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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Qua Ago 19, 2009 8:03 pm
por raphavidottoo
Lula vai à Bolívia para falar sobre gás e narcotráfico--Morales

LA PAZ (Reuters) - Brasil e Bolívia conversarão no sábado sobre novos acordos para estabilizar o comércio de gás natural e desenvolver a cooperação regional contra o tráfico de drogas, anunciou nesta quarta-feira o presidente boliviano, Evo Morales, ao confirmar a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país.
Lula, um dos principais aliados externos do líder indígena, ficará apenas algumas horas no sábado na região produtora de coca de Chapare, numa visita adiada desde abril que marcará também a assinatura de um financiamento viário de mais de 300 milhões de dólares.

O Brasil é de longe o principal parceiro comercial da Bolívia e a chegada de Lula ao berço político do esquerdista Morales ocorrerá apenas uma semana depois de o dirigente lançar oficialmente sua campanha para a reeleição. O pleito está marcado para dezembro.

"Há sempre uma agenda bilateral (...), com certeza vamos mencionar o preço e outros temas do gás que é exportado ao Brasil, pois há uma certa conta pendente da Petrobras," disse o mandatário boliviano numa entrevista coletiva.

Morales, que nacionalizou a indústria petrolífera em 2006, se referia a uma dívida da Petrobras, de mais de 100 milhões de dólares, por líquidos associados ao gás natural recebido da Bolívia em anos anteriores. Ele também se referia à redução da demanda brasileira de gás nos últimos meses.

A economia da Bolívia está baseada nas exportações de matéria-prima e enfrenta dificuldades pela queda da demanda brasileira de gás, que no primeiro semestre ficou com 20 milhões de metros cúbicos diários ante uma promessa anterior de 30 milhões, agravando o impacto da queda dos preços mundiais dos hidrocarbonetos.

O preço atual do gás que a Bolívia exporta para o Brasil é de 4,60 dólares por milhão de unidades térmicas britânicas, e o governo boliviano admitiu que o valor das vendas ao país vizinho poderia cair este ano em pelo menos 30 por cento após o recorde de 2,851 bilhões de dólares em 2008.

Essas dificuldades estão sendo parcialmente compensadas pelo aumento do bombeamento para a Argentina, numa média atual de seis milhões de metros cúbicos diários de gás, a um preço igual ao do mercado brasileiro.

Sobre a luta contra o narcotráfico, Morales disse que voltará a discutir com Lula sua proposta de uma "regionalização" de esforços, matéria aparentemente importante para a Bolívia desde a expulsão em novembro de 2008 da agência antidrogas norte-americana, a DEA.

Morales acrescentou que também deve conversar com Lula sobre temas políticos internacionais, como a situação em Honduras após o golpe contra o presidente Manuel Zelaya, a quem tanto o mandatário boliviano como o brasileiro deram firme apoio.

http://br.reuters.com/article/worldNews ... GS20090819

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Qua Ago 19, 2009 9:00 pm
por jumentodonordeste
raphavidottoo escreveu:
"Há sempre uma agenda bilateral (...), com certeza vamos mencionar o preço e outros temas do gás que é exportado ao Brasil, pois há uma certa conta pendente da Petrobras," disse o mandatário boliviano numa entrevista coletiva.

Morales, que nacionalizou a indústria petrolífera em 2006, se referia a uma dívida da Petrobras, de mais de 100 milhões de dólares, por líquidos associados ao gás natural recebido da Bolívia em anos anteriores. Ele também se referia à redução da demanda brasileira de gás nos últimos meses.

A economia da Bolívia está baseada nas exportações de matéria-prima e enfrenta dificuldades pela queda da demanda brasileira de gás, que no primeiro semestre ficou com 20 milhões de metros cúbicos diários ante uma promessa anterior de 30 milhões, agravando o impacto da queda dos preços mundiais dos hidrocarbonetos.

O preço atual do gás que a Bolívia exporta para o Brasil é de 4,60 dólares por milhão de unidades térmicas britânicas, e o governo boliviano admitiu que o valor das vendas ao país vizinho poderia cair este ano em pelo menos 30 por cento após o recorde de 2,851 bilhões de dólares em 2008.

Nós não ficariamos livres do gás boliviano em 2010 ?

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sex Ago 21, 2009 9:32 am
por Marino
Depois da renegociação feita anteriormente, em que o índio saiu ganhando, aconteceu a queda dos preços mundiais.
Agora o cocaleiro quer renegociar, mais uma vez.
Até quando vamos aceitar estas quebras de contratos, entre ESTADOS?
Será que o itamaraty [057] [057] [057] vai embarcar nesta furada, mais uma vez [036] [036] [036] ?
Bolívia quer rever venda de gás

Novo contrato permitiria vender mais a outros países

Wellington Bahnemann



A Bolívia pretende alterar o contrato de venda de gás natural ao Brasil, revelou o presidente da estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Carlos Villegas. Diante da retração das importações brasileiras nos últimos meses, provocada pela crise econômica, a intenção dos bolivianos é direcionar uma parcela maior de seu gás a outros países. As informações foram divulgadas ontem pela Agência Boliviana de Informação, ligada ao governo do país.

Carlos Villegas afirmou que as dificuldades no mercado brasileiro afetam a produção boliviana do insumo. "Por isso, é importante continuar na possibilidade de uma modificação do contrato com o Brasil, de tal maneira que o novo contrato nos libere uma quantidade importante de gás para destinar a outros mercados."

Segundo o Ministério de Minas e Energia, a importação brasileira de gás caiu 27,6% no acumulado deste ano até junho ante igual período de 2008, de 31,19 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) para 22,58 milhões de m³/d.

Em 1999, o Brasil firmou um compromisso por 20 anos de contratar até 30 milhões de m³/d de gás da Bolívia. A venda de gás ao Brasil é o principal item da pauta de exportação boliviana. Vale lembrar, no entanto, que o contrato firmado entre as partes contém a cláusula de "take or pay", ou seja, o pagamento é feito mesmo se o insumo não for retirado pelo Brasil.

Nesse acordo, o consumo mínimo anual é de 24 milhões de m³/d. Se a importação ficar abaixo disso, a Petrobrás paga pelos 24 milhões de m³/d, o que garante remuneração mínima à Bolívia.

Por outro lado, a queda na produção local de gás cria problemas de abastecimento para a Bolívia, uma vez que a produção local de gás de cozinha e até de combustíveis líquidos, como gasolina e diesel, depende de frações extraídas dos poços junto com o gás natural.

Amanhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará à Bolívia e se reunirá com o presidente boliviano, Evo Morales. O gás natural estará na pauta no encontro dos dois presidentes, que será realizado na cidade de Cochabamba.

COLABOROU NICOLA PAMPLONA

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sex Ago 21, 2009 9:50 am
por Túlio
VOSMEÇÊS não entendem nada mesmo, né? Me admira o nosso CMG véio... :roll:

TEMOS de comprar TODO o gás da Bolívia a - NO MÍNIMO - o dobro do preço atual!!!

Entendam ou vou ter que desenhar: certa vez o malvado Brasil arrasou o coitadinho do Paraguai só por sacanagem; este, tendo perdido algum Lebensraum, não teve opção senão invadir a coitada do Bolívia, ali no seu canto, bem quietinha, e lhe tomar o Chaco, o que encolheu a pobre nação cocalera, imaginem só quanta coca poderia ser plantada no Chaco? Assim, no fundo a culpa é NOSSA, entendam de uma vez! Somos obrigados a ajudar a tirar essa pobre gente do poço onde maldosamente os enfiamos, imperialistas cruéis que sempre fomos, POWS!!!

Avisem se não entenderam que eu desenho no Paint mesmo...

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sex Ago 21, 2009 11:24 am
por rafafoz
A desenha vai, queria ver como ficaria.. hehehe

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sex Ago 21, 2009 11:46 am
por Túlio
rafafoz escreveu:A desenha vai, queria ver como ficaria.. hehehe

A pedidos da massa ignara...


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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sex Ago 21, 2009 12:28 pm
por Oziris
:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Esse Túlio! :mrgreen:


[]'s

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sex Ago 21, 2009 12:45 pm
por cabeça de martelo
Túlio escreveu:
rafafoz escreveu:A desenha vai, queria ver como ficaria.. hehehe

A pedidos da massa ignara...


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Não pode, isso seria um atentado contra os direitos povos latinos (como eu já disse antes, o Brasil não faz parte da América Latina...)

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sáb Ago 22, 2009 7:25 am
por rodrigo
21/08/2009 | 18:28
Dilema no Sri Lanka: presidente
da Bolívia ou presidente do Brasil?

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O novo embaixador do Sri Lanka deve estar se perguntando até agora por que, ao apresentar suas credenciais esta semana, o presidente Lula usava o paletó típico da Bolívia, que só o "companheiro" Evo Morales costuma trajar, até mesmo porque representa o país dele. O jornal em língua inglesa do Sri Lanka “Daily News” exibiu o modelito do presidente brasileiro (foto), num ato que se presume oficial. Lula não precisava exagerar usando cocar e tanga ou chapéu de cangaceiro para afirmar as cores nacionais, mas um formal terno e gravata seria o mais adequado. para a ocasião. Deve ter gente no Sri Lanka procurando a Bolívia no mapa.

http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sáb Ago 22, 2009 5:11 pm
por irlan
Galera, entendi as mensagems, sério...não quero mais esquecer sei que fui falso com muita gente....muitos devem estar no mínimo chateados comigo,quero pedir desculpas, vou entender caso não aceitem, sei que já não me aguentam mais carregando essa "cruz" enorme nas costas,vou olhar para cima, tentar olhar as coisas de uma nova perspectiva.Por favor, não apaguem o meu post...não quero esquecer isso.

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sáb Ago 22, 2009 6:17 pm
por Túlio
irlan escreveu:Galera, entendi as mensagems, sério...não quero mais esquecer sei que fui falso com muita gente....muitos devem estar no mínimo chateados comigo,quero pedir desculpas, vou entender caso não aceitem, sei que já não me aguentam mais carregando essa "cruz" enorme nas costas,vou olhar para cima, tentar olhar as coisas de uma nova perspectiva.Por favor, não apaguem o meu post...não quero esquecer isso.

Tendi josta. Mas nem dá bola, faz assim, me mandes uns dois garrafões dessa aí que deve ser das buenas... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sáb Ago 22, 2009 7:20 pm
por irlan
Não sou de beber pinga Túlio....

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sáb Ago 22, 2009 7:36 pm
por cvn73
22/08/2009 - 18h52
Lula pede a Morales que olhe "com carinho" situação de brasileiros ilegais na Bolívia



da Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu neste sábado ao presidente da Bolívia, Evo Morales, que olhe "com carinho" a situação de cerca de 5.000 brasileiros que vivem ilegalmente no lado boliviano da fronteira com o Brasil. Em reunião reservada, o presidente Lula pediu um pouco mais de tempo ao colega boliviano.

Um acordo bilateral prevê que esses brasileiros tenham de deixar o local até dezembro deste ano, sem receber indenização pelas benfeitorias.

O governo brasileiro promete ajudar os cidadãos que queiram continuar na Bolívia. Entretanto, essas famílias deverão sair da faixa de fronteira. Além disso, destinou R$ 20 milhões para a Organização Internacional para Migrações (OIM), uma entidade internacional com sede em Buenos Aires. Essa organização está visitando os brasileiros para ajudar no assentamento dessas famílias em território boliviano, no departamento (Estado) de Pando.

A opção de ir para Pando não é atrativa para os brasileiros uma vez que a região é afastada e não há a infraestrutura disponível na fronteira com o Brasil.

De acordo com dados do governo, desde 2006, somente oito brasileiros conseguiram regularizar a sua situação no país vizinho. Já no Brasil, 48 bolivianos foram regularizados e vivem, principalmente, em São Paulo.

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sáb Ago 22, 2009 7:40 pm
por joao fernando
Tambem não tendi josta (by Tulio)

Bem, se não compramos gás da Bolivia, vamos comprar de quem? Pelo que sei, não estamos assim com tanto gás, nas nossas plantas de produção.

Ademais, prefiro sugar o gas alheio, que usar o nosso gás pátrio. Primeiro queimamos o deles, bemmmmm depois o nosso. Igualzinho ao que o Tio Sam faz (alias, ja ouvi dizer por professores comunas, que os Yanques enfiam petroleo nos poços deles, pra fazer estoques. Claro que a charla não cola, seria maluquice demais, mesmo pros xiitas do forum).

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

Enviado: Sáb Ago 22, 2009 7:59 pm
por cvn73
Essa do lítio seria uma boa, se a Bolívia fosse um pais confiável.

Lula anuncia medidas de ajuda financeira à Bolívia
Presidente formalizou empréstimo de US$ 323 milhões para a construção de uma estrada

AE-AP
VILLA TUNARI - Durante encontro com o colega Evo Morales, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou que seu governo aprovou um decreto que permitirá a Bolívia exportar até US$ 21 milhões em tecidos livre do imposto de importação ao mercado brasileiro.

Trata-se do mesmo montante das preferências tarifárias que os Estados Unidos tiraram da Bolívia em dezembro, por causa da falta de colaboração na luta contra as drogas e depois de Morales ter expulsado o embaixador norte-americano alegando suspeita de conspiração.

Lula fez o anúncio durante uma breve visita a Morales na região cocalera de El Chapare, no lado oriental da Bolívia. "São as preferências perdidas com os EUA", disse Lula, durante um discurso feito no estádio da pequena Villa Tunari para ao redor de 30 mil camponeses, a maioria cultivadores de coca. "O Brasil entende que não se pode desenvolver ignorando seus vizinhos", acrescentou.

"Saúdo os que nos concedem mercados para nossos têxteis sem nenhuma condição. Os Estados Unidos sempre condicionaram sua ajuda (a luta contra as drogas). Isso acabou", respondeu Morales. O governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também cedeu preferências tarifárias a Bolívia em têxteis. Morales encerrou seu discurso com a frase em quechua: "Kausachun coca, wainuchun yanquis" (viva a coca, morram os ianques).

Lula chegou a Bolívia para formalizar um empréstimo de US$ 323 milhões (quase de R$ 650 milhões) para a construção de uma estrada que fará parte de um corredor que vai ligar o oceano Atlântico ao Pacífico.

O avião do presidente brasileiro aterrissou em um pequeno aeroporto próximo a Villa Tunari. Em um carro conversível, Lula e Morales percorreram os quase 10 km até o pequeno vilarejo. Milhares de cultivadores e coca e camponeses da região saudaram a passagem dos dois líderes.

Depois, eles se reuniram em um estádio local da região que projetou Morales para a política. Dois mil cocaleiros da "policiais sindicais" reforçaram o efetivo policial e militar da segurança dos dois presidentes. Lula e Morales quebraram, cada um, uma vasilha de barro contendo uma bebida de milho em uma pedra, como sinal de início das obras.

Lula, que vestiu o poncho indígena, disse que agora na região "teremos uma geração de governantes com a convicção de que a única solução para nossos problemas é a integração e o estabelecimento de boas relações entre nós".

Antes dos discursos dos presidentes, os chanceleres David Choquehuanca, da Bolívia, e Celso Amorim, de Brasil, firmaram um memorando de entendimento que permite ao Brasil se unir a um comitê científico boliviano para a futura exploração do lítio no salar de Uyuni, onde estão as maiores reservas do mundo deste recurso considerado "estratégico".

O lítio é o mais leve de todos os metais e é usado atualmente em baterias de celulares, iPod, computadores portáteis e, no futuro, em milhares de automóveis elétricos e híbridos, que vão utilizar energia mais limpa que a dos combustíveis fósseis. O Brasil tem interesse em explorar esses recursos.

Os dois presidentes também decidiram reforçar seus acordos para a luta contra as drogas.