Relato de um Sniper

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Vitor
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Re: Relato de um Sniper

#61 Mensagem por Vitor » Seg Mai 03, 2010 7:09 pm

Moccelin escreveu:A Lapua Magnum É uma munição sniper... Nasceu pra isso... A .50 é uma adaptação. A lógica seria com o tempo o récorde da .50 ser quebrado por um atirador atirando com Lapua Magnum mesmo.
Mesmo assim a .50 gera mais que o dobro de energia (15kj contra 6,5kj do lapua) e sua massa muito maior lhe garante um coeficiente balístico mais alto. O projétil 8.6mm que o cara usou foi de 250 grains, bem menos que a metade de um .50 "leve" que é 650 grains.




NÃO À DROGA! NÃO AO CRIME LEGALIZADO! HOJE ÁLCOOL, AMANHÃ COGUMELO, DEPOIS NECROFILIA! QUANDO E ONDE IREMOS PARAR?
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Re: Relato de um Sniper

#62 Mensagem por Moccelin » Ter Mai 04, 2010 1:00 am

Sim Vitor, o .50 BMG com certeza vai mais longe com uma trajetória, a princípio, tensa, porém o Lapua Magnum foi feito pra ter o seu comportamento mais previsível que a .50 pra ser efetivamente preciso. Traduzindo em miudos, é mais fácil acertar o Lapua Magnum em um espaço pequeno (uma pessoa) do que o .50BMG, por isso os rifles snipers .50 são voltados a função anti-material e o Lapua Magnum surgiu pra ser uma munição de precisão de longa distância, porém anti-pessoal... Foi pensado pra ser previsível e entregar o suficiente de energia pra parar o alvo, e não pra entregar um mundão de energia mesmo a longas distâncias com o intuito de destruir o equipamento plotado.




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Re: Relato de um Sniper

#63 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Mai 04, 2010 7:03 am

Tecnologia permite detectar snipers em cenários de guerra

Apresentamos uma solução tecnológica que vai permitir detectar e neutralizar snipers em cenários de conflito. Um projecto co-financiado pelo Ministério da Defesa português e pela Agência Europeia de Defesa.

video :arrow: http://tvnet.sapo.pt/noticias/video_det ... p?id=57035




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Relato de um Sniper

#64 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Ter Mai 04, 2010 9:53 am

Taí... Precisamos de uma arma assim, para substituir o AGLC. Acorda Imbel!




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Re: Relato de um Sniper

#65 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Mai 04, 2010 10:26 am

Ilya se estás a falar da Galil que aparece na minha assinatura, é apenas um brinquedo usado pelo pessoal da minha tropa no Afeganistão, mas para snipers há coisa muito melhor como por exemplo:

:arrow: http://www.exercito.pt/portal/exercito/ ... SNIPER.pdf




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Re: Relato de um Sniper

#66 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Ter Mai 04, 2010 8:26 pm

cabeça de martelo escreveu:Ilya se estás a falar da Galil que aparece na minha assinatura, é apenas um brinquedo usado pelo pessoal da minha tropa no Afeganistão, mas para snipers há coisa muito melhor como por exemplo:

:arrow: http://www.exercito.pt/portal/exercito/ ... SNIPER.pdf
Eu falava do fuzil inglês, caro Cabeça de martelo. Mas, a coisa por aqui anda tão brava, que até o Galil para diversão, se transforma em instrumento "da mais alta qualidade"...




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Re: Relato de um Sniper

#67 Mensagem por Clermont » Qua Dez 07, 2011 5:59 pm

TOCAIEIRO AFEGÃO MATA DOIS SOLDADOS BRITÂNICOS COM UM SÓ TIRO DEVASTADOR.

Por Ian Drury - ww.dailymail.co.uk - 9 de julho de 2011.

Dois paraquedistas foram mortos por um único tiro de um tocaieiro taliban, segundo foi averiguado ontem.

Amigos próximos, o praça Lewis Hentry, 20 anos e o praça Conrad Lewis, 22 anos, morreram lado-a-lado, durante uma patrulha à pé em Nad-e Ali, uma das partes mais perigosas do sul do Afeganistão.


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Mortos com um único tiro: praça Lewis Hendry, acima, e praça Conrad Lewis, abaixo, do Regimento de Paraquedistas, morreram quando foram atingidos pela bala de um tocaieiro.

A missão era localizar ninhos de tocaieiros inimigos e dar segurança a população numa pequena aldeia, mas a patrulha rapidamente caiu debaixo de fogo.

Enquanto a dupla se agachava por trás de um muro, um tiro de extrema precisão atingiu o praça Hendry do 3º Batalhão do Regimento de Paraquedistas, na cabeça, atravessando-a.

A mesma bala então atingiu o praça Lewis, um reservista que servia com o 4º Batalhão do Regimento de Paraquedistas, no pescoço.

Apesar de receberam imediata assistência médica, os soldados foram declarados mortos após serem aerotransportados de volta para o Camp Bastion, o quartel-general britânico na Província de Helmand.

A patrulha, uma mescla de soldados britânicos e do Exército Nacional Afegão, tinha deixado sua base, Checkpoint Qudrat, bem cedo em 9 de fevereiro, ciente de que os insurgentes estavam monitorando seus movimentos.

Apenas um dia antes, outra patrulha foi atacada por fogo preciso de armas leves na mesma área.

O sargento-mor Christopher Smith do 3º de Paraquedistas, disse que todos os soldados sabiam que a "ameaça principal era um atirador de precisão."

O praça Hendry, de Norwich, e o praça Lewis de Warwickshire, estavam na frente da patrulha, atuando como "seus olhos e ouvidos".

Mas, quando ultrapassaram uma moradia com muros enlameados, conhecida como "Instalação 31", eles tomaram ciência da atividade entre os afegãos e um tiro ecoou, atingindo outro soldado na perna.

O sargento-mor Smith contou: "Os rapazes reagiram, atirando de volta."

Uma declaração do soldado "A", um membro do Grupamento de Apoio de Forças Especiais, que estava com os praças Hendry e Lewis, disse: "Eles gritaram por uma indicação do alvo, seguindo-se ao primeiro disparo... eles estavam ombro à ombro, ajoelhados e tinham aberto um mapa."

O soldado "A" então lembra de ter ouvido um único tiro e ambos os praças Hendry e Lewis tombaram para a direita, em cima dele.

O cabo-arvorado (Lance-Corporal) Timothy Dymott, do Real Corpo Médico do Exército, disse que o praça Lewis parece ter morrido no ato, mas que o praça Hendry ainda estava vivo.

Os soldados foram transportados de volta para o Checkpoint Qudrat numa viatura blindada "Jackal" e então aerotransportados para a base aérea de Kandahar onde havia um neurocirurgião especialista.

Mas a condição do praça Hendry deteriorou-se no vôo e ele perdeu sua luta pela vida.

O investigador David Ridley declarou um veredito de assassinato ilegal.*

O praça Hendry foi descrito pelo Capitão Ollie Mikulskis do 3º de Paraquedistas, como o "epítome de tudo o que há de melhor sobre o Regimento de Paraquedistas".

O sargento-mor Richard Names, também do 3º de Paraquedistas, disse que o praça Lewis era o "melhor".

Relatórios de inteligência descobriram que o tocaieiro taliban era um ex-combatente Mujahideen de 55 anos, que utiliza um antigo fuzil Enfield de fabricação britânica, e viaja de motocicleta.

Ele foi descrito como o "mais bem-treinado e paciente assassino que já enfrentamos no Afeganistão."


_________________________________________________

* : no original, Coroner David Ridley recorded a verdict of unlawful killing.. Peraí, eu traduzi direito, ou é isso mesmo: um britânico, saído da Grã-Bretanha e indo para o Afeganistão, matando cem guerrilheiros afegãos é um ato heróico legal, mas quando um guerrilheiro afegão mata um soldado britânico, é "assassinato ilegal"?




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Re: Relato de um Sniper

#68 Mensagem por FoxTroop » Qua Dez 07, 2011 6:26 pm

Emboscada estudada. O atirador de precisão toma posição na perpendicular ao eixo de avanço da patrulha inimiga e, de preferencia, no enfiamento de uma linha de altura/obstáculo onde muito provavelmente a força IN procurará abrigo do fogo, enquanto alguns atiradores tomam posição de frente para o avanço IN.

Os atiradores de frente disparam para fixar e quando o IN toma posições para responder ao ataque colocando-se de flanco no enfiamento para o atirador de precisão, este dispara. Raramente isto não resulta em fatalidade para a força que é emboscada e isto só é noticia por terem "limpo" dois com um único tiro.

Também não é estranho que o atirador em questão use um "ferro" sem miras, porque este tipo de acção permite que se dispare a distâncias relativamente curtas (>150mts) sem risco de detecção, pois a visão em túnel, os estampidos do fogo IN de frente, etc, etc, mascara muito bem o atirador.

Quanto à terminologia britânica, essa é só mais uma das pérolas com que muitas vezes um tipo fica a olhar para os relatórios.




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Re: Relato de um Sniper

#69 Mensagem por rodrigo » Qua Dez 07, 2011 6:44 pm

Relatórios de inteligência descobriram que o tocaieiro taliban era um ex-combatente Mujahideen de 55 anos, que utiliza um antigo fuzil Enfield de fabricação britânica, e viaja de motocicleta.
Fuzil inglês matando ingleses. E um tiro magistral.




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Re: Relato de um Sniper

#70 Mensagem por moura » Qua Dez 07, 2011 11:24 pm

Gente,
o COT/DPF usa o 338 lapua, se não me engano é um rifle SIG, eu é que não fico dando mole para um snipe do COT a 1km, cruz credo.
Se um caçador do EB consegue acerta uma pessoa a 800m com um Para-Fal com luneta de 6x imagina um 338 lapua.
E aí quem se habilita a testar a eficácia dos calibres, ficando de alvo com um colete nivel lllA? :twisted:




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Re: Relato de um Sniper

#71 Mensagem por rodrigo » Qui Dez 08, 2011 12:38 pm

o COT/DPF usa o 338 lapua, se não me engano é um rifle SIG
Blaser R93.




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Re: Relato de um Sniper

#72 Mensagem por moura » Qui Dez 08, 2011 1:18 pm

Obrigado Rodrigo.
Já tinha visto a arma mas não lembrava o modelo.
rodrigo escreveu:
o COT/DPF usa o 338 lapua, se não me engano é um rifle SIG
Blaser R93.




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Re: Relato de um Sniper

#73 Mensagem por prp » Qui Dez 08, 2011 7:41 pm

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Re: Relato de um Sniper

#74 Mensagem por Sd Young Guns 2 » Qui Dez 08, 2011 11:19 pm

moura escreveu:Gente,
o COT/DPF usa o 338 lapua, se não me engano é um rifle SIG, eu é que não fico dando mole para um snipe do COT a 1km, cruz credo.
Se um caçador do EB consegue acerta uma pessoa a 800m com um Para-Fal com luneta de 6x imagina um 338 lapua.
E aí quem se habilita a testar a eficácia dos calibres, ficando de alvo com um colete nivel lllA? :twisted:
Os Haitianos que sabem oque passaram... Melhor não sabem!

Foi de bom laboratório tanto para DOPAZ (M107 e outras 2 .50) mas muito mais para as demais tropas.

Quando estive de passagem em meados de 2008 já tinha sido reduzido a variedade de armamento , os caçadores tinham a disposição M-24, SSG 3000, MSG90 e AGLC...




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Re: Relato de um Sniper

#75 Mensagem por jumentodonordeste » Sex Dez 09, 2011 7:07 am

Sd Young Guns 2 escreveu:
moura escreveu:Gente,
o COT/DPF usa o 338 lapua, se não me engano é um rifle SIG, eu é que não fico dando mole para um snipe do COT a 1km, cruz credo.
Se um caçador do EB consegue acerta uma pessoa a 800m com um Para-Fal com luneta de 6x imagina um 338 lapua.
E aí quem se habilita a testar a eficácia dos calibres, ficando de alvo com um colete nivel lllA? :twisted:
Os Haitianos que sabem oque passaram... Melhor não sabem!

Foi de bom laboratório tanto para DOPAZ (M107 e outras 2 .50) mas muito mais para as demais tropas.

Quando estive de passagem em meados de 2008 já tinha sido reduzido a variedade de armamento , os caçadores tinham a disposição M-24, SSG 3000, MSG90 e AGLC...

Bela informação.

Sabe alguma coisa sobre o desempenho deles.Pelo menos do AGLC?




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