ESTRATÉGIA NAVAL

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Marino
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#61 Mensagem por Marino » Qui Mai 24, 2007 12:24 pm

otaolive escreveu:
Marino escreveu:Com minha resposta acima eu praticamente respondi esta questão.
Por quantas derrotas (caminhos) pode navegar um navio do ponto A para o ponto B?
Por "n" derrotas.
Então, ao início de uma guerra, basta divertir os mercantes de suas derrotas normais para dar uma dor de cabeça aos submarinistas.
Walter, agora estou puxando a brasa para minha sardinha. :lol:


Marino, por mais que existam várias derrotas de um ponto A para um B, a distância a ser percorrida por um mercante não vai aumentar, acarretando aumento de custos e de tempo para chegar no ponto B?

É claro que é melhor chegar atrasado do que não chegar, mas invés de apenas mudar as derrotas dos mercantes não seria interessante escoltar alguns mais importantes?

Outra pergunta, o destino final dos mercantes é sempre um porto ou uma base correto? Então por mais que existam n derrotas para se chegar ao ponto B no final esse caminho não se afunila com uma única entrada para um porto? Esse local aonde começa a se convergir os N caminhos não seria um ponto focal para os submarinos?

Abraços

Otavio

Caro Otavio
Como adiantei acima, as LCM mais importantes para o esforço de guerra ou para a economia do país são conhecidas como Linhas de Comunicações Marítimas Vitais de Superfície. Estas LCM devem ser protegidas a qualquer custo (lembrando mais uma vez que o que se protege são os navios). Veremos isso adiante.
Quanto ao destino dos mercantes, no caso brasileiro possuimos 75 portos marítimos organizados. Para qual o NM se dirigirá? Boa dor de cabeça para os planejadores inimigos, não é verdade?
Forte abraço.




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#62 Mensagem por Marino » Qui Mai 24, 2007 12:29 pm

Caro Mascarenhas
Obrigado por suas palavras.
É muito boa sua idéia de que tópicos sobre Estratégia Terrestre e Aérea sejam abertos. Fica meu apoio e incentivo a sua sugestão.
Lembre-se do meu conselho

:D Vou lembrar.
Grande abraço.




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#63 Mensagem por alcmartin » Qui Mai 24, 2007 1:03 pm

otaolive escreveu:Marino to lendo os posts com muita atenção, então vou me arriscar a responder as perguntas e ver se estou entendendo mesmo... :lol:

A Batalha, com "B" maiúsculo, é o encontro entre as Forças Organizadas dos dois "partidos" em confronto.
Por qual motivo é um encontro consentido
?


Pelo que eu li até agora, é um encontro consentindo devido a "arena" de combate entre as Forças.
No mar e oceanos não existem refúgios geográficos aonde se possa fazer algum tipo de guerrilha, ou para usar um termo atual,guerra assimétrica. Quando falo em guerrilha seria como se em terra uma Força Terrestre defensora se posicionasse em um vale nas montanhas por exemplo, podendo tirar vantagem de suas posições mesmo se tiver em menor número.
As Forças Navais podem somente se refugiar em portos e suas bases, mas, citando o próprio texto, isso entrega o mar ao inimigo com todas as características negativas previsíveis.

O que faz uma Esquadra arriscar tudo em um encontro decisivo, que pode definir a guerra no mar, se este encontro somente se dá por consentimento mútuo?


Eu acho que uma Esquadra só arrisca tudo para ter o controle do mar.
A partir do momento que uma Força está perdendo esse controle ela tem que entrar na Batalha.
O controle do mar se perde aos poucos, com a comunicação marítima sendo interrompida o que provavelmente afeta o esforço de guerra e a sociedade civil. O controle também vai sendo perdido quando posições estratégicas vão sendo conquistadas pelo inimigo e isso acarreta numa Força ofensiva chegando perto do litoral, ou no caso contrário a incapacidade da Força Naval poder dar apoio ao esforço de guerra.

Abraços
Otavio


Marino, se me permite (tentar) responder sua pergunta de uma maneira muito simplista, não seria porque uma das marinhas, mesmo sabendo de uma suposta inferioridade, julgasse ter razoável chance de sucesso? Ou até perder, em termos gerais, mais angariar alguma fama politica, por algum sucesso momentâneo, como as forças arabes em confrontos c/os israelenses?
Digo isso pelo exemplo da marinha argentina antes do afundamento do Gal.Belgrano, com aquele movimento de 'pinça" da armada. Com o afundamento, "caiu a ficha" da MA, ou seja, uma guerra de um tiro só e a armada argentina correu p/os portos, temendo maiores derrotas e consequencias...
saudações navais !!




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#64 Mensagem por Marino » Qui Mai 24, 2007 1:44 pm

alcmartin escreveu:
otaolive escreveu:Marino to lendo os posts com muita atenção, então vou me arriscar a responder as perguntas e ver se estou entendendo mesmo... :lol:

A Batalha, com "B" maiúsculo, é o encontro entre as Forças Organizadas dos dois "partidos" em confronto.
Por qual motivo é um encontro consentido
?


Pelo que eu li até agora, é um encontro consentindo devido a "arena" de combate entre as Forças.
No mar e oceanos não existem refúgios geográficos aonde se possa fazer algum tipo de guerrilha, ou para usar um termo atual,guerra assimétrica. Quando falo em guerrilha seria como se em terra uma Força Terrestre defensora se posicionasse em um vale nas montanhas por exemplo, podendo tirar vantagem de suas posições mesmo se tiver em menor número.
As Forças Navais podem somente se refugiar em portos e suas bases, mas, citando o próprio texto, isso entrega o mar ao inimigo com todas as características negativas previsíveis.

O que faz uma Esquadra arriscar tudo em um encontro decisivo, que pode definir a guerra no mar, se este encontro somente se dá por consentimento mútuo?


Eu acho que uma Esquadra só arrisca tudo para ter o controle do mar.
A partir do momento que uma Força está perdendo esse controle ela tem que entrar na Batalha.
O controle do mar se perde aos poucos, com a comunicação marítima sendo interrompida o que provavelmente afeta o esforço de guerra e a sociedade civil. O controle também vai sendo perdido quando posições estratégicas vão sendo conquistadas pelo inimigo e isso acarreta numa Força ofensiva chegando perto do litoral, ou no caso contrário a incapacidade da Força Naval poder dar apoio ao esforço de guerra.

Abraços
Otavio


Marino, se me permite (tentar) responder sua pergunta de uma maneira muito simplista, não seria porque uma das marinhas, mesmo sabendo de uma suposta inferioridade, julgasse ter razoável chance de sucesso? Ou até perder, em termos gerais, mais angariar alguma fama politica, por algum sucesso momentâneo, como as forças arabes em confrontos c/os israelenses?
Digo isso pelo exemplo da marinha argentina antes do afundamento do Gal.Belgrano, com aquele movimento de 'pinça" da armada. Com o afundamento, "caiu a ficha" da MA, ou seja, uma guerra de um tiro só e a armada argentina correu p/os portos, temendo maiores derrotas e consequencias...
saudações navais !!

Caro Alcmartin
Já coloquei a resposta em outro post, veja só:
Em terra é até óbvio percebermos que quando um Exército se retira entrega território pátrio ao inimigo. E quando uma Esquadra se retira para uma área onde a outra força não pode segui-la, o que ela entrega?
Mar, somente mar, onde não há possibilidade de "ocupação" ou "posse permanente". Claro que esta retirada tem que ser temporária ou, como muito bem escrito por você, entrega ao inimigo o exercício do controle do mar.
Então, a Batalha Naval sempre se dá quando ambos os partidos QUEREM que ela ocorra.
E quando se dá esta "conjunção de vontades"?
Quando um dos partidos está para obter seu Objetivo Estratégico, quando ao negar Batalha entrega-se o Objetivo almejado pelo inimigo. Neste caso, a Batalha é inevitável e decidirá a guerra no mar.

No caso argentino, o Objetivo Estratégico eram as Ilhas Malvinas. Com a aproximação inglesa, não restava recurso aos argentinos que não oferecer Batalha, o que tentaram no movimento de pinça citado por você. A retirada da ARA, após o afundamento do Belgrano, selou a sorte do conflito. Podia durar mais ou menos tempo, mas o resultado já era sabido.
Um abraço.




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#65 Mensagem por alcmartin » Qui Mai 24, 2007 3:44 pm

É vero...comi barriga nessa...respondido!
Abs!




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#66 Mensagem por Marino » Qui Mai 24, 2007 7:01 pm

Depois de uma pausa, que eu achei muito boa pelas perguntas que apareceram, acho que podemos continuar (sem que eu negrite ou sublinhe o que considerava importante).
Mais atrás vimos que existem 2 meios de se conseguir o Controle do Mar: o Bloqueio Naval e a Batalha.
Vou apresentar uma introdução e parar no Bloqueio, para os debates.

A CONQUISTA DO CONTROLE DO MAR

6.1 – COMENTÁRIOS INICIAIS

Foi o britânico Julian S. Corbett quem ordenou e classificou as operações de guerra no mar. Seus conceitos e sistematização têm conservado sua validade, ainda que com algumas modificações menores para uma melhor compreensão. Na fundamentação de sua teoria fez considerações muito úteis para o entendimento do tema:

“Na condução da guerra naval todas as operações se relacionam com duas grandes classes de propósitos. A primeira é obter ou disputar o controle do mar e a outra é exercer o controle sobre as comunicações de que dispomos, tenhamos ou não conseguido o domínio completo ... Como é natural, na prática, raras vezes podemos assegurar categoricamente que uma operação de guerra tenha um só propósito claramente definido. Uma esquadra de batalha, cuja função principal era conseguir o domínio, foi situada normalmente em uma posição tal que lhe permitisse exercer controle; e vice-versa, linhas de cruzadores destinados, antes de mais nada, ao exercício do controle sobre rotas comerciais, foram consideradas como postos avançados da esquadra de batalha, a fim de preveni-la acerca dos movimentos das esquadras inimigas.”

Dos juízos citados, infere-se que a força organizada é a responsável pela conquista do controle do mar, enquanto as outras forças, sob sua proteção, o exercem de acordo com o grau de controle detido. Em outros termos, as operações de conquista e exercício coexistem sem interferir uma com a outra. Porém, a conquista demanda a concentração das forças, enquanto as de exercício exigem sua dispersão. Esta contradição constitui um dos dilemas mais árduos a resolver no processo de formação configuração do poder naval e seu emprego no desenvolvimento do conflito.

6.2 - PROPÓSITO E OBJETIVO

O propósito das operações para a conquista do controle do mar consiste em obter tal domínio, de forma manifesta, considerando as limitações deste termo. O objetivo está constituído pela força organizada inimiga, o maior obstáculo para alcançá-lo. O instrumento empregado para tal fim é a própria força organizada do partido que se dispõe a obter tal controle. Existe uma solução definitiva e outra temporária e incompleta. Estas operações são opções do mais forte, pois buscam, explícita ou implicitamente a Batalha decisiva. Por conseguinte, o mais fraco não pode realizá-las. Em alto mar, a decisão depende do poder combatente pois não existem acidentes geográficos para atenuar o efeito das armas. As operações de conquista materializam uma atitude estratégica ofensiva em relação à força organizada adversária.

6.3 - REQUISITOS DA OFENSIVA

As operações de conquista do controle do mar são ofensivas realizadas em um âmbito e condições muito particulares. No complexo entorno marítimo, faz-se indispensável observar com rigor os requisitos da ofensiva. Em caso contrário, os esforços desenvolvidos caem no vazio ou não produzem os efeitos correspondentes aos riscos e sacrifícios incorridos.
Um comando capaz tem um significado extraordinário. A vontade estratégica, aglutinante dos elementos materiais do poder naval, joga um papel crucial. “O homem com seu querer e seu poder, constitui o fator determinante para criar, tornar realidade o vínculo entre força, posição e pôr em ação o poder naval.” . Ao mais forte não basta ter espirito ofensivo, precisa apelar para sua inteligência e capacidade criativa para forçar o inimigo ao campo da decisão.
O objetivo bem eleito ostenta um significado importantíssimo. No mar, é absurdo avançar sem um propósito definido, sem um objetivo concreto. Se o inimigo evita o combate, deve-se ameaçar algum alvo para obrigá-lo a intervir em sua defesa.
Outra alternativa reside em apresentar-lhe situação aparentemente atraente, na qual sua vitória é, aparentemente, fácil. Mas, no caso em que os alvos oferecidos não se revistam de importância real, o adversário se abstém de atuar. Assim mesmo, muitas ofensivas se dissipam ou os encontros produzidos tornam-se indecisos, quando os riscos ultrapassam o valor do objetivo proposto.
A disponibilidade de meios adequados é um requisito.

“Quem desejar praticar a ofensiva, deverá possuir, antes de tudo, os meios necessários em quantidade e qualidade ... no mar, a situação é mais exigente ainda. A força de superfície muito inferior nada poderá fazer, do ponto de vista tático. Não somente lhe está vedada toda ofensiva, como qualquer intenção nesse sentido poderia terminar em catástrofe. Não pode esperar apoio algum do terreno e todo combate em retirada se converterá imediatamente em um desastre. Na ordem estratégica, as perspectivas não são mais alentadoras.”

Por último, a oportunidade tem um caráter crítico graças à vastidão do cenário e às características das forças navais. Para quem esteja decidido a realizar o combate não existem condições favoráveis, é necessário criá-las. No mar, os choques correspondem a atos de consentimento mútuo de ambos os rivais. Com fim de travar o encontro, requerem-se um mínimo a respeito da situação do adversário e a direção mais provável de seus movimentos. Os prazos disponíveis reduzem-se de maneira problemática por causa da mobilidade das forças, o imenso espaço oceânico e a faculdade do mais fraco de fugir do contato, refugiando-se em suas costas.

6.4 - OS MÉTODOS PARA CONQUISTA DO CONTROLE DO MAR

Há dois métodos para conquista do controle do mar: o bloqueio e a Batalha.
O primeiro busca neutralizar a Força Organizada inimiga, mantendo-a em uma área restrita. Por conseguinte, seu efeito é transitório e indireto, pois persiste somente enquanto dura o bloqueio.
O segundo, cuja concretização apresenta múltiplas dificuldades, tem por meta a destruição da esquadra inimiga e, em conseqüência, pretende alcançar uma solução definitiva para a guerra marítima.

“Na história naval dos últimos séculos têm sido relativamente escassos os encontros entre os núcleos principais dos beligerantes e muito poucos deles foram concluídos de modo definitivo.”

6.5 - O BLOQUEIO NAVAL

O bloqueio naval pretende impedir a saída da Força Organizada inimiga de um espaço determinado, ou evitar sua aproximação à uma área específica; é destruída se tenta fazê-lo. Corbett escreveu: “Mediante o bloqueio naval procuramos impedir a saída do porto de uma força armada do inimigo, ou assegurar que esta seja levada à ação antes de poder alcançar o propósito de sua saída para o mar.”
O bloqueio, ainda que pareça obsoleto para ser aplicado na guerra naval do presente, conserva-se válido como método para obtenção do controle do mar. As novas armas incorporadas ao inventário naval alteraram somente os procedimentos, sem alterar seu padrão. O conflito das Malvinas parece avalizar sua validade. Não podendo arriscar seus meios, pois tinha um grave conflito com o Chile, a Argentina recolheu sua “Flota de Mar”, assumindo a postura de uma força bloqueada, e entregou à Inglaterra o controle do mar, que permitiu o desembarque nas ilhas em disputa.
Ao levar a cabo o bloqueio há que se apreciar diversos fatores e condições, a fim de avaliar sua efetividade:
Situação estratégica - Determinar se ela exige a neutralização da força organizada inimiga, seja confinando-a em seu fundeadouro ou impedindo sua aproximação de uma determinada área de operações.
Fator geográfico - Ter presente a reação da terra sobre o mar e a forma em que este fator pode influenciar nas atividades da esquadra em suas tarefas de bloqueio.
Tempo - Definir o período pelo qual se pretende manter bloqueada a esquadra inimiga.
Meios - Comparar as forças inimigas e as próprias, pois se necessita superioridade, em qualidade e quantidade, para bater o inimigo, caso tente romper o bloqueio.
Política internacional - Verificar as possíveis interferências com as atividades marítimas dos neutros, a fim de evitar de evitar incidentes desnecessários.
Iniciativas - O bloqueado sempre tem a iniciativa de movimento, enquanto o bloqueador conserva a iniciativa estratégica.

6.6 - CLASSIFICAÇÃO DO BLOQUEIO NAVAL

O bloqueio naval consta de duas variantes, segundo a localização do bloqueador em relação ao bloqueado. Uma se realiza nas proximidades da força bloqueada e a outra à distância. Seus propósitos são diferentes.

Bloqueio Cerrado
Este bloqueio também recebe o nome de “aproximado“, “estreito”, “fechado”, “tático” ou, ainda, “controle de saídas”. Pretende impedir a partida da esquadra inimiga da área onde se encontra encerrada. Com ele se obtém o controle do mar no resto do cenário marítimo, permitindo o livre uso das águas em benefício próprio, Por tal razão, diz-se que constitui um método indireto de conquista do controle do mar. Além disso, é temporário, pois perdura enquanto a esquadra mantiver o bloqueio.

“O bloqueio cerrado é essencialmente uma operação ofensiva, enquanto seu propósito é, geralmente, defensivo; é um movimento de avanço a fim de impedir que o inimigo leve a cabo alguma operação ofensiva, seja em forma direta ou mediante um contragolpe ... Nossa ofensiva fica detida; não podemos continuá-la até que a esquadra inimiga se apresente. Nos vemos obrigados a esperar em uma atitude defensiva, mantendo as comunicações de que nos apoderamos até que o inimigo resolva atacar para privar-nos das mesmas ... Em realidade, nos vemos obrigados a manter a defensiva sem gozar de nenhuma de suas vantagens materiais; fica a vantagem moral de haver tomado a iniciativa, mas nada mais.”

O bloqueio cerrado exibe dois inconvenientes que o relegam a uma ação do passado:
- Produz um excessivo desgaste às forças bloqueadoras; e
- As forças ficam expostas a grandes riscos, ante a reação da terra sobre o mar.

“Sobretudo, talvez, a aparição dos torpedos, minas, submarinos e eventualmente os aviões, significaram que as esquadras bloqueadoras estariam, de modo crescente, expostas a lamentáveis e possivelmente perigosos níveis de desgaste desde a costa...O bloqueio cerrado se iria fazendo mais aberto para efeitos práticos,...No início do século vinte, este fato havia sido aceito pelo Almirantado britânico.”

Exemplo: Primeira Guerra Mundial:
Otto Groos cita um documento elaborado pelo Estado-Maior da Marinha alemã relativo às dificuldades do bloqueio cerrado:
“A situação do bloqueador é mais desfavorável que a do bloqueado, as forças bloqueadoras ao distribuírem-se em uma linha muito estendida, ficam expostas a ataques isolados de grupos adversários de forças superiores; isto faz necessário o apoio de unidades de combate de grande poder combatente (cruzadores encouraçados), que terão que correr o perigo que significam os torpedeiros, submarinos e minas do bloqueado; e deverão, portanto, estar apoiadas pelo grosso das próprias forças, se não querem que o bloqueio fique fortemente debilitado cada vez que o bloqueado leve a cabo um ataque; isto dá lugar a que também o grosso das forças inglesas fique dentro do raio de ação de nossos torpedeiros e submarinos, e este perigo seria ainda maior se o bloqueado dispusesse de uma patrulha aérea adequada ... Globalmente, pode considerar-se o estabelecimento de um bloqueio estreito como uma operação dificultosa e cheia de perigos, o que induz a supor que não será posta em prática.”
A análise, com suas conclusões, foi escrita em maio de 1914, antes do rompimento das hostilidades.

Bloqueio à Distância
É, também, denominado “aberto”, “estratégico”, “afastado” ou “controle de estrangulamento”. A força realiza-o posicionada em local distante da base inimiga. Tão pronto a esquadra inimiga abandona a proteção de suas costas, ou ingressa em uma área determinada, é interceptada e destruída. Este procedimento tende à conquista do controle do mar de modo direto. Tenta facilitar a amplitude dos movimentos do antagonista com a intenção de provocar o encontro decisivo. “como a maioria dos outros bloqueios à distância, o bloqueio da esquadra britânica na Primeira Guerra Mundial tentava em parte atrair seu adversário para destruí-lo em alto mar.”
O bloqueio a distância apresenta numerosas vantagens em comparação com o cerrado assegurando, assim, sua eficácia e permanência:
Desgaste – a força bloqueadora pode permanecer fundeada na posição, preparando-se para a Batalha sem experimentar um desgaste significativo;
Segurança – na posição, o sistema defensivo local e a distância ao inimigo outorgam à esquadra a segurança necessária.
Informação – os meios de busca e vigilância entregam à força a informação adequada e oportuna sobre os movimentos do bloqueado.
Vulnerabilidades momentâneas – o desdobramento na posição permite debilidades temporais à força, ocultando-as do inimigo.
O bloqueio a distância demanda o cumprimento de dois requisitos básicos, um de caráter estratégico e outro de caráter geográfico. Sem a satisfação desses requisitos, é ilusório pretender a destruição do inimigo. No requisito estratégico, o bloqueador deve manter-se sempre preparado e pronto para enfrentar a Batalha. No geográfico, ainda quando o inimigo perceba dispor de liberdade de ação para deslocar-se, a localização do bloqueador, jogando com os fatores de tempo e distância, permite sua interceptação. Se os requisitos não são cumpridos, o inimigo possui a capacidade de eludir ao bloqueador e alcançar seus objetivos estratégicos.
O bloqueio à distância, apesar de suas vantagens, apresenta certas deficiências. Por exemplo, não proporciona uma segurança completa, com demonstrado com os bombardeios da Esquadra de Alto Mar contra o litoral inglês na Primeira Guerra Mundial. Assim mesmo, não se pode esquecer que é uma operação de conquista do controle do mar. Em conseqüência, protege os objetivos estratégicos em particular comunicações marítimas as somente contra a ação da Força Organizada. As comunicações marítimas precisam ser protegidas por forças dedicadas às operações de exercício do controle do mar, de caráter defensivo, da ação predadora dos outros meios que não integram a esquadra principal adversária.

6.7 - O BLOQUEIO NA ATUALIDADE

As formas modernas de bloqueio foram analisadas em profusão na literatura naval. O Almirante Stansfield Turner define, na atualidade, o bloqueio cerrado como “Controle de Saídas”:

“Seria o confinamento do oponente em seus portos e bases ... o bloqueio atual busca a destruição de unidades individuais, a medida que saem. Se assumirmos que qualquer oponente manterá o controle aéreo ao redor de seus portos, as táticas de controle de saídas dependerão primariamente de submarinos e minas ... o meio mais econômico de impedir a uma nação o uso do mar e sua capacidade de interferência.”

O bloqueio à distância é denominados, também, controle de estrangulamento, porque “algumas vezes, o melhor lugar para empenhar-se com o inimigo é um gargalo geográfico por onde o mesmo deva passar.”

Sobre isso, escreveu Geoffrey Till:

“As forças da OTAN devem estar preparadas para ações nas passagens entre Groenlândia, Islândia e Grã-Bretanha e entre Svalbard e Noruega, contra a possibilidade de unidades da Esquadra Soviética penetrarem no Atlântico Norte.”

Como é possível apreciar, o propósito do bloqueio continua sendo o mesmo. Mudam os nomes, os meios e os procedimentos, mas se mantém inalterável sua meta estratégica. Constitui uma operação de conquista do controle do mar consistente com a neutralização do inimigo, encerrando-o em suas bases. Se o mesmo tenta romper o bloqueio, é destruído. O bloqueio tem dois efeitos: assegura a imunidade do território e das comunicações marítimas da ameaça da esquadra adversária, e possibilita a certeza da localização da mesma.

Exemplo: Segunda Guerra Mundial.
“As operações de bloqueio se integraram mais estreitamente dentro e indistintamente do resto das atividades da esquadra. Assim mesmo, estas atividades foram se tornando multidimensionais, em particular com o poder naval jogando um papel cada vez mais importante na detecção e destruição (potencial ou real) das forças navais em ambos os lados da linha de bloqueio. Por último, a tecnologia e a situação estratégica conspiraram para outorgar às marinhas bloqueadas (principalmente as alemã e italiana) maior liberdade e área de manobra que antes haviam tido. Mas, ainda quando a prática pode ter tido dificuldades como estas, o propósito do bloqueio permaneceu em essência inalterável. Nesta guerra, como muitas das anteriores, o bloqueio foi, para a marinha mais forte o melhor dos meios para conter o inimigo mais débil, ainda que potencialmente perigoso, e assim melhorou suas possíveis capacidades de usar o mar com relativa segurança. Mas, como sempre, dispôs de um grau de proteção menor do que poderia oferecer a completa destruição das forças principais do inimigo.”

6.8 - O BLOQUEIO ECONÔMICO

O bloqueio naval à Força Organizada, corresponde a uma operação para a conquista do controle do mar e participam de sua execução somente as forças navais principais dos adversários. Sua essência é militar. O bloqueio econômico – também denominado bloqueio comercial - constitui uma atividade específica do exercício do controle do mar. Seu objeto consiste em interromper o tráfego comercial do inimigo e seus objetivos estão materializados pelos navios mercantes, rivais e neutros, que navegam até ou desde seus portos. Seu caráter, com nitidez, é econômico. No entanto, ambos bloqueios mantêm uma estreita correlação. O bloqueio à força, ao outorgar o controle do mar, é utilizado na proteção das comunicações marítimas próprias, retirando a ameaça da esquadra contrária. Além disso, permite atacar as comunicações do adversário com ampla liberdade de ação. Por outra parte, o bloqueio econômico representa uma ameaça intolerável para um país dependente de suas linhas de comunicação marítimas, que, em conseqüência, fica obrigado a lutar para furar o bloqueio, destruindo o centro de poder que o sustenta: a força organizada antagonista. Com o fim de alcançar a dita meta, poderá ter, como única solução, a Batalha.
Pelas razões anteriores, ambos bloqueios tendem a confundir-se e muitos estudiosos, por exemplo Rosinski, não fazem distinções entre eles. A esse respeito Till comenta:

“Estrategistas marítimos, com freqüência, deram-se ao trabalho de destacar que os objetivos da esquadra bloqueadora eram militares e, portanto, não devia ser confundido com o bloqueio econômico, cuja intenção era cortar o tráfego inimigo, ou negar-lhe abastecimentos essenciais. A distinção subsistia ainda quando os mesmos navios podiam executar ambos os tipos de bloqueio no mesmo lugar e ao mesmo tempo.”

Mas, com o propósito de não cometer erros no terreno teórico, com nocivas repercussões práticas, convém diferenciá-los. Por último, cabe mencionar uma frase de Castex:

“O bloqueio tem sido, freqüentemente, o último ato na conquista do domínio do mar e o primeiro de sua exploração.”




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#67 Mensagem por Marino » Sex Mai 25, 2007 1:39 pm

Continuando com o "método das perguntas" proposto pelo Orestes:
A ARA foi bloqueada na Guerra das Malvinas?
Por qual meio?
Bloqueio Cerrado ou a Distância?




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#68 Mensagem por Einsamkeit » Sex Mai 25, 2007 2:49 pm

Nao teria sido a distancia, por existir a tal zona de exclusao?




Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
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#69 Mensagem por Marino » Sex Mai 25, 2007 2:54 pm

Einsamkeit escreveu:Nao teria sido a distancia, por existir a tal zona de exclusao?

Uma Zona de Exclusão é estabelecida por um motivo simples: na incapacidade de identificarmos positivamente todos os contatos em uma área, cria-se uma zona de exclusão a navegação, e avisa-se a comunidade internacional que todos os que penetrarem na mesma serão considerados hostis.
Veja que o Belgrano foi afundado fora da ZE, mostrando que na guerra não existe santuário para os inimigos positivamente identificados.
Sua primeira resposta está correta, a distância, mas não pelo motivo escrito.
Forte abraço.




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#70 Mensagem por Brigadeiro » Sex Mai 25, 2007 4:14 pm

Marino escreveu:
no que tange ao domínio do mar.
:roll:

Esta minha manifestação foi em virtude de já podermos discutir o "Domínio do Mar".
Vejam que não é "Controle do Mar", mas sim "Domínio", o que significa ter a certeza absoluta de que todas as forças de superfície, submarinas e aéreas que poderiam atuar no mar foram destruidas, que podemos agir impunemente.
Não creio que os P-3 possam realizar esta façanha.
Outra coisa:
Em caso de guerra, é estabelecido um COMTOM, Comando do Teatro de Operações Marítimo, claro que na situação da guerra ter o caráter marítimo (a guerra pode ter um caráter terrestre ou marítimo).
Neste caso, é criada a Força Aérea do TOM e também a Força Terrestre do TOM. No caso de guerra de caráter terrestre, é criada a Força Naval do TOT e a Força aérea do TOT.
Então, todos os meios operarão sob um comando único, no nosso caso, de um Almirante.
A FAB e o EB CONTRIBUIRÃO na consecução da Estratégia Marítima.
Da mesma forma, a MB e a FAB CONTRIBUIRIAM com o EB no caso da guerra de caráter terrestre.
Vou parar pois não quero causar polêmica, somente escrevi o que todos aprendemos em nossas Escolas de Alto Nível.


Nesse caso do P-3, ele ajudaria a manter (ou tentar manter) o Controle do Mar, certo? Já é certo que o "Domínio" é uma palavra muito forte para ser tratada por uma marinha.

No caso da Marinha, para apoio ao TOT, as ações exercidas pelos meios navais seriam consideradas como "Interferência"?
Ainda na questão das "Interferências", durante a II Guerra, a MB disponibilizou o Minas e o São Paulo para servirem de bateria costeira.
Seria isso uma "Interferência" Bélica ou Moral? Seria Positiva ou Negativa?
No caso da incursão submarina nazista nas costas tupiniquins, seria também considerada uma Interferência (Moral ou Bélica), ou uma tentativa de "Controle" do Atlântico Sul, visando interromper o as Comunicações Marítimas para os EUA e Europa?

Até mais!




Thiago
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Einsamkeit
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#71 Mensagem por Einsamkeit » Sex Mai 25, 2007 4:22 pm

Me parecia muito mais como açao contra mercantes, açoes para provocar panico, do que com algum uso militar relevante




Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
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Marino
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#72 Mensagem por Marino » Sex Mai 25, 2007 5:39 pm

Caro amigo Brigadeiro
Nesse caso do P-3, ele ajudaria a manter (ou tentar manter) o Controle do Mar, certo? Já é certo que o "Domínio" é uma palavra muito forte para ser tratada por uma marinha.

Correto. O termo técnico é "contribui", usado quando um meio/força não é o responsável único pela solução do problema militar.

No caso da Marinha, para apoio ao TOT, as ações exercidas pelos meios navais seriam consideradas como "Interferência"?

Se o caráter da guerra fosse eminentemente terrestre, Bolívia p. ex, não seria uma Interferência, pois não existiriam os Objetivos Básicos a serem perseguidos pela Força Naval. Se fosse contra um país marítimo e o apoio naval fosse solicitado antes que os Objetivos Básicos estivessem "resolvidos", sim seria uma Interferência. Mas não se esqueça da "Totalidade da Guerra", quando uma Força deve sim atender as Interferências em benefício da "Estratégia Total".

Ainda na questão das "Interferências", durante a II Guerra, a MB disponibilizou o Minas e o São Paulo para servirem de bateria costeira.
Seria isso uma "Interferência" Bélica ou Moral? Seria Positiva ou Negativa?

Os dois navios eram remanescentes da Esquadra de 1914, já sem valor militar para enfrentar as Marinhas do Eixo. Desta maneira, interpreto como uma Interferência Moral, para dar a sensação de segurança as populações das cidades nordestinas onde fundearam, Salvador e Recife. Sendo Interferência Moral, é sempre Positiva.

No caso da incursão submarina nazista nas costas tupiniquins, seria também considerada uma Interferência (Moral ou Bélica), ou uma tentativa de "Controle" do Atlântico Sul, visando interromper o as Comunicações Marítimas para os EUA e Europa?

Era a Tarefa Básica clássica de Negar o Uso do Mar ao Inimigo, e não uma Interferência. Como a Força de Superfície alemã era infinitamente menor que a Aliada, não restava outro recurso que não fosse Negar o Uso do Mar. Tarefa básica, clássica, primordial, pedida por todos os Comandantes de submarino: me larguem e deixem eu atirar em tudo que se mova.

Obrigado pelas perguntas
Forte abraço




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#73 Mensagem por Marino » Sex Mai 25, 2007 5:59 pm

Einsamkeit escreveu:Me parecia muito mais como açao contra mercantes, açoes para provocar panico, do que com algum uso militar relevante

A ação contra os mercantes pode ser justificada como ação contra um meio que contribui com o esforço bélico inimigo. Esforço tanto militar, como econômico.
Um abraço.




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#74 Mensagem por Clermont » Sex Mai 25, 2007 6:02 pm

Carcará escreveu:1. Sugiro aos amigos foristas a imprimir e guardar o assunto debatido neste tópico (já estou fazendo isto, são 17 páginas bem ajustadas) junto às revistas que nós colecionamos, pois, aqui tem muito mais conteúdo e qualidade que muita revista que só vende propaganda. E o mais importante do acesso a este conteúdo: É GRÁTIS;


Excelente sugestão. Principalmente, pra quem já tem a vista um tanto ou quanto prejudicada. Ler, com a merecida atenção, tanta coisa assim, direto na tela do computador, só vai fazer a alegria dos oftalmologistas.

Congratulações a Marino, pelo notável desprendimento.




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#75 Mensagem por Marino » Sex Mai 25, 2007 6:08 pm

Clermont escreveu:
Carcará escreveu:1. Sugiro aos amigos foristas a imprimir e guardar o assunto debatido neste tópico (já estou fazendo isto, são 17 páginas bem ajustadas) junto às revistas que nós colecionamos, pois, aqui tem muito mais conteúdo e qualidade que muita revista que só vende propaganda. E o mais importante do acesso a este conteúdo: É GRÁTIS;


Excelente sugestão. Principalmente, pra quem já tem a vista um tanto ou quanto prejudicada. Ler, com a merecida atenção, tanta coisa assim, direto na tela do computador, só vai fazer a alegria dos oftalmologistas.

Congratulações a Marino, pelo notável desprendimento.

[100]
Obrigado, mas repito: estou plantando em terra fértil.
Forte abraço




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