NOTÍCIAS POLÍTICAS

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Edu Lopes
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#61 Mensagem por Edu Lopes » Qui Mai 29, 2008 11:40 am

Também quero!
Deputado: governo pagou conta de filho de Lula

Portal Terra

BRASÍLIA - O sub-relator da CPI dos Cartões Corporativos, deputado Índio da Costa (DEM-RJ), acusou ontem a Presidência da República de pagar conta de Internet de um filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

O gasto apareceria entre as despesas da Casa Civil que foram encaminhados à CPI e indicaria o pagamento do boleto bancário de um provedor, que estaria no nome de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.

O deputado incluiu o gasto de R$ 112,11, no dia 2 de setembro de 2003, no sub-relatório que apresentou ontem à CPI.

Fonte: http://jbonline.terra.com.br/extra/2008 ... 23177.html
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Clermont
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#62 Mensagem por Clermont » Sex Mai 30, 2008 11:18 pm

Infelizmente, a única certeza que temos, no Brasil, é de que o ato mais vergonhoso que assistimos, hoje, ainda vai ser superado pelo próximo.

Realmente, entre tantas imoralidades, não consigo me lembrar de uma que supere a decisão da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro de revogar a prisão daquele policial traidor, deputado estadual traidor, bandido pior do que qualquer bandido, Álvaro Lins.

Por 45 votos contra 15, esse elemento que mereceria o pelotão de fuzilamento, foi posto em liberdade, anulando o trabalho, árduo de mais de um ano, executado pelos membros da Polícia Federal.

Não há palavras que descrevam a minha sensação de desânimo e de ódio por essa atitude. Basta dizer que, até mesmo idéias de golpe militar e imposição de medidas contra esses bastardos fedorentos que fariam Robespierre se horrorizar, passaram pela minha cabeça.

Fantasias, é claro. Afinal, eu não exerço voz de comando nem sobre soldadinhos de chumbo...

Mas, como se não fosse absolutamente abominável a medida, em si mesma, o que mais despertou a minha repulsa, o meu desprezo e a minha desesperança, foi a declaração de um funcionário jurídico da Assembléia, antigo político profissional de esquerda e advogado, que declarou:

"A ação desta casa não foi motivada pela defesa do deputado. Ela foi motivada para defender os cidadãos que elegeram o deputado."

Não sei se esta é uma característica nacional, provavelmente não deve ser. Mas, acho difícil acreditar que outro país neste mundo - ou em outros mundos - tenha aperfeiçoado melhor a técnica de pegar um pedaço de bosta, do tipo mais fedorento, horroroso, e repugnante possível, e embrulhá-lo no mais delicado e nobre tecido de seda. Eis no que consiste a declaração deste advogado.

É muito deprimente. Você sente que não tem alternativa. Toda vez que uma aberração dessas acontece, eu me lembro de uma notícia que li, muito tempo atrás, sobre uma eleição no Canadá. O partido governante caiu no desfavor da população, e na eleição seguinte, 90 % do parlamento foi eliminado do poder.

Noventa porcento! Eu sempre fico sonhando como seria se algo assim acontecesse no Brasil, ou no Rio de Janeiro, ao menos.

Mas é um sonho vão. O que seria colocado no lugar? Estava assistindo a declaração de um dos 15 deputados estaduais que votaram contra esta fedorentíssima resolução, e pensei: "Será que eu deveria votar nele, numa próxima eleição?"

Mas ele pertence ao PSOL!! Como posso eu votar em alguém do PSOL?

Nunca faria isso. Nunca. Reconheço sua honestidade, neste caso específico, mas isso não é o bastante. Aliás, foi o mesmo caso da última eleição presidencial. Homem por homem, aquele Cristóvam Buarque era o melhor de todos, por larga margem. Suas propostas para educação eram muito atraentes. Mas como se poderia dar o poder a um candidato do PDT de Carlos Lupi?

Então, ainda que a gente pegasse os 90 % desses cachorros da ALERJ e arrancássemos suas tripas com ferro em brasa, aparentemente nada teríamos de melhor para colocar no lugar.

Depois do fiasco da última eleição, quando esse partido mentiroso e corrupto, sepulcro caiado de branco, chamado PT, conseguiu eleger uns 90 deputados federais, depois de todo aquele carnaval da CPI do Mensalão, eu jurei pra mim mesmo que ia parar de ficar acompanhando esta merda do noticiário político. Que o Inácio da Silva ia ganhar, era fato consumado, dada a absoluta mediocridade daquela porcaria que se opunha a ele. Mas que o PT conseguisse tantos deputados, incluindo elegendo vários daqueles mentirosos e canalhas, foi um choque pra mim. Mas, só porque eu sou burro. Se fosse mais inteligente, teria me lembrado do dito "É a economia, estúpido". Mas eu jurei que ia ler mais revistas em quadrinho, mais revista de mulher pelada, qualquer coisa menos política. Mas, infelizmente, a não ser que se vá para alguma caverna, o noticiário político acaba nos sendo enfiado, goela abaixo. Ou, reto àcima...

Eu queria não ter sabido, nunca, da decisão destes bostas, destes amontoados de fezes, recobertas de pela humana, que se intitulam "deputados estaduais do Rio de Janeiro."

Isso me fez muito mal essa noite... Eu quero que eles morram.
Carlos Mathias

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#63 Mensagem por Carlos Mathias » Sex Mai 30, 2008 11:29 pm

Entende porque o voto nulo vem crescendo tanto?

E tem outra, soltaram ele porque provavelmente ameaçou botar a boca no mundo, tipo: "Eu caio mas levo todo mundo comigo".
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#64 Mensagem por Marino » Sáb Mai 31, 2008 12:07 pm

Ives Gandra da Silva Martins*

Hoje, tenho eu a impressão de que o "cidadão comum e branco" é

agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação

infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios,

afrodescendentes, homossexuais ou se auto-declarem pertencentes a minorias

submetidas a possíveis preconceitos.

Assim é que, se um branco, um índio ou um afrodescendente tiverem a mesma

nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas

Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de

imediato, a favor de um deles. Em igualdade de condições, o branco é um

cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.

Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às

terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional

passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio

milhão de índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos,

paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também - passaram a

ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 183 milhões de

habitantes dispõem apenas de 85% dele. Nesta exegese equivocada da Lei

Suprema, todos os brasileiros não índios foram discriminados.

Aos "quilombolas", que deveriam ser apenas os descendentes dos

participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem

em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela

de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art.

68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse

conceito.

Os homossexuais obtiveram, do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef,

o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para

realçar as suas tendências, algo que um cidadão comum jamais conseguiria.

Os invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição, vão

passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo

considera, mais que legítima meritória a conduta consistente em agredir o

direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum,

desempregado, que não tem este "privilégio", porque cumpre a lei.

Desertores e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha,

garantem a seus descendentes, polpudas indenizações pagas pelos

contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o

que é retirado dos pagadores de tributos para "ressarcir" àqueles que

resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram

perseguidos. São tantas as discriminações, que é de se perguntar:

de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema?

Como modesto advogado, cidadão comum e branco sinto-me discriminado e

cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.

*(Ives Gandra da Silva Martins é Professor Emérito das Universidades

Mackenzie e UNIFMU, da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, e é

Presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do

Estado de São Paulo).



CONSTITUIÇÃO FEDERAL



Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do

Brasil:

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,

idade e quaisquer outras formas de discriminação.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#65 Mensagem por Kratos » Dom Jun 01, 2008 5:30 pm

Túlio escreveu:Mas VOSMEÇÊS não enxergam mesmo, né não? O Brasil - e não o Presidente Lula - está fazendo o que sempre fez/tentou fazer: assimilar a vizinhança, POWS!!!

Afinal, nossas tradições sempre foram mais em direção da assimilação do que do conflito, ao qual somente recorremos quando deixados sem outra opção. O detalhe é que NUNCA tivemos as condiçõe$$$ que temos agora... :wink:
Que seja, desde que te ajude a dormir em paz você pode acreditar em qualquer verdade que lhe seja conveniente.
O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#66 Mensagem por gral » Seg Jun 02, 2008 8:54 am

Carlos Mathias escreveu:E tem outra, soltaram ele porque provavelmente ameaçou botar a boca no mundo, tipo: "Eu caio mas levo todo mundo comigo".
Ou então por defesa própria. "Se eu não absolver o cara, quem vai segurar minha barra quando me pegarem?"
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#67 Mensagem por Tigershark » Seg Jun 02, 2008 9:46 am

Veja

Assunto: Internacional
Título: O foro dos dinossauros
Data: 02/06/2008
Crédito: Diogo Schelp, de Montevidéu

Diogo Schelp, de Montevidéu

Reunida no Uruguai, a esquerda da América Latina passa o tempo a repetir velhos clichês

Um parque dos dinossauros políticos instalou-se durante quatro dias em um edifício à beira-rio em Montevidéu: o 14º Encontro do Foro de São Paulo, que reuniu partidos de esquerda da América Latina e Caribe, entre 22 e 25 de maio. A quantidade de participantes era relativamente grande – 840 delegados, representando 107 organizações de 32 países –, mas a diversidade de idéias fossilizadas era pequena. Apesar de muitos desses partidos e organizações estarem representados em treze governos do continente (as contas são do Foro), o que se ouviu nos debates foram cinqüenta horas de monocórdia repetição de refrões da Guerra Fria – "condenar a crescente e permanente ameaça dos Estados Unidos contra os povos do mundo", "defender a revolução cubana". A idade média dos presentes, pelo menos entre os mais ativos na tribuna, era de 60 anos. Muitos deles são militantes comunistas que, vinte anos depois de essa ideologia fracassada ter sido varrida da história, ainda não arejaram suas idéias políticas. Apesar de os membros do Foro de São Paulo participarem de tantos governos, só um presidente, o da Nicarágua (o segundo país mais pobre do continente, atrás apenas do Haiti), compareceu ao convescote. Nem o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, cuja coalizão era a anfitriã do encontro, deu as caras. O naipe dos principais oradores em Montevidéu – o nicaragüense Daniel Ortega e o petista Marco Aurélio Garcia, assessor do presidente Lula – ressalta a irrelevância política dos debates que aconteceram em Montevidéu.
É bom que o que foi dito lá não tenha maior repercussão. Se o Foro de São Paulo servisse como um ponto de inflexão capaz de formular políticas para os partidos participantes, a esquerda latino-americana seria convocada a se empenhar em aventuras desastrosas para os povos da região. Para exemplificar o perigo das idéias expostas e aplaudidas em Montevidéu, temos o desprezo que o presidente nicaragüense dedica à democracia. Em seu discurso, ele assim descreveu esse sistema de representação popular: "Trata-se de um instrumento para os capitalistas se perpetuarem no poder". Em seguida, Ortega explicou que apenas aprendeu a usar os meios do inimigo para ascender democraticamente ao comando do país. Já o brasileiro Garcia tratou de atacar a imprensa independente e, revelando-se generoso com o dinheiro que não é dele nem do governo petista, mas do povo brasileiro, ofereceu aos outros países latino-americanos uma participação na exploração das novas reservas petrolíferas encontradas no Brasil.
O Foro de São Paulo foi criado em 1990, por iniciativa do PT, com o objetivo de discutir os rumos da esquerda latino-americana – dado o fato evidente de que o comunismo tinha fracassado na Europa. Entre as organizações fundadoras estavam o Partido Comunista de Cuba e as Farc, o grupo terrorista colombiano. Lula acabara de perder as eleições presidenciais para Fernando Collor e, com exceção da ditadura de Fidel Castro em Cuba, não havia nenhum governo de esquerda na região. O foro era uma espécie de convescote dos desesperados. De lá para cá, muitos dos partidos que participam da entidade chegaram ao poder. Uma análise das declarações finais de todos os catorze encontros temáticos revela que as mesmas palavras de ordem continuam a ser repetidas desde o primeiro foro. Nenhuma proposta viável sobre o que fazer com o poder emergiu dos debates entre os esquerdistas. A rotina do foro em Montevidéu deixa claro por que isso acontece: simplesmente, não havia debate de idéias ou a intenção de apresentar novas interpretações.
As Farc, que até quatro anos atrás participavam ativamente dos trabalhos do foro, continuam a ser tratadas como uma companheira de jornada. Foram feitas críticas genéricas à prática de seqüestro e narcotráfico – os negócios das Farc –, mas a organização criminosa nunca foi citada nominalmente. Os participantes passaram a maior parte do tempo a discutir procedimentos, a fazer monólogos recheados de chavões esquerdistas ("luta popular", "povo irmão" e "tirania do capitalismo global") e a discordar entre si sobre incluir ou não determinada palavra na declaração final. Todo o falatório era acompanhado de paranóia constante sobre o que podia ou não vir a público. A lista de partidos, por exemplo, era divulgada, mas a dos participantes inscritos, não. As reuniões do Grupo de Trabalho, a cúpula do foro, eram feitas a portas fechadas. Cuidados supérfluos, visto que ali se discutiam apenas questões burocráticas. No primeiro dia, parte do debate foi ocupada pela questão do número de companheiros que poderiam ir ao jantar de confraternização, pois não havia lugar para todos. Decidiu-se que seriam 32.
O clima de camaradagem dominava os corredores. Todos se tratavam por "companheiro" e pareciam felizes de fazer parte da mesma família ideológica. Quando um companheiro subia ao púlpito para falar, no entanto, a platéia aproveitava para um cochilo. Só despertava do torpor a partir do momento em que eram proferidas palavras-chave, como "viva Cuba", "imperialismo" ou "neoliberalismo". Uma rara decisão prática do foro foi a de apoiar a "política de recuperação da soberania energética e territorial" do Paraguai. A secretaria executiva do foro – chefiada por Valter Pomar, secretário de relações internacionais do PT – comprometeu-se a trabalhar para que o governo do Brasil aceite discutir a questão da hidrelétrica de Itaipu. Uma resolução, portanto, afinada com os planos antibrasileiros do presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo. Se decisões como essa vão ou não para a frente, isso depende da validade do que disse Pomar a VEJA no primeiro dia do foro: "Não existe um paralelismo entre o que querem os partidos aqui presentes e a ação dos governos que eles apóiam em seus países". É a irrelevância declarada.


Apoio às Farc
"Eu quero expressar minhas condolências e minha solidariedade às Farc e à família do comandante Marulanda. Ele era um homem humilde, e me sinto honrado de ter-lhe dado, em nome de nosso povo, a ordem ‘Sandino’. Manuel Marulanda Vélez, um valente, um lutador."
Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, em discurso de encerramento do Foro de São Paulo

Generosidade brasileira
"Tivemos recentemente grandes descobertas de petróleo em nosso litoral. Nós queremos produzir uma parte disso. Mas queremos também que a América Latina participe da produção petrolífera, que tem de ser um instrumento que alavanque não só a economia brasileira como também a economia de toda a região."
Marco Aurélio Garcia, assessor especial para assuntos internacionais do presidente Lula, em debate sobre integração regional, no Foro de São Paulo.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#68 Mensagem por Bolovo » Seg Jun 02, 2008 10:17 am

ARGHHH!!

(Bolovo tendo ataque fulminante do coração)
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#69 Mensagem por Kratos » Seg Jun 02, 2008 10:20 am

blergh, nojenta essa merda toda
O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#70 Mensagem por Clermont » Ter Jun 03, 2008 10:26 pm

SAIBA COMO CADA DEPUTADO VOTOU A PROPOSTA QUE REVOGOU A PRISÃO DE ÁLVARO LINS.

Extra Online

RIO - Quarenta deputados estaduais votaram a favor do decreto legislativo que determinou a imediata revogação da prisão do deputado Álvaro Lins (PMDB), acusado, na operação Segurança Pública S/A, de chefiar um esquema de corrupção em delegacias. Outros 15 parlamentares votaram não, contra a medida.

Saiba como cada deputado votou na Alerj:

VOTARAM SIM

ALESSANDRO CALAZANS (PMN)

ANABAL (PHS)

APARECIDA GAMA (PMDB)

ÁTILA NUNES (DEM)

AUDIR SANTANA (PSC)

BEATRIZ SANTOS (PRB)

CHIQUINHO DA MANGUEIRA (PMDB)

CORONEL JAIRO (PSC)

DÉLIO LEAL (PMDB)

DIONÍSIO LINS (PP)

DOMINGOS BRAZÃO (PMDB)

DR. WILSON CABRAL (PSB)

ÉDINO FONSECA (Prona)

EDSON ALBERTASSI (PMDB)

FÁBIO SILVA (PMDB)

GERALDO MOREIRA (PMN)

GERSON BERGHER (PSDB)

GLAUCO LOPES (PSDB)

GRAÇA MATOS (PMDB)

IRANILDO CAMPOS (PTB)

JOÃO PEDRO (DEM)

JOÃO PEIXOTO (PSDC)

JORGE BABU (PT)

JORGE PICCIANI (PMDB)

LUIZ PAULO (PSDB)

MARCELO SIMÃO (PHS)

MARCO FIGUEIREDO (PSC)

MARCUS VINICIUS (PTB)

MÁRIO MARQUES (PSDB)

NATALINO (DEM)

PAULO MELO (PMDB)

PEDRO PAULO (PSDB)

RAFAEL ALOISIO FREITAS (DEM)

ROGÉRIO CABRAL (PSB)

RONALDO MEDEIROS (PSB)

SHEILA GAMA (PDT)

SULA DO CARMO (PMDB)

TUCALO (PSC)

WALDETH BRASIEL (PL)

WILSON CABRAL (PSB)

VOTARAM NÃO

ALESSANDRO MOLON (PT)

CIDINHA CAMPOS (PDT)

COMTE BITTENCOURT (PPS)

DR. ALCIDES ROLIM (PT)

FERNANDO GUSMÃO (PCdoB)

FLÁVIO BOLSONARO (PP)

GILBERTO PALMARES (PT)

INÊS PANDELÓ (PT)

MARCELO FREIXO (PSOL)

NILTON SALOMÃO (PMDB)

OLNEY BOTELHO (PDT)

PAULO RAMOS (PDT)

RODRIGO NEVES (PT)

SABINO (PSC)

WAGNER MONTES (PDT)

FALTARAM

*ÁLVARO LINS (PMDB) - o acusado

ALAIR CORRÊA (PMDB)

ALTINEU CORTES (PT)

ANDRÉ CORRÊA (PPS)

ANDRÉ DO PV (PV)

ARMANDO JOSÉ (PSB)

GRAÇA PEREIRA (DEM)

JODENIR SOARES (PTdoB)

JOSÉ NADER (PTB)

JOSÉ TÁVORA (DEM)

MARCOS ABRAHÃO (PSL)

NELSON GONÇALVES (PMDB)

PEDRO AUGUSTO (PMDB)

ROBERTO DINAMITE (PMDB)

ZITO (PSDB)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#71 Mensagem por soultrain » Qua Jun 04, 2008 6:01 am

Vencemos os EUA - e agora?


Quase seis anos depois de iniciar o debate, o Brasil conseguiu mais uma vitória - definitiva, espera-se - contra a política americana de subsídios a produtores e exportadores de algodão. Para que servirá essa vitória ainda não se sabe: nos processos da OMC, quem ganha nem sempre leva, principalmente quando o perdedor é o país mais poderoso do mundo. Neste caso, há quem acuse o governo brasileiro de ter deixado a história arrastar-se por muito tempo. As consultas preliminares começaram em 2002, o processo foi aberto em 2003, os Estados Unidos foram condenados em 2004, recorreram e perderam em 2005. O Brasil ganhou o direito de impor uma retaliação no valor de US$ 4 bilhões, mas preferiu negociar e dar um tempo para os EUA mudarem sua política. Dois anos foram perdidos. Novo processo foi aberto e a posição brasileira mais uma vez prevaleceu. Até agora o Itamaraty não informou se pedirá autorização ao painel arbitral para impor retaliação.

Dentro de um mês o painel da OMC deverá determinar o valor das contramedidas aplicáveis pelo Brasil aos EUA. Mas o governo brasileiro, segundo nota do Itamaraty, espera das autoridades americanas medidas legislativas para eliminação das práticas condenadas pela OMC. Não está claro se Brasília pretende mais uma vez contemporizar ou se ainda não definiu a melhor forma de aproveitar a nova vitória.

O empresário Pedro Camargo Neto, ex-secretário de Produção do Ministério da Agricultura e iniciador, em 2002, da disputa com os EUA, demonstra ceticismo e frustração. O governo, segundo ele, errou ao dar um prazo às autoridades americanas depois da vitória de 2005. De acordo com o ex-secretário, os negociadores brasileiros tinham a esperança de ver o assunto resolvido na Rodada Doha. Perderam a aposta e a oportunidade. “O correto seria o inverso, pressionar no contencioso para acelerar a Rodada Doha”, sustenta Camargo Neto.

A situação agora é mais complicada. O Congresso americano aprovou uma nova lei agrícola e manteve um enorme volume de subsídios à agricultura. Os produtores de algodão, grandes financiadores de campanhas políticas, mais uma vez conseguiram manter suas vantagens. O presidente George W. Bush vetou a lei, mas os congressistas derrubaram o veto.

Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, o Brasil poderá renunciar à aplicação de sanções, se os americanos admitirem reduzir os subsídios agrícolas na Rodada Doha. Mas a rodada continua emperrada, não só por causa da questão agrícola, mas também por falta de entendimento sobre o comércio de bens industriais. O mediador das negociações sobre indústria, Don Stephenson, interrompeu mais uma vez o trabalho da comissão na segunda-feira.

Deixar o assunto do algodão para ser resolvido na Rodada Doha pode ser a repetição de um erro, especialmente porque a evolução das negociações é muito incerta. De toda forma, será possível ter uma idéia mais clara sobre isso até o fim do mês. Se não houver o acordo mínimo necessário para uma reunião ministerial em junho, dificilmente haverá condições para qualquer avanço em 2008, por causa das eleições americanas.

Mas é no mínimo estranho deixar para as negociações globais de comércio a solução definitiva do problema do algodão. A condenação da política americana pelo Órgão de Solução de Controvérsias da OMC deveria ser suficiente para liquidar o assunto. Não teria sentido, num mundo de regras com razoável eficácia, incluir em negociações globais uma prática já condenada por sua ilegalidade. O sistema comercial terá sempre um funcionamento precário enquanto as decisões dos árbitros dependerem, para ser aplicadas, do poder de retaliação do país vencedor do processo. Nenhuma reforma do comércio internacional será inteiramente bem-sucedida enquanto o sistema, operado pela OMC, não dispuser de um poder supranacional de enforcement, isto é, de imposição das normas. Enquanto isso não ocorrer, o vencedor de um processo contra uma grande potência naquela organização será sempre forçado a escolher entre a solução ousada e a composição prudente - ou até mesmo a contentar-se com uma vitória moral.

http://txt.estado.com.br/editorias/2008 ... 04.3.1.xml

"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#72 Mensagem por Tigershark » Sex Jun 06, 2008 9:47 am

Lula vê ‘fogo amigo’ em nova denúncia contra Dilma
Oposição planeja usar caso Varig para mirar no presidente

Fábio Pozzebom/ABr

Vai começar tudo de novo. Sai a denúncia do dossiê anti-FHC. Entra o caso da venda da Varig.



As cúpulas do PSDB e do DEM enxergaram na acusação pólvora suficiente para disparar contra o próprio Lula.



Farejando a movimentação inimiga, o presidente deu de ombros: “Vão quebrar a cara de novo”, disse a um auxiliar, na tarde desta quinta-feira (5).



Na mesma conversa, Lula declarou-se “intrigado” com a origem dos ataques à ministra Dilma Rousseff. Acha “curioso” que partam, invariavelmente, de pessoas ligadas ao PT.



No caso do dossiê, descobriu-se que o “espião com crachá” era o petista José Aparecido, levado à Casa Civil pelo ex-ministro José Dirceu.



Na encrenca da Varig, quem fornece munição ao inimigo é Denise Abreu, personagem que também fizera escala na Casa Civil antes de chegar à Anac. De novo, sob Dirceu.



Lula enxerga na sucessão de problemas indícios de fogo amigo. Associa a sucessão de más notícias à contrariedade de setores do PT com a superexposição obtida pela ministra-presidenciável.



Em diálogos privados, lideranças tucanas e ‘demos’ decidiram adotar uma estratégia apelidada por um deles de “escada”.



Pretende-se subir um degrau por vez. Vê-se como primeiro estágio a inquirição, na comissão de Infra-Estrutura do Senado, de 11 personagens ligados ao caso Varig.



Confirmando-se as denúncias feitas por Denise Abreu, a ex-diretora da Anac, o “degrau” seguinte será o advogado Roberto Teixeira.



Compadre de Lula, Teixeira foi definido como um “abridor de portas” por um dos sócios brasileiros do fundo norte-americano Matlin Patterson, que abiscoitou a Varig, supostamente beneficiado pela interferência da Casa Civil.



Padrinho de um dos filhos do presidente, o advogado Teixeira integra o rol de “convidados” a dar explicações à comissão do Senado.



Se a versão do tráfico de influência sobreviver às oitivas, a oposição vai ao “degrau” seguinte: Dilma Rousseff.



A idéia é arrastar a ministra novamente para a comissão de Infra-Estrutura. O mesmo foro em que foi questionada por mais de oito horas sobre o episódio do dossiê.



Em maioria na comissão, o bloco parlamentar de Lula prepara-se para resistir. No caso do dossiê, a convocação da ministra foi obtida graças a um cochilo dos governistas.



Agora, como diria Stanley Kubrick, o líder de Lula no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), está "de olhos bem abertos".



A oposição já ensaia o discurso: a eventual recusa a um novo comparecimento de Dilma no Senado será explorada como tentativa do governo de acobertar malfeitos.



Vai-se, então, ao último ao topo da “escada”: Lula. Um “degrau” que vem se mostrando impermeável a ataques.



O que há, por ora, são acusações que chegam desacompanhadas de documentos. Vocalizadas por Denise Abreu, foram, porém, corroboradas por outros personagens.



Há, de resto, uma evidência incômoda: embora a lei limite em 20% a participação de estrangeiros em companhias aéreas brasileiras, o fundo Matlin Patterson, dos EUA, exerce controle absoluto sobre a Varig.



Tanto assim que a Anac, agora sob nova direção, fixou, nesta quinta-feira (5) um prazo de 30 dias para que lhe seja apresentada uma nova composição societária da companhia.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#73 Mensagem por Túlio » Dom Jun 08, 2008 9:13 am

Inacreditável! Não vi nenhum tópico ou notícia que se relacione à vergonheira em que se transformou a política Gaúcha - sim, o dito 'estado mais politizado do Brasil' - onde o chefe da Casa Civil, em nome da Governadora Tucana, tentou subornar escancaradamente o Vice-Governador para aceitar que verbas públicas - DETRAN - financiem a campanha de políticos da base aliada...

Com isso, abriram as portas para o retorno de Olívio em 2010, vai ser difícil a gente não ter de agüentar mais um ou dois governos do PT por aqui - e aqui eles SÃO comunas mesmo, não os neocons de Brasília.

Que podridão da parte de um governo de quem tanto se esperava, meu Deus do Céu, a primeira mulher e ainda por cima a primeira pessoa não-Gaúcha a governar o RS!!! :shock: :shock: :shock: :shock:
“You have to understand, most of these people are not ready to be unplugged. And many of them are so inured, so hopelessly dependent on the system, that they will fight to protect it.”

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#74 Mensagem por Edu Lopes » Dom Jun 08, 2008 9:57 am

Yeda confirma a saída de Martini, Busatto, Cavalcante e Bueno

Publicada em 07/06/2008 às 19h27m
ClicRBS; Jornal da Globo; O Globo Online


PORTO ALEGRE - Em entrevista coletiva na tarde deste sábado, após dias de silêncio diante da crise no governo, a governadora Yeda Crusius (PSDB) anunciou que aceitou os pedidos de demissão do chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, do secretário-geral de Governo, Delson Martini, o chefe do escritório do Rio Grande do Sul em Brasília, Marcelo Cavalcante, e do comandante-geral da Brigada Militar (BM), coronel Nilson Bueno.

É a maior mudança no secretariado de uma só vez desde que Yeda assumiu o Palácio Piratini. A governadora disse que é parlamentarista e que vai consultar o conselho político na próxima segunda-feira para tratar a substituição desses nomes que saem do governo.

Uma grave crise se instalou no Palácio Piratini após a divulgação, na sessão da CPI do Detran nesta sexta-feira, de uma conversa entre o chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, e o vice-governador, Paulo Feijó. No diálogo, divulgado pelo próprio vice-governador, Busatto diz a Feijó que o Detran e o Daer foram "fontes de financiamento" para todos os governadores. Em entrevista coletiva, Yeda afirmou que o governo é transparente e sempre apura as denúncias. Disse que está indignada com o vice-governador e considerou as conversas sem valor ético, por terem sido gravadas sem o conhecimento de um dos envolvidos.

- Quem estava gravando sabia que estava gravando e pôde fazer o teatro que bem quis. Busatto saberá dar a volta por cima. Tudo que ele fez na vida não se apaga com uma gravação. A fala gravada não tem valor ético ou moral quando um sabe que está gravando e outro não sabe que está sendo gravado.

Sobre o vice-governador, ela ainda acrescentou:

- Mais firme do que nunca quero manifestar minha indignação pelo comportamento do vice-governador. O Rio Grande do Sul é colocado, frente ao cenário nacional, como um Estado em que práticas de comportamento como essa jamais foram vistas. É um comportamento digno de confronto. Esse maravilhoso povo do Rio Grande do Sul não aceita não discutir frente a frente como sempre deve ser feito na política.

- Você quer ser governador no tapetão, mas não vai levar, Paulo Feijó. Você não é um homem honrado - atacou Busatto, em entrevista a um programa de TV na noite de sexta.

O PP estuda a possibilidade de entrar na Justiça contra Busatto e Feijó. O PMDB cobra uma posição da governadora e já decidiu acionar o chefe da casa civil e o vice-governador. O Ministério Público de Contas vai investigar o caso.

Na reunião da manhã, o secretário-geral do PPS, Sérgio Campis de Morais, aliado do governo, se manifestou:

- Não endossamos nenhum tipo de declaração de práticas políticas que nós condenamos - disse, em referência ao teor da conversa entre Busatto e o vice-governador gravada por Feijó.

Pela manhã, Yeda participou de uma reunião no Palácio Piratini. Estiveram presentes, do PMDB, o deputado federal Eliseu Padilha e Rospide Neto, um dos dirigentes do partido no estado, além de Paulo Odone. Do PSDB, compareceram os deputados Zilá Breitenbach, líder da bancada na Assembléia, e Marchezan Júnior.

No diálogo, gravado no dia 26 de maio, Cézar Busatto fala da utilização de verbas públicas para financiar o PP, partido da base aliada do governo do PSDB no Rio Grande do Sul.

"Entre nós, podemos deixar isso claro. Não tenho dúvida de que o Detran é uma grande fonte de financiamentos", diz Cézar Busatto no trecho da gravação divulgado na sexta-feira.

"Do PP?", pergunta Paulo Feijó.

"Não é verdade?", fala Busatto.

O chefe da Casa Civil fala que é comum recursos desviados de estatais financiarem campanhas. Em vários momentos, Busatto tentou convencer o vice a ficar do lado da governadora.

Mesmo antes de assumirem o mandato, Yeda Crusius e Paulo Feijó têm tido divergências públicas. O motivo inicial da briga foi um pacote que previa aumento de impostos, proposto pela governadora e atacado pelo vice.

A divulgação do diálogo revoltou estudantes, que invadiram a Assembléia Legislativa e depois foram para a frente de Palácio Piratini para protestar na sexta-feira.

Em entrevista após a divulgação da gravação, César Busatto se disse vítima de uma armação, mas não desmentiu o conteúdo da conversa.

- Estou me sentindo vítima de uma armação, de uma tocaia, de uma armadilha safada. Eu fui de coração aberto. Eu considero essa uma atitude de mau caráter. O vice-governador é um mau caráter. Ele não é um homem honrado. E eu sou um homem honrado. O vice-governador, Paulo Feijó é um golpista, ele quer dar um golpe para ser governador a qualquer custo - disse o chefe da Casa Civil - RS.

No início da noite, o porta-voz do governo informou que Yeda Crusius rompeu relações com o vice.

- A curto prazo, a governadora não conversa com o vice-governador.

O presidente regional do PP, Jerônimo Goergen, repudiou as declarações de César Busatto na conversa com Feijó. Até domingo o partido decide se continua no governo Yeda Crusius.


Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/0 ... 707565.asp
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#75 Mensagem por Edu Lopes » Dom Jun 08, 2008 10:08 am

Mais bandalheira do governo que "não rouba nem deixa roubar":
Casa Civil livrou comprador da Varig das dívidas antigas

Pressões livraram Varig de dívidas

Sônia Filgueiras e Leonencio Nossa


Relatos de funcionários que participaram das negociações do caso Varig mostram que Erenice Guerra, a secretária executiva da Casa Civil e braço direito da ministra Dilma Rousseff, coordenou várias reuniões para tratar do assunto. Pelo menos seis delas foram dedicadas a tentar contornar um impasse criado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que exigia o repasse da responsabilidade pelo pagamento de dívidas tributárias da empresa - na época calculadas em R$ 2 bilhões - ao novo proprietário.

De acordo com as fontes, Erenice era responsável por buscar soluções para pendências técnicas também na Infraero e no Ministério da Defesa.

Ao longo do processo, Erenice acabou se tornando o principal canal do Planalto com as demais áreas do governo envolvidas na operação de venda. A ministra Dilma Rousseff entrava nas negociações para telefonar aos técnicos e dirigentes de outros órgãos quando o empenho de sua principal auxiliar não surtia efeito. Segundo um dirigente, a assessora de Dilma, embora fosse vista como uma funcionária rigorosa, era mais sutil no trato que a própria ministra.

As divergências jurídicas do então procurador-geral da Fazenda, Manoel Felipe Brandão, em relação à venda da Varig foram reveladas pela ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu em entrevista ao Estado. A ex-diretora e outros ex-dirigentes de órgãos da aviação também acusam Dilma Rousseff de ter pressionado a Anac para que não exigisse documentos que atestassem a origem do capital dos sócios brasileiros da VarigLog. A exigência dificultaria a venda. Os interessados em adquirir a empresa eram clientes do advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula.

OBSTÁCULO

O ex-procurador Brandão entendia que a venda não se encaixava nas hipóteses legais que dispensavam o repasse do débito aos novos donos. A mesma fonte diz que, nas reuniões no Planalto, das quais também participavam integrantes da Anac e do Ministério da Fazenda, técnicos da Casa Civil se empenhavam em buscar uma solução que evitasse o repasse dos débitos.

Os argumentos eram de ordem prática: a elevada dívida acumulada ao longo de anos jamais seria recuperada pela União, e insistir em repassá-la aos futuros compradores inviabilizaria uma operação de venda, levando a empresa à falência.

No fim de maio de 2006, Brandão, que era da equipe do ex-ministro Antônio Palocci, foi substituído. Após a troca, a procuradoria da Fazenda emitiu um parecer favorável à venda da Varig sem repasse da dívida de impostos, como desejava a Casa Civil. De acordo com uma fonte da área econômica, a solução jurídica foi alterar o modelo de venda. Discutidas há mais de um ano, todas as propostas de venda anteriores passavam por algum tipo de rearranjo societário na Varig e caíam nas objeções da PGFN. Optou-se, então, por um leilão judicial, que não estaria enquadrado na exigência de repasse das dívidas aos novos proprietários. Após um primeiro fracasso, a venda foi concretizada em 24 de junho de 2006.

Procurado, Brandão recusou-se a comentar as reuniões, mas confirmou a posição da PGFN: "Não vou entrar em detalhes. Confirmo apenas que minha posição era a de que havia sucessão tributária (repasse da dívida aos novos compradores) no caso. Considero a abertura de um precedente um risco ao instituto do crédito tributário". Brandão confirmou, ainda, que havia na Procuradoria da Fazenda uma minuta de parecer nesse sentido, que não chegou a ser assinada. Ele também disse desconhecer as denúncias de Denise Abreu.

Em nota divulgada na quarta-feira, o Ministério da Fazenda afirmou que não houve solicitação direta ou indireta à PGFN para emissão de parecer que beneficiasse a Varig. Por intermédio da assessoria da Casa Civil, Dilma Rousseff e Erenice Guerra informaram que não comentariam o caso.

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 5385,0.php
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