Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

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Pepê Rezende
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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#61 Mensagem por Pepê Rezende » Sex Jun 10, 2011 1:56 pm

Túlio escreveu:Critiques a NÓS MESMOS: no século XIX o Equador nos ofereceu um pedação de seu território em troca de uma grana (era moda na época, a Rússia vendeu o Alasca aos EUA, por exemplo) e rejeitamos. Ia até o Pacífico. Em 1941 o Peru tomou deles.
pafuncio escreveu:com essa oferta, eles deixavam o peruano na reta, neh?
Ofereceram o que não era deles... Está mais que provado por meio de arbitragens internacionais. É o mesmo que vc querer vender um carro do Prick. O Itamaraty, que é do ramo, não caiu na conversa mole e no conto do vigário.

Abraços

Pepê




Pepê Rezende
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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#62 Mensagem por Pepê Rezende » Sex Jun 10, 2011 2:15 pm

cabeça de martelo escreveu: Já se tinha descoberto petróleo em Cabinda nos anos 60 e foram empresas Norte-Americanas que andaram a explorar esses recursos. O governo Norte-Americano mudou de opinião por dois motivos, os observadores internacionais disseram que as eleições eram válidas e o lobby das empresas norte-americanas. Todos sabemos que foi o fim do comércio dos diamantes por parte da UNITA que acabou com a organização. Sem dinheiro, não há mercenários, não armas, não tropa.
Sem o lobby da Chevron, os diamantes de Savimbi continuariam a ganhar o mercado internacional. Foi o contrato firmado com eles que garantiu o apoio norte-americano ao MPLA.
Pepê Rezende escreveu: A Unita nunca primou pela lógica e há provas concretas de que Savimbi não batia bem da cabeça. Como falei, as provas são circunstanciais mas robustas. Quanto ao fato de a Unita ser ou não um bando de maltrapilhos, há duas fases. Depois de romper com o Protocolo de Lusaka, era uma força formidável, treinada por soldados profissionais sul-africanos. Tudo muda com a decisão de Clinton. Aos poucos ela se transforma num grupo depauperado e esfarrapado.
Na assinatura do tratado de paz o contraste entre os oficiais do governo e a liderança da Unita era chocante. Houve um almoço dançante na Assembleia Legislativa de Angola logo após a cerimônia. De um lado, gente forte. De outro, Lukamba Gato e seus comandantes, subnutridos, com camisetas de lojas de departamento e de refrigente sob a farda.
cabeça de martelo escreveu:Quando a guerra recomeçou já o Exército Português tinha ajudado as novas Forças Armadas Angolanas a criar a sua Brigada de Operações Especiais. Grande parte dos militares dessa unidade era Comando. Os cursos eram dados por instrutores portugueses, por vezes que até tinham feito o curso em Angola durante a guerra do Ultramar, ou seja, homens que tinham sido treinados para combater tanto o MPLA como a UNITA. Lembro-me de um artigo em que um sargento português dizia que todo o curso era dado por eles excepto a fase operacional que já se fazia em território inimigo tal e qual como se fazia nos anos 60/70 pelos Portugueses. Ele lamentava-se porque não podia ir com a sua “rapaziada” porque a sua missão era treiná-los e não entrar em combate. Os Comandos angolanos na primeira fase da guerra sofreram pesadas baixas porque tinham que combater unidades mecanizadas com equipamento russo e com auxílio de mercenários sul-africanos. Quando deu-se a “volta” as coisas mudaram e os Comandos fizeram a “festa”.
A coisa muda de figura bem depois da traição da UNITA, em 1992. Os governantes passaram um mau pedaço e ficaram restritos, durante cerca de três anos, a 30% do território. A virada começa a partir de 1996 com a contratação de mercenários sul-africanos da Executive Outcomes.
cabeça de martelo escreveu: A teoria que os portugueses fecharam os olhos ao não desarmamento da UNITA e o MPLA estava desarmado (que não estava) porque os brasileiros os desarmaram, não pega por várias questões.
1-Já havia as Novas Forças Armadas Angolanas com apoio Português
2-O contingente português não incluía unidades de infantaria, apenas uma Companhia de Transmissões e uma Companhia Logística e meia dúzia de observadores
3-Havia dezenas de observadores internacionais e os mesmos eram comandados por um oficial brasileiro
4-O contingente brasileiro também estava em território controlado pela UNITA, de tal forma que houve toda uma unidade brasileira (batalhão?) cercada pela UNITA e estava prestes a sair uma operação de resgate desses militares quando a UNITA deixou-os em paz
5-...

Recomendo-lhe que veja esta artigo:

:arrow: http://www.operacional.pt/%e2%80%9cgae% ... angolanos/

Veja as datas.
Explique porque os comandos angolanos tomaram uma surra da UNITA durante quase seis anos. Porque não tinham armas pesadas. A virada para valer ocorreu em 1998, quando o governo de Eduardo dos Santos finalmente conseguiu apoio norte-americano e se armou para acabar com os bandidos da UNITA. Vcs tinha observadores, além das companhias de transmissão e de logística. O comandante da força brasileira esteve comigo na Radiobras quando eu era diretor. Tínhamos um programa voltado para eles. Ele me confidenciou que avisou os norte-americanos e portugueses das intenções de Savimbi e que ninguém lhe deu ouvidos. Eu estive lá, conversei com comandantes do MPLA e sei o que passaram. Falavam muito dos sul-africanos, mas não dos portugueses.

A aproximação do MPLA com Portugal foi pragmática e, ao meu ver, correta. Lisboa é porta de acesso da Comunidade Européia...

Abraços

Pepê




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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#63 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Jun 11, 2011 8:05 am

Uma unidade de Comandos nunca teria armas pesadas, isso é trabalho para outras unidades mecanizadas. No entanto desse período ficou uma diferença dos Comandos Angolanos para os Portugueses, enquanto que em Portugal a equipa base é 5 Comandos em Angola são 7. Foi uma forma de aumentar o número de militares sem perder a mobilidade normal deste tipo de unidades. Por cá como os Comandos estão numa de Infantaria Ligeira de Assalto os Grupos de Comandos passaram de 20 militares para 30...e também imitaram a organização dos BIParas...mas isso é para outros tópicos.

Eu continuo a não perceber exactamente o que é que os Portugueses poderiam fazer, não comandavam nada, não tinham infantaria no terreno, o trabalho era de simples observadores (e eram poucos) e transmissões.

Neste momento pode mudar o governo que a politica em relação a Angola e ao MPLA é sempre igual. Nós gostamos das verdinhas e eles têm-nas e muitas e gostam de gastar (graças a Deus). Que continue assim por muitos anos.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#64 Mensagem por Mestre Bat » Sáb Jun 11, 2011 1:18 pm

Pepê Rezende escreveu:
Mestre Bat escreveu:Para fins de informação, Angola hoje esta nos braços americanos e portugueses, consta inclusive que importantes empresas de segurança (blackwater e afins) estão por la fazendo segurança, treinamento e demais serviços para o atual governo.
.
Parece que os angolanos estão super felizes com isso.
Vc não conhece Angola. Se conhecesse, colocaria mais um país na lista: o nosso. A Odebrecht comanda a extração de diamantes e a produção de energia elétrica. Como disse, houve uma clara virada norte-americana a partir do momento em que empresas norte-americanas começaram a explorar petróleo em Cabinda. Também estamos lá na pesquisa de petróleo em alto mar, com a Petrobrás. Quem quer entrar agora é a China.

Abraços

Pepê
.
Sim eu não conheço Angola, mas, tenho contato com pessoas de la, e SIM, o Brasil tb esta por la pesado, eu mesmo tive proposta de trabalho para aqueles lados; ocorre que os brasileiros por la, não apitam muito não, apitam mais que os chineses, mas não tenho nenhuma informação de brasileiros fazendo treinamento de forças especiais angolanas ou fazendo instrução para a guarda presidencial ou gerenciando planos de segurança em plataformas de petróleo.
.
Mas concordo com vc o Brasil esta por la tb.




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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#65 Mensagem por Mestre Bat » Sáb Jun 11, 2011 1:21 pm

Eu tenho uma sugestão, vamos fazer um MMA do DB, assim cada um se veste como os ancestrais que quiser, e defende os pontos de vista que quiser de faca ou bacamarte em punho, que acham???




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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#66 Mensagem por Túlio » Sáb Jun 11, 2011 1:22 pm

Não. Zona é mais adiante. 8-]




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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#67 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Jun 11, 2011 1:23 pm

Eu é mais à pedrada que as facas ainda custam dinheiro... :oops:




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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#68 Mensagem por tflash » Sáb Jun 11, 2011 1:54 pm

Para quê inventar quando já foi criado o youtube para os portugueses e brasileiros se enfrentarem!!! Diz que aquilo também dá para ver vídeos!!! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#69 Mensagem por Túlio » Sáb Jun 11, 2011 2:04 pm

Tá brincando que tem zona Br x Pt no YT??? :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#70 Mensagem por P44 » Sáb Jun 11, 2011 2:06 pm

Se há Portugal x Finlândia, porque não?????? :P





Triste sina ter nascido português 👎
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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#71 Mensagem por tflash » Sáb Jun 11, 2011 2:07 pm

Aquilo é só crianças. É sempre a mesma lenga-lenga! Não fazem insultos de jeito!!! :twisted: :twisted: :twisted:




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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#72 Mensagem por Mestre Bat » Sáb Jun 11, 2011 2:29 pm

O português estava desconfiado da esposa, ai quando saiu para trabalhar pela manhã, resolveu ficar na espreita vigiando sua casa; 1 hora depois, vem um carro da duas buzinadas desce sua esposa super bem vestida e entra no carro, como o vidro era filmado, não dava para ver se eles haviam se beijo, então, o tuga resolve seguir o carro, que entra em um motel.
No motel o tuga segue e vai até a porta do quarto e olha pelo buraco da fechadura e ai a mulher tira a blusa e coloca no trinco fechando sua visão.
.
AI EXCLAMA O TUGA:
.
- ESTA DUVIDA QUE ME MATA, OPA.




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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#73 Mensagem por tflash » Sáb Jun 11, 2011 2:42 pm

Aqui em Portugal há um empresário que contrata uma secretária brasileira para a sua nova empresa. Um dia o melhor amigo dele liga para o escritório:

- O Ramos está?
- Lamento muito mas o Dr. Ramos não pode atender porque está cagando.
-Ok. Então eu ligo mais tarde.

O amigo encontra-se com o Ramos e avisa-o.

- Olha lá que eu liguei para o teu escritório e a tua secretária disse que estavas a cagar. Por acaso fui eu mas se fosse um cliente era chato!

-Ok. Eu falo com ela. Sabes ela é inexperiente!...

O Dr. Ramos fala com a secretária.

-A senhora não pode dar respostas como aquelas. Não se diz que o chefe está a cagar! Inventa-se qualquer coisa, que eu estou em reunião ou coisa parecida.

Uns dias depois, o mesmo amigo volta a ligar para o escritório.

- Bom dia! O Dr. Ramos está?
- O DR. Ramos encontra-se em reunião de momento!
- Sabe-me dizer se demora muito?
- Da forma como está peidando, eu diria uma meia-hora!




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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#74 Mensagem por Túlio » Sáb Jun 11, 2011 2:52 pm

AH É? ENTÃO É GUERRA!!!


Tuga precisando de dinheiro pro outro tuga:

- Rui, estou precisando de dinheiro e vou tirar algum órgão do meu corpo para receber a indenização. Me dê alguma idéia?

- Sim! Pegue uma faca e corte uma mão!

- Mas como vou cortar a outra, pá?

- Ah...é verdade. Já sei! Vá até a linha do trem e coloque as duas mãos nos trilhos. Quando o trem vier, ele corta suas mãos.

E lá foi o portuga para o trilho, esperar o trem. Quando o trem chegou perto, o portuga se desesperou, colocou as mãos no rosto e disse:

- Não quero nem ver!


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Re: Relações entre Portugal e Brasil no período colônia

#75 Mensagem por Túlio » Sáb Jun 11, 2011 3:01 pm

Se borraram, como sempre. Mas a esta não resisto, uma das raras em que o tuga é INTELIGENTE:




Um Português abre uma filial de sua empresa de pregos em Roma; como propaganda, faz um out-door com a figura de Cristo pregado na cruz, escrito embaixo:

"Pregos Garcia - 2000 Anos De Garantia! "

Foi aquele rebuliço, o Bispo de Roma foi pessoalmente conversar com o Português, explicar que não podia fazer isso.

Então o Português resolveu fazer um novo out-door. Colocou Cristo com uma das mãos pregadas na cruz e a outra solta, dando tchau.

Embaixo estava escrito:

"Adivinhe Em Qual Mão Foi Usado Prego Garcia? "

Meu Deus do céu! Até o Papa foi conversar com o Português:

- Assim não dá! Não pode usar Jesus Cristo como garoto propaganda. Invente outra coisa. . .

- Então vou fazer um novo out-door. . . . Pensou o Português.

Colocou a foto da cruz vazia e embaixo estava escrito:

"Se O Prego Fosse Garcia O Gaijo Não Fugia. . . . "




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