Fórum Defesa Brasil

gogogas escreveu: ↑Qui Mai 09, 2024 9:40 am Isto não é nada , tem 3 KC 390 fora de serviço ! Um deles desde 2021 devido a uma chuva de granizo ! Foram trocados radome e pára-brisas , mas após testes os motores foram danificados também ! Estão esperando verbas desde 2021 pra colocar este KC pra voar …. Ouvi alguns relatos de um possível acionamento de um único C-130 que poderia voltar a ativa !

Conversei com um amigo bem próximo que trabalha no projeto do KC-390. Realmente tem uma aeronave fora de serviço pq fizeram a cagada de entrar numa nuvem gigante de granizo e o avião está parado até hoje. Não há nem previsão de arrumar por falta de verba.
Outros dois que o amigo citou estavam na Embraer pra algumas atualizações. Um já foi devolvido para a FAB essa semana. Outro vai ser devolvido daqui uns 2 meses.

Sobre o C-130 quase todos com a manutenção vencida mas a depender da necessidade, as vezes liberam mesmo vencido.

Já ouvi relatos de uma possível atualização dos T-25 e 3 Ipanema da AFA ! Os T-25 é o modelo que tem mais disponibilidade dentro da FAB , tem meses que eles estão 100% operacionais , quando tem alguns em manutenção cai pra 90% de disponível! Manutenção simples e um bom aparelho com custo baixo de manutenção , não duvido da FAB atualizar ele

Poder atualizar até pode. O problema é que isso não resolve o problema de obsolescência em bloco da frota da FAB.
Soluções quebra galho para empurrar soluções definitivas mais para frente tendem a se tornar outro problema pior no futuro.
A FAB uma hora vai ter de encarar o fato de que não pode ficar procrastinando ad ifinitum a substituição definitiva se seus vetores.
Ainda mais na AFA, onde segurança é princípio basilar das operações de voo.

gogogas escreveu: ↑Seg Mai 13, 2024 7:58 am Já ouvi relatos de uma possível atualização dos T-25 e 3 Ipanema da AFA ! Os T-25 é o modelo que tem mais disponibilidade dentro da FAB , tem meses que eles estão 100% operacionais , quando tem alguns em manutenção cai pra 90% de disponível! Manutenção simples e um bom aparelho com custo baixo de manutenção , não duvido da FAB atualizar ele

T-25 é literalmente um fusca com asas. Só podiam colocar uma versão do O-540 turbo alimentada para dar uns cavalos a mais no motor, mas ai tbm sairia o carburador e entraria a injeção eletrônica.


Um abraço e t+

Pablo Maica escreveu: ↑Seg Mai 13, 2024 8:36 pm T-25 é literalmente um fusca com asas. Só podiam colocar uma versão do O-540 turbo alimentada para dar uns cavalos a mais no motor, mas ai tbm sairia o carburador e entraria a injeção eletrônica.


Um abraço e t+

Tipo isso?

É a versão TEO-540, que conta com Turbocharger e FADEC.

Quando eu trabalhava com manutenção aeronáutica, participei da instalação de turbocharger em um IO-550 de um SR-22. Não é o mesmo motor, mas é um "concorrente direto", e provavelmente com dificuldades semelhantes.
Foi um processo bem tranquilo (e relativamente barato). Notamos vantagem de performance em altitude e durante a decolagem.
Tem que ver se a FAB considera os ganhos desse upgrade no motor, vantajoso o suficiente pra colocar dinheiro em cima.

Exatamente, talvez um iE2 TEO-540-C1A que é o mesmo instalado nos Tecnam Traveller e Piper Mirage, o monitoramento eletrônico do motor ia trazer o T-25 para a era dos MFDs tal qual foi feito no Tucano.

Pelo que eu vi não existe diferença de peso que exija correção no centro de gravidade da aeronave. O único mistério é o preço, eu sei que um da linha TIO varia entre 140 a 175 mil dólares dependendo para qual aeronave é o kit de instalação. Imagino que o iE2 deva subir para uns 200 a 210 mil dólares de inicio.


Um abraço e t+

Apenas para comentar a atual situação aqui no RS, e as implicações que isto está tendo nas forças armadas...

O Pampa transferiu as 9 aeronaves operacionais que tinha para SM, inclusive o ALEDA está sendo feito aqui, provavelmente o Phoenix ou vai voltar para floripa ou virá para cá também já que a BACO literalmente vai se tornar um aeroporto por no mínimo 6 meses, já vi algumas estimativas de pelo menos 1 ano para o Salgado Filho se tornar plenamente operacional novamente.

Com esse episódio ficou evidente a necessidade da área metropolitana de POA contar com uma opção ao Salgado Filho. Talvez essa catástrofe tenha dado força à possibilidade de transformar a BACO em algo tipo Viracopos.


Um abraço e t+

Pablo Maica escreveu: ↑Qui Mai 16, 2024 12:39 pm Apenas para comentar a atual situação aqui no RS, e as implicações que isto está tendo nas forças armadas...

O Pampa transferiu as 9 aeronaves operacionais que tinha para SM, inclusive o ALEDA está sendo feito aqui, provavelmente o Phoenix ou vai voltar para floripa ou virá para cá também já que a BACO literalmente vai se tornar um aeroporto por no mínimo 6 meses, já vi algumas estimativas de pelo menos 1 ano para o Salgado Filho se tornar plenamente operacional novamente.

Com esse episódio ficou evidente a necessidade da área metropolitana de POA contar com uma opção ao Salgado Filho. Talvez essa catástrofe tenha dado força à possibilidade de transformar a BACO em algo tipo Viracopos.


Um abraço e t+

Pensando na enchente atual, não sei se vale a pena. Na atual inundação já acabou pegando na cabeceira da pista da BACO. Se fosse mais meio metro talvez fosse ainda mais. Se for pra investir em algo, melhor colocar uma grana e fazer o aeroporto novo de Caxias (Vila Oliva), ou reformar o atual de lá - até porque uma parte grande do tráfego de pax no Salgado Filho são pessoas com destino a serra (Gramado e afins).

No Salgado Filho eu investiria num sistema de muros, diques e bombas - para servir de back-up ao sistema municipal.

Há tempos que rolam conversas na FAB sobre transferir todos os esquadrões da BACO para Santa Maria.
Talvez agora com esta situação o comando da força aérea volte a por em pauta esta questão.
Como o aeroporto fica mais perto de Porto Alegre e a infraestrutura pode ser adaptada para atender voos regionais e até mesmo internacionais em direção aos vizinhos Paraguai, Uruguai e Argentina, isto desafogaria o Salgado Filho.
E claro, depois dessa alagação, alguém vai ter que pensar em formas de diminuir as consequências das próximas que virão. Porque elas virão de um jeito ou de outro.

Duka escreveu: ↑Qui Mai 16, 2024 2:00 pm

Pablo Maica escreveu: ↑Qui Mai 16, 2024 12:39 pm Apenas para comentar a atual situação aqui no RS, e as implicações que isto está tendo nas forças armadas...

O Pampa transferiu as 9 aeronaves operacionais que tinha para SM, inclusive o ALEDA está sendo feito aqui, provavelmente o Phoenix ou vai voltar para floripa ou virá para cá também já que a BACO literalmente vai se tornar um aeroporto por no mínimo 6 meses, já vi algumas estimativas de pelo menos 1 ano para o Salgado Filho se tornar plenamente operacional novamente.

Com esse episódio ficou evidente a necessidade da área metropolitana de POA contar com uma opção ao Salgado Filho. Talvez essa catástrofe tenha dado força à possibilidade de transformar a BACO em algo tipo Viracopos.


Um abraço e t+

Pensando na enchente atual, não sei se vale a pena. Na atual inundação já acabou pegando na cabeceira da pista da BACO. Se fosse mais meio metro talvez fosse ainda mais. Se for pra investir em algo, melhor colocar uma grana e fazer o aeroporto novo de Caxias (Vila Oliva), ou reformar o atual de lá - até porque uma parte grande do tráfego de pax no Salgado Filho são pessoas com destino a serra (Gramado e afins).

No Salgado Filho eu investiria num sistema de muros, diques e bombas - para servir de back-up ao sistema municipal.

Caxias tem um sério problema que é espaço. Não tem para onde aumentar a pista nem a sua área de escape e da mesma forma a construção de outra pista paralela, sem falar que em casos de clima extremo, as quedas de barreira são uma constante nas rodovias da serra. O Salgado filho por sua vez sofreu com uma novela de décadas para ganhar mais uns metros de pista.

A BACO é uma das maiores bases da FAB em terreno, pode receber com facilidade obras para contenção de enchentes, e nem precisaria deixar de ser uma base para receber um terminal cargueiro.

Mas enfim são só elucubrações, se realmente houvesse um bom dinheiro para ser investido num terminal voltado e otimizado para carga e que servisse como alternativa ao SBPA, acho que Eldorado seria um bom lugar, por ali não existe problema de espaço, porém as ligações rodoviárias com a região metropolitana teriam que ser significativamente melhoradas.



Um abraço e t+

Pois é. Porém acho que um aeroporto novo em POA está fora de questão. Por anos teve a discussão do aeroporto "20 de Setembro" (seria próximo a Portão em uma área que não foi atingida por essa inundação). Lembro que teve um bom debate na época se deveriam abandonar o Salgado Filho ou não, e acabou prevalecendo a tese de manter e ampliar o Salgado Filho através de uma concessão.
Por isso, acho que um novo aeroporto em POA está fora de questão nas próximas décadas, acho válido somente deixar o mesmo mais resistente a cheias.

Já na Serra a situação é diferente. De fato o Hugo Carpeggiani (atual de Caxias do Sul) está no limite e é meio que consenso que não vale a pena investir no mesmo.
Por outro lado, o planejado e sonhado aeroporto Vila Oliva está bem "vivo". Tem muito lobby e pressão (empresarial e política) para executar essa obra.

Projeto do "natimorto" 20 de Setembro:
https://portoimagem.wordpress.com/2014/ ... em-portao/

Projeto do ainda "vivo" Vila Oliva:
https://portoimagem.wordpress.com/2023/ ... ssageiros/

KC-30 2902 ficou atolado na BACO no dia 13/05, durante o taxi para livrar a pista.

A aeronave ficou presa até ontem dia 15/05, quando decolou da BACO rumo ao hangar de manutenção da Azul em Viracopos, para passar por uma inspeção. Para nossa sorte o 2901 que justamente estava passando por uma revisão nesse mesmo local, foi liberado no dia 15. Por pouco a FAB não fica com os dois inop.




Um abraço e t+

Quem tem 2, talvez tenha um.

Ninguém vai comentar isso daqui?!

Notas Estratégicas FAB – Hora de decidir por um novo avião de combate



https://www.defesanet.com.br/nfab/notas ... e-combate/

É apenas a opinião pessoal do Nelson During, com a qual não concordo.

O problema no raciocínio dele é que ainda está baseado em um passado que não atende mais as necessidades da FAB hoje, e muito menos é adequado para o que se pretende em termos de planejamento estratégico e logístico da força aérea, tal como está nos documentos mais importantes da instituição escritos nos últimos anos.

Pelo menos na teoria, a FAB quer avançar tanto em termos tecnológicos, como operação, organização, doutrina e logística.

A escolha do Gripen E\F deu-se dentro deste contexto, tendo em vista que o caça atende a todos estes requisitos, e irá possibilitar à FAB amadurecer de forma contínua e paulatina, formando uma nova cultura não apenas dentro da caça, mas, com sobras para todas as outras organizações em volta dela.

Assim, a escolha do Gripen visou, também, atender à uma decisão da FAB sobre operar um único vetor de caça, além de se construir todo um planejamento em volta desta questão. Neste aspecto, até prova ou ordem em contrário, a FAB vai de Gripen E\F para substituir todos os seus vetores existentes, sejam Mirage, F-5 e A-1. Isto irá elevar o padrão da caça no Brasil a patamares vistos somente com os P-47 há mais de 80 anos atrás, que foram os vetores de primeira linha mais modernos a serem comprados e operados pela FAB então.

Enfim, não dá mais para continuar repetindo fórmulas que no passado deram certo, porque a realidade hoje pede novas soluções e propósitos da força aérea brasileira. E adquirir jatos lift como quebra galho para a nossa eterna falta de vontade com a Defesa no Brasil definitivamente não é uma resposta à altura dos desafios que o século XXI se nos impõe.