sapao escreveu:O AMX não foi uma Kagada, ele é um bom projeto sobre o qual foram feitas varias Kagadas, existe uma diferença...
O AMX tem um defeito de projeto, o perfil da asa, que inviabilizou o programa. Para consertá-lo, contratou-se a Northrop que redesenhou completamente as superfícies móveis da asa. Era um avião inviável sob o ponto de vista de mercado e que não tem a menor capacidade de sobrevivência num campo de batalha moderno. Em Kosovo, destruiu apenas alvos falsos, dependendo de A-10 para localizá-los. Ganhamos muito pouco e gastamos mais de US$ 3 bi para isso. Daria para comprar, na época, 120 F-16A/B.
sapao escreveu:Sobre o MAA-1 existem outros problemas que não são afetos ao missil, e nem de longe relacionados ao sistema de guiagem.
Se você viu a foto do SKUA após a campanha de emprego (e a conta que tivemos que pagar) sabe que ele teve mais de um disparo bem sucedido.
Um amigo da FAB, seu colega, que participou da campanha afirma que o apelido carinhoso na Força é "queima-sapata"...
sapao escreveu:Você reclama do sensor ser importado?
Se até hoje a gente não consegue produzir nem os radios que os aviões utilizam, que dirá o seeker.
A ideia, quando o programa foi elaborado, em 1986, era de que seríamos autosuficientes na produção do seeker. Até hoje, não o somos.
sapao escreveu:Agora, me diz uma coisa: se não devemos ser dependentes do mercado externo na produção de certos itens e tambem não devemos buscar a politica da "autosuficiencia", vamos nos armar como?
Por meio de parcerias bem pensadas, como a que estabelecemos com a África do Sul para o A-Darter. Se não temos massa crítica para desenvolver armas, devemos procurar sócios abertos a desenvolvimentos conjuntos. Tentar reinventar a roda, como se vivessemos no país do Juche, é apego ao atraso e premiar a incompetência. Já gastamos mais de US$ 100 milhões no MAA-1 sem qualquer resultado prático, quando deveríamos ter abandonado o programa na década de 1990. Em 1998, a DENEL procurava um parceiro para o A-Darter. Fomos procurados e não aceitamos em prol da autosuficiência. Tivemos de pedir arrego e entrar no programa quando ele já estava defasado em relação a outros projetos, como o Iris-T, o ASRAAM e o AIM-9X.
Valeu a pena? Não seria melhor admitir o fracasso e investir mais recursos e pessoal no A-Darter e no T-Darter? A própria Mectron cresceria em lugar de se beneficiar de fartos recusos dispendidos num projeto sem futuro e fracassado.
Pepê