Diminuir para crescer?

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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juarez castro
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#61 Mensagem por juarez castro » Qui Fev 09, 2006 5:46 pm

Lauro Melo escreveu:
juarez castro escreveu:Boa tarde! Parabéns Clermont, uma das colocações mais sensatas que já se postou neste fórum.
Estudos feitos mostram que o EB com aprox 115.000 militares, com boa parte profissionais, e com uma extrutura mais leve e móvel funcionaria muito melhor. Grande abraço

Boa Noite
Creio que existem muitas outras, mas acho que você acompanha a pouco tempo.
Mas geralmente o Clermont, escreve ótimos textos e bem realistas, isto desde 2003...
Mas sobre o tema :
Com boa parte profissionais

Isto é no mínimo discutível, já que em países da Europa :
Exército profissional x alistamento militar

http://www.defesanet.com.br/wars/dw_heer.htm

Exército profissional x alistamento militar
Nina Werkhäuser
Alemanha mantém serviço militar obrigatório, enquanto outros países europeus apostam no exército profissional. Este é mais bem preparado para as complexas tarefas da atualidade, mas custam mais aos cofres públicos.As negociações para a nova coalizão de governo em Berlim não estão concluídas; muitos pontos são controversos. Mas numa questão já existe consenso entre social-democratas de um lado e democrata-cristãos e social-cristãos de outro: a Alemanha vai se manter fiel ao princípio da obrigatoriedade do serviço militar.
Com isso, o país nada contra a corrente: muitas nações européias aboliram de uns anos para cá a obrigação de prestar serviço militar e passaram a apostar num exército profissional. É o caso da Espanha, Holanda, a França e do Reino Unido.
Batalhão de Vigilância das Forças Armadas alemãs
Soldos precisam ser atraentes
A Holanda já deixou de recrutar jovens para o serviço militar obrigatório em 1996. Na época, apenas um terço dos rapazes em idade hábil ia de fato para as casernas. E, dos que prestavam serviço militar, poucos se dispunham a participar de missões de paz no exterior. Os soldados só podiam ser enviados para fora do país se consentissem antes e podiam retirar seu consentimento até o dia de partida.
O governo em Haia considerava a situação insustentável: como manter nessas condições um exército moderno, apto a atuar com rapidez onde necessário? À decisão de profissionalizar o exército, seguiu-se a decepção. "No começo, foi muito difícil conseguir soldados", lembra-se o general reformado Henk van Bremen, ex-chefe do Estado Maior holandês
O soldo modesto era uma das razões da reticência dos holandeses. Afinal, o mercado de trabalho funciona naquele país e qual jovem está disposto a arriscar a vida, ainda mais sendo mal pago? A solução foi reduzir o contingente para 50 mil soldados e aumentar os recursos, para poder pagar um soldo mais atraente.
Holandeses treinam no norte da Alemanha antes de partirem para o Iraque
Faltam recursos para armas e equipamentos
A esperança de reduzir os custos com a ajuda de um exército profissional foi frustrada também na França, que realizou seu último alistamento militar obrigatório em 2001. Com a profissionalização, os soldados passaram a exigir melhor pagamento.
"Para nós o problema principal não foi recrutar soldados, e sim os custos de um exército profissional. Como subestimamos os custos de pessoal, agora temos grande dificuldade com o plano de aquisição de armas e equipamentos", resume o ex-chefe do Estado Maior da França, o almirante reformado Jacques Lanxade.
Treinamento mais abrangente
Fato é que os exércitos profissionais, embora menos numerosos, acabam custando mais aos cofres públicos do que os contingentes recrutados no alistamento militar. Em compensação, são mais aptos a ser enviados para missões no exterior, mesmo porque sua formação é diferente da dos recrutas tradicionais.
O marechal-de-campo Peter Inge, ex-chefe do Estado Maior britânico, lembra-se de como foi a transição no início dos anos 60, quando se profisionalizou o exército no Reino Unido.
"Nós instituímos um sistema de formação muito bom, mas muito caro. Fundamos academias militares, onde formávamos técnicos, especialistas em telecomunicação e mecânicos a partir dos 15 anos de idade. Lá os rapazes tinham não apenas um bom curso profissionalizante como também uma boa formação militar."
Diversificação de tarefas
A guerra no Iraque e outras missões no exterior levaram as Forças Armadas britânicas ao limite de sua capacidade. Por isso elas estão passando por uma reestruturação, para se tornar mais ágeis e flexíveis ainda.
O leque de tarefas dos exércitos europeus inclui hoje desde intervenções rápidas com tropas especiais até missões de paz de longo prazo, sem se esquecer da ajuda humanitária em situações de catástrofe e do combate ao terrorismo internacional.
Soldados profissionais são mais bem capacitados a cumprir essas tarefas altamente especializadas, quanto a isso não há dúvida. Mas existe também o perigo de a sociedade não se identificar mais com seu exército, vendo os soldados apenas como combatentes bem remunerados.
"Minha impressão é que o exército britânico é respeitado pela sociedade, mas ao mesmo tempo passou a ser uma coisa à parte, um grupo à margem. Se essa impressão se tornar ainda mais forte, eu acharia muito perigoso", alerta Peter Inge.

Boa tarde! Caro Lauro, uma boa parte não siguinifica a maior parte. Apesar de fazer parte do DB a pouco tempo, também sou sabedor dos custos de profissionalização, principalmento no Exército, onde há necessidade de se ter um número alto de militares.
O que não pode continuar, é como está hoje, onde você tem uma estrutura "Roberta Close", parece mas não é.Uma estrutura enorme, pesada, mal distribuida e principalmente cara.
Grande abraço




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Lauro Melo
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#62 Mensagem por Lauro Melo » Qui Fev 09, 2006 7:30 pm

juarez castro escreveu:Boa tarde! Caro Lauro, uma boa parte não siguinifica a maior parte. Apesar de fazer parte do DB a pouco tempo, também sou sabedor dos custos de profissionalização, principalmento no Exército, onde há necessidade de se ter um número alto de militares.
O que não pode continuar, é como está hoje, onde você tem uma estrutura "Roberta Close", parece mas não é.Uma estrutura enorme, pesada, mal distribuida e principalmente cara.
Grande abraço

Boa Noite Juarez, :wink:
Não estava me referindo a suas sabedorias. Eu estava falando que o nosso amigo Clermont, escreve ótimos textos e bem realistas, isto desde 2003. Que talvez não tivesse visto ainda, as colocações deles. Foi isto ! Entende ?
Sobre Exército profissional x alistamento militar , eu disse que isto é no mínimo discutível, analisando alguns paises da Europa ( conforme o Texto ).
Um grande abraço,




"Os guerreiros não caem se ajoelham e levantam ainda mais fortes."
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