ninjanki escreveu:Orestes,
Eu entendo isso. Mas por exemplo, vejo que a MB teria de manter o A-12 bem longe da costa da Argentina, ou do Chile, ou de qualquer outro país da AL aonde tivesse que intervir, pois a maioria desses países conta com interceptadores supersonicos. Qualquer um deles seria um problema para os A4 se estiver equipado com míssil BVR. Fora esses, em que cenário o A4 ofereceria defesa de frota?
Allan
Olá Allan,
novamente acredito que você falha nos "fundamentos". Você imagina o A-12 operado relativamente próximo da costa de um dos citados países? Eu não! Este tipo de "missão" cabe a outro vetor naval, então.. Espero não estarmos falando apenas do SP e seus A-4´s, temos outros meios navais, não é?
Além disso, supondo que o país seja a Argentina (apenas exemplo, que os hermanos me desculpem), não se esqueça que haveriam outras frentes de batalha, principalmente no continente, onde caças da FAB estariam operando, forçando-os a deslocar para de seus meios aéreos para este ambiente.
O papel dos A-4´s seria contra os meios navais da Argentina (novamente, exemplo, mas poderia ser a Venezuela ou sei lá quem; apenas um exercício de abstração), esta é a diferença. Se eles ficarem próximos à costa, no mínimo já se poderia dizer que o "inimigo ficou acuado", logo as táticas seriam outras. Não dá para imaginar que eles ficariam apenas fazendo defesa com seus caças, tentando atingir os navios brasileiros, uma hora a munição chegaria em níveis críticos (e rapidamente).
Em suma, Allan, o cenário de guerra não pode ser medido de forma simples e olhando apenas um meio de forma pontual, tem-se que olhar o contexto e o somatório de meios que podem ser utilizados, juntamente com as estratégias adequadas que são elaboradas a partir do que se tem, jamais se aventurando a usar um equipamento em condições que ele "não daria conta".
Para encerrar, já que citou a Argentina, lembre-se de como foi a guerra das Malvinas, na ocasião os ingleses contavam com dois "PA´s" e os meios aéreos dos argentinos (praticamente os mesmo de hoje, apenas modernizados) jamais se aproximaram dos mesmos, aliás tinham um sério problema de alcance. Por outro lado, se o PA argentino tivesse em condições de combate e conseguisse colocar seus A-4´s no ar, bem, não sei o que poderia acontecer no final, mas suspeito que o rumo desta fatídica guerra pudesse ser outro.
Grande abraço,
Orestes