Fórum Defesa Brasil

Quem viver verá

As coisas andam agitadas lá com o pessoal do KC390. Delegações de possíveis compradores transitam toda hora em SJK, em rodadas e mais rodadas de negociações.
Tomara que algumas se tornem contratos.

Com a entrada do avião em operação na FAB, agora se poderá verificar in loco as reais capacidades dele a partir de um operador fiável e respeitado no mundo da aviação militar.
Muita gente vai querer saber mais detalhes sobre o KC-390 agora que ele começou a voar operacionalmente. E essas informações são muito importantes para compradores mais exigentes.
O abits de qualidade que faltava foi dado, que era a FAB, agora, é hora da joint venture de Boieng e Embraer mostrar a que veio.

abs

Mas a joint venture ainda não foi formada. Então, até ser estruturada levará algum tempo.

Cassio escreveu: ↑Sáb Nov 16, 2019 6:33 am Mas a joint venture ainda não foi formada. Então, até ser estruturada levará algum tempo.

Ano que vem tem que começar a funcionar oficialmente.
Eu disse oficialmente...

abs

Sim porque nem extra-oficialmente esta funcionando ainda. Nesta esta JV nem a da Aviação Comercial.

Eu só espero que as muitas visitas em Gavião Peixoto e em S José dos Campos tornem-se negócios de fato.
O avião já fez o mais difícil que é atrair a atenção dos clientes bem no quintal do Hércules.
Então, tudo o que vier a partir de agora já pode ser considerado lucro, com ou sem JV.

ps: em no máximo uns cinco anos o KC-390 irá ganhar a companhia de pelo menos mais dois concorrentes, mesmo que em faixas de peso um pouco diferentes, mas que no final, vão concorrer pelo mesmo nicho de mercado, na forma do bimotor tático russo, e talvez, do MTA indiano, caso eles realmente continuem o projeto agora de forma autoctone sem a presença russa, o que eu acho bem difícil, mas não impossível.
isso se os chineses também não resolverem fazer a versão "homem-formiga" do Y-2 para substituir os muitos Y-8/9 que existem por lá.

abs.

A Índia estaria interessada a priori na substituição dos seus 125 An-32 pelo projeto MTA junto com a Rússia. Tal aeronave seria um jato bimotor tático com capacidade de 20 ton de carga. Na Rússia, a Ilyushin está desenvolvendo para Moscou o projeto derivado daquela aeronave. E ele deve vir à luz nos próximos anos, servindo para retirar finalmente os últimos An-12/24/26/32 da força área.

Neste caso, como Brasil e Índia já tem uma aproximação, tímida mas ainda assim funcional, na área de defesa, eu fico aqui pensando com os meus botões: por quê não oferecer o KC-390?

Temos algumas demandas das ffaa's que podem ser supridas pelos indianos com projetos deles, como por exemplo, um Nae STOLV na forma do INS Vycrant, mísseis, radares, sistemas ISR, espaço, etc.

Uma suposta venda de até 125 KC-390 para a Índia, supondo um preço de lista na faixa de US 85 milhões, poderia nos render pelo menos US 10,6 bi em negócios. Mesmo que fosse apenas metade da frota, ainda seria um contrato verdadeiramente monstruoso, e que pagaria todos os riscos de desenvolvimento que a Embraer teve durante todo o projeto, e ainda sobraria um troco.

Ademais, uma venda potencial do avião brasileiro para a 4a maior força aérea do mundo em números absolutos, como é o caso da Força Aérea Indiana, praticamente selaria o KC-390 como o avião militar tático de referência a ser seguido no séc XXI. Além de seu maior operador e mais importante operador.

Talvez fosse até o caso de, uma vez as JV se tornando uma realidade concreta, este negócio ajudasse e muito na adoção por parte das ffaa's americanas, via Boeing, do KC-390, que afinal, tem na IAF uma parceira recente muito mais interessante e potencial cliente do que a FAB e suas minguadas aquisições e relevância no cenário internacional. Sem querer desprezar nossa força aérea, mas, negócios são negócios. Aliás, me parece que a FAB, detém o direito de receber lá seus royalties sobre as vendas do cargo da Embraer.

Em notícia recente no Kavok, fala-se que talvez a compra dos C-295 seja ampliada de forma a cobrir o gap da substituição dos Antonov, visto que o projeto do MTA foi colocado de lado.

Enfim, não conheço os negócios que a Embraer anda fazendo por aí, ou sequer se a IAF chegou a se interessar pela aeronave, mas fato é que só a possibilidade de vender mais de uma centena de KC-390 em uma tacada só, por si já valeria todos os riscos necessários. Afinal, não é todo dia que podemos arrumar mais de 10 bilhões de dólares em recursos para a nossa BID e indústria nacional, com todos os desdobramentos que isto geraria.

Só para a gente pensar e sonhar.

abs

Pronto... Acabou a novela do nome!!!

Vida longa ao C-390 Millennium.

C-390 Millennium.

Não gostei. Não soa nada militar esse nome. Muito soft power.

Air Platforms
Dubai Airshow 2019: Boeing Embraer - Defense JV to market re-badged C-390 Millennium airlifter
Gareth Jennings, London - Jane's Defence Weekly
18 November 2019


Pictured at its official rollout in November 2014, the KC-390 has now been re-badged as the C-390 Millennium for customers that don't require the aircraft's tanking capability. Source: IHS Markit/Gareth Jennings

Boeing and Embraer have launched their joint-venture (JV) to sell the newly rebadged C-390 Millennium airlifter to the international market, it was announced on 18 November.

Revealed at the Dubai Air Show, the Boeing Embraer - Defense JV will formally become operational after the companies' joint venture receives regulatory approvals and meets closing conditions. Embraer will have 51% ownership of Boeing Embraer - Defense, with Boeing holding the remaining 49%.

The announcement came on the same day that Embraer declared that C-390 Millennium is to be the new designation for what had been the KC-390, though it included the proviso that customers requesting the aerial tanker capability will still refer to their aircraft as the KC-390.

With regard to the Boeing Embraer - Defense JV, it will build on the already close co-operation between the US and Brazilian companies on the KC-390 that dates back to 2012. At that time, the plan was for Boeing to lead for KC-390 sales, sustainment and training opportunities in the US, UK and select Middle East markets, with Embraer manufacturing the aircraft and collaborating on sales, sustainment and training. The latest announcement does not divulge specific plans for each of the two partners.

The KC-390/C-390 Millennium received its Civil Certification from the Brazilian National Aviation Agency (ANAC) in 2018 and is now in full production. Embraer delivered the first of 28 KC-390 transport aircraft to the Brazilian Air Force (Força Aérea Brasileira: FAB), at an acceptance ceremony at Anápolis Air Base on 4 September. With a contract for 28 aircraft for Brazil being placed in 2014, the two flight test platforms were scheduled to be refurbished ahead of delivery to the FAB for a final fleet of 30.

https://www.janes.com/article/92629/dub ... -airlifter

Frederico Vitor escreveu: ↑Seg Nov 18, 2019 9:12 am C-390 Millennium.

Não gostei. Não soa nada militar esse nome. Muito soft power.

Em Portugal é nome de banco

Por quê não chamaram lado logo de Milenium Falcon?
Esse povo fã de Star Wars é foda. Até na Boeing dão pitaco.

abs.

P44 escreveu: ↑Seg Nov 18, 2019 10:12 am

Frederico Vitor escreveu: ↑Seg Nov 18, 2019 9:12 am C-390 Millennium.

Não gostei. Não soa nada militar esse nome. Muito soft power.

Em Portugal é nome de banco

Aqui é nome de Motel!



Mas interessante é essa versão mais simples, sem a capacidade de REVO, vai tornar a "Millenium" mais competitiva ainda no mercado.