helio escreveu:Orestes
Respondendo as suas dúvidas, digo que ele é teorico, pois como muitos pesquisadores, ele atua na área de pesquisa histórica.
Ele nunca trabalhou ou participou em qualquer projeto de veículos militares. Ele não é engenheiro , nem projetista para poder avaliar o desempenho de um veículo, e também não fez carreira militar.
O fato de ter andado num veículo militar não o capacita de dar um parecer quanto ao seu desempenho. Se um jornalista ou pesquisador puder dar uma volta num Mirage 2000 por exemplo, não o habilita a dar impressões sobre as qualidades ou desempenho. Na revista 4 Rodas por exemplo, isto é muito claro . voce vê nas chamadas da revista "ANDAMOS NUM ......." ou "TESTAMOS UM......" É claro que quando se testa, é necessário que seja testado por um técnico qualificado para poder dar um parecer confiável aos leitores.
Os artigos dele são baseados em depoimentos de pessoas que vivenciaram o projeto ou a operação dos mesmos, e de bibliografia.Da mesma forma como todos nós deste forum, baseamos o que escrevemos em bibliografia e despoimentos de pessoas que vivenciaram .
Eu conheço o trabalho do Expedito e acho muitos deles espetaculares. Mas tudo isto no âmbito de um pesquisador sério que procura desvendar a historia de nossos veículos militares.
Da mesma forma, se um de nós participar de uma demonstração militar, não estamos habilitados para dar um parecer sobre um equipamento. Eu sei que tem foristas aqui que são militares, e se algum destes der uma impressão de um equipamento que ele efetivamente utiliza ou utilizou com certeza devemos dar o maior crédito.
Se eu o conheço, confesso que ainda não tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente, só o conheço por e-mail que trocamos de vez em quando. Ele mora em Juiz de Fora-MG , e infelizmente não tive oportunidade de ir até lá.
Não estou de maneira nenhuma tentando desqualifica-lo, mas existem conceitos para publicações que tem que ser respeitados. Da mesma forma, para que um trabalho publicado tenha credibilidade é obrigado a colocação de bibliografia e autoria das declarações e fotos publicadas.
Espero ter respondido a sua dúvida, mas quero repetir que em nenhum momento estou tentando desqualificar o trabalho dele, apenas esclarecendo o que significa testar , e depois emitr um parecer sobre um veículo.
Abraços
Hélio
Olá Hélio,
ficou mais do que claro que não é sua intenção desqualificar o trabalho do Expedito, não se preocupe com quanto a isso.
Bem, fiz as perguntas de maneira intencional e tive como respostas o que já imaginava. Eu o conheço pessoalmente e trabalho com ele. Sou professor da UFJF e comecei a escrever alguns artigos para o UFJF Defesa. Posso garantir-lhe, ele não é nada do que escreveu, é muito, mas muito mais do que imagina, e não estou aqui fazendo média com ele.
Ele não só testa equipamentos, como conhece a fundo, desde projetos até manutenção dos mesmos, ele bota a mão na massa, não fica lá olhando ou dando voltinhas. Vou além, tempos atrás o EB foi comprar um equipamento (não tenho autorização para dizer qual é) e anunciou na grande mídia. O Expedito ficou indignado com tal "escolha" e escreveu um artigo altamente técnico criticando o equipamento e sugerindo um outro que seria mais viável e com melhor relação custo/eficiência. Em pouco tempo o EB tomou conhecimento e o chamou para explicar seu ponto de vista. Em suma, o EB não só voltou atrás, como comprou o equipamento sugerido por ele. Se isto aconteceu, pouca coisa o cara não é, e até onde sei o EB não daria ouvidos a um "teórico". Acredite, é tudo verdade o que eu disse.
São poucos os civis que receberam a maior honraria que o EB premia, ele é um dos ganhadores de tal medalha.
Ele escreve alguns trabalhos com "aparência" acadêmica, teórica, mas não podemos nos esquecer que ele está dentro de uma universidade e isso se faz necessário também. Mas tudo que ele escreve não é baseado em depoimentos e muito menos em livros, é fruto de sua experiência pessoal, vivência dentro das Forças, que aliás o respeita muito. E mais, ele já foi professor do EB, publicou um livro que não existia na época e que é usado até hoje pelos cursos de formação de oficiais, um livro sobre estratégia militar com enfoque moderno.
Como sou civil, trabalho na mesma instituição que ele, somos amigos, etc., a minha opinião não conta (falo sério). Mas sugiro que procure grandes nomes dentro do EB, por exemplo, e pergunte a esta alta-patente quem é Expedito Bastos, talvez mude idéia.
Grande abraço, meu já amigo Hélio,
Orestes