Fórum Defesa Brasil

Strike91 escreveu: ↑Qui Ago 10, 2023 7:24 pm

Não, vai ser em bem menos tempo:

Tempos atrás "diziam" que não tinha mais tanques Leopards 1A5 e peças de reposição do mesmo disponível no mundo e etc....
E agora chega a notícia que só a Dinamarca doou mais de 100 tanques Leopards 1A5DK "operacionais" para a Ucrânia, onde aquele país já conseguiu montar alguns batalhões de blindados baseado neste tanque, dizem que ja chega à mais de 200 o número total de Leopards em diferentes versões nas forças armadas ucranianas!

Deixo duas "provocações" aos colegas de foram..

Seria a Ucrânia atualmente o maior operador de tanques Leopards 1/1A5 "Full" operacionais do mundo?

Tais tanques ainda conseguem ter alguma validade e impacto positivo no caótico e destrutivo cenário atual daquele conflito?


**Post apenas para gerar debates e enriquecer de conteúdo o fórum **

@Strike91, recomendo você acompanhar a discussão que houve aqui entre 2015-2017, não lembro qual o fórum.

Vou resumir mais uma vez a você: não, não há peças!

Botar um carro de combate pra funcionar não significa que existam peças em boas condições para esse, comunicado da própria KMW que acabaram tais peças em boas condições em 2011 e o CLS feito pelo EB desobrigava a então KMW de fornecer tais peças, pois a mesma não as tinha. O que irão fazer com os Leo 1 é limpar e tacar do jeito que estão no combate, não significa que irão operar por mais de 2 anos, simples assim, é fácil de entender.

Quanto a capacidade operacional do Leo 1 na Ucrânia, eu estimo em poucas horas ou até minutos logo após que colocarem no front. Dentre todos os carros de combate fornecidos à Ucrânia, esse é o pior, de longe, em termos de blindagem e se o Leopard 2A6 já está sofrendo com FPVs e Lancets, além de fragmentos de artilharia de tubo, espera só a ver o que vai ocorrer com os Leo 1. O Rosomak tem um nível de blindagem duas vezes maior.

Outro grave problema é quanto às munições, talvez consigam utilizar DM 33 que pode ser efetivo contra T-55, mas de T-72B pra cima, eu nem arriscaria colocar esses Leo 1 contra. Até as munições mais fracas em calibre 100 mm, 115 mm e 125 mm, como 3BM9, já é o suficiente pra arrebentar um Leo 1 frontalmente a 2 km.

Se for seguir por essa lógica, poderíamos adotar Tiger I e T-34, pois eles funcionam até pra disparar em demonstrações por ai.

É. Eu acho que dentro de uns dois meses no máximo não haverá mais nenhum Leopard 1BE em serviço na Ucrânia. O batismo em combate vai ser um balde de água gelada.

Não tem a menor condições, eu estimo que 90% das perdas do Leo 1 vai ser por FPV e artilharia, nem precisarão de Lancet. Estimasse que a ogiva HEAT de um Lancet é duas vezes maior que a PG-7V dos FPVs e precisa de 4-5 Lancet pra destruir um Leopard 2A6, no máximo, mas quanto ao Leo 1, não tem absolutamente nada de blindagem, praticamente. A parte mais espessa são 70 mm de puro aço, nada de RHA e é uma parte muito específica, no lado direito, o resto vai de 30-45 mm.

Se um Leo 1 bater de frente com um BMPT-72, ele vai pro saco só com os canhões do BMPT. Não tem condições de servir como carro de combate nem defensivamente e até Ucranianos sabem disso, pois chiaram pra uma porra quando anunciaram centenas de Leo 1, quando pediram centenas de Leo 2, ai veio os Leo 2, levaram um pau em Rabotino e imagina a cabeça de quem irá operar o Leo 1...



Foi um erro inaceitável o Exército ter escolhido o Leo 1 e não o Leo 2 em 2008.

Do site da BAE. Vão ter 19 versões . Isto que é família SL:

Segue sendo o concorrente a ser batido na VBC FUZ. E até agora o único que se habilitou a apresentar-se de forma direta e objetiva ao EB.
Os caras da Bae Systems não querem perder esse contrato de jeito nenhum com o EB. E estão fazendo por onde.
Quem quiser tirar esse negócio das mãos deles vai ter que se esforçar muito. Mas muito mesmo.
Melhor para nós.

Dizer que modernizar EE-9 e Leo 1A5 para o EB é perda de tempo e dinheiro é meio que desperdício de saliva. Não vão abrir mão, e ainda vão gastar o pouco que tem nestes projetos na falta de soluções para o segundo, e de recursos para o primeiro, já que serão apenas 98 unidades do Centauro 2 até o presente momento.

Enfim, quem poderia mudar o status quo destes programas seria o MD, mas este ministério e nada dá no mesmo.

Aliás, comprar um CC novo é algo até bastante simples, desde que se saiba o que quer. E neste aspecto, o exército parece estar bem perdido, tanto que não veremos RFP para este veículo antes de 2026.

Pelos vistos a Alemanha assinou um acordo com a Itália, Suécia e Espanha para desenvolver um novo Carro de Combate. Tirando a Itália, tanto a Suécia como a Espanha construíram sob licença Leopards 2.

Os alemães já tem o KF-51 e o projeto em conjunto com a França. Um dos dois v ai dançar. Três tanques em um único país é um pouco demais. Até para a bem nutrida economia alemã.

FCarvalho escreveu: ↑Qui Set 07, 2023 5:54 pm Os alemães já tem o KF-51 e o projeto em conjunto com a França. Um dos dois v ai dançar. Três tanques em um único país é um pouco demais. Até para a bem nutrida economia alemã.

Dois, já que estes vão substituir os Leopard 2. Não sei se algum vai dançar, já que neste momento tu tens empresas Alemãs a produzir o Puma e o Lynx KF41, um para o mercado interno e o outro somente para exportação.

cabeça de martelo escreveu: ↑Sex Set 08, 2023 7:00 am

FCarvalho escreveu: ↑Qui Set 07, 2023 5:54 pm Os alemães já tem o KF-51 e o projeto em conjunto com a França. Um dos dois v ai dançar. Três tanques em um único país é um pouco demais. Até para a bem nutrida economia alemã.

Dois, já que estes vão substituir os Leopard 2. Não sei se algum vai dançar, já que neste momento tu tens empresas Alemãs a produzir o Puma e o Lynx KF41, um para o mercado interno e o outro somente para exportação.

A KMW está no projeto com a Nexter da França para o novo CC franco alemão, e ainda produz o Puma para o exercito germânico.
Já a Heinmetall, conseguiu apenas exportar o KF-41 para a Hungria, e busca clientes para o seu KF-51. Nenhum dos dois se cria em casa.
Não entendo qual a dos alemães em entrar em mais um negócio para um novo tanque. A não ser que eles queiram dar uma mãozinha para a Heinmetall vender o seu peixe fora do país. Só pode ser isso. O KF-51 se encaixa bem para Itália, Espanha e Suécia. E pode ser produzido sob licença para quem quiser.
Vejo nele um misto de soluções provadas e novas tecnologias equilibrado. Mas tudo depende do requisitos para este novo projeto. O que será que querem nele que os Leo 2A8 ou o novo projeto de CC franco alemão não oferece?
A saber.

Se esse projeto com os italianos, suecos e espanhóis chegar a bom porto, o mesmo será produzido por todos.