TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
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Pepê Rezende
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58066 Mensagem por Pepê Rezende » Qua Mai 18, 2011 6:12 pm

Boss escreveu:Em vários quesitos, como tempo (mesmo que pudessemos nos manter via prateleira enquanto o projeto fosse conduzido), possibilidade de falha/cancelamento, etc, não. Mas no que se refere a independência da "apostila" de terceiros, e o conhecimento adquirido após o projeto, se bem sucedido,sim, valeria.
Não valeria, teríamos algo sem mercado e dependente do mercado externo em vários itens, como radares, motores etc... Seria mais uma Kgada monumetal, como o AMX. Temos que procurar um sócio adequado para construir algo aqui. A política da "autosuficiência" nos levou a vários becos sem saída, como o MAA-1, que, até hoje, não conseguiu um disparo bem sucedido depois de 26 anos de desperdício de dinheiro. Sabe o que é pior? Nem o sensor foi nacionalizado. É sul-africano...

Pepê




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58067 Mensagem por Boss » Qua Mai 18, 2011 6:23 pm

Hm, de fato, é mais fácil achar o sócio adequado... 8-]




REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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Luís Henrique
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58068 Mensagem por Luís Henrique » Qua Mai 18, 2011 11:17 pm

A Suécia poderia ser o parceiro.

A Volvo juntamente com uma empresa brasileira poderia desenvolver um turbofan para substituir o F414.
A SAAB microwaves juntamente com empresas brasileiras poderia recomeçar o projeto do radar AESA NORA.

E assim por diante. Poderiamos desenvolver um caça de 5ª geração bimotor do porte do F-35 porém com desempenho otimizado para superioridade aérea, assim como o F-22.
Considerando a FAB + MB + Força Aérea Sueca o novo caça poderia ter uma demanda de cerca de 300 unidades.

Teriamos o mercado da América Latina, da África e até alguns países do Oriente Médio e Ásia.

Se pudesse decidir, partiria por este caminho. Ideal seria a Embraer adquirir a SAAB ou realizarem uma fusão.
Mas, uma parceria bem feita também seria aceitável.




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Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58069 Mensagem por Carlos Lima » Qui Mai 19, 2011 2:29 am

Considerando o quanto está custando desenvolver o F-35 e o quanto custou o F-22... Considerando que a Suécia não consegue nem comprar o Gripen NG hoje e vai reciclar Gripen C/D para fazer o E/F além de guardar uns 100 e poucos A/B em cavernas...

Sei não.

Considerando que a FAB não consegue comprar um avião de combate a quase 15 anos de tentativas pensar em desenvolver uma está longe da nossa realidade.

[]s
CB_Lima




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58070 Mensagem por Pepê Rezende » Qui Mai 19, 2011 2:33 am

Luís Henrique escreveu:A Suécia poderia ser o parceiro.

A Volvo juntamente com uma empresa brasileira poderia desenvolver um turbofan para substituir o F414.
A SAAB microwaves juntamente com empresas brasileiras poderia recomeçar o projeto do radar AESA NORA.

E assim por diante. Poderiamos desenvolver um caça de 5ª geração bimotor do porte do F-35 porém com desempenho otimizado para superioridade aérea, assim como o F-22.
Considerando a FAB + MB + Força Aérea Sueca o novo caça poderia ter uma demanda de cerca de 300 unidades.

Teriamos o mercado da América Latina, da África e até alguns países do Oriente Médio e Ásia.

Se pudesse decidir, partiria por este caminho. Ideal seria a Embraer adquirir a SAAB ou realizarem uma fusão.
Mas, uma parceria bem feita também seria aceitável.
A Suécia, por uma questão de disciplina fiscal, está assassinando a indústria aeronáutica no país. Não se comprometeu com o Gripen NG, uma proposta furada desde o início. Disse isso ao Bengt quando a campanha foi lançada. A outra ideia, sufocada por um bando de engenheiros sem qualquer imaginação, envolvia um caça de 5ª geração bimotor do porte do Rafale, antecedida pela venda de Gripens C/D ao Brasil. ESSA proposta, eu defenderia. Há apenas um problema, por uma questão de economia, partiram para a adoção cega de motores norte-americanos. Foi um dos cravos no caixão do programa NG na Índia. Por favor, leiam o post sobre restrições que coloquei acima. Há facsímiles das determinações dos EUA sobre uso de material.

Por outro lado, a Suécia MATOU seu radar AESA próprio, o NORA. Ficou presa a um produto voltado para o mercado de upgrade, o RAVEN, da Selex (o produto sério da empresa é o CAESAR, que só será produzido daqui a CINCO ANOS). É importante ressaltar que nenhum hardware do radar foi oferecido pelo consórcio sueco ao Brasil, ao contrário da França, que vai produzir os módulos da antena em São José dos Campos.

Tivemos uma boa chance, com a Rússia, e a jogamos fora. Vou acentuar: a Suécia não tem massa crítica para desenvolver um produto que nos dê independência plena. Ficaríamos presos à coleira norte-americana. Minha ideia seria um conjunto brasileiro-franco-sueco para suprir as deficiências de cada um. O problema é que os dois parceiros estão tocando programas de 4,5ª geração: o Gripen E/F (uma modernização dos atuais C/D) e o Rafale. Sobra uma alternativa: aderirmos a um dos programas não estadunidenses de caças de 5ª geração, embora não goste do projeto chinês.

Pepê




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58071 Mensagem por NovaTO » Qui Mai 19, 2011 9:23 am

Caro Pepê, existem alguns projetos na prancheta, que poderíamos participar.

Como o AMCA Indiano, e o FX Turco. Ambos acredito precisam de um parceiro com mais experiencia (SAAB, Dassault, LM, Boeing e até a Sukhoi) para atuar como consultor técnico.

E existe o ATDX japonês, também.

A SAAB tem um projeto na gaveta : o FS2020, que poderia servir de base para o FX Turco. O AMCA Indiano já está bem definido.

[]'s




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58072 Mensagem por Jonas Rafael » Qui Mai 19, 2011 10:49 am

Mas será que o projeto turco será tão independente assim da tecnlogia norte-americana? Não consigo visualizar cairmos longe dos americanos sem ser com os russos ou europeus. E estes últimos parecem estar dispostos a pular direto para a sexta geração, o que nos deixaria com um "Gap".




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58073 Mensagem por Franz Luiz » Qui Mai 19, 2011 11:26 am

Está no boletim DEFESANET:
Edição 18 Maio 2011 - Nº 08/2011

DilmaX Aéreo

Nelson Düring
Editor-Chefe defesanet

No dia 07 de Janeiro de 2011, Defesanet publicou que uma nova doutrina foi lançada pela Presidente Dilma Rousseff. Esta doutrina revolucionária aos até então acomodados, e só muitos discutidos, programas de aquisições militares. Os dois mais famosos sendo: aquisição de uma aeronave multimissão para a FAB e possivelmente também para ser embarcada em porta-aviões (Programa F-X2 ) e aquisição de uma série de navios (Navio-patrulha oceânico, Fragatas e um Navio de Apoio Logístico) , mais especificamente o Programa de Obtenção de Meios de Superfície (PROSUPER), entre tantos outros.

Assim chamada de DilmaX a nova doutrina de avaliação e análise dos programas militares. O DilmaX-1 focado no Programa F-X2 foi o primeiro anunciado.

A Base do conceito tem três palavras básicas: Fatos, Dados e Números.

Coube ao Primeiro-Ministro da Suécia Sr Fredrik Reinfeldt, sempre os suecos, a receber o primeiro impacto e lançar internacionalmente o conceito DilmaX. Reinfeldt foi eleito, em 19SET10, por uma coligação que tem como plataforma o apoio ao caça Gripen em escala mundial.

Também a empresa SAAB alterou o seu comando, no ano passado, colocando o impulsivo Hakan Bushke para agilizar os negócios do Gripen.

Reinfeldt estreou publicamente o DilmaX-1. Ele que já não tinha vindo para a posse com o receio de ouvir algo similar ao que seu antecessor ouviu de Lula, em seu primeira ação governamental: o programa F-X estava cancelado em benefício do Fome Zero.

Reinfeldt não ouviu exatamente isso, mas recebeu o impacto de um míssil lançado a curta distância pela presidente Dilma. Nas palavras da experiente Tânia Monteiro (Agência Estado): “Dilma disse que os três projetos estudados pelo governo brasileiro têm problemas, cada um com suas especificidades. O caça sueco Gripen, por exemplo, ainda não saiu do papel.”

Após a desclassificação no Programa MMRCA da Índia , em menos de um mês a segunda notícia desfavorável aos interesses da SAAB. Porém não só da SAAB, pois deveremos saber o que significa a enigmática frase.

E logo, como o DilmaX avaliará e tratará aos “problemas de cada concorrente e suas especificidades”.

E no final o anúncio da decisão em 2012 encontra agora os brigadeiros bebendo suco de groselha e sonhando com a menos feia do Saloon.

http://www.defesanet.com.br/defesa/noti ... lmaX-Aereo

Grande abraço aos amigos




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58074 Mensagem por Luís Henrique » Qui Mai 19, 2011 2:14 pm

Pepê Rezende escreveu:
Luís Henrique escreveu:A Suécia poderia ser o parceiro.

A Volvo juntamente com uma empresa brasileira poderia desenvolver um turbofan para substituir o F414.
A SAAB microwaves juntamente com empresas brasileiras poderia recomeçar o projeto do radar AESA NORA.

E assim por diante. Poderiamos desenvolver um caça de 5ª geração bimotor do porte do F-35 porém com desempenho otimizado para superioridade aérea, assim como o F-22.
Considerando a FAB + MB + Força Aérea Sueca o novo caça poderia ter uma demanda de cerca de 300 unidades.

Teriamos o mercado da América Latina, da África e até alguns países do Oriente Médio e Ásia.

Se pudesse decidir, partiria por este caminho. Ideal seria a Embraer adquirir a SAAB ou realizarem uma fusão.
Mas, uma parceria bem feita também seria aceitável.
A Suécia, por uma questão de disciplina fiscal, está assassinando a indústria aeronáutica no país. Não se comprometeu com o Gripen NG, uma proposta furada desde o início. Disse isso ao Bengt quando a campanha foi lançada. A outra ideia, sufocada por um bando de engenheiros sem qualquer imaginação, envolvia um caça de 5ª geração bimotor do porte do Rafale, antecedida pela venda de Gripens C/D ao Brasil. ESSA proposta, eu defenderia. Há apenas um problema, por uma questão de economia, partiram para a adoção cega de motores norte-americanos. Foi um dos cravos no caixão do programa NG na Índia. Por favor, leiam o post sobre restrições que coloquei acima. Há facsímiles das determinações dos EUA sobre uso de material.

Por outro lado, a Suécia MATOU seu radar AESA próprio, o NORA. Ficou presa a um produto voltado para o mercado de upgrade, o RAVEN, da Selex (o produto sério da empresa é o CAESAR, que só será produzido daqui a CINCO ANOS). É importante ressaltar que nenhum hardware do radar foi oferecido pelo consórcio sueco ao Brasil, ao contrário da França, que vai produzir os módulos da antena em São José dos Campos.

Tivemos uma boa chance, com a Rússia, e a jogamos fora. Vou acentuar: a Suécia não tem massa crítica para desenvolver um produto que nos dê independência plena. Ficaríamos presos à coleira norte-americana. Minha ideia seria um conjunto brasileiro-franco-sueco para suprir as deficiências de cada um. O problema é que os dois parceiros estão tocando programas de 4,5ª geração: o Gripen E/F (uma modernização dos atuais C/D) e o Rafale. Sobra uma alternativa: aderirmos a um dos programas não estadunidenses de caças de 5ª geração, embora não goste do projeto chinês.

Pepê
Pepê, a Suécia não tem demanda para nacionalizar um caça.
Agora, se sentarmos para discutir e acenarmos com uma aquisição de cerca de 200 unidades (FAB + MB), a Suécia poderia adquirir cerca de 100 unidades. Se colocarmos na mesa que pagariamos 2/3 do desenvolvimento do caça....
Enfim, a Suécia não teria TECNOLOGIA através da volvo para desenvolver um motor equivalente ao F414?
Ou mesmo, reatar o NORA.
Teríamos bons argumentos. O novo caça seria binacional e o Brasil e a Suécia não DEPENDERIAM dos americanos para exporta-lo.
Com soluções inteligentes e sendo produzido no Brasil, este caça poderia ficar em uma faixa de preço BEM COMPETITIVA para exportação.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58075 Mensagem por Petry » Qui Mai 19, 2011 5:21 pm

Eu ainda acho que os Coreanos seriam bons parceiros, podemos aprender muitas coisas com eles. A Turquia parece ser outra nação com vontade de gastar nessa área. Quem sabe daí não pode surgir algo de interessante para todos.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58076 Mensagem por FCarvalho » Qui Mai 19, 2011 5:35 pm

As necessidades da FAB para caças observando-se exclusivamente a CF88 e a noção de supremacia aérea dos americanos poderiam nos garantir os seguintes números para um futuristico programa de desenvolvimento de caça de 5a geração:

FAB - manutenção dos 7 grupos de caça atuais: GDA, 1o GAvC, 10o GAvC, 1o/16o GAvC, 1o/4o GAvC, 1o/14o GAvC e 5o GAvC (transformado) - 1 GAvC por Sede/COMAR

12 x 2 = 24 x 7 = 168 caças
ou
16 x 2 = 32 x 7 = 224 caças
ou
18 x 2 = 36 x 7 = 252 caças (hipoteticamente, este seria o padrão dos esquadrões conforme o programa FX-2)

FAB - 14 Grupos de caça:

Norte - MAO, BLM, BV, PV, SGC e EIRUNEPÉ
Nordeste - FTZ, RF e SLV
Centro- Oeste - CG e CBA
Planalto - AN
Sudeste - RJ
Sul - CO ou SM

24 x 14 = 336 (nesta hipótese, o padrão de referência para a organização dos esq de caça seria este)
32 x 14 = 448
36 x 14 = 504

A MB como divulgado, planeja dispor de 48 caças navais para equipar 2 Nae. Este número faz supor que a MB prevê um GAE formado por 16/18 aeronaves em seus Nae. Por outro lado, faz pensar também que o número de caças pode chegar a uma dispnibilidade efetiva de no máximo 70% até 85% da frota, visto que esta quantidade não oferece margem de manobra para proporcionar reserva, treinamento, manutenção e operacionalidade ao mesmo tempo para o futuros aviadores navais.

Em todo caso, se o padrão adotado fosse o do FX-2, ou seja, 36 caças por grupo, teriamos então 72 caças na AN, o que ainda é um número bastante timido, frente aos 150 F-35 que a Royal Navy pretendia para seus dois Nae. Não esquecer que a Franca, originalmente pediu uma frota de 60 rafales para equipar seus dois Nae Nuc, que ficou só no Cdg.

Se tratando de porta-aviões, diz um velho ditado: se você tem um, não tem nenhum. se você tem dois pode ter um. se você tem três, você tem um. "acrescento: se você tiver quatro, então pode ter dois." este deve/deveria ser o nosso caso.

Para equipar quatro Nae, para podermos ter dois disponíveis, tendo como referêcia o padrão FX-2 teriamos:

GAE 36 x 2 por Nae = 72 x 4 Nae = 288

neste caso poderiamos dispor, se necessário, de um GAE com até 48 caças em 2 Nae.

Na minha visão teríamos então nas hipóteses demarcadas pelo padrão FX-2 uma demanda industrial para 624 caças, entre FAB e MB. Isso na melhor condição possível.

Na mais razoável e plausível, que seria o caso de 7 GAvC com 168 caças mais 48 caças na MB, teriamos então uma demanda industrial para 216 caças.

Nas demais seria o que segue:

224 + 48 = 272
252 + 48 = 300

Enfim, os números são muito variáveis. E é possível brincar bastante com eles. Mas no caso da FAB estes números podem fazer a suma diferença entre termos uma Força Aérea ou uma Tranportadora Aérea Brasileira ou ainda se teremos uma força capaz de exercer supremacia aérea em nosso espaço aéreo ou que seja capaz somente de fazer "defesa aérea", já que supremacia parece ser um termo muito ofensivo ou politica e diplomaticamente pouco correto.

Afinal, o que o Brasil quer :?: [005]

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58077 Mensagem por soultrain » Qui Mai 19, 2011 5:44 pm

Luís,

Muitos poucos países possuem a tecnologia de core de motores a jacto modernos, a Suécia não é um deles.

Veja a epopeia Indiana do Kaveri. Isso é realmente tecnologia de ponta. Olhe mais uma vez a Índia, tem um histórico, investimento e infraestruturas para o fazer, mas qual a opção? Comprar quase 200 aeronaves novas de um fornecedor estrangeiro, adquirir mais SU, enquanto toca o Tejas e o PAK-FA com a Rússia.

Como disseram antes, se não há vontade politica para comprar 36 aeronaves, há para tocar um programa mais complexo e caro que levar um homem à Lua?

Mas mesmo que houvesse essa vontade e dinheiro, como era entretanto? Super Tucanos?


Já agora, acho muito improvável os M2000-9, simplesmente porque eles só estarão disponiveis após receberem os substitutos, daqui a quantos anos?

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58078 Mensagem por Pepê Rezende » Qui Mai 19, 2011 5:57 pm

A Suécia, por uma questão de disciplina fiscal, está assassinando a indústria aeronáutica no país. Não se comprometeu com o Gripen NG, uma proposta furada desde o início. Disse isso ao Bengt quando a campanha foi lançada. A outra ideia, sufocada por um bando de engenheiros sem qualquer imaginação, envolvia um caça de 5ª geração bimotor do porte do Rafale, antecedida pela venda de Gripens C/D ao Brasil. ESSA proposta, eu defenderia. Há apenas um problema, por uma questão de economia, partiram para a adoção cega de motores norte-americanos. Foi um dos cravos no caixão do programa NG na Índia. Por favor, leiam o post sobre restrições que coloquei acima. Há facsímiles das determinações dos EUA sobre uso de material.

Por outro lado, a Suécia MATOU seu radar AESA próprio, o NORA. Ficou presa a um produto voltado para o mercado de upgrade, o RAVEN, da Selex (o produto sério da empresa é o CAESAR, que só será produzido daqui a CINCO ANOS). É importante ressaltar que nenhum hardware do radar foi oferecido pelo consórcio sueco ao Brasil, ao contrário da França, que vai produzir os módulos da antena em São José dos Campos.

Tivemos uma boa chance, com a Rússia, e a jogamos fora. Vou acentuar: a Suécia não tem massa crítica para desenvolver um produto que nos dê independência plena. Ficaríamos presos à coleira norte-americana. Minha ideia seria um conjunto brasileiro-franco-sueco para suprir as deficiências de cada um. O problema é que os dois parceiros estão tocando programas de 4,5ª geração: o Gripen E/F (uma modernização dos atuais C/D) e o Rafale. Sobra uma alternativa: aderirmos a um dos programas não estadunidenses de caças de 5ª geração, embora não goste do projeto chinês.

Pepê
Luís Henrique escreveu:Pepê, a Suécia não tem demanda para nacionalizar um caça.
Agora, se sentarmos para discutir e acenarmos com uma aquisição de cerca de 200 unidades (FAB + MB), a Suécia poderia adquirir cerca de 100 unidades. Se colocarmos na mesa que pagariamos 2/3 do desenvolvimento do caça...
Foi a jogada que tentaram no NG. Nós pagaríamos o desenvolvimento. O total do F-X2 é de 120 unidades. Eles disseram que, caso comprássemos o pacote, poderiam adquirir 20 unidades... No Parlamento sueco, afirmam que, caso isso ocorresse, o total de aviões operados pela Flygvapnet teria de cair para 76 unidades por questões de economia. Para os deputados, a frota atual poderá sobreviver até 2030...

Quanto ao Gripen Naval, é um projeto muito complicado, que envolve, até mesmo, a mudança do sistema de retirada do motor. O avião teria que receber modificações tão importantes que pouco restaria da estrutura original. Para que possa avaliar melhor, com o sistema atual de remoção do motor o gancho TERIA que ser colocado onde está o pilone central. Se ficar atrás, arrancaria a parte traseira da aeronave...
Luís Henrique escreveu:Enfim, a Suécia não teria TECNOLOGIA através da volvo para desenvolver um motor equivalente ao F414?
A tecnologia que a Volvo dispõe é norte-americana. Para vc ter uma ideia das limitações impostas, a Marinha dos EUA, detentora dos direitos intelectuais, não repassou o custo operacional do motor para a SAAB. Para calcular a hora/voo, a FAB DIVIDIU pela metade o custo da hora/voo da F414 do SuperHornet, que possui apenas 80% de comunabilidade com a F414 que será empregada no NG.
Luís Henrique escreveu:Ou mesmo, reatar o NORA.
A pesquisa foi perdida e o grupo envolvido no programa dissolvido. Por que vc acha que correram atrás do RAVEN, um radar embasado em um produto para upgrades, que, além de pesado, possui apenas 120 km de alcance e metade da capacidade de gerenciamento de alvos do RBE2?
Luís Henrique escreveu:Teríamos bons argumentos. O novo caça seria binacional e o Brasil e a Suécia não DEPENDERIAM dos americanos para exporta-lo. Com soluções inteligentes e sendo produzido no Brasil, este caça poderia ficar em uma faixa de preço BEM COMPETITIVA para exportação.
Teoricamente, ótimo, só que não teríamos como fabricá-lo sem apoio norte-americano. Ou seja, toda a propaganda que envolve o NG e a possibilidade de fabricar um novo caça stealth a partir dele é falaciosa.

Abraços

Pepê




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58079 Mensagem por Pepê Rezende » Qui Mai 19, 2011 6:02 pm

FCarvalho escreveu:As necessidades da FAB para caças observando-se exclusivamente a CF88 e a noção de supremacia aérea dos americanos poderiam nos garantir os seguintes números para um futuristico programa de desenvolvimento de caça de 5a geração:

FAB - manutenção dos 7 grupos de caça atuais: GDA, 1o GAvC, 10o GAvC, 1o/16o GAvC, 1o/4o GAvC, 1o/14o GAvC e 5o GAvC (transformado) - 1 GAvC por Sede/COMAR

12 x 2 = 24 x 7 = 168 caças
ou
16 x 2 = 32 x 7 = 224 caças
ou
18 x 2 = 36 x 7 = 252 caças (hipoteticamente, este seria o padrão dos esquadrões conforme o programa FX-2)

FAB - 14 Grupos de caça:

Norte - MAO, BLM, BV, PV, SGC e EIRUNEPÉ
Nordeste - FTZ, RF e SLV
Centro- Oeste - CG e CBA
Planalto - AN
Sudeste - RJ
Sul - CO ou SM

24 x 14 = 336 (nesta hipótese, o padrão de referência para a organização dos esq de caça seria este)
32 x 14 = 448
36 x 14 = 504

A MB como divulgado, planeja dispor de 48 caças navais para equipar 2 Nae. Este número faz supor que a MB prevê um GAE formado por 16/18 aeronaves em seus Nae. Por outro lado, faz pensar também que o número de caças pode chegar a uma dispnibilidade efetiva de no máximo 70% até 85% da frota, visto que esta quantidade não oferece margem de manobra para proporcionar reserva, treinamento, manutenção e operacionalidade ao mesmo tempo para o futuros aviadores navais.

Em todo caso, se o padrão adotado fosse o do FX-2, ou seja, 36 caças por grupo, teriamos então 72 caças na AN, o que ainda é um número bastante timido, frente aos 150 F-35 que a Royal Navy pretendia para seus dois Nae. Não esquecer que a Franca, originalmente pediu uma frota de 60 rafales para equipar seus dois Nae Nuc, que ficou só no Cdg.

Se tratando de porta-aviões, diz um velho ditado: se você tem um, não tem nenhum. se você tem dois pode ter um. se você tem três, você tem um. "acrescento: se você tiver quatro, então pode ter dois." este deve/deveria ser o nosso caso.

Para equipar quatro Nae, para podermos ter dois disponíveis, tendo como referêcia o padrão FX-2 teriamos:

GAE 36 x 2 por Nae = 72 x 4 Nae = 288

neste caso poderiamos dispor, se necessário, de um GAE com até 48 caças em 2 Nae.

Na minha visão teríamos então nas hipóteses demarcadas pelo padrão FX-2 uma demanda industrial para 624 caças, entre FAB e MB. Isso na melhor condição possível.

Na mais razoável e plausível, que seria o caso de 7 GAvC com 168 caças mais 48 caças na MB, teriamos então uma demanda industrial para 216 caças.

Nas demais seria o que segue:

224 + 48 = 272
252 + 48 = 300

Enfim, os números são muito variáveis. E é possível brincar bastante com eles. Mas no caso da FAB estes números podem fazer a suma diferença entre termos uma Força Aérea ou uma Tranportadora Aérea Brasileira ou ainda se teremos uma força capaz de exercer supremacia aérea em nosso espaço aéreo ou que seja capaz somente de fazer "defesa aérea", já que supremacia parece ser um termo muito ofensivo ou politica e diplomaticamente pouco correto.

Afinal, o que o Brasil quer :?: [005]

abs
Cara pálida, as ambições da Marinha não passam de dois porta-aviões com 48 caças no total. As da FAB resumem-se a 120 aparelhos supersônicos e 96 Super Tucanos. Ou seja, no seu planejamento, vc mais que duplicou o total de vetores previstos...

Abraços

Pepê




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#58080 Mensagem por AlbertoRJ » Qui Mai 19, 2011 8:01 pm

FX-2 – Uma visão crítica a respeito dos bastidores na LAAD-2011

Autor: Claudio M. Queiroz – para o Plano Brasil e GeoPolítica Brasil

A grande vantagem de se freqüentar uma feira de tecnologias militares como a LAAD-2011, é a possibilidade de conversas descompromissadas com as pessoas certas, responsáveis direta ou indiretamente em alguns assuntos.

Em relação ao FX-2, não foi diferente, pois podemos observar e colher muita informação a respeito do mesmo, desde as coletivas de imprensa, como nas conversas com os envolvidos, estas sempre deixando claro o anonimato das fontes, pois como existe muitos interesses em jogo, e grandes cifras envolvidas é prudente o sigilo.

O que escreverei aqui será meu ponto de vista do que foi mostrado, explanado e ofertado. Portanto é minha opinião, tentando ser imparcial e sem qualquer vínculo com as decisões reais tomadas pelo governo. Porém, sem esquecer que o que se procura é uma capacidade impar de impor a defesa aérea com uma larga transferência de tecnologias, pois só podemos dominar o campo de batalha quando se dominam os meios.

Hoje estão no Short list três concorrentes, vamos analisar individualmente as propostas ofertadas publicamente, principalmente através do que foi falado nas coletivas de imprensa dos fabricantes.

O Boeing F/A 18 E/F Super Hornet não preciso dizer que é um excepcional avião de caça, que o mesmo é um produto originário de um caça com nada menos que alguns milhares de células fabricadas. Como o próprio fabricante afirma o Super não é uma evolução do Hornet anterior e sim um novo caça desenvolvido para preencher e corrigir problemas do anterior, onde o que se usou do mesmo foram os estudos aerodinâmicos, assim como a parte frontal da fuselagem, isto ocasionando em um dos grandes problemas do mesmo, pois falta espaço para crescimento das capacidades dos aviônicos, como exemplo a impossibilidade de um IRST interno, fazendo com que este seja colocado em casulos (no caso do Super Hornet em um tanque alijável no pilone central, impedindo o alijamento do mesmo em caso de necessidade), por isso o mesmo sendo hoje um caça totalmente novo em relação ao Hornet, que segundo dizem o nome só foi usado para que o Congresso não vetasse o desenvolvimento do mesmo, pois não existiam verbas para novos caças e sim para “retrofits”, ou seja, até eles ficam com as mãos atadas pelo congresso, o mesmo que será o autorizador das transferências por nós solicitadas. O Super Hornet hoje só é utilizado por dois únicos países, sendo o próprio EUA através da Navy e dos Marines e a Austrália via RAAF.

Na coletiva de imprensa os representantes da Boeing estavam nitidamente desconfortáveis com as perguntas que estavam sendo feitas, vou citar apenas uma que achei relevante. Foi perguntado como seria a comercialização a terceiros dos Super Hornets que vierem a ser “fabricados” no Brasil, a resposta foi dita de forma abrupta e ríspida, dizendo que não existirá fabricação dos mesmos no Brasil e que a venda será somente para uso da FAB, se posteriormente vier um novo NAe para a MB para ela também. Com isto eles deixaram bem claro que procuram uma venda com alguma transferência de tecnologia, na montagem, usinagem e alguns softwares, mas não a fórmula de como se fazer a dita “receita do bolo”.

Em conversas e até mesmo em entrevistas anteriores foi indagado como ficariam a questão de integração de armamentos nacionais ou de interesse da FAB nos Super Hornet, sempre responderam que não era interessante para a FAB estas integrações pois perderíamos a comunalidade com os outros usuários deste caça, como citamos acima apenas os EUA e a Austrália os opera. Caso a FAB assim o quiser teria que arcar com os custos dos mesmos lá nos EUA. Então somente por estes tópicos eu considero o Super Hornet praticamente carta fora do baralho, somente virando o jogo se o for ofertado algo muito interessante, e o jogo for pesado demais para agüentarmos.

O SAAB Gripen NG (Gripen E-F) partindo do princípio que é apenas um conceito, onde o que se tem voando é um demonstrador do que poderá ser o mesmo, não é o protótipo do Gripen NG/E-F, fica muito difícil dizer a respeito de sua capacidade bélica e suas vantagens. Tomando como base as versões anteriores, podemos supor que ele será um excelente caça leve, perfeito para países com “inimigos” pontuais e países com territórios pequenos, o mesmo apresenta vantagens, sendo um caça leve é consequentemente mais barato de operar, porém, isto faz com que se necessite de mais aeronaves voando para cumprir o mesmo serviço que um número menor de caças médios ou pesados fariam. Então em resumo a economia vai para o ralo.

Existe um detalhe pouco revelado, mas que não pode ficar oculto, tudo que se diz a respeito dos custos do Gripen NG são estimativas calculadas através de equações matemáticas, que no passado recente já se mostrou que não são tão exatas assim (F-35, F-22, Typhoon, Rafale, AMX, F/A-18, Gripen A/B/C/D entre outros inclusive na Rússia), então os parâmetros de comparação são virtuais, não sendo a realidade esperada apesar de toda a publicidade a respeito dos valores, sendo em grande parte pagas pela própria SAAB, afinal quando se adentra nestes grandes empreendimentos os altos valores fazem que medidas deste nível sejam tomadas, nada mais natural no mercado capitalista que vivemos. A Saab montou na LAAD um estande extremamente bem feito, onde pudemos utilizar o seu simulador fixo do Gripen C/D, inclusive com alguns colegas tendo “voado” o mesmo, mas como sempre as propostas oferecidas são baseadas em estudos e cálculos que não podem se manter, como dito os valores investidos no projeto não tem como ser mensurados na totalidade.

Notei também que não só na feira, mas através de várias noticias, conversas e entrevistas, que a proposta Sueca é interessante do ponto de vista para quem procura um desenvolvimento descompromissado com a questão tempo, e não busca o domínio completo da arte de se fazer a “receita do bolo”, explicarei melhor; o que eles oferecem é um desenvolvimento conjunto de uma nova versão do Gripen onde teríamos custos futuros não calculados e não apresentados, pois o projeto será feito em parceria. O mais crítico disto tudo é que eles não dominam a totalidade das tecnologias embarcadas em seu caça, nem neste NG, nem nos anteriores, apesar de sua Pseudo Neutralidade, pois grande parte do mesmo é de domínio de empresas estrangeiras. Vamos citar alguns componentes que não poderão repassar tecnologia e quiçá códigos fontes quando o tiverem: Suíte de aviônicos da nacele (a princípio é fornecido pela Honeywell dos EUA, podendo ser substituída por outro fornecedor), Radar AESA ainda em desenvolvimento (Selex Raven, dizem que antena é feita pela Thales), Fly by Wire (EUA), Motor (GE dos EUA), Armas ar-ar (MBDA Meteor – Europa, AIM-120C – EUA, Iris-T – Europa, entre outros). Claro que isto não desmerece o projeto em si, mas deixa bem claro que no quesito transferência de tecnologia os Suecos não poderão ofertar muito mais do que os EUA. Mesmo assim ainda é interessante essa proposta, pois teríamos a propriedade intelectual de parte do caça (somente a que dominaríamos em desenvolvimento conjunto com eles) proporcionando a venda para países que temos maiores chances de acordos comerciais.

Um detalhe que tem sido tópico de debates, é a quantidade de países que utilizam o Gripen, inclusive sendo este motivo de argumentos em beneficio deste caça. Hoje respondo com toda a certeza que nenhum país o utiliza, pois ele ainda não existe e nem ao menos ainda foi vendido, pois a própria Suécia afirmou e se comprometeu na compra de umas dezenas caso o Brasil assim o fizer também, ou seja, a compra deles está condicionada a nossa escolha somente para corroborar á uma questão do edital, que é que o caça escolhido ESTEJA EM USO NO PAÍS DO FORNECEDOR, ou seja, hoje o Gripen NG não poderia estar no Short List da FAB. Mas como disse, ele ainda é um projeto promissor, não para o imediato que precisamos, mas quando o for o mesmo pode vir a estar obsoleto face a quantidade de novos caças de quinta geração que estão chegando no mercado, como Chineses, Russos, Coreanos, Turcos e até mesmo Japoneses, apesar que este pode ter sido prejudicado por conseqüências das catástrofes. Por estes motivos posso afirmar que o Gripen NG é um sonho apenas, pois no momento não atenderia o que se procura, que é aprender a fazer a receita do bolo, separando a matéria bruta e aprimorando a receita, e não apenas aprender a misturar os elementos prontos. Mas ainda assim vejo um futuro promissor para o mesmo em outra categoria de aeronave, onde em breve explicarei em outra matéria.

O Dassault Rafale C/B Versão F3+ é a aeronave oferecida pelo consórcio Rafale, com todo o respaldo legal do governo Francês assim como o comprometimento de todas empresas envolvidas no mesmo. Vamos analisá-lo com mais atenção, pois apesar do mesmo gerar vários tipos de comentários maldosos e infundados, o caça proposto pelo governo Francês, onde ele o chama de Ominirole, pois o mesmo possui a capacidade de gerir todas as informações referentes a suas missões mesmo em vôo: ataque a superfície (ao solo ou naval), combate aéreo, reconhecimento via OSF (para um melhor desempenho instala-se um pod específico no pilone central), ELINT (através do sistema SPECTRA) sem a necessidade de reconfiguração de seus sensores. Diferente dos concorrentes, ele age com um procedimento de fusão de dados, onde é apresentado ao piloto a arena tática que se desenrola no momento, auxiliando inclusive nas contra medidas de apoio a guerra eletrônica, sem mesmo que o piloto perceba, assim como nas defesas físicas (chaff e flares), sendo um dos grandes trunfos do avião em si para o combate aéreo, inclusive quando em ataque a alvos de superfície a sua suíte de proteção integrada denominada SPECTRA.

Para a FAB será da versão II do SPECTRA, onde a mesma possui uma gigantesca capacidade de analise de emissões que por ventura venham a iluminar o Rafale, proporcionando uma medida defensiva ideal, existindo relatos concretos de que esta tem a capacidade de quando o mesmo estiver sendo iluminado por um radar de busca, analisar a freqüência do emissor, armazenar e emitir a defesa em uma freqüência idêntica, mas com fase invertida praticamente fazendo com que o Rafale iluminado suma do radar por simples anulação do mesmo sem que o inimigo sequer perceba que foi “jameado” (pois na verdade não o é). Talvez tenha sido este artifício que fez com que existam gun photos do HUD do Rafale com o F-22 (o que não comprova que houve acerto virtual/vitória) no piper, pois se ele consegue sumir dos radares através de artifícios eletrônicos, ele consegue trazer os combates aéreos para a arena visual, inclusive onde ai se faz a diferença do OSF, pois proporciona um reconhecimento de um caça do tamanho visual (não RCS) do F-22, F-15 a mais de 75km, podendo inclusive fornecer parâmetros de disparo para os Mica IR e talvez para os Mica R.

O consórcio Rafale está oferecendo ao Brasil todo conhecimento adquirido no desenvolvimento do mesmo, sem restrições, ou seja, estão oferecendo um produto pronto e testado em combate (guerra do Afeganistão e Líbia, esta providencial para o marketing) e principalmente o “como fazer” do mesmo. Foi indagado aos representantes em uma das apresentações que foram feitas durante a LAAD, como ficariam as questões de integração dos armamentos não Franceses nos caças Rafale Brasileiros, caso ele fosse escolhido no FX-2. A resposta dos mesmos, a mais franca e que melhor demonstra o grau de comprometimento dos mesmos, responderam que qualquer armamento que o Brasil venha a integrar no mesmo será feito no Brasil por técnicos brasileiros com total apoio e sem pagamentos extras ao fabricante, assim como já está sendo feito em outro acordo de cooperação e “compra”, pois ninguém transfere tecnologia de graça, os EC-725, principalmente os UH-15 da MB, que terão os AM-39 Exocet II e posteriormente os futuros MAN-1 nacionais.

Outra dúvida recorrente nos meios de defesa é com relação ao custo operacional, sendo esclarecidos que o Rafale tem um custo um pouco superior ao de um Mirage 2000 (todas as variantes), porém muito inferior ao que se tem alardeado na mídia. Lembrando que existe um termo no contrato com o consórcio, onde o mesmo se compromete a bancar o custo que ultrapassar o valor acertado em contrato e com a economia de escala ganha-se com o aumento do número de células, assim o custo da hora de vôo tende a cair.

Outra questão levantada que muitos têm falado é com relação ao custo unitário do mesmo que é maior que os concorrentes. Este custo é proporcional ao grau de transferência de tecnologia ofertado, pois como foi dito anteriormente, hoje nenhum dos produtores de tecnologia transfere anos de conhecimento sem cobrar por isso, sendo este o motivo do custo dele ser maior que os demais concorrentes. O preço que se paga pela omissão no desenvolvimento tecnológico em nosso passado não tão distante, porém hoje com o horizonte de cobiça que se descortina ao nosso redor temos que pagar este preço, que se mostra até “barato”.

Se pararmos para analisar o que tem sido oferecido ao Brasil pelo consórcio Rafale podemos observar que ele realmente é a melhor opção (pode não ser o melhor caça do mundo), pois o pacote é muito abrangente, sendo de forma simples a produção do mesmo, com um índice crescente de nacionalização em tudo conforme as encomendas, possibilidade de venda a outros países de influência Brasileira, desenvolvimento futuro dos mesmos em parceria com a França se for a nossa vontade ou independentemente e a participação em projetos futuros. Quanto a isto foi indagado por uma entrevista o que a França tinha na prancheta para substituir o Rafale em médio prazo. A resposta foi nada, pois é o interesse do Governo Francês que o Rafale seja o cavalo de batalha por um longo tempo, contudo, estão sendo lideres no projeto do UCAV (SANT em linguagem padronizada pelo Ministério da Defesa Brasileiro) NeuRon, uma aeronave Stealth não tripulada que esta sendo projetada para ser a ponta de lança em ataque á ambientes densamente defendidos, com o Rafale sendo o principal centro nervoso do mesmo, funcionando como um líder a distancia das esquadrilhas de NeuRon.

Devido a tudo isso acho o Rafale o caça com a melhor capacidade de se opor a quase todos os agressores com certa facilidade, ou com menor índice de perda, sem contar que o mesmo está plenamente qualificado em sua versão naval para operar sem restrições no atual NAe São Paulo da MB, onde seria um grande ganho em poder de dissuasão no Atlântico Sul.

Como curiosidade, um dos motivos ventilados pelo motivo que fez os Venezuelanos não virem para a Cruzex deste ano foi justamente o medo deles que os Rafale Franceses captassem via SPECTRA OSF todas as suas emissões eletromagnéticas, IR e outras, e depois repassassem para o Brasil e os EUA, deixando os mesmos em franca desvantagem tática.

Em breve falaremos a respeito das possibilidades e necessidades futuras de um LIFT e até mesmo uma opção concreta de um conceito Hi – Low Figther.

Fonte:Plano Basil




Alberto -
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