Fórum Defesa Brasil

O custo do blindado em si mesmo, está cotado em pouco mais de 1,6 milhões de euros equipado com o básico que sai de fábrica.

Agora, com todos os adicionais de praxe que uma compra como esta possui, vide CLS, treinamento, logística, etc, então o custo total diluído por veículo fica realmente muito mais caro, dado o próprio valor da compra. Não se compra apenas os blindados, mas os serviços também que vem como eles. Vale para VBCI, vale para MBT, e para qualquer coisa.

Os Centauro II do EB vão custar quase um Leo IIA7, se incluirmos tudo que foi posto no contrato. Inclusive a montagem aqui de parte do blindado, como a torre, que foi proposto. Tudo isso acaba embutido no custo final do veículo, mas não é que ele realmente custe isso.

No caso do Brasil, qualquer que seja o eleito para a futura VBC CC e VBC Fuz os valores devem ir as alturas em função dos requisitos impostos pelo EB, e descritos nos RO\RTLI. Mas esse é o preço que se paga para ter alguma autonomia por aqui.

A outra opção é comprar de prateleira e rezar para nunca arrumarmos uma rusga com os fornecedores. Ou os amigos deles.

EUR 1.3 Bilhões ÷ 152 = EUR 1.6 milhões.

Operações matemáticas incríveis!

Gabriel, não sei se tu se deu o trabalho de ler sobre as regras da concorrência eslovaca mas o governo lá limitou o valor que pagaria por cada blindado, fora os adicionais como CLS, treinamento, logística, etc.
É o que mostra a tabela acima, no caso, os valores apresentados pelas empresas concorrentes para cada veículo, sem considerar mais nada.
Os 8,5 milhões é o valor do veículo adicionado a tudo o que não diz respeito ao bldo em si, como está bastante claro no post do Cabeça de Martelo. Só não entendes se não quiseres.

gabriel219 escreveu: ↑Ter Dez 13, 2022 1:48 pm

cabeça de martelo escreveu: ↑Ter Dez 13, 2022 9:07 am

Aqui o custo é "ligeiramente maior."..

Isso "comprova" que basta colocar um canhão 120 mm nele e tá ai um MMBT bem mais "barato" que um MBT puro-sangue...

Um CV9035 está custando mais do que um K2 que a Polônia adquiriu. Agora pense em colocar um tubo 120 mm nele, blindagem e ADS, tudo isso pra ainda ser bem inferior a um K2.

Estás a esquecer que os mesmos vão ser construídos no país comprador e por isso há a transferência de know-how/tecnologia/linha de produção em cima do preço "normal".

E não, uma VCI com um canhão de 120mm não se torna milagrosamente num CC.

Mas a ideia é justamente essa, construir aqui no país, @cabeça de martelo.

Quanto a VCI com canhão se transformar num CC, infelizmente o que mais existe é gente por aqui acreditando que sim, com o argumento de "ver primeiro". O problema é se o inimigo ver primeiro, mas isso ai esquece.

Se é pra fazer loucura, sou muito mais adquirir a licença do chassis do K2 e fazer um M1TTB Tupiniquim, com uma torre remota, não tripulada.

Pode parecer que não, mas na imagem estão dois Boxer (a lagartas e a rodas) e um Milrem's Type-X.

gabriel219 escreveu: ↑Qua Dez 14, 2022 2:34 pm Mas a ideia é justamente essa, construir aqui no país, @cabeça de martelo.

Quanto a VCI com canhão se transformar num CC, infelizmente o que mais existe é gente por aqui acreditando que sim, com o argumento de "ver primeiro". O problema é se o inimigo ver primeiro, mas isso ai esquece.

Se é pra fazer loucura, sou muito mais adquirir a licença do chassis do K2 e fazer um M1TTB Tupiniquim, com uma torre remota, não tripulada.

Falando em torre não tripulada, a do Puma parece estar dando B.O direto:

Seria uma crítica à torres não tripuladas ou simente informação, caro cumpincha?

gabriel219 escreveu: ↑Dom Dez 18, 2022 10:08 pm Seria uma crítica à torres não tripuladas ou simente informação, caro cumpincha?

Entendi como uma crítica no geral, pois existem milhares de torres remotas de outroa fornecedores que nunca foi relatado problemas comprometedores, de vários países.

Porém, ainda acho que a melhor saída pro EB é não tentar inventar algo novo e sim ir de K2 do jeito que é o Coreano, aproveitando a atual linha de montagem dele, complementando com ADS e ERA de 3ª ou até 4ª geração no futuro.

Isto partiu da Der Spigel citando um general alemão.

"No entanto, este não é o caso do veículo de combate de infantaria Puma. O exercício retirou completamente as capacidades de combate e a prontidão do veículo terrestre blindado. Segundo o general alemão, no oitavo dia do exercício, os 18 Pumas haviam reduzido sua prontidão a zero. Dos 20 Pumas envolvidos, os dois últimos também apresentaram sérios problemas na torre no dia em que ocorreriam os disparos de campo.

Acontece que havia um bug que os soldados sabiam [aparentemente não falavam], mas esse bug nunca acontecia com tanta frequência, ou seja. para afetar todos os veículos de combate de infantaria. Trata-se de queimar um cabo no compartimento do motorista do veículo, bem como danificar os equipamentos eletrônicos de veículos blindados Puma de alta tecnologia."

https://bulgarianmilitary.com/2022/12/1 ... in-8-days/

Caramba, que fiasco bizarro esse dos Pumas. Como diabos isso passa pelos testes e nunca é detectado?

Viktor Reznov escreveu: ↑Seg Dez 19, 2022 5:01 pm Caramba, que fiasco bizarro esse dos Pumas. Como diabos isso passa pelos testes e nunca é detectado?

KMW deve ter tido umas aulas com a Lockheed.

Estão dizendo por aí agora que a culpa é do Bundeswehr por não ter realizado manutenção preventiva nos blindados e não terem estocados peças de reposição. Isso já se sabe ser um problema crônico nas Forças Armadas Alemãs desde que o maldito partido da Angela Merkel chegou ao poder e começou o processo de desmonte do poderio militar Alemão.

Viktor Reznov escreveu: ↑Seg Dez 19, 2022 9:41 pm Estão dizendo por aí agora que a culpa é do Bundeswehr por não ter realizado manutenção preventiva nos blindados e não terem estocados peças de reposição. Isso já se sabe ser um problema crônico nas Forças Armadas Alemãs desde que o maldito partido da Angela Merkel chegou ao poder e começou o processo de desmonte do poderio militar Alemão.

Começou bem antes. Desde a reunificação da Alemanha. E após o fim da URSS só acelerou. De 1992 para cá praticamente todos os programas militares alemães sofreram atrasos, cancelamentos, aumentos de custo e redução de quantidades adquiridas. E desde o começo dos anos 2000 tem sido noticiado regularmente que boa parte dos equipamentos sofriam de baixa disponibilidade devido a sucessivos cortes de verbas para manutenção, peças sobressalentes e munição.
O descaso com as FFAA alemãs não foi política partidária , foi política de Estado.