Túlio escreveu: ↑Qui Dez 30, 2021 12:42 pm
FCarvalho escreveu: ↑Qui Dez 30, 2021 12:20 pm
Honestamente, se formos seguir a lógica de que não tem nada aqui para justificar a presença de caças, e nem de defesa aérea pautada neles, o que tem no RJ e no RGS para manter caças lá também? Que eu saiba absolutamente nada, também.
Então é melhor cancelar a caça da FAB como um todo e deixar apenas os KC-390 que são muito mais úteis ao país nas horas vagas já que não temos motivos críveis para exigir uma defesa aérea com caças a jato de norte a sul. O problema principal da FAB são e continuarão sendo os papa-tango do tráfico de drogas e olhe lá.
Para isso os A-29 estão de ótimo tamanho.
E aí, qualquer coisa é só chamar a "cavalaria americana" que com certeza eles vem nos proteger.
Até de nós mesmo.
Mas qual caça vão botar aqui? Que eu saiba o primeiro lote de Gripen vai todinho pra Anápolis e tô de boas com isso, afinal, ainda temos a BACO e a BASM e até onde sei ninguém pensa em fechá-las, assim, se der encrenca vão servir de ponto de apoio aos caças, que estarão operando do mesmo jeito que começaram a fazer aqui com Xavante, lá nos anos 80: a partir de trechos de estrada, já selecionados e manutenidos/aperfeiçoados desde aqueles tempos.
Mesma coisa aí, fecharam o Pacau mas não a BAMN, e em lugar algum do Brasil o GF anda fazendo mais estrada do que no N e NE. E aí queres deixar de lado o grande diferencial do Gripen e fazê-lo operar igual F-16, bem bonitinho, tudo arrumadinho numa fila bem retinha, cada um na sua base, só esperando pela PGM que vai aniquilar todo mundo...
Tira essa cabeça da Segunda Guerra Mundial,
POWS!!!
Quantos caças tu conheces que são capazes de fazer operação de rodopista ou operar dispersos hoje no mundo? Eu sei de uns 2 ou 3, se muito, Gripen incluso.
E partes de uma premissa equivocada de que para todos os efeitos os Gripen E/F da FAB irão operar impositivamente no modo de dispersão e/ou rodopista a todo momento. Isto serve em tempos de paz apenas para fazer treinamento do pessoal de terra e dos aviadores, mas não é uma obrigação e muito menos a única forma de operar.
E sim, 99% das forças aéreas do mundo hoje operam ainda como na GM II, em tempos de paz. E nem poderia ser diferente. Até os suecos fazem isso, concentrando seus caças nas bases aéreas para operações normais do dia a dia da defesa aérea. Não existe isso de todo mundo correr pro mato no primeiro susto.
E da mesma forma que as demais bases aéreas, pela tua analogia anterior, Anápolis não tem a menor necessidade também de defesa aérea já que não temos problemas com ninguém e Brasília está muito longe de tudo no centro do país, e os vizinhos sequer possuem caças com alcance suficiente para chegar à metade do caminho antes de caírem por pane seca. Aliás, o mesmo vale para todas as bases aéreas do país. Não tem como vir aqui querer arrumar encrenca sem uma ou duas paradas para Revo antes disso. E até onde eu sei, Revo de caças se faz em grandes altitudes e não o contrário. Então, sendo este realizado aqui ou fora, seremos alertados de qualquer jeito, com certa antecedência até. Para isso servem o SISDABRA e os E-99.
No mais, pistas e rodovias na região norte são uma exceção à realidade e não a regra. Algumas rodovias federais estão sendo manutenidas e/ou recuperadas. Mas isso todo ano tem e nem por isso é mais fácil andar por aqui via terrestre. A maior parte das rodovias está concentrada no Pará, na Amazônia ocidental praticamente é quase zero o número de rodovias, sejam federais ou estaduais. E as poucas que existem mal e porcamente servem para uso de carros ou caminhões, imagina um caça da força aérea.
Por fim, se o SISDABRA servir para alguma coisa, e a nossa inteligência militar também, eventuais movimentações militares dos vizinhos - e além - são monitoradas constantemente mesmo em tempos de paz, inclusive dentro do espaço aéreo dos países limítrofes como bem sabes. O sistema da FAB tem penetração de mais de 100 kms fronteira adentro em certos lugares onde os radares operam e não raro toda a movimentação é vigiada e classificada o tempo todo. Pouca coisa passa despercebida pelo SISDABRA hoje em dia. A questão são os ainda vários furos existentes em função da localização, falta de cobertura radar, ou os onipresentes voos a baixa altitude do narcotráfico.
Então, não é possível a quem quer que seja vir aqui e querer nos atacar via aérea, seja vizinho ou de outros cantos do mundo, sem necessariamente termos um alerta antecipado com bastante antecedência, visto a construção dO sistema de consciência situacional que se está construindo de forma integrada pelas 3 ffaa's.
Hoje só com o SISCEAB já seria muito difícil fazer isso, com o SISFRON e o SISGAAZ funcionando na íntegra, então é praticamente impossível, a não ser que haja negligência de nossa parte e queiramos nos oferecer como um alvo prático e simples a qualquer um.
Mas isso eu suponho que não sejamos, por mais inepta que seja a nossa defesa em termos de capacidade de defesa aérea.