Mundo Árabe em Ebulição
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Exército turco responde a novo bombardeio vindo da Síria
Unidade militar sediada na região respondeu imediatamente à ofensiva.
Na sexta (5), outro ataque sírio não deixou vítimas em território turco.
A Turquia voltou a bombardear o território da vizinha Síria neste sábado (6) depois que um novo ataque sírio atingiu na província meridional de Hatay.
O projétil caiu em um terreno baldio nas cercanias do povoado turco de Güvecci, a poucas centenas de metros da fronteira síria, sem deixar mortos ou feridos, informou a agência de notícias "Anadolu". O projétil foi disparado durante os duros combates que o Exército regular sírio e grupos rebeldes travam ao redor do povoado de Harapjoz, na fronteiriça província síria de Idlib.
Uma unidade militar sediada na zona respondeu imediatamente ao fogo, seguindo um protocolo que vem virando rotina nos últimos dias.
Já são três os projéteis que caíram na Turquia desde quarta-feira, quando um deles matou cinco membros de uma família turca no povoado de Akçakale, na província de Sanliurfa.
Ataque sem vítimas
Na sexta-feira (5), o exército da Turquia respondeu a um novo disparo de artilharia procedente da Síria que alcançou seu território, sem causar vítimas, na província de Hatay, no sudoeste, informou a cadeia de TV NTV.
O disparo atingiu a localidade turca de Altinozu, na fronteira, provocando a resposta imediata do Exército turco às 16h30 GMT (13h30 de Brasília), informou a NTV.
Governo turco
O premiê da Turquia, Tayyip Erdogan, disse nesta sexta-feira (5) que testar a "capacidade de dissuasão" da Turquia seria um "erro fatal", em um alerta à Síria dois dias após um bombardeio partido de território sírio ter matado cinco pessoas em uma cidade turca.
Falando em discurso em Istambul, Erdogan disse que a Turquia "não está interessada na guerra", mas "não está distante dela também".
Na véspera, o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou o incidente.
Um "comunicado" dos 15 países membros do Conselho "exige que estas violações das leis internacionais se detenham imediatamente e não voltem a se repetir".http://g1.globo.com/revolta-arabe/notic ... siria.html
Unidade militar sediada na região respondeu imediatamente à ofensiva.
Na sexta (5), outro ataque sírio não deixou vítimas em território turco.
A Turquia voltou a bombardear o território da vizinha Síria neste sábado (6) depois que um novo ataque sírio atingiu na província meridional de Hatay.
O projétil caiu em um terreno baldio nas cercanias do povoado turco de Güvecci, a poucas centenas de metros da fronteira síria, sem deixar mortos ou feridos, informou a agência de notícias "Anadolu". O projétil foi disparado durante os duros combates que o Exército regular sírio e grupos rebeldes travam ao redor do povoado de Harapjoz, na fronteiriça província síria de Idlib.
Uma unidade militar sediada na zona respondeu imediatamente ao fogo, seguindo um protocolo que vem virando rotina nos últimos dias.
Já são três os projéteis que caíram na Turquia desde quarta-feira, quando um deles matou cinco membros de uma família turca no povoado de Akçakale, na província de Sanliurfa.
Ataque sem vítimas
Na sexta-feira (5), o exército da Turquia respondeu a um novo disparo de artilharia procedente da Síria que alcançou seu território, sem causar vítimas, na província de Hatay, no sudoeste, informou a cadeia de TV NTV.
O disparo atingiu a localidade turca de Altinozu, na fronteira, provocando a resposta imediata do Exército turco às 16h30 GMT (13h30 de Brasília), informou a NTV.
Governo turco
O premiê da Turquia, Tayyip Erdogan, disse nesta sexta-feira (5) que testar a "capacidade de dissuasão" da Turquia seria um "erro fatal", em um alerta à Síria dois dias após um bombardeio partido de território sírio ter matado cinco pessoas em uma cidade turca.
Falando em discurso em Istambul, Erdogan disse que a Turquia "não está interessada na guerra", mas "não está distante dela também".
Na véspera, o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou o incidente.
Um "comunicado" dos 15 países membros do Conselho "exige que estas violações das leis internacionais se detenham imediatamente e não voltem a se repetir".http://g1.globo.com/revolta-arabe/notic ... siria.html
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Rebeldes sírios derrubam helicóptero do exército na periferia de Damasco
Unidades mais organizadas do Exército Sírio Livre operam no local.
Aeronave bombardeava o setor de Ghuta oriental, diz órgão opositor.
Os rebeldes sírios derrubaram nesta sexta-feira (5) um helicóptero do exército no subúrbio a leste de Damasco, onde operam as unidades mais organizadas do Exército Sírio Livre (ESL, rebeldes), indicou o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
"Um helicóptero do exército foi derrubado pelos rebeldes quando estava bombardeando o setor de Ghuta oriental", declarou o presidente do OSDH, Rami Abdel Rahman.
http://g1.globo.com/revolta-arabe/notic ... sco_1.html
Unidades mais organizadas do Exército Sírio Livre operam no local.
Aeronave bombardeava o setor de Ghuta oriental, diz órgão opositor.
Os rebeldes sírios derrubaram nesta sexta-feira (5) um helicóptero do exército no subúrbio a leste de Damasco, onde operam as unidades mais organizadas do Exército Sírio Livre (ESL, rebeldes), indicou o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
"Um helicóptero do exército foi derrubado pelos rebeldes quando estava bombardeando o setor de Ghuta oriental", declarou o presidente do OSDH, Rami Abdel Rahman.
http://g1.globo.com/revolta-arabe/notic ... sco_1.html
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Sobre o abate de mais 1 helicoptero vejao no http://vootatico.com.br/archives/11640 tem 2 videos sobre eles.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Rebeldes sírios enfrentam desafios para governar cidade libertada na Síria
Rebeldes assumiram a responsabilidade pela administração da primeira grande cidade a ser libertada na Síria. Tropas de Bashar Assad responderam à provocação com ataques aéreos direcionados a escolas e hospitais. O regime está pulverizando grande parte da infraestrutura do país, inclusive o acesso à água potável.
Idosos, irritados, sem se preocupar com o decoro, forçam o caminho para entrar na sala. Eles gritam furiosamente com os funcionários atordoados sentados atrás de suas mesas. A revolução está indo muito bem, dizem, “mas onde estão as nossas pensões?”
Com alguma dificuldade, o homem do comitê de justiça consegue convencê-los a pelo menos nomear um porta-voz, para que não falem todos ao mesmo tempo. Mas eles permanecem inflexíveis. "Vocês são o novo governo. Portanto, onde esa a responsabilidade de pagar nossas pensões?" Um líder tribal observa a cena de uma poltrona ao lado. Um clérigo e um advogado estão sentados num sofá, discutindo regras para os presos. E o novo chefe de polícia quer saber como deve colocar seus homens de volta na rua. Embora ele tenha 24 uniformes novos, há o dobro de policiais, e a polícia também não tem munição para suas armas de serviço.
O conselho revolucionário se reúne num edifício central chamado Serail, onde ficavam os escritórios do prefeito, da polícia, do tribunal e do registro de propriedade, e onde o poder antes se concentrava. Agora, o edifício retomou sua função anterior, exceto que os papéis parecem ter se invertido.
Abandonada à própria sorte
O que está acontecendo atualmente em Manbij, que já foi uma cidade pacata no norte da Síria, é a primeira experiência orientada para o futuro em meio ao horror. Enquanto rebeldes lutam contra as forças do regime em outras partes do país, e cidades inteiras são destruídas por bombardeios, Manbij é a primeira cidade grande da Síria a ser libertada. Desde que as forças do regime se retiraram em meados de julho, conselhos locais têm governado os 150 mil moradores de Manbij e do distrito ao redor, que abriga mais de meio milhão de pessoas.
O exército tinha se retirado de grande parte do norte da Síria na primavera, mas o fato de ele ter simplesmente abandonado uma cidade inteira é resultado principalmente de bom senso de ambos os lados. Um astuto corretor de imóveis representou a oposição em vários meses de negociações com os chefes das todo-poderosas forças de segurança, e eles fizeram uma série de acordos sem muito alarde. A oposição concordou em limitar os protestos a 15 minutos, e, em troca, as forças de segurança se comprometeram a não disparar contra os manifestantes. A cidade também deve sua boa fortuna a seu relativo isolamento, o que significa que ela eventualmente ficou cercada por áreas sob controle rebelde. “Então já era tarde demais para enviar tropas”, disse o corretor, Ibrahim Sallal, com um sorriso. “Quando o regime quis começar a guerra, todas as estradas já estavam fechadas.” Os chefes das forças de segurança e as milícias Shabiha se retiraram na manhã de 19 de julho, enquanto um grupo de 51 policiais desertou para o lado dos rebeldes. Manbij foi abandonada à própria sorte. Depois de quatro décadas de ditadura, seus moradores se depararam subitamente com a tarefa de administrar uma cidade independente, na qual nem as pensões nem a sobrevivência podem mais ser tomados como certos. Ataques aéreos diários
Desde meados de agosto, o regime de Damasco vem tentando destruir as partes do país que não conseguiu controlar. A força aérea síria lança ataques aéreos diários contra Manbij e outras cidades no norte. O objetivo não é tanto atacar os rebeldes, uma vez que eles mudam de lugar continuamente, mas sim a destruição da infraestrutura. Os ataques são destinados, em especial, a dutos de água potável, silos de grãos, hospitais, prédios governamentais e escolas. O regime do presidente Bashar Assad não pode mais ganhar a guerra, mas pode evitar que o outro vença.
Os rebeldes têm poucos recursos para combater os ataques aéreos, para os quais o regime está usando aviões de treinamento comum. Suas silhuetas no céu parecem os aviões de bombardeio da Segunda Guerra Mundial, e os ataques são realizados exatamente da mesma forma: os pilotos mergulham o avião até pouco antes de atingir o alvo, soltam suas bombas e sobem os aviões novamente.
Não há menção dos ataques aéreos na televisão estatal síria, que descreve os esforços das tropas de regime como uma “luta heróica contra os terroristas”, cujos ataques supostamente exterminaram quarteirões inteiros na cidade. As cenas que se seguem são de ruínas de prédios de vários andares - edifícios que foram de fato destruídos pela força aérea.
Quanto mais terrível a situação fica, mais quieto se torna o resto do mundo. Pelo menos 100 pessoas morrem todos os dias em todo o país, mas os noticiários se concentram quase exclusivamente no combate nas duas maiores cidades da Síria, Damasco e Aleppo. Eles quase não fazem menção ao bombardeio aéreo em outras cidades e vilas. Tentativas fracassadas de mediação
Na semana passada, o presidente francês François Hollande pediu proteção internacional para as "zonas liberadas" no norte e ameaçou Damasco, dizendo: “Não vamos continuar em silêncio”. Mas é precisamente isso o que está acontecendo.
Todas as tentativas de mediação fracassaram, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não correrá nenhum risco militar antes da eleição presidencial no início de novembro – especialmente depois que uma onda de fúria violenta varreu partes do mundo islâmico, um grupo matou o embaixador americano na Líbia e mais de 20 pessoas morreram durante manifestações no Paquistão, tudo por causa do trailer de um filme exibido no YouTube que ridiculariza o profeta Maomé.
Ninguém em Manbij viu o vídeo, porque ninguém tem acesso a ele. Não há internet na cidade. Todas as conexões eletrônicas com o mundo exterior foram cortadas, e apenas a rede de telefonia fixa local ainda está funcionando. Mas, mesmo sem ter visto o vídeo, ninguém em Manbij entende a histeria.
“Não estamos criticando a indignação de nossos irmãos muçulmanos”, diz um clérigo, “mas onde estão as manifestações contra o bombardeio de mesquitas na Síria?”
Enquanto isso, o presidente Assad afirma que a situação já é muito melhor do que no ano passado, mas acrescenta que vai demorar um pouco para que as forças do governo finalmente vençam os terroristas.
"É uma loucura", diz Anas Sheikhawais, figura chave do conselho revolucionário em Manbij e, na vida civil, proprietário de uma pequena fábrica de telhas de cerâmica. “Estamos tentando construir um novo sistema, mesmo enquanto o antigo continua nos bombardeando.”
Seis pessoas morreram em 20 de setembro, quando uma bomba atingiu a praça principal, e uma escola e o pátio da sede da polícia foram atingidos alguns dias antes. De caixa em caixa, de carro em carro, arquivos de tribunais, certidões de casamento e documentos de propriedade de terras estão sendo transferidos para a segurança no interior, antes que uma bomba atinja Serail. A mesma coisa foi feita em uma pequena cidade mais ao sul há alguns dias. Um dos advogados da comissão de justiça chama isso de “resgatar o país da destruição pelo governo”.
Combustível tem de ser contrabandeado para a cidade, funcionários não estão mais recebendo seus salários, e a única razão pela qual Manbij tem eletricidade é porque fica perto da barragem Eufrates, que abastece grande parte da Síria com a energia. É improvável que o regime corte Manbij da rede, porque se o fizesse os rebeldes poderiam fechar a usina hidrelétrica e paralisar o fornecimento de energia para metade do país.
Preocupações básicas de sobrevivência
As grandes perguntas feitas no Ocidente, como se a Al Qaeda se infiltrou na revolução e se haverá uma guerra civil, são de importância secundária no experimento de Manbij. Em vez disso, a cidade enfrenta problemas mais imediatos, como se as escolas poderão reabrir em breve, ou o que fazer com os refugiados de outras áreas que foram para lá. E se as escolas reabrirem, de onde é que os livros virão, agora que o governo central já não os fornecerá? E que tipo de bandeira deve ser hasteada para que a força aérea não ataque as escolas quando reabrirem? A nova, de três estrelas? É muito perigoso. A bandeira antiga? Fora de cogitação.
O povo de Manbij está mais preocupado se vão conseguir farinha para o próximo mês, e se o pão ainda deve ser distribuído nas padarias centrais, depois que filas de pessoas do lado de fora das padarias foram atacadas várias vezes em Manbij e em outros lugares. Eles estão preocupados com a água potável, a gasolina, as eleições e a busca desesperada por dinheiro. “Estaremos falidos em um mês”, diz o Sheik Mohammed Ali, tesoureiro interino da cidade.
Dificuldade em dizer quem está no comando
É também uma questão de quem está no comando Manbij. O conselho? Os rebeldes do ELS (Exército Livre da Síria)? E quem está autorizado a prender quem? Uma manhã, uma unidade do ELS pegou três indivíduos gravemente feridos e seus cinco sequestradores em uma fazenda fora da cidade.
Os sequestradores disseram: também estamos com a ELS, e prendemos três membros da milícia Shabiha (a notória milícia do regime). Um dos três homens agredidos disse que eles eram apenas agricultores e não tinha idéia de por que haviam sido sequestrados e torturados.
Todos foram presos temporariamente no porão do único hotel de Manbij, até que fique claro quem na verdade sequestrou quem. Mas em poucas horas, um grupo de homens armados da tribo dos sequestradores invadiu a cidade, disparando para o ar, enquanto os homens do batalhão da ELS local, os "revolucionários de Manbij", faziam o mesmo. Em poucos segundos, os lojistas fecharam suas persianas e as pessoas correram para se proteger. Em seguida, os dois grupos negociaram e as coisas se acalmaram de novo - por enquanto.
Tradutor: Eloise De Vylder
http://noticias.uol.com.br/internaciona ... -siria.htm
Rebeldes assumiram a responsabilidade pela administração da primeira grande cidade a ser libertada na Síria. Tropas de Bashar Assad responderam à provocação com ataques aéreos direcionados a escolas e hospitais. O regime está pulverizando grande parte da infraestrutura do país, inclusive o acesso à água potável.
Idosos, irritados, sem se preocupar com o decoro, forçam o caminho para entrar na sala. Eles gritam furiosamente com os funcionários atordoados sentados atrás de suas mesas. A revolução está indo muito bem, dizem, “mas onde estão as nossas pensões?”
Com alguma dificuldade, o homem do comitê de justiça consegue convencê-los a pelo menos nomear um porta-voz, para que não falem todos ao mesmo tempo. Mas eles permanecem inflexíveis. "Vocês são o novo governo. Portanto, onde esa a responsabilidade de pagar nossas pensões?" Um líder tribal observa a cena de uma poltrona ao lado. Um clérigo e um advogado estão sentados num sofá, discutindo regras para os presos. E o novo chefe de polícia quer saber como deve colocar seus homens de volta na rua. Embora ele tenha 24 uniformes novos, há o dobro de policiais, e a polícia também não tem munição para suas armas de serviço.
O conselho revolucionário se reúne num edifício central chamado Serail, onde ficavam os escritórios do prefeito, da polícia, do tribunal e do registro de propriedade, e onde o poder antes se concentrava. Agora, o edifício retomou sua função anterior, exceto que os papéis parecem ter se invertido.
Abandonada à própria sorte
O que está acontecendo atualmente em Manbij, que já foi uma cidade pacata no norte da Síria, é a primeira experiência orientada para o futuro em meio ao horror. Enquanto rebeldes lutam contra as forças do regime em outras partes do país, e cidades inteiras são destruídas por bombardeios, Manbij é a primeira cidade grande da Síria a ser libertada. Desde que as forças do regime se retiraram em meados de julho, conselhos locais têm governado os 150 mil moradores de Manbij e do distrito ao redor, que abriga mais de meio milhão de pessoas.
O exército tinha se retirado de grande parte do norte da Síria na primavera, mas o fato de ele ter simplesmente abandonado uma cidade inteira é resultado principalmente de bom senso de ambos os lados. Um astuto corretor de imóveis representou a oposição em vários meses de negociações com os chefes das todo-poderosas forças de segurança, e eles fizeram uma série de acordos sem muito alarde. A oposição concordou em limitar os protestos a 15 minutos, e, em troca, as forças de segurança se comprometeram a não disparar contra os manifestantes. A cidade também deve sua boa fortuna a seu relativo isolamento, o que significa que ela eventualmente ficou cercada por áreas sob controle rebelde. “Então já era tarde demais para enviar tropas”, disse o corretor, Ibrahim Sallal, com um sorriso. “Quando o regime quis começar a guerra, todas as estradas já estavam fechadas.” Os chefes das forças de segurança e as milícias Shabiha se retiraram na manhã de 19 de julho, enquanto um grupo de 51 policiais desertou para o lado dos rebeldes. Manbij foi abandonada à própria sorte. Depois de quatro décadas de ditadura, seus moradores se depararam subitamente com a tarefa de administrar uma cidade independente, na qual nem as pensões nem a sobrevivência podem mais ser tomados como certos. Ataques aéreos diários
Desde meados de agosto, o regime de Damasco vem tentando destruir as partes do país que não conseguiu controlar. A força aérea síria lança ataques aéreos diários contra Manbij e outras cidades no norte. O objetivo não é tanto atacar os rebeldes, uma vez que eles mudam de lugar continuamente, mas sim a destruição da infraestrutura. Os ataques são destinados, em especial, a dutos de água potável, silos de grãos, hospitais, prédios governamentais e escolas. O regime do presidente Bashar Assad não pode mais ganhar a guerra, mas pode evitar que o outro vença.
Os rebeldes têm poucos recursos para combater os ataques aéreos, para os quais o regime está usando aviões de treinamento comum. Suas silhuetas no céu parecem os aviões de bombardeio da Segunda Guerra Mundial, e os ataques são realizados exatamente da mesma forma: os pilotos mergulham o avião até pouco antes de atingir o alvo, soltam suas bombas e sobem os aviões novamente.
Não há menção dos ataques aéreos na televisão estatal síria, que descreve os esforços das tropas de regime como uma “luta heróica contra os terroristas”, cujos ataques supostamente exterminaram quarteirões inteiros na cidade. As cenas que se seguem são de ruínas de prédios de vários andares - edifícios que foram de fato destruídos pela força aérea.
Quanto mais terrível a situação fica, mais quieto se torna o resto do mundo. Pelo menos 100 pessoas morrem todos os dias em todo o país, mas os noticiários se concentram quase exclusivamente no combate nas duas maiores cidades da Síria, Damasco e Aleppo. Eles quase não fazem menção ao bombardeio aéreo em outras cidades e vilas. Tentativas fracassadas de mediação
Na semana passada, o presidente francês François Hollande pediu proteção internacional para as "zonas liberadas" no norte e ameaçou Damasco, dizendo: “Não vamos continuar em silêncio”. Mas é precisamente isso o que está acontecendo.
Todas as tentativas de mediação fracassaram, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não correrá nenhum risco militar antes da eleição presidencial no início de novembro – especialmente depois que uma onda de fúria violenta varreu partes do mundo islâmico, um grupo matou o embaixador americano na Líbia e mais de 20 pessoas morreram durante manifestações no Paquistão, tudo por causa do trailer de um filme exibido no YouTube que ridiculariza o profeta Maomé.
Ninguém em Manbij viu o vídeo, porque ninguém tem acesso a ele. Não há internet na cidade. Todas as conexões eletrônicas com o mundo exterior foram cortadas, e apenas a rede de telefonia fixa local ainda está funcionando. Mas, mesmo sem ter visto o vídeo, ninguém em Manbij entende a histeria.
“Não estamos criticando a indignação de nossos irmãos muçulmanos”, diz um clérigo, “mas onde estão as manifestações contra o bombardeio de mesquitas na Síria?”
Enquanto isso, o presidente Assad afirma que a situação já é muito melhor do que no ano passado, mas acrescenta que vai demorar um pouco para que as forças do governo finalmente vençam os terroristas.
"É uma loucura", diz Anas Sheikhawais, figura chave do conselho revolucionário em Manbij e, na vida civil, proprietário de uma pequena fábrica de telhas de cerâmica. “Estamos tentando construir um novo sistema, mesmo enquanto o antigo continua nos bombardeando.”
Seis pessoas morreram em 20 de setembro, quando uma bomba atingiu a praça principal, e uma escola e o pátio da sede da polícia foram atingidos alguns dias antes. De caixa em caixa, de carro em carro, arquivos de tribunais, certidões de casamento e documentos de propriedade de terras estão sendo transferidos para a segurança no interior, antes que uma bomba atinja Serail. A mesma coisa foi feita em uma pequena cidade mais ao sul há alguns dias. Um dos advogados da comissão de justiça chama isso de “resgatar o país da destruição pelo governo”.
Combustível tem de ser contrabandeado para a cidade, funcionários não estão mais recebendo seus salários, e a única razão pela qual Manbij tem eletricidade é porque fica perto da barragem Eufrates, que abastece grande parte da Síria com a energia. É improvável que o regime corte Manbij da rede, porque se o fizesse os rebeldes poderiam fechar a usina hidrelétrica e paralisar o fornecimento de energia para metade do país.
Preocupações básicas de sobrevivência
As grandes perguntas feitas no Ocidente, como se a Al Qaeda se infiltrou na revolução e se haverá uma guerra civil, são de importância secundária no experimento de Manbij. Em vez disso, a cidade enfrenta problemas mais imediatos, como se as escolas poderão reabrir em breve, ou o que fazer com os refugiados de outras áreas que foram para lá. E se as escolas reabrirem, de onde é que os livros virão, agora que o governo central já não os fornecerá? E que tipo de bandeira deve ser hasteada para que a força aérea não ataque as escolas quando reabrirem? A nova, de três estrelas? É muito perigoso. A bandeira antiga? Fora de cogitação.
O povo de Manbij está mais preocupado se vão conseguir farinha para o próximo mês, e se o pão ainda deve ser distribuído nas padarias centrais, depois que filas de pessoas do lado de fora das padarias foram atacadas várias vezes em Manbij e em outros lugares. Eles estão preocupados com a água potável, a gasolina, as eleições e a busca desesperada por dinheiro. “Estaremos falidos em um mês”, diz o Sheik Mohammed Ali, tesoureiro interino da cidade.
Dificuldade em dizer quem está no comando
É também uma questão de quem está no comando Manbij. O conselho? Os rebeldes do ELS (Exército Livre da Síria)? E quem está autorizado a prender quem? Uma manhã, uma unidade do ELS pegou três indivíduos gravemente feridos e seus cinco sequestradores em uma fazenda fora da cidade.
Os sequestradores disseram: também estamos com a ELS, e prendemos três membros da milícia Shabiha (a notória milícia do regime). Um dos três homens agredidos disse que eles eram apenas agricultores e não tinha idéia de por que haviam sido sequestrados e torturados.
Todos foram presos temporariamente no porão do único hotel de Manbij, até que fique claro quem na verdade sequestrou quem. Mas em poucas horas, um grupo de homens armados da tribo dos sequestradores invadiu a cidade, disparando para o ar, enquanto os homens do batalhão da ELS local, os "revolucionários de Manbij", faziam o mesmo. Em poucos segundos, os lojistas fecharam suas persianas e as pessoas correram para se proteger. Em seguida, os dois grupos negociaram e as coisas se acalmaram de novo - por enquanto.
Tradutor: Eloise De Vylder
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Segundo as más línguas foram os FSA`s que lançaram o morteiro.Túlio escreveu:Será que sou só eu que estou estranhando isso? Primeiro UM ÚNICO disparo de morteiro mata 5 civis na Turquia, o que dá ensejo a pesada retaliação; depois mais UM ÚNICO disparo cai inofensivamente, o que engrossa o caldo de novo. São mesmo soldados Sírios que estão atirando, tipo assim, descontentes em ter apenas um inimigo interno e querendo também um externo?
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Em dia de bombardeios, Turquia indica nome para suceder Assad
Ministro das Relações Exteriores sugere vice-presidente sírio para liderar futuro governo de transição
O vice-presidente sírio Karouk Sharaa é a pessoa certa para governar o país durante o governo de transição com o fim do conflito, indicou neste domingo (07/10) o ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu. A Turquia está se envolvendo cada vez mais no cenário político do país vizinho e pelo quinto dia consecutivo, bombardeou alvos sírios.
Em entrevista para uma rede turca, o ministro explicou que Sharaa tem o perfil necessário para o processo de paz na Síria por conhecer o regime de Bashar al Assad e ao mesmo tempo, não estar relacionado aos ataques do governo à população. “Farouq é um homem de razão e consciência”, disse ele.Davutoglu admitiu a possibilidade de que a oposição síria não aceite ter como líder o vice-presidente do regime que luta contra há mais de 18 meses. O ministro acrescentou, entretanto, que alguns membros destes grupos já estão percebendo que uma pessoa como Sharaa deve ser escolhida.
Mesmo que grupos rebeldes sírios não aceitem o vice-presidente como líder do governo de transição, o apoio da Turquia, uma importante potência regional, é de grande relevância. O pronunciamento do ministro mostra que Ancara está querendo influenciar no processo de paz da Síria e pode conseguir o apoio de outros países para desempenhar este papel.
Cada vez mais a Turquia, que já foi aliada do presidente Bashar al Assad, exerce papel importante no conflito sírio. Além de receber pelo menos 100 mil refugiados do país vizinho, o governo turco oferece apoio financeiro e militar para os grupos da oposição que tentam há 18 meses derrubar Assad. Desde quarta-feira (03/10), o país começou a bombardear alvos na Síria.
Bombardeios
Neste domingo (07/10), a Turquia voltou a bombardear o território da Síria (07/10) depois que um novo projétil lançado da fronteira caiu na cidade de Akcakale. É o quinto dia consecutivo que a artilharia turca responde a ataques provenientes do país vizinho, onde forças da oposição e do regime lutam pelo controle de postos da fronteira.
O míssil disparado da Síria caiu nas proximidades de um edifício público hoje (07/10) e não deixou vítimas, informou o jornal britânico Guardian. Segundo informações do governo turco, o projétil foi disparado pelas Forças Armadas da Síria enquanto lutavam contra os opositores e houve retaliação.
A crescente tensão entre os dois países teve início nesta quarta-feira (06/10) quando um míssil lançado do território sírio matou cinco civis turcos, incluindo crianças, e deixou dezenas de feridos no povoado fronteiriço de Akcakale, na província turca de Sanliurfa, ao sul do país.
Horas depois do ataque, Ancara decidiu responder aos ataques com bombardeios e disparos nas regiões fronteiriças da Síria onde os projeteis foram disparados. Outros mísseis lançados do país vizinho caíram no território turco e apesar de não terem causado vítimas, o governo decidiu manter as retaliações.
Em discurso nesta sexta-feira (05/10), o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que o seu país pode estar próximo de entrar em conflito contra a Síria e elevou ainda mais a tensão na região. “Nós não estamos interessados em guerra, mas não estamos longe dela também”, afirmou ele para milhares de pessoas, segundo a agência Reuters.
À pedido do premiê, o Parlamento turco votou na quinta-feira (04/10) uma moção para autorizar o envio de tropas militares para países estrangeiros. O texto foi aprovado 320 parlamentares contra 129 e agora, o governo turco tem caminho livre para invadir o país vizinho.
Por ser um dos 28 países-membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), as autoridades turcas pediram uma reunião emergencial do bloco sob o Artigo Cinco, que obriga a todos os países responderem militarmente quando um deles é atacado.
"Isto exige uma represália segundo o direito internacional", afirmou o vice-premiê Bulent Arinç de acordo com o jornal Hurriyet. "As disposições da OTAN são muito claras e determinam que todos os países-membros têm a responsabilidade de responder quando um deles é agredido".
Os embaixadores da OTAN atenderam ao pedido de Ancara e se reuniram na quarta-feira (03/10), mas não concordaram quanto ao engajamento militar do bloco. A organização apenas repudiou o ataque sírio.
Da mesma forma, o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou o lançamento de projéteis da Síria para o território turco e pediu para ambos os governos agirem com cautela em reunião na quinta-feira (04/10).
Não é a primeira vez que os dois países se desentendem. Em junho deste ano, a Turquia ameaçou usar a força contra o governo de Assad depois que baterias antiaéreas do país árabe derrubaram um de seus caças-bombardeiros.http://operamundi.uol.com.br/conteudo/n ... ssad.shtml
Ministro das Relações Exteriores sugere vice-presidente sírio para liderar futuro governo de transição
O vice-presidente sírio Karouk Sharaa é a pessoa certa para governar o país durante o governo de transição com o fim do conflito, indicou neste domingo (07/10) o ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu. A Turquia está se envolvendo cada vez mais no cenário político do país vizinho e pelo quinto dia consecutivo, bombardeou alvos sírios.
Em entrevista para uma rede turca, o ministro explicou que Sharaa tem o perfil necessário para o processo de paz na Síria por conhecer o regime de Bashar al Assad e ao mesmo tempo, não estar relacionado aos ataques do governo à população. “Farouq é um homem de razão e consciência”, disse ele.Davutoglu admitiu a possibilidade de que a oposição síria não aceite ter como líder o vice-presidente do regime que luta contra há mais de 18 meses. O ministro acrescentou, entretanto, que alguns membros destes grupos já estão percebendo que uma pessoa como Sharaa deve ser escolhida.
Mesmo que grupos rebeldes sírios não aceitem o vice-presidente como líder do governo de transição, o apoio da Turquia, uma importante potência regional, é de grande relevância. O pronunciamento do ministro mostra que Ancara está querendo influenciar no processo de paz da Síria e pode conseguir o apoio de outros países para desempenhar este papel.
Cada vez mais a Turquia, que já foi aliada do presidente Bashar al Assad, exerce papel importante no conflito sírio. Além de receber pelo menos 100 mil refugiados do país vizinho, o governo turco oferece apoio financeiro e militar para os grupos da oposição que tentam há 18 meses derrubar Assad. Desde quarta-feira (03/10), o país começou a bombardear alvos na Síria.
Bombardeios
Neste domingo (07/10), a Turquia voltou a bombardear o território da Síria (07/10) depois que um novo projétil lançado da fronteira caiu na cidade de Akcakale. É o quinto dia consecutivo que a artilharia turca responde a ataques provenientes do país vizinho, onde forças da oposição e do regime lutam pelo controle de postos da fronteira.
O míssil disparado da Síria caiu nas proximidades de um edifício público hoje (07/10) e não deixou vítimas, informou o jornal britânico Guardian. Segundo informações do governo turco, o projétil foi disparado pelas Forças Armadas da Síria enquanto lutavam contra os opositores e houve retaliação.
A crescente tensão entre os dois países teve início nesta quarta-feira (06/10) quando um míssil lançado do território sírio matou cinco civis turcos, incluindo crianças, e deixou dezenas de feridos no povoado fronteiriço de Akcakale, na província turca de Sanliurfa, ao sul do país.
Horas depois do ataque, Ancara decidiu responder aos ataques com bombardeios e disparos nas regiões fronteiriças da Síria onde os projeteis foram disparados. Outros mísseis lançados do país vizinho caíram no território turco e apesar de não terem causado vítimas, o governo decidiu manter as retaliações.
Em discurso nesta sexta-feira (05/10), o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que o seu país pode estar próximo de entrar em conflito contra a Síria e elevou ainda mais a tensão na região. “Nós não estamos interessados em guerra, mas não estamos longe dela também”, afirmou ele para milhares de pessoas, segundo a agência Reuters.
À pedido do premiê, o Parlamento turco votou na quinta-feira (04/10) uma moção para autorizar o envio de tropas militares para países estrangeiros. O texto foi aprovado 320 parlamentares contra 129 e agora, o governo turco tem caminho livre para invadir o país vizinho.
Por ser um dos 28 países-membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), as autoridades turcas pediram uma reunião emergencial do bloco sob o Artigo Cinco, que obriga a todos os países responderem militarmente quando um deles é atacado.
"Isto exige uma represália segundo o direito internacional", afirmou o vice-premiê Bulent Arinç de acordo com o jornal Hurriyet. "As disposições da OTAN são muito claras e determinam que todos os países-membros têm a responsabilidade de responder quando um deles é agredido".
Os embaixadores da OTAN atenderam ao pedido de Ancara e se reuniram na quarta-feira (03/10), mas não concordaram quanto ao engajamento militar do bloco. A organização apenas repudiou o ataque sírio.
Da mesma forma, o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou o lançamento de projéteis da Síria para o território turco e pediu para ambos os governos agirem com cautela em reunião na quinta-feira (04/10).
Não é a primeira vez que os dois países se desentendem. Em junho deste ano, a Turquia ameaçou usar a força contra o governo de Assad depois que baterias antiaéreas do país árabe derrubaram um de seus caças-bombardeiros.http://operamundi.uol.com.br/conteudo/n ... ssad.shtml
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Líder opositor visita Síria em dia de grande ofensiva na região de Homs
DAMASCO, 8 Out 2012 (AFP) -O chefe da principal coalizão opositora viajou nesta segunda-feira para a Síria, onde o Exército lançou uma ofensiva generalizada para tentar aniquilar até o final da semana os bolsões de resistência em Homs, "capital da revolução".
O chefe do Conselho Nacional Sírio (CNS), Abdel Basset Sayda, que fazia a sua primeira visita à Síria desde a sua designação em junho, foi à cidade de Bab al-Hawa, na fronteira com a Turquia, na província de Idleb, indicaram à AFP membros da rebelião que controla esta zona.
Ele se reuniu principalmente com os chefes dos conselhos militares do ESL para as províncias de Aleppo e Idleb, durante um encontro dedicado em parte à questão do financiamento e do apoio aos grupos rebeldes dessas regiões do noroeste do país.
Enquanto isso, na fronteira nordeste do país, o Exército turco respondeu novamente à queda de um morteiro na província de Hatay, disparando contra posições do Exército sírio.
Depois do bombardeio na quarta-feira de um vilarejo fronteiriço que causou a morte de cinco civis turcos, Ancara tem respondido imediatamente aos disparos sírios, pelos quais o Exército regular é considerado responsável. A ONU indicou que teme uma escalada de violência entre os dois países.
Em outro sinal de que o conflito sírio ameaça a estabilidade na região, um morteiro disparado a partir da Síria caiu nesta segunda-feira no norte do Líbano, segundo uma fonte dos serviços de segurança libaneses.
32.000 mortos em 19 meses A violência na Síria provocou a morte de pelo menos 32.000 pessoas, em sua grande maioria civis, desde o início de um movimento de contestação contra o regime, em março de 2011, segundo contas do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"O Exército tenta limpar os últimos bairros rebeldes de Homs", afirmou à AFP uma fonte dos serviços de segurança sírios. Pulmão industrial da Síria, Homs foi batizada pelos opositores "capital da revolução" por ter sido a vanguarda da onda de contestação contra o regime de Bashar al-Assad.
"O Exército também limpou as aldeias em torno de Qousseir e tenta agora tomar a cidade", acrescentou esta fonte. A informação foi confirmada pelos insurgentes.
As duas localidades ficam a uma distância de cerca de 30 km uma da outra.
Uma outra fonte da segurança síria afirmou que o Exército pretende se apoderar dos dois redutos da oposição até o final da semana. "Depois, vamos nos concentrar no norte da Síria", disse.
A província de Homs é a maior e mais estratégica do país. Localizada nas fronteiras com Líbano e Iraque, ela liga o norte ao sul da Síria.
Militantes em Homs consideram que se trata de um ataque sem precedentes.
No norte do país, as tropas sírias bombardearam novamente Aleppo, segunda maior cidade da Síria e cenário de uma batalha crucial desde meados de julho, indicou o OSDH.
"As pessoas têm medo e não sabem mais para onde ir", declarou à AFP Khaled, pai de cinco filhos, que fugiu durante o verão para o bairro de Salaheddine, que se tornou um campo de batalha.
"Agora que o inverno está chegando, estamos ainda mais tensos. A situação econômica está um desastre, não temos mais ganha-pão", explicou este homem de 47 anos, refugiado nos dormitórios da universidade da cidade.
Em Damasco, as forças do regime realizam uma "campanha de destruição de casas" nos bairros de Qaboun e Barzé, que causou um movimento de êxodo da população, de acordo com o OSDH, que se baseia em uma ampla rede de ativistas e médicos.
Esperança para reféns iranianos Os rebeldes sírios indicaram que haviam adiado a sua ameaça de matar dezenas de reféns iranianos sequestrados na Síria desde o início de agosto, indicando que uma mediação turca estava em curso.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou para uma escalada da violência regional.
"A escalada do conflito na fronteira sírio-turca e as repercussões da crise no Líbano são extremamente perigosas", advertiu ele em Estrasburgo, antes de pedir aos doadores que atendam "de maneira mais generosa às necessidades da população na Síria e de mais de 300.000 refugiados nos países vizinhos".
No plano diplomático, Damasco rejeitou uma proposta feita por Ancara no sábado relativa a um período de transição dirigido pelo atual vice-presidente sírio, Farouk al-Chareh, que substituiria o presidente Assad.
O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, voou para Moscou para abordar o conflito na Síria.
Moscou, um aliado do regime sírio, e Bagdá pedem regularmente por uma solução política para o conflito e se recusam a exigir a saída do presidente Assad.
Nos Estados Unidos, o candidato republicano à Casa Branca Mitt Romney lançou um novo apelo para que a oposição síria receba armas. http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... e-homs.htm
DAMASCO, 8 Out 2012 (AFP) -O chefe da principal coalizão opositora viajou nesta segunda-feira para a Síria, onde o Exército lançou uma ofensiva generalizada para tentar aniquilar até o final da semana os bolsões de resistência em Homs, "capital da revolução".
O chefe do Conselho Nacional Sírio (CNS), Abdel Basset Sayda, que fazia a sua primeira visita à Síria desde a sua designação em junho, foi à cidade de Bab al-Hawa, na fronteira com a Turquia, na província de Idleb, indicaram à AFP membros da rebelião que controla esta zona.
Ele se reuniu principalmente com os chefes dos conselhos militares do ESL para as províncias de Aleppo e Idleb, durante um encontro dedicado em parte à questão do financiamento e do apoio aos grupos rebeldes dessas regiões do noroeste do país.
Enquanto isso, na fronteira nordeste do país, o Exército turco respondeu novamente à queda de um morteiro na província de Hatay, disparando contra posições do Exército sírio.
Depois do bombardeio na quarta-feira de um vilarejo fronteiriço que causou a morte de cinco civis turcos, Ancara tem respondido imediatamente aos disparos sírios, pelos quais o Exército regular é considerado responsável. A ONU indicou que teme uma escalada de violência entre os dois países.
Em outro sinal de que o conflito sírio ameaça a estabilidade na região, um morteiro disparado a partir da Síria caiu nesta segunda-feira no norte do Líbano, segundo uma fonte dos serviços de segurança libaneses.
32.000 mortos em 19 meses A violência na Síria provocou a morte de pelo menos 32.000 pessoas, em sua grande maioria civis, desde o início de um movimento de contestação contra o regime, em março de 2011, segundo contas do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"O Exército tenta limpar os últimos bairros rebeldes de Homs", afirmou à AFP uma fonte dos serviços de segurança sírios. Pulmão industrial da Síria, Homs foi batizada pelos opositores "capital da revolução" por ter sido a vanguarda da onda de contestação contra o regime de Bashar al-Assad.
"O Exército também limpou as aldeias em torno de Qousseir e tenta agora tomar a cidade", acrescentou esta fonte. A informação foi confirmada pelos insurgentes.
As duas localidades ficam a uma distância de cerca de 30 km uma da outra.
Uma outra fonte da segurança síria afirmou que o Exército pretende se apoderar dos dois redutos da oposição até o final da semana. "Depois, vamos nos concentrar no norte da Síria", disse.
A província de Homs é a maior e mais estratégica do país. Localizada nas fronteiras com Líbano e Iraque, ela liga o norte ao sul da Síria.
Militantes em Homs consideram que se trata de um ataque sem precedentes.
No norte do país, as tropas sírias bombardearam novamente Aleppo, segunda maior cidade da Síria e cenário de uma batalha crucial desde meados de julho, indicou o OSDH.
"As pessoas têm medo e não sabem mais para onde ir", declarou à AFP Khaled, pai de cinco filhos, que fugiu durante o verão para o bairro de Salaheddine, que se tornou um campo de batalha.
"Agora que o inverno está chegando, estamos ainda mais tensos. A situação econômica está um desastre, não temos mais ganha-pão", explicou este homem de 47 anos, refugiado nos dormitórios da universidade da cidade.
Em Damasco, as forças do regime realizam uma "campanha de destruição de casas" nos bairros de Qaboun e Barzé, que causou um movimento de êxodo da população, de acordo com o OSDH, que se baseia em uma ampla rede de ativistas e médicos.
Esperança para reféns iranianos Os rebeldes sírios indicaram que haviam adiado a sua ameaça de matar dezenas de reféns iranianos sequestrados na Síria desde o início de agosto, indicando que uma mediação turca estava em curso.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou para uma escalada da violência regional.
"A escalada do conflito na fronteira sírio-turca e as repercussões da crise no Líbano são extremamente perigosas", advertiu ele em Estrasburgo, antes de pedir aos doadores que atendam "de maneira mais generosa às necessidades da população na Síria e de mais de 300.000 refugiados nos países vizinhos".
No plano diplomático, Damasco rejeitou uma proposta feita por Ancara no sábado relativa a um período de transição dirigido pelo atual vice-presidente sírio, Farouk al-Chareh, que substituiria o presidente Assad.
O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, voou para Moscou para abordar o conflito na Síria.
Moscou, um aliado do regime sírio, e Bagdá pedem regularmente por uma solução política para o conflito e se recusam a exigir a saída do presidente Assad.
Nos Estados Unidos, o candidato republicano à Casa Branca Mitt Romney lançou um novo apelo para que a oposição síria receba armas. http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... e-homs.htm
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Capitães da Força Aérea da Eritreia fogem com o jato presidencial Eritreia para Arabia Saudita.
http://www.businessinsider.com/air-forc ... z28oLZhTV4
http://www.businessinsider.com/air-forc ... z28oLZhTV4
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Turquia envia caças F-16 para base próxima à fronteira com a Síria
9 de outubro de 2012, em Conflitos em andamento, Noticiário Internacional, Organizações Militares, Relações Internacionais, por Fernando "Nunão" De Martini
Vinte e cinco caças adicionais foram desdobrados para a base de Diyarbakir na segunda-feira – já são seis dias de disparos de artilharia da Síria atingindo território turco, em meio a fortes combates de rebeldes que tentam conquistar cidade na província síria de Iblid
-
Segundo notícia veiculada pela Aljazeera nesta terça-feira, 9 de outubro, a Turquia confirmou que está desdobrando mais caças a jato para uma base aérea próxima à franteira com a Síria, em meio a trocas de disparos de artilharia na sua tensa fronteira sul com o país.
Pelo menos 25 caças F-16 adicionais foram desdobrados para a Base Aérea de Diyarbakir nesta segunda-feira, no fim do dia. O anúncio surge em meio a notícias de fortes combates na província Iblid do norte da Síria, onde rebeldes tentam obter o controle de uma cidade estratégica.
“Assad… só consegue se manter em pé com muletas”, afirmou Tayyip Erdogan, Primeiro-Ministro da Turquia, que já foi no passado um aliado próximo do presidente sírio Bashar al-Assad. Erdogan, em reação a seis dias consecutivos em que projéteis disparados da Síria caíram sobre território turco, disse que a Turquia não vai se encolher (da guerra) caso seja forçada a agir.
Porém, a Turquia também deixou claro que relutaria em montar qualquer operação de maior monta em território sírio, e nesse caso somente com apoio internacional.
Nesse sentido, o secretário-geral da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Anders Fogh Rasmussen, afirmou que a Turquia pode contar com a Aliança, que tem “todos os planos necessários em dia para proteger e defender a Turquia, se necessário.” Ele lembrou que se deve ter cautela em relação ao perigo de uma escalada do conflito na Síria, destacando que a Turquia, membro da OTAN, mostrou que está mostrando uma louvável contenção em sua resposta aos disparos de artilharia sobre seu território fronteiriço.
FONTE: Aljazeera (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
Leia mais (Read More): Turquia envia caças F-16 para base próxima à fronteira com a Síria | Poder Aéreo - Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil
http://www.aereo.jor.br/2012/10/09/turq ... m-a-siria/
9 de outubro de 2012, em Conflitos em andamento, Noticiário Internacional, Organizações Militares, Relações Internacionais, por Fernando "Nunão" De Martini
Vinte e cinco caças adicionais foram desdobrados para a base de Diyarbakir na segunda-feira – já são seis dias de disparos de artilharia da Síria atingindo território turco, em meio a fortes combates de rebeldes que tentam conquistar cidade na província síria de Iblid
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Segundo notícia veiculada pela Aljazeera nesta terça-feira, 9 de outubro, a Turquia confirmou que está desdobrando mais caças a jato para uma base aérea próxima à franteira com a Síria, em meio a trocas de disparos de artilharia na sua tensa fronteira sul com o país.
Pelo menos 25 caças F-16 adicionais foram desdobrados para a Base Aérea de Diyarbakir nesta segunda-feira, no fim do dia. O anúncio surge em meio a notícias de fortes combates na província Iblid do norte da Síria, onde rebeldes tentam obter o controle de uma cidade estratégica.
“Assad… só consegue se manter em pé com muletas”, afirmou Tayyip Erdogan, Primeiro-Ministro da Turquia, que já foi no passado um aliado próximo do presidente sírio Bashar al-Assad. Erdogan, em reação a seis dias consecutivos em que projéteis disparados da Síria caíram sobre território turco, disse que a Turquia não vai se encolher (da guerra) caso seja forçada a agir.
Porém, a Turquia também deixou claro que relutaria em montar qualquer operação de maior monta em território sírio, e nesse caso somente com apoio internacional.
Nesse sentido, o secretário-geral da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Anders Fogh Rasmussen, afirmou que a Turquia pode contar com a Aliança, que tem “todos os planos necessários em dia para proteger e defender a Turquia, se necessário.” Ele lembrou que se deve ter cautela em relação ao perigo de uma escalada do conflito na Síria, destacando que a Turquia, membro da OTAN, mostrou que está mostrando uma louvável contenção em sua resposta aos disparos de artilharia sobre seu território fronteiriço.
FONTE: Aljazeera (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
Leia mais (Read More): Turquia envia caças F-16 para base próxima à fronteira com a Síria | Poder Aéreo - Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil
http://www.aereo.jor.br/2012/10/09/turq ... m-a-siria/
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Tambores de Guerra - Estados Unidos enviam militares para a fronteira entre Síria e Jordânia
Rei jordaniano pediu ajuda a Washington para lidar com o enorme fluxo de refugiados que ingressam no país
No momento em que tropas do regime de Bashar al Assad ameaçam empregar armas químicas para combater a oposição armada da Síria, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos enviou secretamente à Jordânia um grupo de mais de 150 técnicos e estrategistas para auxiliar o país a lidar com um possível aumento do fluxo de refugiados.
Estima-se que mais de 180 mil sírios tenham cruzado a fronteira entre os dois países para fugir da guerra civil. Oficiais responsáveis pela operação esclareceram ao jornal The New York Times que a missão pretende evitar o tipo de conflito que existe hoje entre Síria e Turquia, outro grande destino dos refugiados. Há planos de apoio logístico para a implementação de uma zona desmilitarizada na Jordânia.
O governo Obama se recusa a intervir na questão síria e ao longo da maior parte do conflito se limitou a fornecer equipamentos de comunicação e armas não letais para as forças opositoras. A base de treinamento norte-americana está situada, contudo, a menos de 60 quilômetros da fronteira síria, ao lado da cidade de Amman, na Jordânia. O Comando Central do Pentágono e o porta-voz da embaixada da Jordânia em Washington disseram ao New York Times que, no momento, não comentarão sobre o assunto.
A missão norte-americana na Jordânia já existe desde maio, quando Washington organizou um exercício de treinamento para cerca de 12 mil tropas de 19 diferentes países. Logo após a operação, um pequeno contingente do país permaneceu em território jordaniano, para mais uma série de treinamentos nos arredores de Amman. Participaram do programa especialistas em comunicação e logística. Um oficial da secretaria de População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado também estava presente na ocasião.
No último mês de agosto, o secretário de Defesa Leon Panetta viajou para Amman, aonde se reuniu com o rei Abdullah II da Jordânia. Na ocasião, o monarca pediu que os EUA continuassem ajudando seu país a lidar com o intenso fluxo de refugiados sírios. Em setembro, o rei se encontrou mais uma vez com uma autoridade militar norte-americana em Amman, desta vez o general James Mattis, chefe do Comando Central do Pentágono.
O número de sírios que atravessava a fronteira com a Jordânia atingiu a marca de três mil por dia em meados de setembro. No entanto, as forças de Bashar al Assad consolidaram suas tropas na região sul do país e as cifras caíram para a marca de poucas centenas. De acordo com as Nações Unidas, a Jordânia abriga hoje por volta de 100 mil refugiados sírios. Autoridades norte-americanas discordam desses dados e alegam que o número de sírios (registrados ou não) pode ser quase o dobro.
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... e-Jordania
Rei jordaniano pediu ajuda a Washington para lidar com o enorme fluxo de refugiados que ingressam no país
No momento em que tropas do regime de Bashar al Assad ameaçam empregar armas químicas para combater a oposição armada da Síria, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos enviou secretamente à Jordânia um grupo de mais de 150 técnicos e estrategistas para auxiliar o país a lidar com um possível aumento do fluxo de refugiados.
Estima-se que mais de 180 mil sírios tenham cruzado a fronteira entre os dois países para fugir da guerra civil. Oficiais responsáveis pela operação esclareceram ao jornal The New York Times que a missão pretende evitar o tipo de conflito que existe hoje entre Síria e Turquia, outro grande destino dos refugiados. Há planos de apoio logístico para a implementação de uma zona desmilitarizada na Jordânia.
O governo Obama se recusa a intervir na questão síria e ao longo da maior parte do conflito se limitou a fornecer equipamentos de comunicação e armas não letais para as forças opositoras. A base de treinamento norte-americana está situada, contudo, a menos de 60 quilômetros da fronteira síria, ao lado da cidade de Amman, na Jordânia. O Comando Central do Pentágono e o porta-voz da embaixada da Jordânia em Washington disseram ao New York Times que, no momento, não comentarão sobre o assunto.
A missão norte-americana na Jordânia já existe desde maio, quando Washington organizou um exercício de treinamento para cerca de 12 mil tropas de 19 diferentes países. Logo após a operação, um pequeno contingente do país permaneceu em território jordaniano, para mais uma série de treinamentos nos arredores de Amman. Participaram do programa especialistas em comunicação e logística. Um oficial da secretaria de População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado também estava presente na ocasião.
No último mês de agosto, o secretário de Defesa Leon Panetta viajou para Amman, aonde se reuniu com o rei Abdullah II da Jordânia. Na ocasião, o monarca pediu que os EUA continuassem ajudando seu país a lidar com o intenso fluxo de refugiados sírios. Em setembro, o rei se encontrou mais uma vez com uma autoridade militar norte-americana em Amman, desta vez o general James Mattis, chefe do Comando Central do Pentágono.
O número de sírios que atravessava a fronteira com a Jordânia atingiu a marca de três mil por dia em meados de setembro. No entanto, as forças de Bashar al Assad consolidaram suas tropas na região sul do país e as cifras caíram para a marca de poucas centenas. De acordo com as Nações Unidas, a Jordânia abriga hoje por volta de 100 mil refugiados sírios. Autoridades norte-americanas discordam desses dados e alegam que o número de sírios (registrados ou não) pode ser quase o dobro.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Andrew Wood participa das discussões sobre o ataque de 11 de setembro ao consulado americano em Benghazi
Foto: AFP
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A presença da Al-Qaeda na Líbia cresce a cada dia, disse esta quarta-feira o ex-comandante de uma equipe de segurança especial em Trípoli aos legisladores americanos, durante audiência sobre o ataque de militantes ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi.
A presença da Al-Qaeda "cresce a cada dia. Eles estão certamente mais estabelecidos do que nós", disse o tenente-coronel Andrew Wood, que chefiou uma equipe de segurança de 16 integrantes em Trípoli.
Wood participava de uma audiência do Comitê de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara de Representantes dos Estados Unidos sobre o ataque de 11 de setembro contra o consulado de Benghazi, que se celebra em meio a acusações sobre possíveis falhas de segurança cometidas pelo governo.
O governo disse agora acreditar que o ataque, no qual morreram quatro pessoas, tenha sido praticado por grupos vinculados à Al-Qaeda. Inicialmente, os funcionários americanos tinham dito que o ataque havia sido provocado por um protesto contra um filme anti-islâmico.
No começo do ano, o presidente Barack Obama havia dito aos cidadãos americanos que o objetivo de derrotar da rede Al-Qaqda estava ao alcance, mais de uma década depois dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Em discurso presidencial durante visita surpresa ao Afeganistão, Obama assegurou: "o objetivo que me propus de derrotar a Al-Qaeda e negar-lhe a possibilidade de se reconstruir agora está ao nosso alcance".
No entanto, tem sido registrada uma preocupação crescente sobre a possibilidade de que a Al-Qaeda esteja capitalizando o caos e a convulsão nos países árabes e do Oriente Médio, causados pela Primavera Árabe, ao tentar mover-se para áreas conturbadas. Neste sentido, um funcionário americano disse que estão investigando se o braço da Al-Qaeda do Norte da África pode ter estado por trás do ataque em Benghazi.
Foto: AFP
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A presença da Al-Qaeda na Líbia cresce a cada dia, disse esta quarta-feira o ex-comandante de uma equipe de segurança especial em Trípoli aos legisladores americanos, durante audiência sobre o ataque de militantes ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi.
A presença da Al-Qaeda "cresce a cada dia. Eles estão certamente mais estabelecidos do que nós", disse o tenente-coronel Andrew Wood, que chefiou uma equipe de segurança de 16 integrantes em Trípoli.
Wood participava de uma audiência do Comitê de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara de Representantes dos Estados Unidos sobre o ataque de 11 de setembro contra o consulado de Benghazi, que se celebra em meio a acusações sobre possíveis falhas de segurança cometidas pelo governo.
O governo disse agora acreditar que o ataque, no qual morreram quatro pessoas, tenha sido praticado por grupos vinculados à Al-Qaeda. Inicialmente, os funcionários americanos tinham dito que o ataque havia sido provocado por um protesto contra um filme anti-islâmico.
No começo do ano, o presidente Barack Obama havia dito aos cidadãos americanos que o objetivo de derrotar da rede Al-Qaqda estava ao alcance, mais de uma década depois dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Em discurso presidencial durante visita surpresa ao Afeganistão, Obama assegurou: "o objetivo que me propus de derrotar a Al-Qaeda e negar-lhe a possibilidade de se reconstruir agora está ao nosso alcance".
No entanto, tem sido registrada uma preocupação crescente sobre a possibilidade de que a Al-Qaeda esteja capitalizando o caos e a convulsão nos países árabes e do Oriente Médio, causados pela Primavera Árabe, ao tentar mover-se para áreas conturbadas. Neste sentido, um funcionário americano disse que estão investigando se o braço da Al-Qaeda do Norte da África pode ter estado por trás do ataque em Benghazi.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
11 DE OUTUBRO DE 2012 - 18H50
Rússia e Iraque alinham posicionamento sobre a Síria
A Rússia e o Iraque compartilham a opinião de que a situação na Síria deve ser resolvida sem qualquer interferência estrangeira.
A declaração é do Primeiro-Ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, durante seu encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, na quarta-feira (10) em Novo-Ogarevo, na região de Moscou.
Ambos os líderes manifestaram o total apoio à missão do Enviado Especial da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, para que se alcance uma solução pacífica para a crise interna síria.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o encontro serviu para trocar opiniões sobre as grandes questões internacionais e regionais. Ele afirmou que é gratificante que os pontos de vista entre os dois países estão muito próximos em diversas questões.
Fonte: Diário da Rússia
Rússia e Iraque alinham posicionamento sobre a Síria
A Rússia e o Iraque compartilham a opinião de que a situação na Síria deve ser resolvida sem qualquer interferência estrangeira.
A declaração é do Primeiro-Ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, durante seu encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, na quarta-feira (10) em Novo-Ogarevo, na região de Moscou.
Ambos os líderes manifestaram o total apoio à missão do Enviado Especial da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, para que se alcance uma solução pacífica para a crise interna síria.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o encontro serviu para trocar opiniões sobre as grandes questões internacionais e regionais. Ele afirmou que é gratificante que os pontos de vista entre os dois países estão muito próximos em diversas questões.
Fonte: Diário da Rússia
- marcelo l.
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Re: Mundo Árabe em Ebulição
Nem precisa de tanta bagunça, lembrando o último grande confronto da guerra de 1982 no Líbano foi de 93x0, os soviéticos que devem ter ficado contentes com tanta reposiçãorodrigo escreveu:Acho que os EUA não se metem, vai ser igual na Líbia, dão as ordens para os turcos como fizeram com os europeus, mais inteligência e aviões de reabastecimento. O novo governo francês não vai querer se meter, e o restante nem tem condições, já gastaram toda munição na Líbia.Está com cara de que Tio Sam e amigos vão usar a Turquia como desculpa para invadir a Síria.
Nesse momento de total bagunça, um dia de operações da força aérea israelense destrói a força aérea e a marinha de qualquer um desses países.Mas, realmente, Rodrigo, é impressionante, apesar das filmagens de Golan de ataques próximos a fronteira israelense, nem bala passa, os sírios não tem coragem nem mirar para lá, isso que é medo

De um brigadeiro da reserva sírio.
“In 1982,” said, “19 batteries of our 20 tank batteries—each battery consisting of five tanks and each tank equipped with three SAM-6 missiles—were wiped out in a single strike by surface-to-surface Israeli missiles.” Syrian aircraft fared no better. “Ninety-three of our air fighters were shot down in a two-hour air battle with the Israelis. No Israeli planes were shot down. This happened over the Beqaa Valley. I was there. I was in Lebanon at the time and I witnessed everything. So this is not rumor, this is fact.”
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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