Fórum Defesa Brasil

Marino escreveu:E a resposta, qual foi?
Aquele famoso f...k you?

Pois é... prometem... prometem... prometem... mas de vez em "sempre" eles mudam de idéia... e aí ficamos 'na mão'. Aonde eu já vi essa novella... hmmmmm...

Enfim... essa últimas páginas foram muito educativas para nos lembrar do passado e nos atualizar sobre o excelente trabalho que a MB vem executando.

BZ!!!



[]s
CB_Lima

Marino escreveu:E a resposta, qual foi?
Aquele famoso f...k you?

Eles foram polidos.

Mas terminaram a última carta deles com um peremptório "Sorry sir, but this is out of our reach".


Leandro G. Card

LeandroGCard escreveu:

Marino escreveu:E a resposta, qual foi?
Aquele famoso f...k you?

Eles foram polidos.

Mas terminaram a última carta deles com um peremptório "Sorry sir, but this is out of our reach".


Leandro G. Card

Fora do alcance deles...
Mas devolver o dinheiro que é bom nada, não é?

É pra esses caras que querem entregar o FX-2.

Ah tá, mas o congresso e o presidente americano aprovou, tá tudo garantido...

Pois e. Com precedentes como este nao tem como apoiar o F-18... ou mesmo o Gripen. Simples assim.

Bravo escreveu:Mauri, isto não faz o menor sentido.

Quer dizer então que o mundo todo usa tecnologia aeronautica brasileira porque Santos Dumont desenvolveu o avião?

Quer dizer que o mundo todo utiliza tecnologia de telecomunicações italiana porque Antonio Meucci inventou o telefone?

Você diz que o Brasil utiliza tecnologia alemã por fazer uso do processo de ultracentrifugação, mas isso não faz o menor sentido, assim como não faz o menor sentido afirmar que o mundo todo utiliza tecnologia computacional babilônica porque os babilônios inventaram o ábaco.

Sds.

Porra Bravo. Um Bravíssimo para você. Acho que agora você matou a pau. Excelente didática para convencer o Mauri. Ele é um excelente forista mas as vezes se perde na ideologia, como neste caso. Muito agradecido pela aula também. fui

LeandroGCard escreveu: Vendíamos um sistema de digitalização a laser japonês que usava réguas calibradas de fibra de carbono feitas nos EUA, e de repende os americanos se recusaram a entregar para o Brasil. Foi uma coisa bem feia, já havíamos comprado o sistema para um cliente e efetuado o pagamento, e ao invés de mandar as réguas os americanos mandaram a documentação que explicava porque não as mandariam! Os japoneses acabaram nos indicando outro fornecedor, da Áustria, e aí conseguimos completar o sistema e entregar para o cliente. Mas ficamos com o prejuízo da compra nos EUA, eles nunca nos reembolsaram.

Agora que o país já produz sua própria fibra de carbono os americanos avisaram que a proibição daquele ítem caiu .

Um grande abraço,


Leandro G. Card

Carlos Lima escreveu:
Pois é... prometem... prometem... prometem... mas de vez em "sempre" eles mudam de idéia... e aí ficamos 'na mão'. Aonde eu já vi essa novella... hmmmmm...

Enfim... essa últimas páginas foram muito educativas para nos lembrar do passado e nos atualizar sobre o excelente trabalho que a MB vem executando.

Então por que será que a FAB vive comprando material made in USA? A FAB deve ser masoquista se os americanos nos deixam na mão...(existe o caso do inercial e do GPS, mas aquilo faz parte de excessão).Ou então, os franceses da industria aeronautica devem ser piores do que os americanos em suas práticas com o comprador. Ou os equipamentos aeronauticos deles não devem valer a pena. Enfim, pode escolher as alternativas.

No caso citado pelo Leandro que vc pegou carona para comentar, quem prometeu foi a empresa, ignorando um dispositivo normativo e também sem o endosso do Chefe do Governo e do Congresso deles, o que não é o caso do FX2, por exemplo.

knigh7 escreveu:No caso citado pelo Leandro que vc pegou carona para comentar, quem prometeu foi a empresa, ignorando um dispositivo normativo e também sem o endosso do Chefe do Governo e do Congresso deles, o que não é o caso do FX2, por exemplo.

Na verdade o caso foi um pouquinho diferente.

A empresa (Minolta) já nos fornecia o ítem, e parou de fornecer porque o DOD (citado nos documentos que nos enviaram) proibiu a entrega de componentes de fibra de carbono acima de um certo nível de tecnologia.

Este é o problema, o DOD costuma mudar as regras no meio do Jogo. Não foi o único caso, um sistema de controle de turning table foi proibido também quando quisemos comprar o segundo. Até acredito que na maioria dos casos estas questões são contornáveis e que não justificariam a não aquisição do F-18 se o avião e a proposta forem de fato os melhores para o que o país quer (e definir isso é que parece estar difícil). Mas que é desagradável lidar com este tipo de problema isto é.


Leandro G. Card

[]s
CB_Lima

Quem garante que na metade da entrega o DOD nao entrara em acao novamente e tudo vai de agua abaixo...ai entao teremos que começar tudo de novo...kkkkkk eu não vou aguentar mais uma novela dessas, de jeito nenhum.....sds coloradas

Puxa.


Fico muito mais tranquilo agora sabendo que aqueles filmes do Almte Othom da Marinha e do Brigadeiro Venâncio da FAB são Fake.

Os americanos são nossos amigos e estão aí pra nos ajudar. Não é verdade?




Fui

LeandroGCard escreveu:
A empresa (Minolta) já nos fornecia o ítem, e parou de fornecer porque o DOD (citado nos documentos que nos enviaram) proibiu a entrega de componentes de fibra de carbono acima de um certo nível de tecnologia.

Este é o problema, o DOD costuma mudar as regras no meio do Jogo. Não foi o único caso, um sistema de controle de turning table foi proibido também quando quisemos comprar o segundo.


Leandro G. Card

Mas talvez seja por coisas desse tipo mesmo que a FAB e o Governo venham exigindo garantias das esferas do poder americano.

Se a proposta deles não valessem tanta a pena, descartariam a proposta deles, e ficariam entre as outras 2. Aliás, candidatos não faltavam.

Luiz Bastos escreveu:Puxa.


Fico muito mais tranquilo agora sabendo que aqueles filmes do Almte Othom da Marinha e do Brigadeiro Venâncio da FAB são Fake.

Os americanos são nossos amigos e estão aí pra nos ajudar. Não é verdade?




Fui

E eu citei justamente os casos do Brig Venâncio de mudanças de postura (INS e GPS).

Quanto a questão do sub Nuclear, somente a França concordou. Agora, não é por causa disso que tem de sair comprando tudo deles. Até porque uma empresa é estatal (DCNS) e a outra é empresa privada (Dassault, Snecma).

Bravo escreveu:

mauri escreveu: Marino,

Como eu disse anteriormente, no mundo inteiro existem, neste momento, apenas dois tipos de tecnologia sendo usados em escala industrial para o enriquecimento de urânio. Uma delas é a difusão gasosa, com a qual os Estados Unidos e Argentina se abastecem. A outro chama-se ultracentrifugação, que é de origem alemã, usada na Europa( Urenco e Areva) e em alguns outros países. É essa a técnica que o Brasil domina e que vem aprimorando com tecnologias inéditas onde os mancais não tem atrito pois estão sob efeito da levitação magnética.
Já as centrífugas alemãs compradas pelo Almirante Alvaro Alberto e as oferecidas pelo alemães no âmbito do acordo Brasil-Alemanha, após pressão da comunidade internacional para não fornecer a de ultracentrifugação, é de outra categoria “jet-nozzle”, que não chegou a ser usada comercialmente em pais nenhum.

Portanto, não no só o Brasil, como também a França(Areva), Europa,(Urenco) e demais países usam a tecnologia alemã, em detrimento da americana e também argentina, que é de centrifugação de difusão gasosa.

Mauri

Mauri, isto não faz o menor sentido.

Quer dizer então que o mundo todo usa tecnologia aeronautica brasileira porque Santos Dumont desenvolveu o avião?

Quer dizer que o mundo todo utiliza tecnologia de telecomunicações italiana porque Antonio Meucci inventou o telefone?

Você diz que o Brasil utiliza tecnologia alemã por fazer uso do processo de ultracentrifugação, mas isso não faz o menor sentido, assim como não faz o menor sentido afirmar que o mundo todo utiliza tecnologia computacional babilônica porque os babilônios inventaram o ábaco.

Sds.

Bravo,

Segue uma foto para ilustrar o teu pensamento:


Alberto Santo Dumont e Álvaro Alberto

Tirado do Livro “Álvaro Alberto – A Ciência do Brasil” de João Carlos Vitor Garcia, pg. 34

Em tempos: Tu sabia que o 14 bis era todo francês?

Mauri

mauri escreveu:Em tempos: Tu sabia que o 14 bis era todo francês?

Mauri

Mauri, continuo me surpreendendo com as suas colocações.

É evidente que o 14-bis era total, absoluta e completamente francês, Santos Dumont estava trabalhando na França havia anos, usando a infra-estrutura existente no país, as peças que ele tinha disponíveis lá, a mão de obra à sua disposição na região e etc..., seria na verdade estranhíssimo que houvesse sequer uma pecinha no avião que fosse brasileira (até porque ela teria que chegar lá de navio, em uma viagem longa e incerta, que atrasaria todo o trabalho). Mas e daí?!?!

O objetivo do trabalho de Santos Dumont naquele momento não tinha nada a ver com o eventual desenvolvimento da indústria brasileira, e sim na definição da melhor combinação de tecnologias e técnicas à sua disposição (evidentemente a maioria senão todas francesas, simplesmente porque era onde ele estava) para criar um aparelho voador mais pesado que o ar. Este seria um feito inédito para a humanidade, e teria sido pueril atrasar os trabalhos (ou até mesmo inviabilizá-los) em nome de um nacionalismo canhestro e preconceituoso. E assim ele usou seus conhecimentos e suas idéias para juntar os componentes à sua disposição (franceses, evidentemente) e criar o avião, feito pelo qual tornou-se reconhecido. O que notabilizou Santos Dumont foi ter conseguido sucesso em seu intento antes dos demais, muitos dos quais também trabalhavam com exatamente a mesma infraestrutura e base tecnológica à disposição do brasileiro e chegaram a uma solução apenas depois dele (os que chegaram). Assim, o fato do 14-bis ser francês é totalmente irrelevante, e não faz sentido ficar martelando neste ponto.


Leandro G. Card