'O avião foi atingido por alguma coisa brutal', diz o ex-presidente da Infraero
Rio - O brigadeiro e ex-presidente da Infraero, José Carlos Pereira, afirmou que o local onde o voo AF 447 da Air France desapareceu é uma área de muita instabilidade. "Desde o início do planeta foi assim, o local é de bastante instabilidade. Mas os aviões conseguem desviar de empecílhos e voar com segurança, mas nesse caso específico o piloto foi surpreendido por algo muito grande", disse.
Pereira afirmou também que o mecanismo que monitora o avião não funcionaria a 3 mil metros de profundidade, em caso de o avião ter caído no mar. "Nunca alguém vai saber o que aconteceu, essa é a verdade", finalizou Pereira.
O voo AF447 da Air France está desaparecido desde a noite deste domingo e levava cerca de 80 brasileiros e 76 francesees para Paris, capital da França. Ao todo 228 pessoas estavam a bordo do avião. Quem confirmou essa informação, no início da tarde desta segunda-feira, foi o gerente da Air France no Brasil, Jorge Assunção.
O Airbus A 330 decolou do Aeroporto Internacional Tom Jobim às 19h deste domingo e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris às 11h10 locais (6h10 de Brasília), disse um porta-voz. Segundo as fontes, o aeroporto parisiense criou uma célula de crise durante a manhã.A Air France divulgou que a aeronave enviou uma mensagem automática informando a ocorrência de um curto-circuito após passar por fortes turbulências às 23h14 (de Brasília). De acordo com o Comando da Aeronáutica, o avião fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (CINDACTA III) às 22h33.
Às 22h48 (horário de Brasília), quando a aeronave saiu da cobertura radar do CINDACTA III, de Fernando de Noronha, as informações indicavam que o Airbus voava normalmente a 35.000 pés (11 quilômetros) de altitude e a uma velocidade de 453 KT (840 km/h).
Família Orleans e Bragança confirma que príncipe brasileiro está no voo AF447
Rio - A família Orleans e Bragança, herdeira da família real brasileira, confirmou que o príncipe Pedro Luis de Orleans e Bragança, estava no voo AF447, que desapareceu na noite de ontem (31). Ele era o único integrante da família presente no voo. Descendente de Dom Pedro II e filho do príncipe Dom Antônio, Pedro Luis, de 26 anos, é o quarto na linha sucessória do trono. As informações foram repassadas pelo escritório que representa a família Orleans e Bragança, em São Paulo.
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Maestro da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio estava a bordo
A assessoria da Prefeirura do Rio informou que o chefe de gabinete do órgão, Marcelo Parente, e a esposa também estão no voo. O prefeito Eduardo Paes e a esposa chegaram ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no fim da manhã, e estão conversando com parentes dos passageiros no gabinete de crise montado pela Infraero. Paes informou que vai decretar luto oficial de três dias no município por causa do possível acidente. O governador Sérgio Cabral também vai tomar a mesma medida.
A empresa de pneus Michelin informou que três executivos estão no avião que saiu do Rio para Paris e que está
desaparecido. Os funcionários brasileiros são o presidente para a América do Sul, Luiz Roberto Anastácio, e o diretor de informática Antonio Gueiros, que participariam de uma reunião na sede da empresa na França. Ainda de acordo com a empresa, a funcionária francesa, Christin Pieraerts, que estava no Brasil, também voltava para a França no voo AF 447.
A Companhia Vale informou que o seu diretor da área de manganês e ligas, Marco Mendonça, embarcou no vôo AF 447, Rio-Paris, que está desaparecido depois de partir do Aeroporto Tom Jobim.
O desaparecimento
O Airbus A 330-200 da Air France saiu do Rio às 19h de domingo com destino a Paris e desapareceu no início da noite. A torre de controle recebeu informações de uma forte turbulência e, em seguida, de pane no sistema elétrico, por volta das 23h14 (de Brasília). São 228 pessoas a bordo, sendo 80 brasileiros.
De acordo com o Comando da Aeronáutica, o avião fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (CINDACTA III) às 22h33.
Às 22h48 (horário de Brasília), quando a aeronave saiu da cobertura radar do CINDACTA III, de Fernando de Noronha, as informações indicavam que o Airbus voava normalmente a 35.000 pés (11 quilômetros) de altitude e a uma velocidade de 453 KT (840 km/h).