Pelo menos o EB nomeia ameaças em suas doutrinas. A Delta fala de contlito de resistencia contra superpotencias na Amazonia e a Gama fala de conflito convencional na America do Sul (ou é o contrário?). A primeira só pode ser contra os EUA e OTAN. A segunda contra nossos vizinhos. Goste ou não são possibilidades por mais improvaveis que possam ser. A distancia nos impede de se preocupar com outras hipóteses. A Guerra Fria acabou e não dá mais para pensar em apoiar uma "guerra quente". Podemos eleger um governo que se transfome em um "Chaves" e caçar encrenca com o resto do mundo.
Veja bem: o MD, após a publicação da PDN, estabeleceu Hipóteses de Emprego para as FFAA. O que o EB deve ter feito foi pegar estas HE (e não hipóteses de guerra, onde se nomeiam adversários) e criou as suas "doutrinas", para uso interno.
A fundamentação é a mesma. Não estão sendo nomeados inimigos, mas colocando-se hipóteses em que as FFAA seriam empregadas, sem nomear um adversário. Para atender a estas hipóteses, sem a nomeação de adversário, as FFAA devem ter capacidades, descritas de uma forma ampla, que possam fazer com que as mesmas possam encarar uma ameaça não definida.
Não vou dar exemplos aqui destas capacidades, por ser uma indiscrição que não posso cometer, mas se pensar um pouco pode imaginar como devem ser descritas.
Nas Cruzex a FAB cria cenários neutros onde uma coalizão força dois países a chegar a paz.
O que a FAB faz na Cruzex é testar a doutrina que importou da França, ipsis literis. É um exercício, tudo fictício, para simplesmente testar doutrina e C2.
O conceito de tarefas básicas do PN é muito fácil de entender, mas os argumentos para defender os NAes são bem discutíveis. O exemplo de aeronave baseadas em terra que não consegue defender é um bom exemplo. O argumento é colocado em um contexto que esconde várias variáveis. Eu já citei as situações onde seria necessário esta proteção.
Os argumentos não são questionáveis. O NAe é o instrumento mais capaz, eficaz, próprio, para controle de área marítima, projeção de poder e dissuasão. Qualquer um que estude estratégia marítima, em qualquer país do mundo, vai lhe confirmar isso.
O argumento de que aeronaves baseadas em terra não conseguem defender uma FT não é falacioso. Isto foi testado pela MB e pela FAB e NÃO FUNCIONA, acredite ou não.
Agora voce já coloca o argumento que um país que tem uma grande costa tem que ter um NAe.
Não é isso. Para um país com nossas características geográficas, nossas responsabilidades no mar, nossos interesses no mar, o PA é a melhor solução. Se formos estudar as HE citadas acima, mais ainda.
Há países que abrem mão de ter este meio? Claro, problema deles.
já começou com a estratagemas de desqualificação. "Desculpe, mas argumentação pobre a sua."
Desculpe, mas sua argumentação anterior foi muito fraca.
Eu não tenho certeza, mas acho que seria o mais provável. Projetar poder por terra seria muito mais óbvio e barato
.
E seria o mais facilmente detectável. Quando uma FT se movimenta, além de estar em águas internacionais, sem agredir o Direito internacional, é de difícil detecção. Um exército se movimentando é facilmente detectável, propiciando tempo para contra-medidas.
Lembre-se do que escrevi sobre Inteligência Estratégica.
No caso do João Belo atacando as nossas LCM eu consigo ver é que o resultado vai ser insignficante. Depois do primeiro ataque já sabemos onde tem uma área para fazer busca pelo ar, onde desviar o trafego e é um alvo relativamente fácil. Pelo mar também não é problema para um par de corvetas com Lynx. Por outro lado ela também teria que proteger suas LCM contra nossas fragatas. Nem precisamos de super escoltas para a missão. Falta é um P-3 para fazer busca.
Mas não invalida em nada o que escrevi, de que um poder naval de menor porte pode causar estrago a um de maior.
Depois do primeiro ataque, vc terá que desviar meios para realizar a busca do meio inimigo, enfraquecendo sua força organizada, permitindo que a força mais fraca realize um contra-ataque maior (leia o tópico sobre estratégia).
Se somos um poder naval maior, suas LCM estarão expostas desde o primeiro dia de guerra, e isto todas as marinhas sabem.
E o navio inimigo, após um ataque, mudaria radicalmente sua área de atuação, ou seriam otalmente parvos.
Também acho mais fácil desconfiar que uma Marinha está preparando algo quando todos seus navios saem do porto. Pelo mar é que não dá para conseguir surpresa. Os ingleses sabiam que os argentinos estavam preparando alvo quando seus navios sairam do porto em 1982.
Pois é muito mais fácil uma marinha se movimentar sem causar desconfianças do que um exército para a fronteira. isto para mim é muito claro. Talvez devêssemos perguntar a outros foristas.
Não sei se os ingleses sabiam ou não se a marinha argentina iria atacar, mas só puderam comprovar após o fato consumado. Não podiam acusar nada enquanto os argentinos estivessem em águas internacionais. Esta é a diferença.
outra tentativa de desqualificar.
Não. Responda as questões que coloquei e veja se sua argumentação se sustenta.
O King Air, e não Sea King, é equivalente ao P-95. Os dois Bandeirulhas da FAA voaram missões de 5 horas nas Malvinas a 700km de distancia da costa bem debaixo do nariz do GT britanico e nas rotas dos Sea Harrier. Já o Uruguai tem mais de um equipados com radar e MAGE. O local de operação seria dentro do raio de ação das aeronaves embarcadas no NAe ou menos de 700km, ou seja, bem dentro do alcance da aeronave. Com o MAGE o king air pode operar passivo e detectar o GT sem ser detectado.
Tem razão sobre o King air, li rápido e me equivoquei.
Mas acha que uma FT navega emitindo como loucos, parecendo uma árvore de natal acesa? Quem teria que emitir seriam os King e então seriam abatidos, simples assim.
Claro que não. Voce não entrou em detalhes sobre o caso. As operações aeromóveis incluem criar pontos de reabastecimento e rearmamento (FARP) provisórias. Até em operações anfíbias estas operações são realizadas. Teoricamente levariam o combustível para um local em uma posição avançada. Também levariam tropas de segurança para o local. Se eu soubesse como estava a situação das tropas de paz no local dava para pensar em criar a FARP perto de uma destas bases. Imagino que todas tenham algum heliporto ou algo parecido.
Eu também citei a opção de ter uma frota com helicópteros com capacidade REVO. Isto evitaria ter que manter um NAe no país para estas contingencias.
O apoio de fogo dos navios só tem alcance de uns 20km. Com munição moderna até que pode chegar a mais de 100km. Também existe opção de usar helicópteros armados. A noite e com NVG/FLIR a ameaça diminui. Se for o caso de precisar os AF-1 então seria mais custo-benefício já ter os ALX estacionados no país para isso.
3 - outra tentativa de desqualificação.
Não tento desqualificar ninguem. Mas vamos ver.
Olha a quantidade de meios que vc listou.
Para realizar uma evacuação destas, C-SAR, qual o meio para levar os helis pesados até um aeródromo livre?
Como prestar apoio de fogo aéreo rapidamente?
Vc pode sempre contar com aeródromo amigo, onde colocar ALX?
Estamos fulanizando uma operação, deixando de discutir o importante do tópico, a necessidade de PA.
No mar não existem montanhas para as aeronaves se esconderem. Por terra podem usar o terreno para se aproximarem sem ser detectados e ficar menos tempo sob risco e conseguir surpresa.
Já tentou detectar uma aeronave voando baixo sobre o mar?
Será que um país inimigo não sabe que estas montanhas serão utilizadas para este fim?
Creio que uma aeronave vindo do mar, por derrota não estabelecida, voando baixo, fica muito menos tempo sob risco e consegue muito mais surpresa.
Chaves não comprou baterias de mísseis em quantidade suficente para espalhar por todo o país. O SA-15 protege um raio de 15 km. Lado a lado não dá para cobrir uma frente de 300km (acho que 15 baterias). Estas bateris vão é ficar protegendo alvos estratégicos e o problema vai estar concentrado lá. Fora vai ser problema com os Flankers.
Não altera meu argumento.
Eu posso mudar de alvo a hora que eu quiser. Posso esperar a MB na saida do RJ e torpedea-los por lá. Estou atacando um porto, ou os navios que operam nele, com torpedos no meu entender. Não acho tão longe assim.
Sim, assim com eu posso mudar o destino de meus mercantes a cada viagem.
Quanto ao resto, foi por isso que eu perguntei se vc sabia a profundidade dos portos nacionais e qual a profundidade mínima para lançamento de torpedos por submarinos. Dei até uma dica, perguntando se sabia pq a MB manteve os BOROC como armas de suas fragatas após a modernização.
Me parece muito mais fácil fazer bloqueio nos portos do que ficar caçando alvos lucrativos no mar. Se eu sei de um ataque em uma certa posição eu posso simplemente avisar para todos navios ficarem longe daquela rota. Posso usar rotas próximo a costa para dificultar as operações de superfície do inimigo.
Por favor, me diga como bloquear 75 portos ao mesmo tempo, com 5 subs, o mesmo nº que a MB tem.
Vc cita tráfego de cabotagem, e o tráfego para a Europa/EUA/oriente Médio/etc? Este tráfego é que irriga a economia nacional.
É evidente que após um ataque o tráfego mercante vai ser divertido, e o corsário também, procurando as novas rotas.
Que tipo de mina voce esta falando. Minas de contato ou de fundeio multisensor?
As minas são de contato, de pressão ou acústica. Uma mina de fundeio normalmente é de contato.
Não importa o tipo de mina para o que estamos conversando.
Sei que é dificil limpar um campo minado com mina multiinfluëncia. Nunca é 100%. Sei que a OTAN treina em campos minados da SGM e ainda acha minas até hoje.
Sei que um submarino pode levar algo como duas minas no lugar de um torpedo. Só o Uruguai não tem esta capacidade na AS.
O Uruguai tem capacidade de limpar minas sim, com seus varredores alemães. Fazemos até uma operação conjunta, chamada Águas Claras.
É dificílimo limpar campos minados, mas o que eu tentei dizer é que é necessário uma quantidade enorme de minas para se ter um campo efetivo, que existem cálculos desta quantidade, onde lançá-las, quantos cordões, da efetividade do campo, etc.
Um submarino lançar umas 10 minas aleatoriamente junto a um porto, este campo não será efetivo. Além do sub ter que passar pelo campo defensivo lançado pela MB.
Eu não seria louco de entrar em um porto para torpedear navios. Ficaria fora do porto esperando e fugiria depois de pegar um bom alvo. Também iria dar uma conferia se existe alguma escolta no local antes.
Voltamos a uma questão acima.
Para qual porto vc mandaria seu sub?
Qual a profundidade dos portos brasileiros? Eles possuem profundidade para um sub lançar torpedo?
Vamos supor que sim. Primeiro cuidado com o campo defensivo, que vc não sabe existir ou onde foi lançado.
Depois cuidado com a operação que antecede a saída dos navios de real valor, com os helis, aviões e escoltas fazendo busca A/S por muito temo.
Depois tem que se posicionar com muita sorte, pois haverão diversos canais varridos para a saída dos navios e eles podem navegar aleatoriamente por qualquer um, que o afaste de vc a alta veloc.
O buraco é bem mais embaixo.
Eu não citei que atacaria a Baia de Guanabara. Poderia lança-los em Niterói, roubaria um carro e entrava por outro lado. Eu só citei os meios disponíveis e não entrei em detalhes.
Desculpe, muita ficção.
Em todos os exercícios navais que se tem notícias aqui no fórum ou internet falam de submarinos dando surras nos GTs.
Se ler direito, verá que nos exercícios os subs sabem onde a FT vai passar, obtendo vantagem estratégica e, dependendo da área de atuação, se for fria, vantagem tática.
Posicione um sub sem saber a derrota da FT. Verá como é grande o Atlântico.
No caso da Alemanha eu sei que quase ganharam e com uma marinha bem mais fraca graças aos submarinos. Na 2GM perderam foi a guerra de informação com seus códigos sendo descobertos.
Não, erraram na estratégia, no modo de pensar, ao contrário dos ingleses.
Sugiro o livro escrito pelo Alte alemão Wegener "The Naval Strategy of the World War".
Nas Malvinas o único submarino argentino atacou os NAes britanicos, mas seus torpedos estavam com defeito. Os submarinos britanicos conseguiram fazer o NAe argentino ficar no porto e fez alerta dos ataques aéreos argentinos. Não me parece ser um mau desepenho.
Veja o que escrevi sobre os submarinos na negação do uso do mar, caso argentino:
O submarino é a arma do mais fraco, daquele que não possui capacidade de controlar o mar e tem que se contentar com a tarefa de negar o uso do mar ao inimigo, ou seja, tentar impedir o controle do mar pelo inimigo. É a situação indesejada, de segundo nível.
Agora veja o que escrevi quanto aos subs em apoio a uma FT que controle o mar, caso inglês:
Os submarinos são uma arma espetacular. No controle de área eles são utilizados ofensivamente contra a força organizada inimiga, tarefa principal, primordial, nata, destes meios, enquanto a FT controla o mar e exerce o controle do mesmo, trazendo todos os benefícios disto para o país. Sugiro, mais um vez, ler o tópico sobre estratégia.
Retomo a pergunta: as estatísticas estão a favor do sub?
No caso da URSS não ocorreu uma "guerra quente".
Não, mas os subs impediriam o controle do mar pelas FT americanas? Impediriam a projeção de poder pela USN nas costas européias e russas?
Impediram a confecção da doutrina geopolítica das RIMLANDS?
Somos um país de terceiro mundo com uma marinha de segunda. O SP com AF-1 não vai mudar isso.
Vc é brasileiro? Desculpe, mas enquanto pensarmos que somos assim, seremos assim.
Quantas vezes vou precisar escrever que concordo que os meios não são condizentes? e que provavelmente teremos notícias boas em 2008?
outra tentativa de desqualificar.
Mais uma vez está enganado.
No pacífico a USN conseguia superioridade esmagadora em cada cenário. Os alvos foram atacados em sequencia. Não tinha como não perder. A MB está longe de ter esta capacidade.
Vc não escreveu que bastava um batalhão de infantaria e a questão estava resolvida?
O que eu escrevi foi que usar estratégia terrestre em uma guerra de caráter marítimo é suicídio. Os japoneses aprenderam.
Sugiro estudar o seguinte capítulo, no livro Construtores da Estratégia Moderna, editado pela Bibliex; "Estratégias americana e japonesa na guerra do Pacífico".
Os Argentinos concentraram suas tropas em Port Stanley. Era parte do Exército e de conscritos. Deixaram muitos locais para desembarque. Ficaram na defensiva com superioridade numérica local, mas com inferioridade numérica. Tudo extremamente mal planejado.
Problema deles. Mas no instante em que a Flota de Mar abandonou o teatro de operações, a guerra havia acabado. Isto é reconhecido por eles no "Relatório Rachembach" feito após a guerra. Cairam na sua situação, apesar do mau planejamento: infantaria nas ilhas.
outra tentativa de desqualificar. Neste caso foi por pura falta de argumentos. Eu não tenho o cabresto da doutrina para pensar.
Sem desqualificações. Mas se vc não tem como argumentar, como vai defender seus pontos de vista? Eu não discuto com um médico que me orienta a tomar um remédio, ou com um advogado que instrui um processo de certa maneira. É o mesmo caso.
Se vc tivesse lido todos os tópicos onde se discutem este assunto, e quisesse tirar dúvidas, pergunar, questionar o raciocínio, etc, é uma coisa. Mas quando vem e escreve que um PA não serve para nada, tem que defender seus pontos com argumentação sólida, ou vai influenciar os outros leitores, todos formadores de opinião em questões de defesa, e que precisavam ler o outro lado.
Só estou apresentando o outro lado, com argumentação, exemplos, discutindo abertamente.
Eu respondi sim e mostrei os meios que a França tinham para as 4 tarefas. Mostrei que um NAe não seria necessário para tudo que é o tópico da discussão.
A resposta era: não deixou de cumprir com nenhuma tarefa básica, pela quantidade de meios que dispõe. E que sua inteligência estratégica não apontou nenhuma ameaça que impedisse o seu NAe de cumprir com o período de reparos.
Eu preferiria investir em submarinos e incluir mísseis cruise no arsenal. Temos as opções dos russos (o bhramos e CLUB) e o frances SCALP. Tem o Harpoon 2 com alguma capacidade de ataque terrestre e talvez o SM-39 modernizado com GPS.
Os submarinos negariam o uso do mar, mas não controlaria o mar (significando principalmente não proteger as LCM brasileiras). Também não tem como regular força em período de crise, onde a presença física de um meio é mais importante que a ocultação.
Sugiro ler o artigo do Orestes.
No caso do CAM você se fixou na doutrina que exige permanência. Para controlar o Atlântico então precisaríamos de dúzias de NAes visto que não dá para cobrir tudo ao mesmo tempo. Com aeronaves de patrulha de longo alcance com sensores modernos é possível patrulhar todo o Atlântico Sul.
Patrulha sim, não todo o atlântico, e não controla nada.
O controle do mar é dual, compartilhado, relativo, significando ser local, imperfeito, temporal e incompleto, além de ter uma importância variável e um meio para um fim.
A frase acima lhe responde. Para entendê-la deve ter lido sobre controle do mar no tópico sobre estratégia naval.
Contra submarinos a defesa é pontual. Contra aeronaves ou elas são de logo alcance ou estão baseadas em um NAe, ou seja, Rússia, OTAN, EUA etc.
Para a FAB projetar poder do mar para terra só se for dando a volta no Uruguai para atacar a Argentina ou cruzando o Atlântico para atacar algum país na África. Não vejo esta necessidade.
Desculpe, não entendi.
Não discutíamos defesa contra submarinos, que não é só pontual não.
E sobre a FAB, só lhe respondia, mostrando o que ela NÃO faz na guerra naval.
Entre o local provável de operação e a bases inimigas. O local mais provável é atacar os centros estratégicos no Sudeste. A base seria na Europa e USA. As LCM não seria as comerciais mas as de reabastecimento do GT. Eu desviaria as forças para defender os GTs de apoio. Com aviação de longo alcance eles teriam que ter NAes que enfraqueceria os GT em operações ofensivas.
eu tentava mostrar a dificuldade de posicionar subs em mar aberto.
Vc respondeu: Entre o local provável de operação e a bases inimigas. Como? Traçaria uma reta na carta e colocaria os subs no meio? Não é assim que funciona, caro amigo (estamos somente debatendo, creio que posso considerá-lo amcomo amigo).
Estará sim. Existe esta falácia que basta alguns Tomahawk para acabar com toda a FAB no chão. Já vi que tem muita gente por fora do assunto. Se procurar LCM no Atlantico Sul com aeronaves é loucura então nem imagino com um GT. Ai que o buraco é mais embaixo mesmo.
Há controvérsias se estará sim. Mas eu supus que sim, veja meu post.
Será mesmo? Teríamos que ver, não é verdade?
O exercício foi com dois B-52 e só tinham uma área aproximada do alvo. Inicialmente as tripulações achavam que nem iam encontrar o alvo. O exercício serviu para mostrar que uma aeronave de longo alcance com sensores adequados (radar e um pod Litening) podiam encontrar e identificar facilmente navios suspeitos de ações terroristas (levar cargas suspeitas por exemplo). Estavam até equipados com laptops para passar as imagens para estações em terra. Não tiveram ajuda de satélites de inteligencia. A missão durou mais de 10 horas se não me engano.
Obrigado, eu desconhecia. Pode postar a fonte? Não é desconfiança não, antes que pergunte, é para meu registro.
A sua opção de emprego do NAe na projeção de poder não passa de incursão rápida. O risco e o custo é baixo. O nível mais alto seria ocupação aérea de larga escala e longo prazo como a operação Rolling Thunder e Linebaker no Vientã. Se formos fazer uma análise de opção chegariamos a conclusão que submarinos armados com misseis cruise fariam o mesmo trabalho com menos custo e risco. É até mais viável de projetar e construir um míssil cruise no Brasil do que uma aeronave moderna e seus sensores e armamentos.
Vc descreve uma operação que a FAB só faria após conseguir o controle do ar. Não invalida o que escrevi, que a estratégia naval não prioriza um de seus objetivos básicos, e que provavelmente seria a MB a atacar alvos políticos, econômicos e militares até a FAB conseguir seu controle.
Mas se os tomahawk não acabariam com a FAB, pq funcionariam com outro país?
Também não se esqueça que o lesa pária do FHC assinou o tratado de mísseis.
Com um submarino não é preciso ter superioridade aérea para realizar a missão. É muito mais eficiente para dissuassão e não vai precisar de apoio da FAB. Como a frota de submarinos é bem mais numerosa eu também vou ter esta capacidade permamentemente e não intermitente como no caso de um único NAe. É uma ameaça até para os EUA (como arma reativa obviamente).
Um NAE produz muito mais dissuasão que um sub.
Por qual motivo? Pq a crise antecede a guerra e na crise o sub não serve para quase nada. Na crise, o condutor de um país tem que deixar clara sua intenção de intervir, fazendo isso movimentando forças VISÍVEIS para a área de interesse em disputa. O sub se ficar na superfície perde sua maior característica: a ocultação. Também não pode regular a força, como fazem as forças de superfície durante uma crise, se interpondo ante outra força, fazendo disparos de advertência, apontando armamento sem disparar, sobrevoando os meios inimigos sem disparar, etc. O sub possui como armas torpedos e mísseis, partindo direto para uma solução de força. O condutor da crise pode querer distender e não escalar.
Então, um NAe na área de interesse, com seus meios aéreos, escoltas, etc, produz muito mais dissuasão qie um sub.
eu nunca fui da FAB. Este é o estratagema de criar rótulos.
Eu fiz uma pergunta pq vc defende ao extremo meios aéreos e critica a opção da MB. E qual o rótulo? De Oficial da FAB? O que isto lhe causaria?
Lhe menospreciaria em que?
Se a MB não tem como objetivo conseguir o controle do ar (ou superioridade aérea) então não tem sentido ter NAes. O resultado é só pensar em realizar incursões rápidas que podem ser feitas com submarinos que não tem necessidade de operar com superioridade aérea.
A MB, como qualquer marinha que se preze, terá como objetivo os 4 objetivos básicos da estratégia naval: a força organizada, a posição estratégica, as LCM e as interferências, sem priorizar nenhum antecipadamente, como na estratégia aérea ou terrestre.
Viu a diferença? Para discutir isto, leia o tópico sobre estratégia naval.
Eu citei os mísseis cruise como uma opção para o uso de NAes na MB e não se existem ou não.
Não existem.
Mas esta resposta é muito fácil. Primeiro eu deslocaria os R-99A, KC-137 e F-5EM para uma base na Africa do Sul. De lá eu faria CAP sobre o GT contra os Gripen da Africa do Sul simulando os Flanker angolados que seriam a única ameaça possível no cenário. Quando estiverem fora do alcance eu deslocaria as forças da FAB para o RS para proteger contra os Super Etandard Argentinos que seriam a única ameaça aérea no outro lado do Atlantico. Os P-3 tambem seriam uma ameaça, mas não como plataforma de ataque. Se fossem eu teria que deslocar o GT mais para o Norte e tentar caçar os P-3 com meus R-99A, KC-137 e F-5EM. Tentaria até armar os KC-137 com o MAA-1 para a missão como fizeram os britanicos com seus Nimrod.
Nos cenários acima a FAB deslocaria suas forças para a Africa do Sul pois a ameaça está concentrada lá. Imagino que os Gripen da Africa do Sul que estariam preocupados com o controle do ar no local. São estes exercícios totalmente fora da realidade que levam a conclusões errones com estes conceitos doutrinários.
Vc parte da premissa que sempre encontrará um aeródromo amigo "do outro lado". Isto é um erro clássico de planejamento, onde lidamos com possibilidades e não com intenções. Cuidado.
Sempre leva como certa a possibilidade de contar com uma coalizão, com um país que lhe apoiará, o que dificilmente ocorrerá.
Planeje o CAP 24 hs sobre uma FT sem contar com outros apoios que não no Brasil. Não funciona, provado pela FAB e MB. A própria FAB já aceitou isso.
Outro motivo para não precisar de um NAe. Estes piquetes só detectam aeronaves voando baixo quando já estão a menos de um minuto do piquete e alguns minutos do NAe no centro do GT. Não sobra tempo de reação suficiente para uma CAP interceptar. Nesta situação os alvos estariam dentro do alcance de misseis SAM de médio/longo alcance que são bem efetivos atualmente. As CAP atuariam foram desta zona que seria exclusiva para os mísseis.
Eu disse que quem não tem cão
por enquanto ...
Como sustenta sua afirmação de que só detetam a menos de um minuto do NAe?
As ameaças hoje em dia seriam de mísseis lançados a média distância, como os exocet, que com o AM-39 se configura em 40 milhas. Para uma aeronave lançar a 40 milhas, deve emitir antes, para detectar a FT, subir para a altura de lançamento, e rezar, pois os piquetes posicionados a 40 milhas a terão detectado no MAGE, primeiramente, e depois no radar, tendo tempo para vetorar a CAP, além de lançar mísseis. Não esqueça que estes piquetes não são o alvo a ser batido.
Estes mísseis SAM sáo outro recurso necessário e que não é prioridade para a MB, ou é descartado para não usarem como desculpa para não comprarem um NAe pois a FAB não consegue defender os navios da MB.
Ufa, vc leu sobre o programa de reaparelhamento da MB? Sobre os novos escoltas? Como escreve algo assim? Depois escreve que quero lhe desqualificar.
Se não me engano, um F-15E operou por 14 horas no Afeganistão. De cabeça acho que as missões duravam 9-10 horas. Mais que isso é realmente perigoso e desconfortavel. Os pilotos comiam e mijavam dentro da aeronave (em local apropriado claro).
Que situação, não é?
Se o mau tempo não deixa uma aeronave decolar de uma base aérea então também não vai decolar de um NAe.
Cara, sem palavras.
O tempo no Rio Grande do Sul é o memo no Rio, ou em Brasília? Não diga, por favor, que quero desqualificá-lo.
O REVO pode ser feito a grande altitude acima das nuvens ou desviam. Se tem mau tempo então o inimigo também não deve estar operando ou vai ser bastante prejudicado. Se tem aeronaves qualquer tempo então não é qualquer um e são poucos países com esta capacidade. Se tiver problemas para reabastecer não vai cair visto que as operações incluem reserva para estas contingencias. Simplesmente ejeta ar armas e tanques vazios e salva a aeronave.
Por tudo isso a FAB e a MB chegaram a conclusão que NÃO FUNCIONA.
As fontes são os estudos para o CVF britanico e o PA2 frances. Inicialmente a França pretendia manter o Foch na reserva para recolocar em operação na mantunção que estariam realizando agora como CdG.
Pode postar os estudos?
Por não pensar em operar em coalizão, e em operações combinadas (a FAB vai estar fazendo superioridade aérea) é que a MB chega a conclusão que precisa de um NAe. São estratégias de argumentação para justificar o plataformocentrismo
Cara, vc pode listar todas as operações combinadas nacionais e internacionais que a MB participa?
A MB precisa de NAe não para não participar de coalizões, mas para cumprir as tarefas em nossa área geográfica particular. Extrapolou.
Este sistema de armas da FT não está considerando que seriam necessários 2 ou 3 NAes para ter um sempre disponível e que os recursos são insuficientes até para operar um usado.
Eu estava respondendo ao que vc escreveu, de que o importante são os aviões e não o NAe. Mostrei a diferença de pensamento.
A MB considera necessário mais de um NAe sim, mas tem os pés no chão.
Quanto a recursos, vamos ver.
O problema não é a manutenção programada em crise. O problema é alguém se aproveitar deste período. Mais cedo ou mais tarde o navio vai para a manutenção e só temos um
Inteligência Estratégica.
Marino