JL escreveu:O forista Lucas fez uma postagem bem completa e interessante.
Mas completando, creio que discordar e argumentar é algo que acarreta validade para o Fórum, desta forma caro Gabriel:
1-) Realmente um Nae pode ser usado para muitos fins, mas veja esta doutrina de emprego que você se refere foi produzida com o pensamento no seu uso em muito na 2 Guerra Mundial, existem dúvidas para alguns cenários no futuro, focando no caso brasileiro teremos basicamente dois caminhos uma concepção defensiva deste mar, incluindo o pré-sal ou uma condição digamos mais ofensiva, onde almejamos nos tornar uma potência regional. Creio que neste último caso o Nae se torna muito mais significativo, ou seja, o velho sonho de uma marinha de águas azuis. Mas porque tenho dúvidas do uso do Nae na defesa do pré-sal, simplesmente porque independe do que a doutrina contenha, um Nae será um alvo e quem nos atacar terá que ser uma força por demais poderosas em armas, tamanho e tecnologia, assim não bastará o Nae necessitaremos de muito, muito mas. Certamente os almirantes concebem este plano, mas não conseguem executá-lo.
JL, sério cara. Não consigo ser mais claro do que fui, se não entendeu, ai não é problema meu.
Chegamos ao ponto que precisamos explicar ironia e sarcasmo. Sobre "defender o pré-sal" é uma simples desculpa. Cara, expliquei isso em 3 posts, por favor, preste atenção.
Não conseguem executa-lo simplesmente por falta de verba e por falta de planejamento necessário. Olha quando veio ser feita o plano de modernização do A-12, em 2016 que talvez vinge em 2019!
JL escreveu:2-) Quando citei o Cavour italiano, foi como forma de demonstrar que um navio que usa catapultas e outro que opera aeronaves como o Harrier ou futuramente o F35 são bem diferentes.
Segunda vez...
Você alegou que NAe's ficaram mais pesados para operar aeronaves mais pesadas certo? Isso é mentira, não ocorre isto. Se é Skyjump, CATOBAR ou mesmo VTOL como a classe America, vai depender do que aquela Marinha desejar. Não é porque é CATOBAR que um NAe precise de uma aeronave pesada e demais que 65,000 toneladas. Isso vai depender da necessidade.
Veja o Charles de Gaulle, possui 42 mil toneladas e opera caças considerados médios, sendo o Rafale. Já a Royal Navy preferiu STOBAR por já ter essa experiência de anos utilizando tal conceito. Sua premissa de "NAe futurístico super pesado e caças pesados" é totalmente equivocada.
Até nosso A-12 chegou a operar Rafale com restrição. NAe é determinado pela exigência de sua Marinha e não regra só porque a US Navy prefere de 100,000 tons.
JL escreveu:3-) Não discordo de você que tenham várias possibilidades de aquisição de F 18, mas afirmo que somente podem ser adquiridos e mantidos bem com autorização dos EUA. Também não disse que não podemos ter esta autorização, ou que existe impedimentos para isto ou que não devemos. Apenas disse que para os franceses, basta ter dinheiro. Ficou claro. Não existe ao meu ver atualmente impedimento político contra o F 18.
Mas qual seria o motivo do EUA impedir compra dos F-18C, mesmo que do AMARC? Sem falar que há outras opções.
A partir do momento em que você diz que "F-18 depende de política", você quer dizer que o EUA poderia proibir a compra. Me dá só um único motivo do EUA impedir a aquisição de Hornets? Não faz o menor sentido o que você diz, eles nos ofereceram o Super Hornet, não tem motivo algum de impedir a compra de F-18C. F-18C não ameaçaria a quarta frota de maneira alguma.
Melhor para eles, que fariam mais dinheiro em modernização e venda de armas.
JL escreveu:4-) Quanto a operar o F18 no São Paulo, creio que como foi demonstrado nos estudos será possível, mas acredito que haverão sérias dificuldades.
US Navy discorda de você desde 1989. Isso na catapulta padrão. Se ele decolou nela, mesmo que com restrições de peso, então o problema nunca foi o tamanho da pista e sim a capacidade das catapultas. Esse é o único problema e pode ser resolvido com a ampliação da capacidade de tração das catapultas.
JL escreveu:5-) Mig-29 com catapulta, modificações. Olha os russos nunca lançaram um avião assim, não tem experiência neste tipo de projeto. E acredito que não seja algo tão simples. Basta dar uma olhada no trem de pouso de um F 18 e olhar o trem de pouso de um F 16, para se ver diferença. O impacto que toda a fuselagem sofre no lançamento é algo considerável. Uma aeronave naval tem diferenças de projeto significativas. O comum é ver caças navais operando em terra e não adaptações ao contrário. Não conheço o que mudou no Rafale. Mas os franceses tem expertise em caças lançados por catapulta, somente EUA e França dominam este tipo de tecnologia, isto é um fato real.
JL, acho que você não entendeu quando falei sobre o MiG-29K, mas vamos lá.
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Não, o impacto durante o lançamento de catapultas é na região frontal e um pouco atrás. Se forem aeronaves do zero, basta reforçar a fuselagem frontal e o trem de pouso (principalmente ele). Talvez tenham que mudar um pouco a estrutura do Tanque de combustível, que fica logo atrás do cockpit.
Para isso existem engenheiros e estudos. Se for pensar que apenas EUA e França que podem dominar. Lembre-se que os Indianos já estudam isso, inclusive adotar EMALS CATOBAR no futuro INS Vishal.
JL escreveu:6-) Meu amigo Lucas, certamente ouvi muitas vezes este argumento de defender o pré sal e não gosto de ouvir, aliás detesto é o argumento para os incultos, para aqueles que nada sabem, uma infelicidade da política brasileira que isto seja prática oficial. Antes era o argumento de patrulhar as 200 milhas. Enquanto estes argumentos forem usados teremos estas forças armadas, inclusive o Nae simbólico afinal tudo se resume a fachada ao que o povo precisa acreditar. Por isso não vou me referir a este argumento, para não replicar a falácia.
JL escreveu:7-) Por favor não compara Brasil com China e India, estes países são absolutamente diferentes, não digo que estes países tiveram um passado colonial como o Brasil, eu diria que eles passaram por dominação de uma potência estrangeira a tempos recentes. Pois quando os portugueses nossos colonizadores, ainda eram bárbaros sob o julgo romano, na China e na India existiam civilizações milenares. Qualquer comparação é rala e baseada em conceitos incompletos, o mesmo que levam a dizer que o Brasil estava entre as dez maiores economias mundias. Pura groselha econômica. Sabe qual a diferença meu amigo, lhe digo: É que aqui no Brasil, independente da carteira de convênio médico que você tiver no bolso, se você sofrer um sério acidente de trânsito em uma estrada, você será levado para o pronto socorro público, se nenhum parente for lá para transferir para o seu convênio particular e neste pronto socorro público talvez você precise de que um funcionário público da saúde muito mal pago e valorizado fique bombando um respirador manual durante horas para você viver. Alguém de mãos muitas vezes cansada que faz isso por um desconhecido e estes sim verdadeiros heróis desconhecidos. Simplesmente porque ninguém leva a sério nada neste país.
Não estou comparado Brasil com China e Índia. Você que não entende e fica supondo. Cara, ainda deixei claríssimo!
Ambos os países não passavam de colônias e não tinham grandes ambições. Depois de suas independências\revoluções, com os projetos "megalomaníacos" de seus comandantes, se tornaram potências nucleadas.
Espera ai, você está dizendo que Portugal, em 1500, não se passavam de Bárbaros? Você está de brincadeira? Portugal foi o Primeiro império global da história e o mais antigo colonizador.
Os Indianos não herdaram quase nada dos Ingleses e a China sofreu com a guerra civil. A educação, cultura e riqueza dos povos que os colonizaram não afetou absolutamente nada para que chegassem a ser como é hoje.
Cara, estamos falando de defesa e você vem falar sobre SAMU que leva apenas para pronto socorro público? O que tem a ver com o assunto NAe?
Se seu argumento for levado á sério, nem forças armadas deveríamos ter, porque zézinho joga lixo no chão. Simplesmente não faz sentido.
JL escreveu:
Por fim meu amigo seria bonito, seria ter um Nae cheio de caças, escoltado por fragatas no estado da arte, bem como uma força de submarinos, com umas quatro unidades nucleares. Seria. Mas lançar isto hoje é irreal. Quanto ao dinheiro, bem também ouço falar nestas cifras absurdas para lá e para cá. Mas na prática somente vejo a falta deste no setor público.
Irreal pra quem?