídios que seus povos sofreram são lembranças vivas que ainda influenciam seus cotidianos. Mesmo hoje, no 70º. aniversário da destruição de um quarto da população ucraniana, aquele crime gigantesco quase desapareceu no buraco negro da história. O mesmo ocorre com o extermínio dos cossacos do Don, pelos comunistas, na década de 1920, dos alemães do Volga em 1941 e as execuções em massa e deportações para campos de concentração de lituanos, letões, estonianos e poloneses. Ao final da Segunda Guerra, os "gulag" de Stalin mantinham 5,5 milhões de prisioneiros, 23% deles ucranianos e 6% bálticos.
Quase desconhecido é o genocídio de dois milhões de muçulmanos de povos da ex-URSS: chechenos, inguchétios, tadjiques, tártaros da Criméia, basquires e casaques. Os guerrilheiros que lutam pela independência da Chechênia e que hoje são rotulados de "terroristas" por Estados Unidos e Rússia são netos dos sobreviventes dos campos de concentração soviéticos. Adicione-se a esta lista de atrocidades esquecidas o assassinato, na Europa Oriental, entre 1945 e 1947, de pelo menos dois milhões de alemães étnicos, a maioria deles mulheres e crianças, e a violenta expulsão de mais 15 milhões de alemães, quando dois milhões de meninas e mulheres alemãs foram estupradas.
Dentre estes crimes monstruosos, a Ucrânia aparece como a maior vítima em termos de números. Stalin declarou guerra ao seu próprio povo em 1932, ao enviar os comissários V. Molotov e Lazar Kaganovitch e o chefe da NKVD (polícia secreta) Genrikh Yagoda para esmagar a resistência de fazendeiros ucranianos à coletivização forçada. A Ucrânia estava isolada. Todas as reservas de alimentos e animais foram confiscadas. Os esquadrões da morte da NKVD assassinavam "elementos antipartido".
Furioso porque poucos ucranianos estavam sendo executados, Kaganovitch - em tese o Adolf Eichmann da União Soviética - estabeleceu uma cota de 10.000 execuções por semana. Oitenta por cento dos intelectuais ucranianos foram assassinados. Durante o áspero inverno de 1932-33, 25.000 ucranianos eram executados, por dia, ou morriam de inanição e frio.Tornou-se comum o canibalismo. A Ucrânia, diz o historiador Robert Conquest, parecia uma versão gigante do futuro campo da morte de Bergen-Belsen.
A execução em massa de sete milhões de ucranianos, três milhões deles crianças, e a deportação para o "gulag" de mais dois milhões (onde a maioria morreu) foi oculta pela propaganda soviética. Os ocidentais pró-comunismo, como Walter Duranty, do "New York Times", os escritores britânicos Sidney e Beatrice Webb e o primeiro-ministro francês Edouard Herriot viajaram pela Ucrânia, mas negaram denúncias de genocídio e aplaudiram o que eles chamaram de "reforma agrária" soviética. Aqueles que se levantaram contra o genocídio foram rotulados de "agentes do fascismo".
Os governos dos EUA, Reino Unido e Canadá, contudo, estavam bem informados sobre o genocídio, mas fecharam os olhos, inclusive bloquearam grupos de ajuda que iriam para a Ucrânia. Os únicos líderes europeus que gritaram contra os assassinatos cometidos pelos soviéticos foram, ironicamente e por razões cínicas e de autopromoção, Hitler e o ditador italiano Benito Mussolini. Como Kaganovitch, Yagoda e outros veteranos e oficiais do Partido Comunista e da NKVD eram judeus, segundo Hitler, o comunismo seria uma conspiração judaica para destruir a civilização cristã. Versão que se tornou amplamente aceita por toda uma amedrontada Europa.
Quando veio a guerra, o presidente dos EUA Franklin D. Roosevelt e o primeiro-ministro britânico Winston Churchill se tornaram aliados de Stalin, embora eles soubessem que seu regime já tinha matado pelo menos 30 milhões de pessoas muito antes que o extermínio de judeus e ciganos por Hitler tivesse sequer começado. No estranho cálculo moral de extermínios em massa, apenas os alemães foram culpados. Mesmo Stalin tendo assassinado três vezes mais gente do que Hitler, para Roosevelt ele ainda era o "Uncle Joe" ("Tio Joe").
A aliança EUA-Reino Unido com Stalin fez deles parceiros no crime. Roosevelt e Churchill ajudaram a preservar o regime mais assassino da história, para o qual eles entregaram metade da Europa em 1945. Após a guerra, as esquerdas tentaram encobrir o genocídio soviético. Jean-Paul Sartre chegou a negar que o "gulag" tenha existido. Para os aliados ocidentais, o Nazismo era o único mal; eles não poderiam admitir serem aliados de assassinos em massa. Para os soviéticos, promover o holocausto judeu perpetuava o antifascismo e mascarava seus próprios crimes. Os judeus, inexplicavelmente, viram seu holocausto como o único. Foi a "raison d'etre" de Israel. Eles temiam que se divulgassem outros genocídios ocorridos naquele tempo pudesse reduzir a importância do deles. É da natureza humana!
Enquanto hoje, a academia, a imprensa e Hollywood concentram a atenção no holocausto judeu, ignoram a Ucrânia. Nós ainda caçamos assassinos nazistas, mas não caçamos assassinos comunistas. Há poucas fotos do genocídio ucraniano e do "gulag" stalinista, e muito poucos sobreviventes. Homens mortos não contam histórias. A Rússia nunca perseguiu nenhum de seus assassinos em massa, como se fez na Alemanha. Mas todos nós conhecemos os crimes de Adolf Eichmann e Heinrich Himmler, e sabemos o que foi Babi Yar e Auschwitz. Mas quem lembra os assassinos em massa soviéticos Dzerzhinsky, Kaganovitch, Yagoda, Yezhov e Beria?
Não fosse o escritor Alexander Solzhenitsyn, nós poderíamos nunca ter sabido dos campos da morte soviéticos como Magadan, Kolyma e Vorkuta. A todo tempo aparecem filmes sobre o terror nazista, enquanto o mal soviético some da visão ou se dissolve na nostalgia. As almas das milhões de vítimas de Stalin ainda clamam por justiça...
- Túlio
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Acho até que vou me incomodar mas tenho que dizer, se não o faço entro no bolinho da dita 'maioria silenciosa', as ovelhinhas que vão bem mimosas pro abate na mão do ditador de plantão, daí danou-se a nossa boa e velha Democracia. Então:
Nazista e comuna é a mesma josta, mataram ambos em nome da 'liberdade', e mataram bastante! Torturaram, sacanearam de tudo quanto foi jeito, e depois sempre tem um juquinha para falar mal das velhas degolas aqui na Província de São Pedro. Pois bem, nossos degoladores eram santinhos perto dessa cambada! Gente sádica...
Então, morro discordando de quem tentar estabelecer diferença, pois para mim já tá andando em direção à foice e o martelo, mesmo sem se dar conta, aliás, o que ferrou sempre com o mundo foi a conduta inadequada de gente direita, quando viram, tinham criado um monstro. Ou alguém aí acha que o velho Adolf ou o tio Josef foram postos no poder pelos criminosos do presídio? Não mesmo, foi gente de bem, que achava que isso traria melhoras, gente que os apoiou e hoje apóia o Chavez, o Lulla, o Evo, o Bush...
Num estou atrás de briga, mas a verdade - a minha, ao menos - tem que ser dita!
Nazista e comuna é a mesma josta, mataram ambos em nome da 'liberdade', e mataram bastante! Torturaram, sacanearam de tudo quanto foi jeito, e depois sempre tem um juquinha para falar mal das velhas degolas aqui na Província de São Pedro. Pois bem, nossos degoladores eram santinhos perto dessa cambada! Gente sádica...
Então, morro discordando de quem tentar estabelecer diferença, pois para mim já tá andando em direção à foice e o martelo, mesmo sem se dar conta, aliás, o que ferrou sempre com o mundo foi a conduta inadequada de gente direita, quando viram, tinham criado um monstro. Ou alguém aí acha que o velho Adolf ou o tio Josef foram postos no poder pelos criminosos do presídio? Não mesmo, foi gente de bem, que achava que isso traria melhoras, gente que os apoiou e hoje apóia o Chavez, o Lulla, o Evo, o Bush...
Num estou atrás de briga, mas a verdade - a minha, ao menos - tem que ser dita!
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- VICTOR
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Sim, concordo, tanto Hitler quanto Stalin são monstros cuja monstruosidade nunca deve ser relativizada. É justamente aí que eu discordo da postura pró-nazista do Einsamkeit, querendo colocar por exemplo Aliados e Nazistas no mesmo balaio, coisa tão absurda que eu realmente não tenho estômago para entrar em detalhes. Na idéia do Einsamkeit, os crimes nazistas são aumentados pelos historiadores, porque a "história é contada pelos vencedores" etc.
Fala sério...
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- Einsamkeit
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VICTOR escreveu:Sim, concordo, tanto Hitler quanto Stalin são monstros cuja monstruosidade nunca deve ser relativizada. É justamente aí que eu discordo da postura pró-nazista do Einsamkeit, querendo colocar por exemplo Aliados e Nazistas no mesmo balaio, coisa tão absurda que eu realmente não tenho estômago para entrar em detalhes. Na idéia do Einsamkeit, os crimes nazistas são aumentados pelos historiadores, porque a "história é contada pelos vencedores" etc.
Fala sério...
Agora alem de dono da verdade passou a ler mentes tambem?, nao é legal se defender atacando, eu disse o contrario, nao é o holocausto que é minimizado e sim os outros crimes...........
Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
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Plinio escreveu:Htiler e Stalin, foram os piores seres que a humanidade já viu...
Certa vez, o meu professor de história me disse uma frase muito interessante. Ela era mais ou menos assim:
"Olha, se você conseguisse pegar o Hilter, Stalin e Mussolini e fundi-los em um mesmo corpo, provavelmente você teria criado o próprio demônio".
Tanto Stalin quanto Hitler foram ditadores terríveis, entre os piores que a humanidade já enfrentou. Mao entra nessa conta também(se não me engano morreram 50 milhões de chineses).
Mas, ainda assim, a grande diferença entre os Soviéticos e os Nazistas é que estes, como já foi dito, realmente criaram uma indústria da morte a serviço do Estado, da forma mais desumana e macabra possível.
Os Soviéticos mataram horrores, mas não planejavam em como usar a morte(propiramente dita, e não o trabalho) de pessoas em causa própria. Isso torna o fato de terem morrido milhões em Gulags menos deplorável? Não sei, acho que sim, embora não deixe de ser deplorável.
Pessoalmente, não gosto de ficar relativizando quem foi mais ou menos ruins desses monstros que hoje ardem merecidamente no inferno. Eram todos terríveis, do mesmo calibre de Genghis Kahn e Átila, o Huno. Não se preocupavam com ninguém a não ser eles mesmos, e estavam dispostos a todo tipo de barbárie para conseguir os seus nefastos objetivos.
Abraços
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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Reforçando a excelente matéria colocada pelo Clermont, saiu na National Geografic Brasil deste mês, uma matéria especial sobre o assunto: Genocídio e a Ciência das Provas, por Lewis M.Simons
Ele destaca genocídios em diversos países e dentro dos maiores:
- China de Mao Tsé-tung - 30 milhões de pessoas;
- URSS nos tempos de Stalin - 20 milhões de pessoas;
- Alemanha Nazista - 11 milhões de pessoas (6 milhões de judeus, 3 milhões de prisioneiros russos e 2 milhões de poloneses).
Existem diversos outros países na casa dos 02 milhões de mortos, são números impressionantes que dão uma idéia do quanto o assunto é sério , ainda mais levando em consideração que ocorreram em pleno século XX.
Em partes concordo com o Einsamkeit, muito foi ventilado pelas atrocidades cometidas pelos nazistas, mas esqueceram-se que soviéticos e chineses mataram muito mais pessoas e pouca enfase fora dada a tais acontecimentos.
Não que os crimes nazistas devem ser relevados, muito pelo contrário, mas deve-se dar enfase tbm aos crimes cometidos pelos demais na mesma proporção dada aos germânicos, algo que infelizmente não ocorreu e depois de 60 anos temos em contabilidade mais de 50 milhões (Mao + Stalin) de mortos esquecidos e colocados em segundo plano, que ao meu ver, algo que jamais poderia ocorrer e é uma tremenda injustiça às vítimas.
Mostra o quanto tem muita gente sem noção alguma de história que ficam endeusando monstros como Stalin e Mao, que no mínimo, estão no mesmo patamar de Adolf Hitler.
Ele destaca genocídios em diversos países e dentro dos maiores:
- China de Mao Tsé-tung - 30 milhões de pessoas;
- URSS nos tempos de Stalin - 20 milhões de pessoas;
- Alemanha Nazista - 11 milhões de pessoas (6 milhões de judeus, 3 milhões de prisioneiros russos e 2 milhões de poloneses).
Existem diversos outros países na casa dos 02 milhões de mortos, são números impressionantes que dão uma idéia do quanto o assunto é sério , ainda mais levando em consideração que ocorreram em pleno século XX.
Em partes concordo com o Einsamkeit, muito foi ventilado pelas atrocidades cometidas pelos nazistas, mas esqueceram-se que soviéticos e chineses mataram muito mais pessoas e pouca enfase fora dada a tais acontecimentos.
Não que os crimes nazistas devem ser relevados, muito pelo contrário, mas deve-se dar enfase tbm aos crimes cometidos pelos demais na mesma proporção dada aos germânicos, algo que infelizmente não ocorreu e depois de 60 anos temos em contabilidade mais de 50 milhões (Mao + Stalin) de mortos esquecidos e colocados em segundo plano, que ao meu ver, algo que jamais poderia ocorrer e é uma tremenda injustiça às vítimas.
Mostra o quanto tem muita gente sem noção alguma de história que ficam endeusando monstros como Stalin e Mao, que no mínimo, estão no mesmo patamar de Adolf Hitler.
- Einsamkeit
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o Pior da URSS nao foi com o Stalin, e sim no periodo inicial com o Lenin, a ucrania e os Estados balticos como exemplo, e agora sobre os sovieticos e poloneses eu desconhecia, alguem tem mais sobre?
Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
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- Moacir Barbosa de León
- Intermediário
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- Localização: Porto Alegre - RS
Pessoal, nós temos à mão informações que nos são fornecidas pelos vencedores, digo vencedores. Se a URSS perdesse a guerra a história seria diferente. Teríamos um holocausto de 20 milhões de não judeus, a maioria cristãos. Não há estatísticas confiáveis neste campo de discussão.
"Diga a seu chefe que assinaremos a paz com o Império com o sangue do primeiro invasor estrangeiro que atravessar a fronteira. Pois antes de tudo somos brasileiros”. David Canabarro (Comandante Farroupilha)
- rodrigo
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A derrota da URSS signifcaria a derrota dos aliados. Não estaríamos aqui discutindo isso, seríamos brasa de churrasco em um forno qualquer.Pessoal, nós temos à mão informações que nos são fornecidas pelos vencedores, digo vencedores. Se a URSS perdesse a guerra a história seria diferente. Teríamos um holocausto de 20 milhões de não judeus, a maioria cristãos. Não há estatísticas confiáveis neste campo de discussão.
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- Clermont
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"
Mostra o quanto tem muita gente sem noção alguma de história que ficam endeusando monstros como Stalin e Mao, que no mínimo, estão no mesmo patamar de Adolf Hitler.
Basta ver o seguinte: o presidente da Câmara de Deputados do Brasil é membro de um partido que se proclama herdeiro de Stalin.
Seria possível ele ocupar esse cargo pertencendo a um partido que se proclamasse herdeiro de Hitler?
Pois é...
- Einsamkeit
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rodrigo escreveu:A derrota da URSS signifcaria a derrota dos aliados. Não estaríamos aqui discutindo isso, seríamos brasa de churrasco em um forno qualquer.Pessoal, nós temos à mão informações que nos são fornecidas pelos vencedores, digo vencedores. Se a URSS perdesse a guerra a história seria diferente. Teríamos um holocausto de 20 milhões de não judeus, a maioria cristãos. Não há estatísticas confiáveis neste campo de discussão.
Ate parece, nada nos aconteceria primeiro por estarmos no quintal dos Eua, e os Unicos prejudicados com a vitoria do eixo seriam os russos e os judeus obviamente, ate parece que viriam para o brasil, os alemaes nao tinham nem numero pra isso, so se eles virassem coelhos..........
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- Clermont
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Curioso. Estou teclando e observando o "Roda Viva" da TV Educativa entrevistando Jacob Gorender, um dos mais célebres teóricos do marxismo no Brasil e militante dos mais importantes tanto do PCB original quanto de outras agremiações posteriores. Atualmente, ele se desvinculou do PT.
E à propósito, ele foi um dos - não muitos! - universitários que se alistaram como soldados rasos na FEB, fazendo a Campanha da Itália com o Regimento Sampaio.
Ele está com 82 anos, e completamente em forma.
No final da entrevista, ele aponta as falhas decisivas da estrutura teórica do marxismo, entre elas, a que chamou minha atenção:
1) uma radical condenação do totalitarismo soviético. Ele chamou Stalin de "criminoso e tirano".
2) o reconhecimento de que o socialismo, de forma alguma, é um dado "inevitável" na história da humanidade. Reconhecendo, com todas as letras, que o marxismo foi convertido numa religião, tendo o "Capital" como Evangelho. Eu nunca tinha visto um teórico marxista do calibre dele, reconhecer isso - preto no branco - em público.
Agora, infelizmente, somos forçados a reconhecer que tais conclusões tardaram um tanto ou quanto. Mas, antes tarde do que nunca. E é um grande exemplo de coragem moral, um homem dessa estatura ter coragem de reconhecer certas coisas, nessa altura da vida. Bem diferente daqueles que ainda insistem em tentar vender o sonho marxista tal como ele foi empacotado há mais de 100 anos atrás.
Dia desses, vou postar por aqui um texto de um historiador americano, escrito em 1966. Quem tiver paciência para ler - é graaaandee! - vai achar graça de como as pessoas mais sabidas já sabiam certas verdades e conheciam certas mentiras...
E à propósito, ele foi um dos - não muitos! - universitários que se alistaram como soldados rasos na FEB, fazendo a Campanha da Itália com o Regimento Sampaio.
Ele está com 82 anos, e completamente em forma.
No final da entrevista, ele aponta as falhas decisivas da estrutura teórica do marxismo, entre elas, a que chamou minha atenção:
1) uma radical condenação do totalitarismo soviético. Ele chamou Stalin de "criminoso e tirano".
2) o reconhecimento de que o socialismo, de forma alguma, é um dado "inevitável" na história da humanidade. Reconhecendo, com todas as letras, que o marxismo foi convertido numa religião, tendo o "Capital" como Evangelho. Eu nunca tinha visto um teórico marxista do calibre dele, reconhecer isso - preto no branco - em público.
Agora, infelizmente, somos forçados a reconhecer que tais conclusões tardaram um tanto ou quanto. Mas, antes tarde do que nunca. E é um grande exemplo de coragem moral, um homem dessa estatura ter coragem de reconhecer certas coisas, nessa altura da vida. Bem diferente daqueles que ainda insistem em tentar vender o sonho marxista tal como ele foi empacotado há mais de 100 anos atrás.
Dia desses, vou postar por aqui um texto de um historiador americano, escrito em 1966. Quem tiver paciência para ler - é graaaandee! - vai achar graça de como as pessoas mais sabidas já sabiam certas verdades e conheciam certas mentiras...
O inferno está cheio de bem intencionados! São todos uns grandes filhos da puta do karaio. TODOS.
Defendo Lula, Chávez, FHC, Enéas e quem quer que tenha sido eleito democraticamente. Enquanto alguém sair ou chegar ao poder pelo voto, TEM-SE que respeitar a vontade do povo e as regras democráticas, ponto. Se o(a) cara é maluco, burro, viado(homosexual) ou seja lá o que for, temos que esperar a próxima eleição para mudar. Não pode mudar a regra do jogo no meio do caminho porque ganhou o outro lado. Vejam bem, jamais defendi ou defenderei a ditadura de quem quer que seja. Se não temos tradição democrática, vamos ter que nos fuder para aprender a votar melhor e aperfeiçoar nossas instituições. Agora mesmo vai ter eleição por aqui. Alguém duvida que os FDP de plantão vão se reeleger? Daí a culpa é de quem? Bastaria apenas 51% de votos nulos prá essa cambada se fuder,mas...
Política é uma merda, mas enquanto pudermos contar com a nossa infantil democracia, é melhor que o melhor dos ditadores. Eu acho!
Defendo Lula, Chávez, FHC, Enéas e quem quer que tenha sido eleito democraticamente. Enquanto alguém sair ou chegar ao poder pelo voto, TEM-SE que respeitar a vontade do povo e as regras democráticas, ponto. Se o(a) cara é maluco, burro, viado(homosexual) ou seja lá o que for, temos que esperar a próxima eleição para mudar. Não pode mudar a regra do jogo no meio do caminho porque ganhou o outro lado. Vejam bem, jamais defendi ou defenderei a ditadura de quem quer que seja. Se não temos tradição democrática, vamos ter que nos fuder para aprender a votar melhor e aperfeiçoar nossas instituições. Agora mesmo vai ter eleição por aqui. Alguém duvida que os FDP de plantão vão se reeleger? Daí a culpa é de quem? Bastaria apenas 51% de votos nulos prá essa cambada se fuder,mas...
Política é uma merda, mas enquanto pudermos contar com a nossa infantil democracia, é melhor que o melhor dos ditadores. Eu acho!
- rodrigo
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A intenção existia, a capacidade técnica viria com o tempo.Ate parece, nada nos aconteceria primeiro por estarmos no quintal dos Eua, e os Unicos prejudicados com a vitoria do eixo seriam os russos e os judeus obviamente, ate parece que viriam para o brasil, os alemaes nao tinham nem numero pra isso, so se eles virassem coelhos..........
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
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