TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

[Lucius Clay]

Caro Beronha,

Não acredito em problemas logísticos pelo menos, políticos sim, mas esses são contornáveis, a relação com um governo com quem se tem um acordo estratégico, não seria interrompido por causa de um conflito dessa magnitude, os americanos fizeram uma pra balançar com o preço do petróleo no mundo e não vi ninguém reclamar sobre o fornecimento de armas deles para qualquer país.

Agradeço a atenção de todos.

[Lucius Clay]

Não podemos esquecer que existe outra questão igualmente importante e que a Rússia está a frente dos outros, mesmo dos franceses, eles têm colaborado com o projeto do VLS nacional e vão trocar tecnologia para o grande satélite de comunicações que o Brasil vai construir, eles podem e têm muitas coisas para oferecer, um caça de alto desempenho eles já têm, mas não é somente isso, mas todo um programa aeroespacial que pode ser beneficiado pelas trocas com laboratórios russos.

Isso claro, mantendo nossa independência, sem tantas frescuras que têm os americanos.

Lucius,

Infelizmente o Brasil já meio que desistiu de desenvolver um programa de lançadores de satélites autóctone, no futuro previsível vamos mesmo de VLS (ainda!) e Cyclone ucraniano. E quanto ao satélite de comunicações, o mais provável é que compremos algo de prateleira mesmo, e certamente ocidental.

Já na área de mísseis, parece que estamos indo bem sozinhos mesmo, fora os acordos já feitos com a África do sul.

Então, não acredito que qualquer oferta de ajuda russa na ára espacial tenha muita influência nesta negociação. Se na última hora os franceses derem pra trás no negócio do casco do SNA, aí talvez os russos tenham algo interessante a oferecer, mas fora isso o Sukhoi pode até vencer (pessoalmente gosto da idéia), mas por méritos próprios dentro do escopo do FX-2, sem esta história de pacote tecnológico amplo.

Leandro G. Card

Como vai Leandro G. Card?

Achei muito interessante sua opinião a respeito, mas é importante frisar que o Brasil não assinaria um acordo estratégico com a Rússia para não adquirir nada, e nem deixaria de fazer alguma parceria com aquele país.

Quanto ao fato do VLS, é verdade que o acordo demorado com a Ucrânia está andamento, mas é bom lembrar que o VLS terá apoio russo e os próximos foguetes serão construídos em conjunto com a Rússia sim, certamente o apoio dos técnicos ucranianos no projeto Cyclone 4 será interessante, mas são programas diferentes, não têm ligação.

Com relação a aquisições serem distintas, você está certo! Um programa não tem nada a ver com outro, se o Brasil comprar caças russos, não quer dizer que os franceses vão perdeu o SNA, por exemplo, acho que as aquisições estão mais para um movimento de aproximação tecnológica, logística e política com esses países.

Abraço,

[brisa]

Lucius,

Concordo com vc.
Este acordo com a russia nao seria apenas para trocar doutrinas e nem intercambios de pessoal na area militar. Ira ocorrer mais dois encontros com os russos ate o final do ano. Com a viagem do NJ e do MU a russia e estes varios encontros apos, duvido que seja apenas alguma coisa ligado ao VLS.

sds

[lobo_guara]

Senhores, partindo da idéia que a guerra Russia X Georgia se alastre e ou se prolongue:

- O quão negativo seria a vinda de um SU, e teria alguma relação a escolha do mesmo com tal beligerancia?
- Dependendo do grau dos ataques russos, a visão de nossos militares sofreria algum tipo de "impacto logistico?" já que o descustume nosso com armas do oriente, poderá considerar mais o conflito russo, do que um americano (iraque), por exemplo.
- Ou não tem nada a ver e tou escrevendo nhaca?

Vejo essa situação da seguinte forma: O aumento do antagonismo Russo - Americano poderá enfraquece as possibilidades de escolha das suas aeronaves por um país que tem adotado como estratégia na sua atuação internacional uma postura independente e pragmática como o Brasil. Entendo dessa forma que os caças europeus ganham força nesse processo tendo em vista as relações amistosas mantidas pelo Brasil tanto com os russos quanto com os americanos. Nesse sentido, a possibilidade do fechamento de um contrato importante no setor de defesa azedar as relações com um ou com outro (já que nesse setor as coisas não são assim tão isoladas, ou seja os contratos sempre possuem um viés geopolítico importante) é uma possiblidade impensável para o governo brasileiro, portanto....

[WalterGaudério]

Senhores, partindo da idéia que a guerra Russia X Georgia se alastre e ou se prolongue:

- O quão negativo seria a vinda de um SU, e teria alguma relação a escolha do mesmo com tal beligerancia?
- Dependendo do grau dos ataques russos, a visão de nossos militares sofreria algum tipo de "impacto logistico?" já que o descustume nosso com armas do oriente, poderá considerar mais o conflito russo, do que um americano (iraque), por exemplo.
- Ou não tem nada a ver e tou escrevendo nhaca?

Vejo essa situação da seguinte forma: O aumento do antagonismo Russo - Americano poderá enfraquece as possibilidades de escolha das suas aeronaves por um país que tem adotado como estratégia na sua atuação internacional uma postura independente e pragmática como o Brasil. Entendo dessa forma que os caças europeus ganham força nesse processo tendo em vista as relações amistosas mantidas pelo Brasil tanto com os russos quanto com os americanos. Nesse sentido, a possibilidade do fechamento de um contrato importante no setor de defesa azedar as relações com um ou com outro (já que nesse setor as coisas não são assim tão isoladas, ou seja os contratos sempre possuem um viés geopolítico importante) é uma possiblidade impensável para o governo brasileiro, portanto....

Infelizmente acho que pode ter influência negativa sim(para o lado russo), os americanos podem pressionar Brasília a não se comprometer tanto assim (mesmo que só no Ãmbito comercial) com um país que se pudessem os EUA tratariam como pária. Só não o fazem é pq dependem deles para tentar dar uma chave-de braço no Irã...

Só não acredito que pretendam fazer isso adotando um avião de origem norte americana.

Em tempo. Um F/A-18E/F é um baita avião. Mas tb tem uma baita coleira...

É melhor ir de Flanker mesmo.

[LeandroGCard]

Como vai Leandro G. Card?

Achei muito interessante sua opinião a respeito, mas é importante frisar que o Brasil não assinaria um acordo estratégico com a Rússia para não adquirir nada, e nem deixaria de fazer alguma parceria com aquele país.

Quanto ao fato do VLS, é verdade que o acordo demorado com a Ucrânia está andamento, mas é bom lembrar que o VLS terá apoio russo e os próximos foguetes serão construídos em conjunto com a Rússia sim, certamente o apoio dos técnicos ucranianos no projeto Cyclone 4 será interessante, mas são programas diferentes, não têm ligação.

Com relação a aquisições serem distintas, você está certo! Um programa não tem nada a ver com outro, se o Brasil comprar caças russos, não quer dizer que os franceses vão perdeu o SNA, por exemplo, acho que as aquisições estão mais para um movimento de aproximação tecnológica, logística e política com esses países.

Abraço,

Olá Lucius,

Este seu comentário que grifei acima seria pertinente em um país sério, mas no Brasil a coisa não é bem assim. Fizemos um acordo semelhante com o grupo da ISS (principalmente os EUA), e chegamos a mandar um astronauta para Houston para treinar durante anos, e no final fomos "convidados a nos retirar" do programa (vergonha, vergonha, vergonha) e o astronauta foi mandado ao espaço como turista pagante (tudo bem que com desconto) em um foguete russo.

Acho que muito pouca gente no DB e mesmo no Brasil é tão entusiasta de assuntos relacionados à exploração espacial e ao programa de desenvolvimento de foguetes quanto eu, mas infelizmente não posso tapar o sol com a peneira. O programa espacial brasileiro está em banho maria, o VLS que era o objetivo a alcançar para o início da década de oitenta ainda é um objetivo a alcançar, e todas as fichas agora estão colocadas no foguete Cyclone da Ucrânia, e nós só entraremos com a infra estrutura de lançamento. O máximo que se fala de desenvolvimento nacional seria um estágio final de combustível líquido para o VLS, mas sem prazos de início ou conclusão especificados ou seja, é um desejo, não um programa oficial em andamento. Não existem atualmente sequer planos para nenhum outro foguete lançador de satélites nacional.

Nestas condições, um acordo sobre este tema com quem quer que seja tem muito pouco valor, e duvido muito que afete as decisões do programa FX ou quaisquer outras.


Um grande abraço,


Leandro G. Card

[Carlos Mathias]

Eu sabia que esse da guerra na Geórgia ia aparecer. Agora é isso o grande impditivo, antes eram parafusos e cores de painel, chapinhas e carrocinha de armas. Pelo menos o nível subiu.

Quem jogou a gasolina na figueira georgiana foram os EUA e a OTAN, por muita coincidência justamente num momento em que a Rússia está se levantando rapidamente.

[WalterGaudério]

Eu sabia que esse da guerra na Geórgia ia aparecer. Agora é isso o grande impditivo, antes eram parafusos e cores de painel, chapinhas e carrocinha de armas. Pelo menos o nível subiu.

Quem jogou a gasolina na figueira georgiana foram os EUA e a OTAN, por muita coincidência justamente num momento em que a Rússia está se levantando rapidamente.

Calma aí CM , seria difícil esta questão não entrar, mas tá entrando...(no bom sentido), seria até inocência nossa esperar o contrário.

Mas não posso acreditar que vá influenciar de maneira definitiva o FX. Acho até, que ele possa já estar decidido...

Um pequeno sintoma é o não anúncio da compra de Su-35 por parte da venezuela, eles parecem ter pedido mais uma dúzia de Su-30 e mais munição, o que teoricamente os russos só gostariam de fazer (puro ACHISMO meu) depóis de uma encomenda brasileira que poderia significar o tão desejado centro de manutenção "Sukhoi Latin America"

Acho(supondo que a situação na Georgia/Caucaso não desande mais do que já desandou) que o Flanker ainda emplaca.

[Carlos Mathias]

Mais desando que teve no Afeganistão com a URSS impossível, e eles estão lá, como sempre faz uns 2000 anos.

Olha, rola uma papo, uma lenda, de que se o Brasil acertar os SU-35BM, poderia ter a exclusividade na região, ou ainda ao menos a manutenção de todos os Flanker da região aqui. Ou seja, teríamos domínio completo sobre a arma de qualquer modo.

Porque não com a Venezuela? É uma pergunta meio boba, desculpe a franqueza, mas mesmo assim, basta comprar a importância estratégica e o parque industrial de ambos os países. Nem petróleo mais a a Venezuela pode abanar como vantagem.

Ainda sobre guerra e países envolvidos nelas, Israel está eternamente em guerra, e nós estamos comprando deles como nunca, e armas estratégicas. Então, a meu ver, tudo normal. Esse pessoal está de certa forma acostumado com guerras, nós é que trememos só de pensar numa porrada e por isso a PETROBRÁS é a maior produtora mundial de vaselina perfumada.

Basta ver que alguém imagina o Brasil fazendo o que fez a Geórgia e respondendo como a Rússia? Felizmente eu acho que não.

[PRick]

Eu sabia que esse da guerra na Geórgia ia aparecer. Agora é isso o grande impditivo, antes eram parafusos e cores de painel, chapinhas e carrocinha de armas. Pelo menos o nível subiu.

Quem jogou a gasolina na figueira georgiana foram os EUA e a OTAN, por muita coincidência justamente num momento em que a Rússia está se levantando rapidamente.

Há dez mil anos atrás , falava que os maiores problemas de comprar material bélico dos Russos, não eram sobre a qualidade ou não deles, mas os aspectos geopolíticos e industriais, a famosa viabilidade junto ao construtor local entre outras.

Fiz um análise de que a tensão entre a Rússia e a OTAN tende a crescer, na medida que, a OTAN está avançando sobre as antigas áreas de influência da Ex-URSS.

Não interessa saber de quem seja a culpa, afinal, isso para nós é indiferente, interessa, sim, saber qual o nível de antogonismo que isso pode chegar, e se a compra de material russo pode nos deixar do lado "errado", eu nos colocar dentro de uma briga, na qual, nada temos a ganhar. Essa análise tem que ser feita de modo frio, e a meu ver, é mais determinante que qualquer outra envolvendo a plataforma em si.

[ ]´s

[Carlos Mathias]

Por outro lado, se a coisa realmente ferver na Europa, a França vai virar carvão, logo...

Você tem argumentos melhores Prick.

[PRick]

Por outro lado, se a coisa realmente ferver na Europa, a França vai virar carvão, logo...

Você tem argumentos melhores Prick.

Estamos falando de conflitos convencionais, Guerra Atômica não precisa de caças, e depois dela vamos continuar com paus e pedras, quem sobrar é claro.

Estou fazendo uma análise das tensões mundiais, e sem dúvida o Leste Europeu, o Oriente Médio e o Afeganistão são as áreas de maior tensão hoje. Vamos aguardar um pouco para ver como vai ficar essas 03 zonas, particularmente, as Ex-Repúblicas Soviéticas e a Rússia, e como se darão as relações Rússia + Irã. Pode ser que a Rússia queira dar o troco via venda de armamento e tecnologias para o Irã.

Ainda temos a eleições nos EUA, ou seja, tudo contribui para uma escalada nas tensões, agora, aonde isso vai dar, espero que o pessoal tenha juízo, pelo menos no uso de armamento nuclear.

[ ]´s

[Carlos Mathias]

Isso não vai dar em nada porque a Europa esticou demais a corda e ela arrebentou. Ninguém é louco de se meter ali, eles não são o Iraque nem a o Afeganistão.

Nada, não vai acontecer nada elém de protestos, umas falas ali, aqui e nada além disso. Essa coça que a Geórgia vai tomar é justamente prá pararem de encher o saco da Rússia e deixarem eles lá no canto quietos.

Ainda não vai ser nessa que o BM deixa de te assombrar.

[PRick]

Isso não vai dar em nada porque a Europa esticou demais a corda e ela arrebentou. Ninguém é louco de se meter ali, eles não são o Iraque nem a o Afeganistão.

Nada, não vai acontecer nada elém de protestos, umas falas ali, aqui e nada além disso. Essa coça que a Geórgia vai tomar é justamente prá pararem de encher o saco da Rússia e deixarem eles lá no canto quietos.

Ainda não vai ser nessa que o BM deixa de te assombrar.

Existem retaliações além do campo militar, estou falando em tensões, não em guerras. Na decorrência podemos ter boicotes, embargos, etc... E não só a Georgia, as relações Rússia e Ucrânia não vão nada bem, o Su-35BM não me assombra, os caças Made in USA, sim.

[ ]´s

[Carlos Mathias]

Prick, a Europa e muito do mundo dependem desesperadamente do petróleo russo, não tem essa de buscar na esquina. Ninguém vai arriscar uma crise econômica mundial sem precedentes pro causa da Geórgia e seu presidente maluquinho.

Sobre as assombrações, a suas são as mesmas minhas, mas pelo menos a assombração chupa-pedra tá fora.