Manoel Augusto O. Reis escreveu:A EMBRAER geralmente não produz nada, mas apenas monta produtos cujos componentes são todos fabricados no exterior. Esse acordo com a indústria israelense simplesmente vai matar as outras empresas que estão construindo VANT com alguns componenestes nacionais.
A Embraer é tão montadora como a Dassault, Boeing, Bombardier, Airbus, etc. A diferença é que nesses países há uma cadeia de fornecedores locais muito, mas muito mais desenvolvida do que no Brasil.
Esse é um jogo de gente grande. Ou se tem bala na agulha e fica grande ou acaba sendo muito complicado sobreviver.
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12/04/2011 - 20h31
Embraer anuncia novas parcerias no setor de Defesa
http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... efesa.jhtm
Por Eduardo Simões
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Embraer fechou dois acordos que devem ajudar a empresa a se posicionar na disputa para o fornecimento do Sisfron, sistema de monitoramento das fronteiras brasileiras pelo Exército, e que consolidam a entrada da companhia no setor de controles e sistemas.
Uma das parcerias inclui a compra de 50 por cento do capital da Atech Negócios em Tecnologias por 36 milhões de reais, enquanto a segunda prevê a criação de uma joint-venture entre Embraer e AEL Sistemas, subsidiária no Brasil da israelense Elbit Systems, com controle acionário da Embraer para a venda de veículos aéreos não-tripulados.
No final de março, o presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado, havia antecipado em entrevista à Reuters que a empresa anunciaria "em semanas" uma aquisição na área de defesa.
No mesmo mês, a Embraer havia anunciado a aquisição de posição majoritária na divisão de radares da Orbisat, que já tem acordos em vigência com o Exército brasileiro, por 28,5 milhões de reais. A Orbisat desenvolveu, em parceria com o Exército, o radar SABER M60, que será a base do Sisfron.
De acordo com o presidente-executivo da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, as últimas movimentações da companhia têm "total relação" com o Sisfront. Além de parcerias e aquisições, a Embraer também deve buscar relacionamentos com fornecedores para satisfazer todos as exigências do programa, que inclui veículos blindados, afirmou Aguiar.
No caso da Atech, disse o executivo em entrevista coletiva na LAAD, principal feira de defesa da América Latina, a gestão da Atech permanecerá "totalmente independente" e a Embraer terá assento no Conselho de Administração da companhia com o objetivo de "discutir sinergias comerciais e, por que não, tecnológicas, para acelerarmos o crescimento da companhia."
Segundo Aguiar, o faturamento da Atech deve dobrar em 2011 após os 50 milhões de reais em vendas no ano passado. Para os próximos anos, o executivo disse esperar que a empresa registre crescimento de dois dígitos na receita.
VANT
Outro movimento anunciado pela Embraer também nesta terça-feira que deve ajudar a empresa na disputa pelo contrato do Sisfron, estimado em alguns bilhões de dólares, foi a parceria com a AEL Sistemas, subsidiária da israelense Elbit Systems, para a entrada no mercado de veículos aéreos não tripulados (Vant).
Segundo Aguiar, os Vants também farão parte da proposta que a Embraer deve apresentar para o Sisfron. O executivo disse esperar que o Exército brasileiro envie ainda em 2011 a requisição de propostas (RFP, na sigla em inglês) para o Sisfron.
O acordo com a AEL prevê a possibilidade, segundo Aguiar, bastante alta, de a Embraer adquirir participação acionária na AEL. Ele acrescentou, no entanto, que isso depende ainda de estudos que estão sendo realizados.
Aguiar afirmou que, no momento, o acordo com a AEL ainda não envolve "valores monetários" e avaliou ser "prematuro" falar em tamanho de mercados de Vants no Brasil.
O anúncio acontece depois que a AEL Sistemas obteve um contrato de 85 milhões de dólares da Embraer para atualização de 11 aeronaves F-5 da Força Aérea Brasileira (FAB).
A Embraer anunciou também a assinatura de um memorando de cooperação com a empresa Santos Lab, focada na fabricação de mini veículos não-tripulados. De acordo com Aguiar, a Santos Lab é uma empresa ainda em fase de estruturação e, no momento, o acordo entre as duas empresas é apenas de cooperação técnica.
Os acordos da Embraer no segmento de defesa acontecem em um momento de consolidação dessa indústria no Brasil. A Odebrecht lançou no início de abril uma empresa no segmento após a compra da brasileira Mectron Engenharia, fabricante de mísseis e de produtos de alta tecnologia para o mercado aeroespacial, como radares, sistemas de aviação e de comunicação, controle e comando.
Aguiar reconheceu que a Embraer Defesa e Segurança vem analisando oportunidades de aquisições e parcerias, mas adiantou que, por ora, não espera que a empresa vá novamente às compras.
"Estamos com uma pequena equipe de fusões e aquisições dentro da empresa, mas não espero que tenhamos algo no curto prazo a respeito disso," declarou.
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12/04/2011 10:14
Embraer fecha acordo com companhia israelense
http://exame.abril.com.br/negocios/empr ... o-de-vants
Acordo visa a criação de uma empresa, com participação majoritária no braço de defesa e segurança da Embraer, para atuar no segmento de VANTs
São Paulo – O braço de defesa e segurança da Embraer fechou um acordo estratégico com a AEL, subsidiária da companhia israelense Elbit Systems, o anuncio feito, nesta terça-feira (12/4), visa avaliar a exploração do mercado de veículos aéreos não-tripulados (VANT). O acordo inclui também a criação de uma empresa, que terá participação majoritária na Embraer Defesa e Segurança, para atuar neste segmento.
Segundo Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, os VANTs são uma realidade e uma necessidade para soluções de defesa e Segurança.
”A companhia considera que a intenção contida no negócio com a AEL potencializa a capacidade das empresas oferecerem soluções com excelente relação custo-benefício para o governo brasileiro”, disse o executivo, por meio de comunicado divulgado ao mercado.
O acordo prevê também uma possível participação da Embraer Defesa e Segurança no capital social da AEL.
Há mais de 30 anos as duas companhias mantêm parcerias. A AEL foi uma das primeiras fornecedoras de sistemas para o turboélice de treinamento básico Tucano e o caça subsônico AMX, aeronaves fabricadas pela Embraer nas décadas de 1980 e 1990.
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PLANO DE EXPANSÃO
Embraer Defesa e Segurança quer 'ganhar musculatura' no Brasil para avançar no exterior
Publicada em 12/04/2011 às 18h50m
http://oglobo.globo.com/economia/mat/20 ... 226245.asp
Danielle Nogueira
Rio - A Embraer Defesa e Segurança, empresa criada pela Embraer no fim do ano passado, quer "ganhar musculatura" no Brasil para avançar em mercados vizinhos, África e Ásia, informou nesta terça-feira o presidente da recém-criada companhia Luiz Carlos Aguiar. O mais recente passo nessa estratégia foi a compra de 50% da empresa de soluções tecnológicas Atech, anunciada nesta terça-feira na Laad, feira internacional de defesa e segurança que acontece no Rio até sexta-feira. O valor do negócio é de R$ 36 milhões.
A aquisição ocorre menos de um mês após a compra de 64,7% da empresa de radares Orbisat, por R$ 28 milhões. Os dois movimentos, segundo Aguiar, visam a aumentar a competitividade da Embraer na disputa pelo novo projeto de vigilância de fronteiras do governo federal, o SisFron, que deverá ser licitado este ano. Assim, a empresa pretende ganhar visibilidade para conquistar mercados no exterior.
- Estamos priorizando ganhar musculatura no Brasil, não apenas por meio de aquisições, como também por meio de alianças e parcerias. Crescer no próprio país é mais fácil que crescer lá fora (...) E se você não tem um projeto forte na área de defesa em seu país, as forças armadas de outros países não te olham - disse Aguiar.
Hoje, a Embraer Defesa e Segurança atua em 40 países, mas pretende reforçar sua presença nas nações latino-americanas, africanas e asiáticas. Como o SisFron vem sendo considerado um trampolim nesse processo, a companhia decidiu investir em segmentos complementares a seus negócios para aumentar suas chances de vencer a licitação.
No caso da Atech, o forte são as tecnologias de monitoramento. A empresa foi criada em 1999, com o objetivo de atuar no Sistema de Vigilância e Monitoramento da Amazônia (Sivam). Ano passado teve faturamento de R$ 50 milhões, e a perspectiva é que ele dobre em 2011. Pelo acordo firmado com a Embraer, a gestão da Atech será compartilhada, mas seu atual presidente, Tarcísio Takashi Mutta permanecerá no cargo.
No caso da Orbisat, a escolha do presidente caberá à Embraer, já que a companhia adquiriu seu controle acionário. O interesse pela empresa se deve especialmente ao fato de o Exército usar hoje radares da Orbisat, importante para a compatibilidade dos projetos.
A decisão da Embraer de criar uma empresa específica para a área de Defesa tem relação com o rápido crescimento do setor no Brasil, particularmente após o anúncio da Estratégia Nacional de Defesa, em 2008, com o objetivo de reestruturar as Forças Armadas.
Em 2006, a divisão de Defesa e Segurança da Embraer teve faturamento de US$ 230 milhões. Em 2010, a cifra subiu a US$ 670 milhões, ou 12% da receita total do grupo (US$ 5,4 bilhões). A expectativa é que a fatia seja elevada a 20% nos próximos cinco anos.