Olinda escreveu:Acredito que o que a marinha precisava aprender, foi colocado no contrato. Se há algo que não será repassado foi aceito, e não entra no pagamento.
Errado é dizer que transfere uma determinada tecnologia, depois voltar atrás.
Também acredito que seja por aí.
O Paquistão jamais havia construído nenhum submarino e nem tinha pessoal já formado nisso. A MB por outro lado tinha já o pessoal formado à época do programa com os alemães, e que já havia inclusive começado a idealizar as séries SNAC, que seriam construídos antes do primeiro SNB.
A formação deste pessoal teve lacunas (como a relativa aos tubos de torpedo, agora reparada) e ficou defasada com o tempo (por exemplo, não devia incluir a capacidade de analisar o projeto do casco utilizando FEM, o que deve ter sido corrigido agora), mas não seria um começo desde o zero.
Com a complementação do programa dos Scorpène-BR e principalmente o projeto e construção do primeiro protótipo do SNB a MB deve sim conseguir a capacidade plena de projeto, desenvolvimento e construção de submarinos no estado da arte, mesmo com os franceses escondendo alguns "pulos-do-gato" como sugere a entrevista. Isso, é claro, desde que não haja descontinuidade das atividades de projeto e construção.
Leandro G. Card