O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Luís Henrique
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#541 Mensagem por Luís Henrique » Sáb Mai 23, 2009 8:02 pm

A.K. for T-7 escreveu:EU acho que o ideal seria um guarda-chuva de BUK-1-M2 em nível de Brigada (GAAé) e todos os Btl e Cia Leve, Aeromóvel, Paraquedista, de Selva e de Montanha, independente de Arma ou Serviço, com um Pel AAé ou um Gpto AAé equipado com IGLA-S para cobrir as zonas de sombra e garantir a defesa aproximada. Para os Btl e Cia Bld ou Mtz, aí sim um Pel de TOR-1-M2 para garantir a defesa nas zonas de sobra e contra os heli de ataque fazendo pop up...
TOTALMENTE apoiado.

Eu to falando isso faz tempo. Esse negócio de 15 ou 20 km não serve.
Temos que derrubar aeronaves voando MUITO alto tb e longe.
Qualquer porcaria de arma tem alcance superior a 15 ou 20 km.
O BUK derruba um caça em grande altitude e tb bem mais longe, cerca de 50 km de distância.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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ZeRo4
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#542 Mensagem por ZeRo4 » Sáb Mai 23, 2009 8:52 pm

Nós já discutimos sobre o BUK anteriormente nessa mesma página e na verdade estamos buscando soluções dentro da discussão para o "problema" dos 15/20km atualmente proposto.

O negócio é que o BUK, parece, que não está tendo um bom rendimento, se não me engano, a Filândia, que adquiriu algumas unidades como forma de pagamento de dívidas já está tirando os seus BUKs de serviço pois parecem que estão muito abaixo da média em relação a jamming, guerra eletrônica e etc.

Tirando o BUK não há nenhum sistema que cubra a faixa de 40km a não ser o Spyder, que já teve suas desvantagens colocadas no próprio tópico. A três opções, discutidas a algumas páginas atrás por mim e pelo Leandro são: a) adoção de um sistema completamente nacional, pois seríamos auto-suficientes em relação a alimentação do sistema, a compra de grande estoque de munição junto com o sistema que vier a ser adquirido lá fora ou a possível fabricação dos mísseis no Brasil.

A minha posição é bem simples. Acho que grande maioria está criando problema onde não existe. Qualquer bomba com um kit de asas chega fácil aos 100-120km. O alcance dos kits Opher/Lizard Israelenses, que são simples, pode chegar a 40km dependendo da altitude que são lançados.

O Buk é um sistema bem mais caro, seus mísseis também são bem mais caros e eu duvido que tenham o mesmo pk contra esse tipo de ameaça do que sistemas dedicados. Fora isso, resolvemos um problema e acabamos com outro bem pior... como o Buk é semi-ativo, ficaria bem vulnerável a mísseis anti-radiação, visto que tem que operar 100% do tempo com o radar ligado.

Ou seja, gastaremos muito mais dinheiro para adquirir e operar um sistema que está sob suspeita e que não resolverá de forma satisfatória o problema, visto que kits como SPICE e Umbani, que também são relativamente simples, tem um alcance beirando os 100-120km.

Essas ameaçadas estariam neutralizadas em grande parte com o S-300, sendo que história é bemmm mais embaixo, o sistema é bemmm mais caro de se adquirir e operar e eu não vejo num curto prazo de tempo a possibilidade desse sistema operando aqui.

Hoje nós estaríamos muito bem servidos com o IGLA, que já operamos, e o Pantsyr/TOR operando nas duas forças.




As GATs e RPs estão em toda cidade!

Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..." ;)
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#543 Mensagem por LeandroGCard » Sáb Mai 23, 2009 9:35 pm

Luís Henrique escreveu:
A.K. for T-7 escreveu:EU acho que o ideal seria um guarda-chuva de BUK-1-M2 em nível de Brigada (GAAé) e todos os Btl e Cia Leve, Aeromóvel, Paraquedista, de Selva e de Montanha, independente de Arma ou Serviço, com um Pel AAé ou um Gpto AAé equipado com IGLA-S para cobrir as zonas de sombra e garantir a defesa aproximada. Para os Btl e Cia Bld ou Mtz, aí sim um Pel de TOR-1-M2 para garantir a defesa nas zonas de sobra e contra os heli de ataque fazendo pop up...
TOTALMENTE apoiado.

Eu to falando isso faz tempo. Esse negócio de 15 ou 20 km não serve.
Temos que derrubar aeronaves voando MUITO alto tb e longe.
Qualquer porcaria de arma tem alcance superior a 15 ou 20 km.
O BUK derruba um caça em grande altitude e tb bem mais longe, cerca de 50 km de distância.
Se o BUK estiver atuando na defesa sozinho um inimigo com capacidade razoável atacará de longe com bombas planadoras ou UAV's armados, forçando o uso dos próprios mísseis do BUK para interceptá-los, e sua relação custo/benefício será péssima. Os mísseis são bem grandes e relativamente caros, e não se espera que estejam disponíveis em guande quantidade. Para montar uma defesa anti-aérea eficiente um sistema como o BUK deve ser complementado por um como o Tor. E Manpads como o IGLA não servem para isso, pois tem alcance e altitude efetiva pequenas demais.

Além disso o BUK usa guiagem por radar semi-ativo e é mais fácil de jamear, além de ser o alvo perfeito para mísseis anti-radar, os quais também não vale à pena abater com o próprio BUK. Se é para ter um sistema de mísseis de maior altitude e raio de ação que um Tor, Pantsyr ou Lie Ying (e eu pessoalmente acho que isto seria imprescindível), então minha opção seria partir logo para algumas baterias de Aster-15/30 ou S-300.

Minha composição ideal para um sistema anti-aéreo brasileiro seria assim:

- Manpads como o IGLA ou o Mistral para proteção de unidades menores, até o nível de companhia, contra helis e aviões de apoio aéreo aproximado. Umas poucas centenas em estoque já seriam o suficiente.

- Um míssil da classe do Banse, mas em plataforma móvel, para a defesa em escalões maiores e de objetivos importantes como centros de comando, portos, bases aéreas, pontes, etc... . Um Pantsyr também atende, e um Tor fica no limite mínimo. Este deveria ser produzido aqui, pois a quantidade necessária seria imensa em caso de guerra tanto pela dispersão necessária (maior quanto menor o alcance e mobilidade) quanto pelo seu uso contra bombas, mísseis etc... além das próprias aeronaves atacantes.

- Um míssil de maior alcance, como o Aster-30, para complementar o da classe anterior em uma disposição mais espalhada e no caso de alvos em grande altitude como aviões de reconhecimento. Umas 10 ou 12 de baterias e uns 100 ou 120 mísseis em estoque já estariam de bom tamanho.


Poderia haver também o desenvolvimento em paralelo de uma versão do MAA-1B (e depois do A-Darter) com um grande booster e guiagem intermediária por comandos de rádio ou navegação inercial, para complementar o míssil de maior alcance. Mas deve-se levar em conta que a orientação IR ou IIR é mais sensível às condições atmosféricas, principalmente nuvens. Um míssil assim só valeria à pena se fosse um desenvolvimento local para aproveitar o trabalho já desenvolvido para os mísseis Ar-Ar.


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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#544 Mensagem por Rodrigoiano » Sáb Mai 23, 2009 10:47 pm

zarata escreveu:
Rodrigoiano escreveu: Prezado Alitson, as informações chinesas são tão "estranhas", que embora fale que foi inspirado no Patriot e S-300, na tabela de dados, fala em vel. máx. de mach 2!!!! :evil: Ou erro de digitação ou é para abater pombos no aeroporto de Pequim! :mrgreen:

Abraço!

P.S.:Mas o Marino tranquilizou quanto a não ser chinês! :D
o produto chinês não e´de boa qualidade?
Pelo postado por alguns colegas aqui não. Baseado no sparrow. pode até não ser ruim, mas tem coisa melhor e com melhor custo/benefício.

Abraço!




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#545 Mensagem por Bolovo » Dom Mai 24, 2009 12:28 am

O EB tem apenas uma Brigada de Artilharia Anti-Aérea.

* Comando 1ª Brigada de Artilharia Anti-Aérea - Guarujá
- Bateria Comando 1ª Brigada de Artilharia Anti-Aérea - Guarujá
- 1º Grupo de Artilharia Antiaérea – Rio de Janeiro
- 2º Grupo de Artilharia Antiaérea - Praia Grande
- 3º Grupo de Artilharia Antiaérea - Caxias do Sul
- 4° Grupo de Artilharia Antiaerea – Sete Lagoas
- 11° Grupo de Artilharia Antiaerea – Brasília

Em cada grupo desse ficaria o que? Uma bateria de ASTER ou S300? E cada Brigada do EB tem sua Bateria AAe. Mas quando as blindadas blindadas, o que acompanhará as colunas blindadas? E as bases da FAB? E o MB? E quanto o CFN? Tenho muitas duvidas e sei muito pouco. :mrgreen:

Mas que o sueco BAMSE, e junto uns BOLIDE, para defesa de bases, portos, instalações importantes é legal, né... [000] :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#546 Mensagem por Glauber Prestes » Dom Mai 24, 2009 2:04 am

Não sei a quantas anda o negócio, mas era pra ser assim: As baterias orgânicas de brigadas blindadas e mecanizadas receberiam material blindando e/ou sobre rodas, e as baterias leves ficariam com sistemas móveis mas bem mais leves. Os GAAAe ficariam com unidades capazes de operar em todos os níveis, como por exemplo: igla, Goalkeeper, BUK, e S-300. Mas isso é praticamente uma utopia.




http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#547 Mensagem por Glauber Prestes » Dom Mai 24, 2009 2:07 am

Não sei quais os planos da FAB, mas eu investiria em um Missile killer, de alta precisão, e alta velocidade de emprego. O CFN deveria adotar uma solução semelhante à do EB, já que o emprego seria semelhante.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#548 Mensagem por LeandroGCard » Dom Mai 24, 2009 10:31 am

Bolovo escreveu:O EB tem apenas uma Brigada de Artilharia Anti-Aérea.

* Comando 1ª Brigada de Artilharia Anti-Aérea - Guarujá
- Bateria Comando 1ª Brigada de Artilharia Anti-Aérea - Guarujá
- 1º Grupo de Artilharia Antiaérea – Rio de Janeiro
- 2º Grupo de Artilharia Antiaérea - Praia Grande
- 3º Grupo de Artilharia Antiaérea - Caxias do Sul
- 4° Grupo de Artilharia Antiaerea – Sete Lagoas
- 11° Grupo de Artilharia Antiaerea – Brasília

Em cada grupo desse ficaria o que? Uma bateria de ASTER ou S300? E cada Brigada do EB tem sua Bateria AAe. Mas quando as blindadas blindadas, o que acompanhará as colunas blindadas? E as bases da FAB? E o MB? E quanto o CFN? Tenho muitas duvidas e sei muito pouco. :mrgreen:

Mas que o sueco BAMSE, e junto uns BOLIDE, para defesa de bases, portos, instalações importantes é legal, né... [000] :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
Poderia ser feita uma distribuição assim:

- Cada GAAe da BAAe teria 1 bateria de Aster-30 ou S-300 para o longo alcance, e mais baterias de mísseis de alcance médio (Bamse, Pantsyr ou Tor) em número de 6 ou 12, dependendo do alcance e da mobilidade. Ficariam responsáveis por defesas de área nas regiões de alvos mais importantes (cidades, centros de comando, hidroelétricas, até mesmo estradas, o que fosse mais importante no conflito em questão).

- As brigadas do EB teriam suas baterias orgânicas de médio alcance. Poderiam ser de 1 a 3, novamente dependendo do alcance e da mobilidade do sistema e da própria natureza da brigada. No caso de risco do inimigo desviar os ataques aéreos de grande altura/distância contra uma destas brigadas ela se tornaria o objetivo da proteção de um dos GAAe's acima. Brigadas de infantaria leve seriam as que teriam apenas 1 sistemas de médio alcance, para proteção da artilharia e do comando. Brigadas mecanizadas e/ou com tanques teriam uma maior proteção, e nestas os sistemas teriam que ter a mesma mobilidade dos veículos empregados. Os FN teriam de 2 ou 3 baterias. A Bpqd provavelmente ficaria só com Manpads.

- Manpads seriam distribuídos ao nível de companhia para cada unidade que estivesse próximo à frente de combate, ao alcance de ataques de helis e aviões de apoio aproximado.

- Artilharia de tubo seria distribuída junto com as baterias de médio alcance, para complementá-las.


Para a FAB seria utilizada a mesma dispribuição da BAAe do exército, já que a missão é muito parecida (só mudam os alvos a ser protegidos, que seriam as bases aéreas). Além disso ela deveria ter mais uma boa quantidade de baterias de médio alcance para proteção principalmente de estações de radar que são muitas e espalhadas. Ficaria muito caro proteger todas com mísseis de longo alcance, melhor ter radares de reserva.

A MB também teria baterias de médio alcance extras para proteger suas bases e portos usados para reabastecimento, complementado os mísseis dos próprios navios. Os mísseis de longo alcance da MB poderiam ser todos embarcados, mas repare que neste caso o número de navios com capacidade AA de longo alcance teria que ser maior do que no caso da MB possuir baterias deste tipo em terra, o que seria uma outra opção.


Um detalhe importante é que para cada aplicação o tipo de plataforma ideal para os mísseis e canhões AA deveria ser diferente. As unidades blindadas, infantaria leve e os FN deveriam ter sistemas montados sobre esteiras, as unidades mecanizadas em veículos fora-de-estrada sobre rodas (6x6 ou 8x8) e a BAAe, FAB e MB poderiam ter seus sistemas em caminhões. Os tipos de míssil também deveriam ser específicos, os mísseis de médio alcance da BAAe, FAB e MB devem ter o máximo alcance possível para a classe (Bamse?), já os que acompanham as unidades blindadas e macanizadas poderiam ter alcance menor (Tor?).

Para otimizar a defesa AA para cada situação é que os russos tem tantos modelos diferentes de sistemas e mísseis. Aqui provavelmente deveremos escolher apenas 1 sistema de cada tipo, o que não é o ideal mas economiza em manutenção e treinamento. Mas principalmente no médio alcance não é fácil escolher um sistema que seja adequado para todas as aplicações.



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Carlos Mathias

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#549 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Mai 24, 2009 12:21 pm

Por isso o Pantsyr na minha opinião é bom, fecha várias lacunas e é bem flexível em relação à plataforma, podendo até ser fixo, prá agradar o Bolovo, e de referência concretado no chão. :mrgreen:

Sobre a fragilidade dos BUK, isso foi corrigido na versão M2.
E o que eu soube da Finlândia é que vão trocar apenas os mísseis, mantendo veículos, radares e etc.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#550 Mensagem por ciclope » Dom Mai 24, 2009 7:04 pm

Eu não vejo como a FAB poderia levar um TOR-2 ou Pantsyr para uma base no meia da Amazonia de avião(C-130,KC-390ou C-295), ou helicoptero. Porem da pra imaginar uma Bamse! :roll:
Pergunta: seria muito dificil os sueco modificarem o Bamse para disparar enquanto ele é rebocado, transformando-se em um sistema quase que autopropulsado?
Sim pois se ele opera autonomo dos demais deveria ter a capacidade de disparar durante o seu deslocamento. :roll:




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#551 Mensagem por Bolovo » Dom Mai 24, 2009 7:46 pm

Carlos Mathias escreveu:Por isso o Pantsyr na minha opinião é bom, fecha várias lacunas e é bem flexível em relação à plataforma, podendo até ser fixo, prá agradar o Bolovo, e de referência concretado no chão. :mrgreen:
Que bom, né?
Carlos Mathias escreveu:Sobre a fragilidade dos BUK, isso foi corrigido na versão M2.
E o que eu soube da Finlândia é que vão trocar apenas os mísseis, mantendo veículos, radares e etc.
WRONG! (em inglês imperialista para não esconder minha faceta Macarthista! HA HA HA!)

Na verdade os sistema BUK serão modernizados, para aguentar até 2015, quando quando começarão a ser substituídos pelo NASAMS 2, versão aprimorada do norueguês-americano NASAMS. É nada mais que o AMRAAM utilizado como míssil terra-ar. O motivo alegado é vulnerabilidade do sistema de guerra eletrônica das baterias BUK. E já avisando que tudo isso custou muito caro, +500 milhões de EUROS!!! Mas quem pode, pode. :wink:

http://yle.fi/uutiset/news/2009/04/gove ... 13440.html

http://en.wikipedia.org/wiki/NASAMS

http://en.wikipedia.org/wiki/NASAMS_II




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#552 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Mai 24, 2009 9:14 pm

Wikipedia? Hmmm, tá certo.




Carlos Mathias

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#553 Mensagem por Carlos Mathias » Dom Mai 24, 2009 9:19 pm

Eu não vejo como a FAB poderia levar um TOR-2 ou Pantsyr para uma base no meia da Amazonia de avião(C-130,KC-390ou C-295), ou helicoptero. Porem da pra imaginar uma Bamse! :roll:
Isso seria solucionado de uma maneira ou de outra. Desmontado, em partes, com a viatura sem as rodas e sobre uma prancha com rodilhas, enfim, há soluções para o transporte, mas para uma deficiência nata, como ser estático e levar uma semana para entrar e sair de posição, não.
Pergunta: seria muito dificil os sueco modificarem o Bamse para disparar enquanto ele é rebocado, transformando-se em um sistema quase que autopropulsado?
Acho que poder pode, mas seria uma gambiarra do cacete. Uma carrocinha chacoalhando atrás dum caminhão e atirando mísseis... Dá prá imaginar?




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#554 Mensagem por Bolovo » Dom Mai 24, 2009 10:05 pm

Carlos Mathias escreveu:Wikipedia? Hmmm, tá certo.
Oh, céus. Carlos, se fizesse o favor de abrir os links, coisa que OBVIAMENTE não fez, iria ver o porque. Os dois links da Wikipédia é para quem quer saber um pouquinho mais sobre o NASAMS. O primeiro link, de um site de noticias, é sobre a compra. Deve ser pela visão limitada, antiamericana, onde ver que tenha algo americano no meio, oh meu deus! És Macarthista. Assim fica díficil. Vamos ver com uma notícia finlandesa.
  • Maaliskuussa 2008 Suomen Kuvalehti kertoi BUK-järjestelmän alttiudesta ulkoiselle häirinnälle, jota ei pystytä täysin poistamaan korvaavilla toimilla.

    ”Kysymys on elektronisesta sodankäynnistä”, korkea-arvoinen sotilasasiantuntija kertoi SK:ssa 10/2008 (ilm. 7.3.2008).

    http://suomenkuvalehti.fi/jutut/kotimaa ... iljoonilla

Obviamente apelei. Pois está em finlandês, vou ajudar um pouquinho e colocar em inglês (língua satânica), traduzido porcamente pelo Tradutor Google, mas dá para entender.
  • In March 2008 the Finnish Kuvalehti told BUK-system susceptibility to external harassment, which is not possible to completely eliminate the compensatory measures.

    "The question is electronic warfare", a high-ranking military experts told the CC in 10/2008 (Rev. 7.3.2008).

Mas não sei, esses finlandeses, altamente Macarthistas, trocando infalíveis sistemas russos por satânicos sistemas americanos... hmm, algo errado deve ter nessa salada. Eu apostaria em subornos pagos pela CIA ou coisa parecida. Não é possível. Comentários?




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#555 Mensagem por LeandroGCard » Dom Mai 24, 2009 10:23 pm

ciclope escreveu:Eu não vejo como a FAB poderia levar um TOR-2 ou Pantsyr para uma base no meia da Amazonia de avião(C-130,KC-390ou C-295), ou helicoptero. Porem da pra imaginar uma Bamse! :roll:
Pois é, cada sistema tem a sua especificidade. Em várias circunstâncias um Bamse seria realmente mais adequado.
Pergunta: seria muito dificil os sueco modificarem o Bamse para disparar enquanto ele é rebocado, transformando-se em um sistema quase que autopropulsado?
Sim pois se ele opera autonomo dos demais deveria ter a capacidade de disparar durante o seu deslocamento. :roll:
Um sistema CLOS precisa manter o feixe de orientação alinhado com o alvo durante todo o vôo do míssil, e seria extremamente difícil conseguir isso com o Bamse em sua plataforma original sendo rebocado e balançando para todo lado. Teria que ser desenvolvida uma plataforma estabilizada sobre a qual ele seria colocado, e isso provavelmente exigiria um veículo de transporte tão grande e pesado quanto os do Tor e do Pantsyr.

Mas fora o caso das unidades mecanizadas e blindadas não vejo necessidade do sistema poder disparar em movimento, ele só precisa poder se mover rapidamente de uma posição para outra, para evitar ser plotado pelo inimigo e assim virar alvo para ataques com bombas lançadas no modo CCIP ou guiadas. Mesmo um sistema rebocado pode conseguir isso, contanto que não tenha que ser alinhado após cada deslocamento (ou que isso possa ser feito muito rapidamente). Mesmo no acompanhamento de unidades de infantaria à pé os lançadores poderiam se deslocar alternadamente, "pulando-carniça", mas neste caso seria necessário um número maior de unidades para manter o mesmo nível de proteção durante o deslocamento. O mesmo vale para os radares de detecção dos alvos.

É realmente difícil imaginar um sistema perfeito em todas as ocasiões e circunstâncias, por isso existem tantos e tão diferentes. Cada um foi imaginado pensando-se em uma circunstância específica, sem falar nos que foram desenvolvidos para aproveitar mísseis que já existiam para outras aplicações.


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