Crise Econômica Mundial

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Re: Crise Econômica Mundial

#5431 Mensagem por P44 » Ter Abr 16, 2013 1:22 pm

cabeça de martelo escreveu:Gostava, mas não. :(

gostavas de ler, ou de sair do euro? :mrgreen:




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Re: Crise Econômica Mundial

#5432 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Abr 16, 2013 1:33 pm

As duas coisas.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: Crise Econômica Mundial

#5433 Mensagem por P44 » Qua Abr 17, 2013 8:49 am

Vendas de carros na Europa tombam 10% em Março

Dírcia Lopes
17/04/13 09:00

Desempenho das principais marcas colocam indústria em níveis de há 20 anos.

Durante o mês de Março foram vendidas 1,35 milhões de novas viaturas na União Europeia contra as 1,5 milhões de unidades de há um ano, ou seja, menos 10,2%.

Os números divulgados hoje pela Associação Europeia de Construtores Automóveis revelam ainda que, no primeiro trimestre, as vendas caíram 9,7% para os 3,1 milhões de novos carros.

Por marcas, a francesa PSA registou a maior quebra de vendas, de 16%, enquanto o decréscimo da General Motors foi de 12,8%. A Renault caiu 9,6%, enquanto a italiana Fiat sofreu uma quebra de 0,8%.

Pela positiva destaca-se a marca Jaguar, cujas vendas aumentaram 21,2%, a Mercedes cresceu 0,6% e a sul-coreana Kia subiu 3,7%.

A recessão económica que está a ter efeitos no aumento do desemprego é a principal justificação para a quebra de vendas que se assiste nas vendas de carros no mercado europeu.

O Reino Unido foi o único mercado da União que cresceu, 5,9%, sendo que em França caíram 16,2%, em Itália 4,9%. Neste cenário, nem mesmo a maior economia europeia e um dos principais fabricantes de carros, a Alemanha, escapou à quebra de vendas, com menos 17,1%. Em Espanha o decréscimo situou-se nos 13,9%.

Fontes do sector automóvel citadas pela Bloomberg concluem que as vendas de veículos automóveis de passageiros vão atingir os níveis de 1993, sendo que a Alemanha está "em queda livre".

http://economico.sapo.pt/noticias/venda ... 67217.html
----------------------
vão provar do próprio veneno, cães!!!! :evil:




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Re: Crise Econômica Mundial

#5434 Mensagem por Bourne » Qua Abr 17, 2013 9:39 am

:twisted: :twisted: :twisted:

Está uma das explicações do 208, C3, família DS, Onix, Toyota entre outras focarem nos emergentes. Mesmo Audi e Mercedes olhando com carinho outros mercados com modelos mais em conta e acessíveis.

Aliás, na Alemanha, a Dona Merkel implementou um grande plano de incetivo a renovação de frota. Creio que parece não ter dado tão certo.




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Re: Crise Econômica Mundial

#5435 Mensagem por jumentodonordeste » Qua Abr 17, 2013 9:57 am

Agora é a hora do Brasil, principalmente o Brasil, arrancar até os dentes desses caras, exigir índice mínimo de produção nacional, investimento, novas fábricas, e, porque não, exportar para outros mercados. :twisted:

Quando nós estamos na M, arrancam até nossos pêlos, façamos o mesmo.




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Re: Crise Econômica Mundial

#5436 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Abr 17, 2013 10:48 am

Mudem a legislação. Se for obrigatório os ABS da vida e outros dispositivos de segurança, os veiculos serão muito mais seguros e o preço será basicamente a mesma coisa. Vocês estão a ser chulados porque o vosso governo permite.




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Re: Crise Econômica Mundial

#5437 Mensagem por Bourne » Qua Abr 17, 2013 10:55 am

Já mudou. Airbag e ABS serão obrigatórios a partir de 2014. O estranho é que os preços parecem que não mudaram ou cairam. Sinal que as montadoras estão desesperadas por novos mercados. :shock:

Por exemplo, o desespero da Toyota com o Etios que tentou empurrar a versão indiana por 35 mil dilmas. Alguns meses depois descobriu que era loucura. Hoje se computar promoções e redução de preço vem por 25. É um Toyota, mas não é feito de ouro e diamantes.

Edit

Na versão completa do Etios com motor 1.5 vão te falar que é 41 mil e poucos. Porém a concessionária te dá um monte de coisa e deve sair na casa de 35/36 mil. Eles estão desesperados por que não podem parar a linha de produção. E eles não estão tendo prejuízo fazendo esses preços bem mais camaradas que o previsto.




Editado pela última vez por Bourne em Qua Abr 17, 2013 11:16 am, em um total de 1 vez.
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Re: Crise Econômica Mundial

#5438 Mensagem por P44 » Qua Abr 17, 2013 11:12 am

Nem o Excel alinha com os teóricos da austeridade

Paulo Alexandre Amaral, RTP 17 Abr, 2013, 12:32 / atualizado em 17 Abr, 2013, 14:12


Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff publicaram em 2010 o estudo “Crescimento em tempo de dívida”, no qual sustentam que os países com dívidas que ultrapassam os 90 por cento do Produto Interno Bruto têm o seu crescimento fortemente afetado. Trata-se de um dos documentos mais valorizados pelos defensores das políticas de austeridade, que lançam mão daquela fasquia como um dos principais argumentos para as políticas de corte. Alvos de várias críticas nestes três anos, Reinhart e Rogoff viram agora ser-lhes apontado um problema na codificação de uma das fórmulas para o Excel.

Durante os últimos anos, os entusiastas da austeridade fizeram amplo uso de argumentos que podemos encontrar no artigo “Crescimento em Tempo de Dívida” (Growth in a Time of Debt), de Reinhart e Rogoff: em termos gerais, a fórmula que traduz incapacidade de crescimento para economias com dívidas públicas superiores a 90 por cento do PIB.

As conclusões de R&R (Universidade de Harvard) apontam para que as economias nestas condições devam atacar o défice, independentemente da debilidade em que se encontrem. Não é uma conclusão aceite de forma pacífica e tem sido alvo de críticas ao longo destes anos.

Um novo estudo emerge neste abril de 2013 inteiramente focado no trabalho de Reinhart e Rogoff. “É verdade que a elevada dívida pública sufoca de forma sistemática o crescimento económico?” ( Does High Public Debt Consistently Stifle economic Growth?, de Thomas Herndon, Michael Ash e Robert Pollin - Universidade de Massachusetts) aponta três fraquezas na análise de R&R: duas de natureza metodológica e uma de erro de codificação estatística.

Os dois primeiros pontos já haviam sido alvo de outros ataques: Herndon, Ash e Pollin acusam Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff de fazerem um caminho de investigação ao contrário, excluindo das suas análises os casos de países que de forma evidente contradizem as suas conclusões. Será – apontam – o caso do Canadá, Nova Zelândia e Austrália, três países que no final da década de 1940 representam casos de nações com dívida elevada a decorrer em simultâneo com um forte crescimento.

Da mesma forma, R&R são acusados por Herndon, Ash e Pollin de terem conferido pesos diferentes a diferentes episódios. Trata-se aqui de uma questão metodológica, como se assinala num texto do jornalista Brad Plumer ontem publicado no portal do Washington Post.

No entanto, o terceiro só agora é apontado e por uma razão vinculada a implicações éticas da construção do conhecimento científico. No limite – e a haver razão do lado de Herndon, Ash e Pollin – tem a ver com falsificação dos resultados ou, igualmente mau, com um erro básico que não assentaria bem em dois académicos de créditos firmados, com passagem pelo Fundo Monetário Internacional e algumas das academias mais prestigiadas da América.

Herndon, Ash e Pollin procuraram replicar os cálculos de R&R no estudo, mas falharam. Ora, o documento de “Crescimento em tempo de dívida” apenas expunha as folhas de conclusão, já que os investigadores não puseram à disposição o trabalho científico de base, o que viria a acontecer depois.

Fórmula errada

Uma vez com as fórmulas de trabalho em mãos, Herndon, Ash e Pollin assinalam um erro fatal a Reinhart e Rogoff: estes terão cometido um erro na fórmula de uma das folhas de Excel do estudo ao escrever AVERAGE(L30:L44) em vez de AVERAGE(L30:L49), o que terá deixado de fora a Bélgica como um exemplo que os contrariava nas suas bases.
Em 2002 Rogoff envolve-se numa disputa com Joseph Stiglitz (ex-chefe do Banco Mundial) a propósito do livro “A Globalização e os seus malefícios”, no qual o Nobel da Economia ataca o FMI.

E não é a primeira vez que Kenneth Rogoff se vê envolvido em polémicas desta natureza. Já este ano Rogoff, que junta ao currículo o título de grande mestre de xadrez, foi acusado de ter erros básicos de computação na obra em que é co-autor “Desta vez é Diferente” (This Time is Different). Erros de tal dimensão que uma vez corrigidos deitam por terra a tese do livro.

Em Does High Public Debt Consistently Stifle economic Growth? – A critic of Reinhart and Rogoff, os autores sublinham que não é este último caso, o do erro de codificação, que altera de forma significativa os resultados do estudo de R&R ao ponto de destruir um ponto de vista. Em termos quantificados, referem Herndon, Ash e Pollin que o problema de codificação representa 0,3 pontos percentuais nos cálculos de crescimento do PIB.

Contudo, conjugados, os três erros atingem – nos cálculos de Herndon, Ash e Pollin – até 2,3 pontos percentuais, já que “a taxa de crescimento de PIB real média para países com um rácio dívida/PIB de mais de 90 por cento é realmente de 2,2 por cento, não 0,1 por cento”.

Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff usaram o mesmo artigo de Brad Plumer, no Washington Post, para deixar uma resposta. Em termos genéricos, rejeitam que a sua teoria estabeleça uma relação de causalidade (forte dívida a provocar baixo crescimento) - rejeitando o uso do termo, para lembrar que é referida a relação (association, no original) entre uma coisa e outra.

De resto, sublinham que há um sem-número de estudos que sustentam uma realidade muito semelhante àquela em que baseiam a sua análise.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49




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Re: Crise Econômica Mundial

#5439 Mensagem por Bourne » Qua Abr 17, 2013 11:47 am

É sensacionalismo da imprensa golpista. :x

Na real a discussão e questionamentos não são novos. A treta vem de longe e está na carreira dos dois. A briga mais famosa com com Stiglitz que hoje é um dos queridinhos do Obama. No pós-crise se criou um consenso a respeito de que é preciso equilibrar estabilidade financeira, de preços e políticas de estimulo são importantes para amenizar as crises no curto e médio prazo. Países que adotam descaradamente a estratégia são EUA, Brasil, Japão, China, Rússia, Alemanha entre outros. Os que adotam a austeridade nua e crua são a periferia europeia por pressão da UE e Alemanha.

Essa receita está presente em autores famosos como Barry Eichengreen, Joseph Stiglitz, paul Krugman, Ross Levine, Olivier Blanchard, Cristina Romer entre outros. Alguns chamam de "neokeynesianismo" com várias posições que tem um consenso. Se olhar na história macroeconômica é mais uma mudança estrutural na teoria. Não tem nada de radical.

No caso do Reinhart-Rogoff o problema é que eles maquiaram os dados, metodologia e equação. Assim o resultado deu no que eles queriam. Porém para quem tem a fama deles vai ter um monte de gente fazendo questionamentos e reconstruindo o estudo em busca de erros e margem para contra-argumentar. O cara que conseguiu foi Robert Pollin conhecido por ser pós-keynesiano que tem aversão pela austeridade. Agora vão detonar o trabalho por não ter base. Não é possível afirmar que foi ou não voluntário. Porém está errado e os autores deixaram passar. De qualquer forma a culpa é deles.

No Brasil, existe um certo pesquisador da USP que fez uma maquiagem mais descarada sobre o setor imobiliário. Uma hora esse picareta cai. [004]
Researchers Finally Replicated Reinhart-Rogoff, and There Are Serious Problems.

APR 16, 2013

Mike Konczal
In 2010, economists Carmen Reinhart and Kenneth Rogoff released a paper, "Growth in a Time of Debt." Their "main result is that...median growth rates for countries with public debt over 90 percent of GDP are roughly one percent lower than otherwise; average (mean) growth rates are several percent lower." Countries with debt-to-GDP ratios above 90 percent have a slightly negative average growth rate, in fact.

This has been one of the most cited stats in the public debate during the Great Recession. Paul Ryan's Path to Prosperity budget states their study "found conclusive empirical evidence that [debt] exceeding 90 percent of the economy has a significant negative effect on economic growth." The Washington Post editorial board takes it as an economic consensus view, stating that "debt-to-GDP could keep rising — and stick dangerously near the 90 percent mark that economists regard as a threat to sustainable economic growth."

Is it conclusive? One response has been to argue that the causation is backwards, or that slower growth leads to higher debt-to-GDP ratios. Josh Bivens and John Irons made this case at the Economic Policy Institute. But this assumes that the data is correct. From the beginning there have been complaints that Reinhart and Rogoff weren't releasing the data for their results (e.g. Dean Baker). I knew of several people trying to replicate the results who were bumping into walls left and right - it couldn't be done.

In a new paper, "Does High Public Debt Consistently Stifle Economic Growth? A Critique of Reinhart and Rogoff," Thomas Herndon, Michael Ash, and Robert Pollin of the University of Massachusetts, Amherst successfully replicate the results. After trying to replicate the Reinhart-Rogoff results and failing, they reached out to Reinhart and Rogoff and they were willing to share their data spreadhseet. This allowed Herndon et al. to see how how Reinhart and Rogoff's data was constructed.

Imagem


They find that three main issues stand out. First, Reinhart and Rogoff selectively exclude years of high debt and average growth. Second, they use a debatable method to weight the countries. Third, there also appears to be a coding error that excludes high-debt and average-growth countries. All three bias in favor of their result, and without them you don't get their controversial result. Let's investigate further:

Selective Exclusions. Reinhart-Rogoff use 1946-2009 as their period, with the main difference among countries being their starting year. In their data set, there are 110 years of data available for countries that have a debt/GDP over 90 percent, but they only use 96 of those years. The paper didn't disclose which years they excluded or why.

Herndon-Ash-Pollin find that they exclude Australia (1946-1950), New Zealand (1946-1949), and Canada (1946-1950). This has consequences, as these countries have high-debt and solid growth. Canada had debt-to-GDP over 90 percent during this period and 3 percent growth. New Zealand had a debt/GDP over 90 percent from 1946-1951. If you use the average growth rate across all those years it is 2.58 percent. If you only use the last year, as Reinhart-Rogoff does, it has a growth rate of -7.6 percent. That's a big difference, especially considering how they weigh the countries.

Unconventional Weighting. Reinhart-Rogoff divides country years into debt-to-GDP buckets. They then take the average real growth for each country within the buckets. So the growth rate of the 19 years that the U.K. is above 90 percent debt-to-GDP are averaged into one number. These country numbers are then averaged, equally by country, to calculate the average real GDP growth weight.

In case that didn't make sense, let's look at an example. The U.K. has 19 years (1946-1964) above 90 percent debt-to-GDP with an average 2.4 percent growth rate. New Zealand has one year in their sample above 90 percent debt-to-GDP with a growth rate of -7.6. These two numbers, 2.4 and -7.6 percent, are given equal weight in the final calculation, as they average the countries equally. Even though there are 19 times as many data points for the U.K.

Now maybe you don't want to give equal weighting to years (technical aside: Herndon-Ash-Pollin bring up serial correlation as a possibility). Perhaps you want to take episodes. But this weighting significantly reduces the average; if you weight by the number of years you find a higher growth rate above 90 percent. Reinhart-Rogoff don't discuss this methodology, either the fact that they are weighing this way or the justification for it, in their paper.

Coding Error. As Herndon-Ash-Pollin puts it: "A coding error in the RR working spreadsheet entirely excludes five countries, Australia, Austria, Belgium, Canada, and Denmark, from the analysis. [Reinhart-Rogoff] averaged cells in lines 30 to 44 instead of lines 30 to 49...This spreadsheet error...is responsible for a -0.3 percentage-point error in RR's published average real GDP growth in the highest public debt/GDP category." Belgium, in particular, has 26 years with debt-to-GDP above 90 percent, with an average growth rate of 2.6 percent (though this is only counted as one total point due to the weighting above).

Being a bit of a doubting Thomas on this coding error, I wouldn't believe unless I touched the digital Excel wound myself. One of the authors was able to show me that, and here it is. You can see the Excel blue-box for formulas missing some data:



This error is needed to get the results they published, and it would go a long way to explaining why it has been impossible for others to replicate these results. If this error turns out to be an actual mistake Reinhart-Rogoff made, well, all I can hope is that future historians note that one of the core empirical points providing the intellectual foundation for the global move to austerity in the early 2010s was based on someone accidentally not updating a row formula in Excel.

So what do Herndon-Ash-Pollin conclude? They find "the average real GDP growth rate for countries carrying a public debt-to-GDP ratio of over 90 percent is actually 2.2 percent, not -0.1 percent as [Reinhart-Rogoff claim]." [UPDATE: To clarify, they find 2.2 percent if they include all the years, weigh by number of years, and avoid the Excel error.] Going further into the data, they are unable to find a breakpoint where growth falls quickly and significantly.

This is also good evidence for why you should release your data online, so it can be properly vetted. But beyond that, looking through the data and how much it can collapse because of this or that assumption, it becomes quite clear that there's no magic number out there. The debt needs to be thought of as a response to the contingent circumstances we find ourselves in, with mass unemployment, a Federal Reserve desperately trying to gain traction at the zero lower bound, and a gap between what we could be producing and what we are. The past guides us, but so far it has failed to provide evidence of an emergency threshold. In fact, it tells us that a larger deficit right now would help us greatly.

[UPDATE: People are responding to the Excel error, and that is important to document. But from a data point of view, the exclusion of the Post-World War II data is particularly troublesome, as that is driving the negative results. This needs to be explained, as does the weighting, which compresses the long periods of average growth and high debt.]

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Re: Crise Econômica Mundial

#5440 Mensagem por NettoBR » Qua Abr 17, 2013 2:38 pm

FMI - Juros baixos dos EUA geram efeitos colaterais financeiros
quarta-feira, 17 de abril de 2013 11:17 BRT

WASHINGTON, 17 Abr (Reuters) - A política monetária frouxa nos Estados Unidos encorajou padrões mais fracos para subscrições corporativas, enquanto a dívida empresarial continua a crescer, colocando um risco à estabilidade financeira, alertou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quarta-feira.

Fundos de pensão e empresas de seguro podem também estar assumindo mais riscos do que deveriam, à medida que buscam ativos de maior rendimento para suprir um déficit de financiamento, que ficou em 28 por cento para os fundos de pensão no fim do ano passado, informou o FMI em seu Relatório de Estabilidade Financeira Global.

Tudo isso está acontecendo enquanto os EUA ainda estão a apenas um terço do caminho do ciclo de negócios atual, informou o FMI.

"A tensão está crescendo entre a necessidade pela acomodação extraordinária da política monetária e os mercados de crédito que estão tendo vencimentos mais rápidos do que nos ciclos típicos", informou o relatório.

O apetite por ativos de maior risco também está se espalhando pelas economias emergentes, à medida que os investidores buscam rendimentos mais altos, tornando esses países mais vulneráveis a fluxos voláteis de capital.

Em geral, a estabilidade financeira global tem melhorado nos últimos seis meses e há poucos sinais claros de bolhas de ativos, disse o FMI. Mas os governos devem ficar alertas e garantir que estejam continuando as reformas estruturais e bancárias --ou correm o risco de cair em uma crise financeira crônica.

A análise do FMI pode ser mais um elemento para os temores sobre os efeitos colaterais do afrouxamento monetário agressivo, que deve dominar as reuniões de ministros financeiros e bancos centrais das maiores economias mundiais nesta semana.

Fonte: http://br.reuters.com/article/businessN ... 3G20130417




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Re: Crise Econômica Mundial

#5441 Mensagem por Bourne » Qui Abr 18, 2013 7:09 am

Amostras da discussão sobre política econômica atual.


Lord Adair Turner, Senior Fellow at the Institute of New Economic Thinking (INET), describes the benefits of capitalism freed from free-market dogma, and the economic and financial lessons Asia and the West can learn from one another.
Se fosse no Brasil, teria gente comentando "tudo culpa dessa republica sindicalista, do PT, bando de vagabundos, terroristas". Como está inglês e foca na economia nada é comentando. Devido a terem que aprender inglês e não tem obrigação disso. :lol:




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Re: Crise Econômica Mundial

#5442 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Abr 18, 2013 11:07 am





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Re: Crise Econômica Mundial

#5443 Mensagem por P44 » Qui Abr 18, 2013 11:14 am

segundo a porca da merkel a culpa de tanto desemprego deve-se a existir salário minimo... :roll: tanta gente boa que morre e aquele monte de esterco continua vivo :x




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Re: Crise Econômica Mundial

#5444 Mensagem por Bourne » Qui Abr 18, 2013 11:20 am

Não seja radical. Apenas para os não-alemães. Na terra da Senhora Merkel é diferente. Inclusive com medidas que avançam na proteção social como forma de ajudar a zona a sair de crise. Por que os alemães consumirem mais ajuda a a sair da crise. :wink:




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Re: Crise Econômica Mundial

#5445 Mensagem por P44 » Qui Abr 18, 2013 11:22 am

Eu sei, as regras dela só se aplicam ás raças inferiores




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