Fórum Defesa Brasil

Essa matéria me surpreendeu. Ver um oficial general, comandante da força, dar uma entrevista tão lúcida assim, não é algo comum por essas bandas. A parte em que ele fala de forma honesta e realista sobre o desenvolvimento e compra de mísseis é algo de deixar os cabelos em pé. Falou apenas o óbvio: se não tiver um produto que possa ser vendido no mercado externo para manter a linha aberta sem depender das nossas FFAAs não há futuro para a empresa desenvolvedora e seu produto. Quem dera a MB tivesse metade dessa visão e talvez ainda tivéssemos uma esquadra minimamente operacional e alguma esperança para o futuro.

FAB compra novos mísseis e quer mais 30 caças Gripen

https://www1.folha.uol.com.br/poder/202 ... ipen.shtml

A coisa de fato é simples e parece finalmente veio à baila no discurso oficial, ao menos da FAB: não tem dinheiro e nunca haverá.
Cada um que se vire como pode.

"A vida como ela é", responde, ressaltando que isso não significa abdicar de pesquisa. "Veja o caso do míssil hipersônico. Nós dividimos o projeto em subsistemas e testamos com sucesso a ignição em voo, que é crítica", afirmou, sobre o programa 14-X.

Úe, é impressão minha ou o comandante da fab admitiu o desenvolvimento de um missil hipersonico???

quando se falava das ultilidades do 14-x antes sempre se falava em uso cívil para a tecnologia hipersônica, é a primeira vez que eu percebo a fab falar em uso militar.

Mas isso ai estava mais do que claro, até quando se fala em previsão de payload do 14-X, quando pronto. O mesmo quanto ao S-30 e o S-50, são projetos de mísseis balísticos com possibilidade de ser usado na área civil. Acho que falo isso no DB desde 2016!

Capaz de conseguirmos desenvolver um míssil hipersônico antes mesmo do EUA, até porque as empresas de lá, que antes viviam de encomendas, agora perceberam que atrasar projetos com erros injustificáveis e/ou estranhos dão mais dinheiro do que as encomendas em si, vide a Lockheed e até a Raytheon's. Apesar que, recentemente, a USAF meio que perdeu a paciência e meteu uma multa milionária contra a Boeing por erros ridículos no KC-46, então vamos ver até onde vai isso.

Onde ficariam baseados estes possíveis novos 30 F-39?

vplemes escreveu: Ter Fev 01, 2022 10:39 am Essa matéria me surpreendeu. Ver um oficial general, comandante da força, dar uma entrevista tão lúcida assim, não é algo comum por essas bandas. A parte em que ele fala de forma honesta e realista sobre o desenvolvimento e compra de mísseis é algo de deixar os cabelos em pé. Falou apenas o óbvio: se não tiver um produto que possa ser vendido no mercado externo para manter a linha aberta sem depender das nossas FFAAs não há futuro para a empresa desenvolvedora e seu produto. Quem dera a MB tivesse metade dessa visão e talvez ainda tivéssemos uma esquadra minimamente operacional e alguma esperança para o futuro.

FAB compra novos mísseis e quer mais 30 caças Gripen

https://www1.folha.uol.com.br/poder/202 ... ipen.shtml

Alguém poderia fazer o favor de respostar a entrevista aqui, para quem não é assinante da Folha possa ler...

henriquejr escreveu: Ter Fev 01, 2022 4:01 pm

vplemes escreveu: Ter Fev 01, 2022 10:39 am Essa matéria me surpreendeu. Ver um oficial general, comandante da força, dar uma entrevista tão lúcida assim, não é algo comum por essas bandas. A parte em que ele fala de forma honesta e realista sobre o desenvolvimento e compra de mísseis é algo de deixar os cabelos em pé. Falou apenas o óbvio: se não tiver um produto que possa ser vendido no mercado externo para manter a linha aberta sem depender das nossas FFAAs não há futuro para a empresa desenvolvedora e seu produto. Quem dera a MB tivesse metade dessa visão e talvez ainda tivéssemos uma esquadra minimamente operacional e alguma esperança para o futuro.

FAB compra novos mísseis e quer mais 30 caças Gripen

https://www1.folha.uol.com.br/poder/202 ... ipen.shtml

Alguém poderia fazer o favor de respostar a entrevista aqui, para quem não é assinante da Folha possa ler...

https://www.cavok.com.br/fab-quer-mais-30-cacas-gripen

Brasileiro escreveu: Ter Fev 01, 2022 3:50 pm Onde ficariam baseados estes possíveis novos 30 F-39?

Existem algumas hipoteses, a FAB realocar algumas unidades do GDA para formar 3 esquadrões de 22 aeronaves cada, ou então o GDA ficaria com 18 e três outros esquadrões receberiam 16 aeronaves cada. Mas também pode ser que o conceito do momento seja a concentração dessas possíveis 66 aeronaves em 2 bases apenas, e nesse caso a FAB poderia desativar pelo menos umas duas bases.

Eu apostaria em pelo menos 3 squads, BAAN, BASC e pelas reformas e investimentos que vem sofrendo acredito que BASM.



Um abraço e t+

Pablo Maica escreveu: Ter Fev 01, 2022 4:32 pm

Brasileiro escreveu: Ter Fev 01, 2022 3:50 pm Onde ficariam baseados estes possíveis novos 30 F-39?

Existem algumas hipoteses, a FAB realocar algumas unidades do GDA para formar 3 esquadrões de 22 aeronaves cada, ou então o GDA ficaria com 18 e três outros esquadrões receberiam 16 aeronaves cada. Mas também pode ser que o conceito do momento seja a concentração dessas possíveis 66 aeronaves em 2 bases apenas, e nesse caso a FAB poderia desativar pelo menos umas duas bases.

Eu apostaria em pelo menos 3 squads, BAAN, BASC e pelas reformas e investimentos que vem sofrendo acredito que BASM.



Um abraço e t+

Eu acredito que na hora da contratação o total do 2º lote também será de 36 unidades. A distribuição entre BAAN, BASC e BASM e uma alternativa perfeitamente factível com 24 exemplares em cada OM.

Sds

Todos os Gripens alocados no Sul-Sudeste? Tive uma ideia excelente: porque não reloca TODO contingente das Forças Armadas pro Sul e Sudeste, elimina o CMN, CMA, CMNE e até o CMCO, afinal, a Argentina é uma grande ameaça, precisa ter tudo lá. Qualquer coisa, só levar 1 mês para mover tudo para o Norte e Nordeste.

Uma vez um comandante da FAB explicou porque concentrar os caças em poucas bases, e basicamente é porque facilita e barateia tudo, desde a manutenção e treinamento, e que não faz sentido em tempos de paz você possuir bases fixadas em cada ponto da fronteira. Sendo que você pode, de tempos em tempos, desdobrar seu esquadrão para onde está a necessidade do momento. E isso é especificamente sobre o Gripen, não sobre o A-29, que rotineiramente precisa decolar e interceptar alvos muito específicos e geograficamente concentrados.

O que é muito diferente do caso do Exército, em que a tropa PRECISA estar no local, a tropa precisa estar intimamente adaptada ao ambiente, e algumas vezes o uniforme e até o armamento é diferente. Uma tropa que vá lutar na Amazônia precisa respirar amazônia 365 dias por ano. Já para a aviação de caça, acima de uma certa altitude, o ar onde um Gripen é projetado para combater é o mesmo na Amazônia e na Suécia, não faz diferença alguma para o piloto, precisando somente que ele voe até lá.

Brasileiro escreveu: Ter Fev 01, 2022 5:29 pm Uma vez um comandante da FAB explicou porque concentrar os caças em poucas bases, e basicamente é porque facilita e barateia tudo, desde a manutenção e treinamento, e que não faz sentido em tempos de paz você possuir bases fixadas em cada ponto da fronteira. Sendo que você pode, de tempos em tempos, desdobrar seu esquadrão para onde está a necessidade do momento. E isso é especificamente sobre o Gripen, não sobre o A-29, que rotineiramente precisa decolar e interceptar alvos muito específicos e geograficamente concentrados.

Por isso eu acredito que dificilmente teremos mais que 3 bases com Gripens, talvez apenas duas, e é notório que o eixo estratégico do país se deslocou para o norte. O que me deixa com uma pulga atrás da orelha é que eu acho pouco provável que a FAB vá deixar a velha BASC sem um esquadrão de caças, ao mesmo tempo em que há tempos existe na FAB uma conversa sobre de desativar bases com estruturas muito antigas, cuja manutenção é de alto custo, a BACO é uma delas (existe uma proposta para conversão em terminal de carga). Mas ai também tem todo o teatro político envolvido.

Eu achava que a BASM, com a desativação dos A-1, acabaria recebendo no máximo um esquadrão de A-29 para fazer o policiamento da região sul contra trafego ilícito, e continuaria com o Pantera e Horus, mas já ouvi de alguns militares daqui, inclusive de um subcomandante da base, que é praticamente sacramentado que virão Gripens para cá. O que pode corroborar com esse boato, é o fato da BASM há algum tempo receber uma série de modificações e reformas, algo parecido com o que aconteceu antes da chegada dos A-1. Enfim, vamos ver...

O que se passa na cabeça dos brigadeiros, só o tempo dirá, mas o fato é que se realmente a FAB parar nos 66 Gripens, vão sobrar algumas bases por ai.


Um abraço e t+

Também acho que serão 3 no final das contas. Anápolis vai concentrar tudo nesse momento por esses motivos logísticos, mas também porque o F-39 ainda está sendo introduzido, e faz bem fazer toda a transição e formação de pilotos num lugar só.

Após os 36, dificilmente vão ensacar tudo numa base só. Minha opinião, mas acho que uma será BASC com certeza e a outra possivelmente BASM.

Agora, se for realmente para concentrar os 30 numa base só, aí é BASC mesmo.

Brasileiro escreveu: Ter Fev 01, 2022 5:29 pm Uma vez um comandante da FAB explicou porque concentrar os caças em poucas bases, e basicamente é porque facilita e barateia tudo, desde a manutenção e treinamento, e que não faz sentido em tempos de paz você possuir bases fixadas em cada ponto da fronteira. Sendo que você pode, de tempos em tempos, desdobrar seu esquadrão para onde está a necessidade do momento. E isso é especificamente sobre o Gripen, não sobre o A-29, que rotineiramente precisa decolar e interceptar alvos muito específicos e geograficamente concentrados.

O que é muito diferente do caso do Exército, em que a tropa PRECISA estar no local, a tropa precisa estar intimamente adaptada ao ambiente, e algumas vezes o uniforme e até o armamento é diferente. Uma tropa que vá lutar na Amazônia precisa respirar amazônia 365 dias por ano. Já para a aviação de caça, acima de uma certa altitude, o ar onde um Gripen é projetado para combater é o mesmo na Amazônia e na Suécia, não faz diferença alguma para o piloto, precisando somente que ele voe até lá.

Mas o problema não é concentrar em poucas bases, mas em bases somente no Sul. Ao invés de Santa Cruz, por que não Manaus?

Em SM e AN eu concordo plenamente.

Mas já que a tese da FAB é que não precisa ter o esquadrão de caça em cada ponto, então não justifica criar uma infra nova onde não tem. Por que vão botar 30 Gripens em Manaus, se já tem tudo, toda a logística material e humana montada aqui no S/SE? Historicamente ficou tudo concentrado por aqui mesmo, mas enquanto não houver um fato estratégico que demande o deslocamento da concentração militar para outro eixo, vão deixar tudo onde está, por simples economia mesmo.