Fórum Defesa Brasil

Guerra escreveu:Com esse funcionamento, imagino que a cadência seria maior que a de um FM. Será que a arma aguenta?

Aguenta... se for fabricada em liga de metal médio-Duro, como uma mistura de Aço com uma pitada de titânio, como é o caso da nova Gatling Yankee, mas nesse caso a arma é quase toda realizada em titânio dutile, com somente o 20% de aço inoxidavel.

liga de metal médio-Duro, como uma mistura de Aço com uma pitada de titânio

Senhores, estamos falando do recuo de munição 5,56 e não .308, sendo que a primeira tem um recuo de aproximadamente um terço do segundo...

MADSEN em ação.

Sodas essa, a gente querendo falar de armas MODERNAS e o Sky véio me vem de Madsen...

Pergunta pra um PM do Rio se trocaria a Madsen por uma moderna...

felipexion escreveu: Há 20 anos esse fuzil não está pronto...

E se abusar vai mais. E eu acho interessante o pessoal colocar a culpa desse atraso no EB.

Eu gosto de contar uma histórinha (e eu já contei umas duzentas vezes aqui no DB) porque para mim explica tudo o que estamos vivendo hoje.

Quando eu era aluno lá pelo fional dos anos 80 inicio dos malditos anos 90, na instrução de morteiro pesado o instrutor disse que iria dar mais enfase ao mrt 120, por era a arma que o EB iria adotar. Que era possivel chegarmos na tropa junto com essa arma.
Cara, o mrt 120 foi adotado a uns meses atrás. E assim foi com o AT4. Assim foi com o canhão, que segundo os instrutores iria ser substituido por um missel (falavam no COBRA).
O fuzil 5,56, ou fuzil 7,62 com cano curto e coronha dobravel era só mais um dos equipamentos que iriamos encontrar na tropa, segundo os instrutores.
E porque nada disso aconteceu? Não precisa ser gênio para saber que nada disso se concretizou porque a industria bélica no Brasil foi pro saco.
E porque ela foi pro saco?

"Ah, porque o fim da guerra fria..." Para com isso! Com guerra fria, ou sem guerra fria a Russia e EUA vendeu arma igual agua. Só para não citar só as duas potências, Suécia e Israel tb vendeu o quanto quis.


A industria bélica foi pro saco porque os nossos politicos aceitaram a politica americana para o nosso continente.

Quando disseram que o terceiro mundo não precisava de exército. Nossos politicos, muito espertos, copiaram e colaram o mesmo discurso, porque era negocio ter as FAs enfraquecidas.
Sem apoio politico e má administração, o resultado não podia ser outro.
O EB entregou as fabricas da IMBEL de mão beijada para a iniciativa privada colher os lucros e recebeu de volta, quando a ENGESA foi pro brejo, fabricas depredadas.

Não foram 20 anos para fazer fuzil. Foram 20 anos sem fazer nada. Esses 20 anos são uma lacuna. Uma lacuna que estamos preenchendo agora.
Então, estamos ai, começando a fabricar mrt 120, lança-rojão, FAL 7,62 cano curto e um fuzil 5,56.

Só para ilustrar meu post vou deixar o link do Sr José Luiz Whitaker Ribeiro, presidente da ENGESA batizando o Osorio com uma garrafa de cachaça.

http://3.bp.blogspot.com/_PSmCzzD8dN8/R ... sorio3.jpg

Ps: Só para conhecimento o Sr José Luiz Whitaker Ribeiro tb era presidente da IMBEL

Mas é isso que eu não entendo. Qual a vantagem de ter um FM? Eu não consigo ver outras vantagens se não por ter um mesmo funcionamento do fuzil, ser mais leve, e imagino, mais barato. De resto é só desvantagem.
Baixa cadência, carregador com pouca capacidade (e nem adianta aumentar muito porque a arma não aguenta).
Eu imagino que um projeto para solucionar esse problemas do FM, chega numa Mtr leve, sem agregar as vantagens do FM (um mesmo funcionamento do fuzil, ser mais leve, e imagino, mais barato).
Soluções existem, como o Franco colocou, mas vale a pena?

Túlio escreveu:Sul-Africanos, Israelenses e Australianos não concordam contigo...

Sugiro a leitura do excelente artigo do BERALDI citado parcialmente - com link - pelo BOLOVO...

É nesse artigo ai que o Beraldi explica que o EB não trocou o fuzil porque iria atrapalhar a ordem unida?

Acho. Aliás, tenho CERTEZA que vcs estão reclamando demais sem conhecer a criança.

Guerra escreveu:Mas é isso que eu não entendo. Qual a vantagem de ter um FM? Eu não consigo ver outras vantagens se não por ter um mesmo funcionamento do fuzil, ser mais leve, e imagino, mais barato. De resto é só desvantagem.
Baixa cadência, carregador com pouca capacidade (e nem adianta aumentar muito porque a arma não aguenta).
Eu imagino que um projeto para solucionar esse problemas do FM, chega numa Mtr leve, sem agregar as vantagens do FM (um mesmo funcionamento do fuzil, ser mais leve, e imagino, mais barato).
Soluções existem, como o Franco colocou, mas vale a pena?

Depende de como se vê o GC. Se é para engajar inimigos a uns 600m, eu concordo que um Fz Mtr 5,56 é desperdício de dinheiro e tempo. A MAG faz isso muito melhor. Mas isso não é o que vemos na guerra moderna, onde os engajamentos se dão a menos de cem metros. Neste cenário, vamos experimentar contrapor dois GCs bem diferentes, ambos com 9 homens:

Um deles tem sete Fzs FAL mais o do CMT, além de um FAP. Um dos FAL pode ser substituído por uma Arma de Apoio. Duas ETs e CMT solto ou com uma delas.

O outro é como descrevi, sete Fzs 5,56 - dois com LGs - um Fz Mtr e uma arma extra de acordo com a missão. Para mim isso mandaria pelos ares o GC de Apoio, que isso fique claro. Três ETs e o CMT comandando a de maior poder de fogo. Todos se apoiariam entre si...

WalterGaudério escreveu:Acho. Aliás, tenho CERTEZA que vcs estão reclamando demais sem conhecer a criança.

Mas eu digo uma coisa. Com um fz desses, o CFN não vai se desfazer dos seus M16, a FAB das suas HK e SIG e as Policias de suas M4. Daí o tal da END vai pro brejo. Ser melhor que o FAL é fácil. Quero ver estar no nível dos outros fuzis pelo mundo. Ai que a porca torce o rabo.

Pois para mim tanto faz qual fuzil desses modernosos por aí se adotar: todos têm ferrolho rotativo, cilindro e pistão, carregador de 30 cartuchos, são em 5,56 e corpo de plástico cheio de Picatinnys. Bota um ferrolho rotativo num Para-FAL, um êmbolo para empurrar o cartucho (ou alavanca solidária com o ferrolho), uns Piccatinnys, um carregador de fila tripla e é FAL 4ever, para gáudio dos Generais...

Ah, claro, preferencialmente o recrutamento se daria nas academias de musculação...

Sul-Africanos, Israelenses e Australianos não concordam contigo...

Eu posso citar uns trinta países que concordam...

Mas eu digo uma coisa. Com um fz desses, o CFN não vai se desfazer dos seus M16, a FAB das suas HK e SIG e as Policias de suas M4

Se a ordem vier, eles vão operar estilingues e arcabuses.
Veio a ordem e ficaram sem rancho, sem munição, ser tralhabina, sem qualquer coisa que a ordem mande.
As tralhabinas (usadas, sucata) o foram nos tempos de M-60, uma maravilha.

O CFN vai comprar M16A4 novinhos, Carlos, não sei se tu tava sabendo.