marcelo bahia escreveu:FCarvalho escreveu:
Andei pensando nestes dias sobre esta duas empresas e sua estada no Brasil. Sabe-se que as mesmas tem produtos e um portfólio bem extenso capaz de atender se não todas, mas a maioria de nossas necessidades em recursos militares.
Entretanto, ainda me pergunto, quando do lançamento do projeto de um novo CC - que espero ainda antes do fim desta década - o que nos faz pensar que alemães e italianos não nos ofereceriam um projeto totalmente novo quando eles já tem disponível isto aqui...
Não creio, Carvalho!
Me parece que a escolha pelo Leo 1A5 marcou o tipo de VBCC que o EB quer adotar. Um MBT médio, dentro da faixa de 40 t e ágil. O Leopard 2A7+ está acima da tonelagem e do tamanho pretendidos pelo Exército.
O Leo 1A5 está fornecendo detalhes técnicos e possibilitando a criação de doutrinas e táticas para o emprego deste tipo de carro. O EB certamente vai repassar à KMW tudo que aprendeu com a operação do Leo 1A5 sob a forma de requerimentos técnicos que permitam desenvolver sob medida seu futuro VBCC. Acho que é por aí.
Sds.
Olá Marcelo,
Eu creio que a adoção dos Leo 1A5, já debatida aqui até a exaustão, foi fruto de uma possibilidade, como o Hélio já comentou aqui várias vezes, de o EB pela primeira vez conseguir fazer o ciclo completo de aquisição de um CC, ou seja, desde o planejamento da compra, passando pela definição de critério técnico-logísticos e operacionais, até o recebimento e apoio pós-venda do mesmo. Nunca tínhamos feito isso. O EB se preparou para receber, operar e suportar, de verdade, este CC.
Mas isto não significa, necessariamente, que o foi por suas características enquanto CC, mas por um conjunto de fatores econômico, financeiros e técnico-administrativos que possibilitaram tal aquisição sob aqueles termos.
Os Leopards 1A5 hoje, em termos relativos, é um carro ultrapassado na maioria dos cenários, onde o embate entre CC's tem se mostrado fatal para modelos mais antigos, frente aos mais modernos CC existentes. Mas isso é dentro de um cenário global. No caso do nosso TO específico, ele é bem adequado ao que se destina, que é, ao fim e ao cabo, a manutenção e desenvolvimento doutrinal do EB, em relação a todos aqueles fatores que citei acima, além de proporcionar maior liberdade e flexibilidade de ação a cav blda.
Isto comparado ao que se pode encontrar imediatamente do outro lado de nossas fronteiras, que convenhamos, tem apenas no TAM argentino, seu único oponente em equivalência tecnológica e operacionalidade, é mais do que suficiente. Os T-72's venezuelanos estão em uma outra categoria e situação de emprego.
Ademais, como disse, penso ser bem difícil o EB encaminhar um projeto de CC no mesmo nível dos Leo 1A5 que já chegaram ao seu limite de desenvolvimento e possibilidades. E como não podemos pensar somente em nosso TO específico, é preciso lembrar que o próximo CC nacional, tem de necessariamente poder embricar-se com qualquer tipo de CC em nível mundial, e isso nós não conseguiremos adotado soluções já superadas.
Até por isso, entendo que mesmo que os veículos acima que citei possam não vir a ser do gosto do EB, em função de suas características, penso que muito provavelmente o EB irá caminhar no sentido de desenvolver algo muito próximo do que são hoje o Leo II A7 e/ou C1 Aríete.
E neste sentido, tanto KMW como IVECO não seriam tão obtusas ao tempo de resolver sair do zero, com todos os custos e infortúnios previsíveis neste tipo de negócio, para o desenvolvimento de um novo CC para o exército. É bem mais simples e factível aproveitar-se da expertise de seus próprios bldos e a partir deles engendrar as adaptações necessárias aquilo que sejam os requisitos para um novo CC para o Brasil.
Duvido, até prova em contrário, que o EB queira e/ou deseja operar um CC de mais de 60 tons como ambos os bldos acima. Mas, ao menos para mim, não seria nenhuma surpresa que nós partíssemos para um CC na faixa de umas 50 tons
O C1 Aríete atual possui 54 tons. E nada impede que melhoramentos tecnológicos futuros possam facilitar a manutenção desta faixa de peso, mesmo com o aumento/melhoria na sua proteção blda.
Principalmente se a data indicada no folder for certa. Prestar atenção que ali está dizendo que vamos
começar a desenvolver um novo CC a partir de 2022. Não receber,
mas começar a desenvolver. Ou seja, temos, e teremos, muito tempo ainda para saber o que nos pretendemos, e o que poderemos ter, quanto a novos 'tanques'.
Até lá, vamos mantedo os nosso velhos Leo 1A5 em dia, e aprendendo, e fazendo, o que der com eles. E rezando para nada acontecer até lá, claro...
abs.