O FMS também impõe restrições, dependendo da modalidade. Quanto aos SOVIÉTICOS, [b
]forneciam o que o cliente queria sem qualquer restrição de uso[/b]. Tudo bem que tinha que rezar pela cartilha deles, caso contrário, suspendiam os suprimentos. Hoje, quem tem equipamento russo e paga suas contas recebe peças de reposição.
Há muito mito sobre a negociação de armamentos russos. Em verdade ainda funciona um ranço ideológico, como se os caras fossem comunistas. Há um exemplo claro. Em 2007, uma comissão montada pelo almirante Janot (aquele que está na cadeia) foi a São Petersburgo conhecer a fabricação de submarinos Kilo e ver se topariam negociar um pacote similar ao que fechamos com a França (topariam). Quando voltou, surgiram duas versões:
1. Que os russos demonstraram profunda desconsideração com a equipe brasileira, que não tinham um intérprete que falasse inglês na mesa e se negaram a passar dados sobre o projeto, como a profundidade alcançada pelo Kilo.
2. Que os russos foram grosseiros, oferecendo "bolas" para a equipe desde o primeiro momento.
Tempos depois, o almirante que encabeçou a comitiva revelou a verdade. Havia um intérprete (por sinal meu amigo) que falava excelente português e que os russos, quando perguntados sobre os dados do submarino, disseram que tudo estava na documentação recebida. Confirmei a história com outro amigo, que estava na embaixada do Brasil em Moscou. Claro, Janot defendia a construção de mais submarinos alemães mantidos pelo monopólio da MARLOG, que impõe um sobrepreço de 100% em todas as peças que vende (uma das razões para a escolha do Scorpène, diga-se de passagem).
Conheço o profissionalismo dos representantes russos no Brasil. Agora, se decidimos comprar helicópteros de um intermediário paquistanês, by passando os tupiniquins que negociavam o pacote, não podemos culpá-los.
Abraços
Pepê
helio escreveu:
Pedro Paulo
Quanto a parte do texto que grifei, gostaria que vc se certificasse que a União soviética somente entregava armamento para a maioria dos paises satélites e principalmente os do oriente médio desprovido de uma série de equipamentos. A versão for export era pelado e consequentemente muito inferior do que os ocidentais. Somente com o fim da União Sovietica, quando perceberam o quanto estavam perdendo mercado começaram a entregar produtos mais competitivos.
Os modelos "pelados" eram iguais aos que os soviéticos usariam numa guerra e nem sempre eram inferiores aos ocidentais. Foram mal empregados na maioria das vezes por gente mal treinada.
helio escreveu:Os EUA sempre se preocoparam de forma hipócrita em não ser oficialmente o fomentador de uma politica armamentista. Daí a enfase que sempre se deu na cessão de equipamento bélico para nações amigas se defenderem . A utilização de um equipamento cedido para fins de defesa dentro do territorio inimigo, deixa de ser em tese defesa, e sim agressão.
Quanto aos russos, não estou discutindo o profissionalismo do pessoal da Rosoboronexport, estou afirmando que eles são péssimos negociadores, principalmente em comparação com os ocidentais.
Depende, ofereceram-nos excelentes pacotes nos F-X1 e F-X1.5 e na venda dos Iglas. As únicas restrições que tinha referiam-se a leasing, que não constava da legislação russa, e em crédito, Ieltsin jogou o país no chão. Hoje, acabaram.
helio escreveu:Voce sabe muito bem que além do problema do lobbysta paquistanês dono de restaurante envolvido, se não houvesse interesse no Ministerio da Industria e Comercio nunca teriamos adquirido os Mil35, e mais o MD tinha zero interesse no helicoptero, sendo assim na falta de grana foi o primeiro a ser limado.
Vc não conhece nem 1/20 da história. O Ministério da Indústria e Comércio não deu nenhum pitaco na história. O programa nasceu na administração Bueno com boas justificativas técnicas, diga-se de passagem. Acompanhei tudo desde o primeiro momento e, por favor, não multiplique inverdades.
FOI O PRÓPRIO EX-COMANDANTE DA AERONÁUTICA QUE ME PASSOU AS INFORMAÇÕES. Aliás, não foi limado. No próximo ano devem vir mais 12 unidades. Obviamente, é um daqueles projetos da Aeronáutica que não levam em conta a END... Tentaram fazer isso com o F-X2 e se PHuderam!
Abraços
Pepê