TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
Total de votos: 1320

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Zavva
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51751 Mensagem por Zavva » Qua Dez 22, 2010 11:42 pm

Marino escreveu:Zavva, por qual motivo a negociação do contrato deve durar um ano?
Sabe a diferença entre a carta do Obama e a do Sarkozy?
Dinheiro, muito dinheiro, a sobrevivência de uma indústria estratégica na França, a geração de empregos nos dois países, a quebra do monopólio americano, etc.
Quanto a carta do Obama, só beicinho.
Conheço o discurso anti-americano do Sarkozy, ele o repetiu no MMRCA.
Boa estratégia de venda.

Como disse muito bem o NJ, as garantias virão depois.

Abs




F-X2: Alguns se preocupam com a presença de componentes americanos, eu me preocupo com a ausência de componentes brasileiros.
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Justin Case
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51752 Mensagem por Justin Case » Qui Dez 23, 2010 12:25 am

Zavva escreveu:
Justin,

Não existem amizades entre países, existem interesses !

Abs
Concordo plenamente, Zavva.

Amizades são relações pessoais. Quando as pessoas vão embora, deixam os cargos...

Países têm necessidades. Essas necessidades geram interesses válidos.

Quando os interesses são comuns ou complementares, eis que surge uma oportunidade de parceria sólida.

Acho que é muito semelhante ao que ocorre no âmbito empresarial.

Às parcerias então, pois estas são importantes para nosso futuro.

Abraço,

Justin




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faterra
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51753 Mensagem por faterra » Qui Dez 23, 2010 12:54 am

Se as garantias ora prometidas e negociadas não forem explicitadas nos contratos e/ou o fornecedor se recusar a assinar, é simples: não tem negócio!




Imagem

Um abraço!
Fernando Augusto Terra
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51754 Mensagem por Enlil » Qui Dez 23, 2010 2:16 am

Bender escreveu:
A minha falta de perspicacia se deveu a fato de eu estar falando dos requisitos da FAB (ToT) e voce os do GF (politica).

É uma confusão muito comum.

Pelo menos chegamos a conclusão de que as 3 propostas de ToT atendem os requisitos da FAB. Abs
OK! Mas eu ainda não recebi a confirmação plena do CN Norte-Americano e nem a confirmação plena da liberação americana para os Suécos,e nem sei inclusive, se os códigos fontes do radar do GirpenNG foram escritos e se suas capacidades foram testadas..., 8-] brincadeira, :) eu particularmente não tive acesso as propostas que são sigilosas,faço meus julgamentoe e teço meus comentários e minhas opiniões baseado no mesmo critério do sr. Min. da Defesa Nelson Jobim e suas manifestações públicas sobre este assunto onde 1% nunca foi 99%,então continuo na mesma,na minha opinião só um atende,mas o Cmte Saito é sem dúvida pessoa que eu respeito e admiro e que quer sempre o melhor para o Brasil,e sabe medir as palavras muito bem,diante da imprensa sedenta de sangue.@ YE

Zavva
Justin,

Este é o X da questão.
Eu não tenho esta certeza.

Compartilhar tecnologia extremente sensivel a segurança da França, por exemplo, estrapola a questão da confiança politica que eventualmente Brasil e França tenham. Teria que haver, por exemplo, confiança em todas as medidas de segurança de proteção tecnologica que o Brasil e mais especificamente a FAB tenha.

Algumas tecnologias são mais tranquilas de serem transferidas que outras.
Especulo que no caso do Spectra, haja muitas restrições. Poderá ser uma caixa-preta para a gente.

Confiaria a França de forma irrestrita em um país que defendeu o Irã ?

Abs

Zavva o Brasil também assinou um acordo de proteção a propriedade intelectual e sigilo com a Russia.

Quem sou eu para falar com certeza absoluta de qual o objetivo frances neste negócio além é claro dos euros,mas continuar a insistir em enxergar no que será discutido neste acordo de compra,simplesmente tendo como base 36 caças,na minha porca opinião é uma visão muito rasa.

Claramente um dos objetivos franceses mais fácil de se visualisar é que diante dos cortes imprescindíveis nos orçamentos militares europeus,se faz nescessária a presença de um "sócio" ou parceiro se quiserem continuar aperfeiçoando e desenvolvendo novos produtos individualmente de forma independente, sem se entregar aos braços de seus concorrentes norte-americanos e europeus.Sim,concorrentes europeus.

Cada um paga o preço que acha que deve,quando monta a perspectiva de longo prazo de seus planos e projetos inclusive o preço de sobreviver. :wink: Isso são negócios,e negócios por vezes somam afinidades e deixam de lado diferenças,o importante é o ganho específico de cada um.

Ser parceiro não quer dizer que a soberania e individualidade política,diplomática e estratégica de cada país deva ser colocada de lado ou no lixo,aliás este é outro mantra repetido aos cântaros aqui neste tópico que precisa ser urgentemente esclarecido,ser parceiro ou sócio é ter pelo menos um objetivo em comum que contemple ambos.

O Brasil com: França,Comunidade Europeia,EUA,Russia,China e etc, tem diversas diferenças diplomáticas,comerciais,ideológicas,políticas,econômicas e futebolisticas,isto se chama soberania e auto-determinação,que no concerto das nações civilizadas deve ser respeitado,e tem com estes mesmos países afinidades econômicas,politicas comuns,indentidade cultural,tecnológica,multi-nacionais instaladas em nosso solo,e profícuo mercado de exportação de seus craques.

Resumir ou tentar transformar em uma barafunda a parceria iniciada entre Brasil e França,ou com qualquer outro país,tendo como motivo atitudes diplomáticas ou comerciais soberanas de qualquer lado que seja,como estas de ambos os lados,mais EUA,Russia e China sobre o Irã,é querer enxergar o mundo pelo buraco de uma agulha para que atenda interesses contrários a esta parceria, puramente por disputa comercial do programa FX2,é uma falácia e póbre de razão e de visão,sinceramente desmerece quem faz isso com seriedade.

SDS.
Na tampa :!:


[].




Bender

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51755 Mensagem por Bender » Qui Dez 23, 2010 9:05 am

Zavva
Ao que parece, apenas após a declaração do escolhido é que verificaremos com certeza, se o país escolhido irá cumprir o prometido.

Garantias...garantias...garantia é só com o contrato assinado, até lá, cartas de presidentes demostrando boas intenções a respeito de ToT de pouco valem.
Concordo totalmente com sua colocação, :) isso explica a necessidade aparente e declarada de aproximadamente 12 meses para a amarração do contrato,inclusive a declaração em si a este respeito demonstra que existirá a responsabilidade necessária por parte do GF e Fab para concretização de seus anseios para a nação.

Vou declinar comentar sobre mentiras e mentirosos.
Não existem amizades entre países, existem interesses !
É a pura verdade,até com minha patroa que se acha quase um país e que exerce sua liderança na mão de ferro e com poder de veto no CS do Lar,não tenho amizade só interesses,mas acrescentaria afinidades,o sexo,história e convergências políticas que pesam na consolidação destes "interesses".

SDS.




Editado pela última vez por Bender em Qui Dez 23, 2010 9:32 am, em um total de 1 vez.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51756 Mensagem por Túlio » Qui Dez 23, 2010 9:18 am

Marino escreveu:
Com o IKL nós aprendemos a CONSTRUIR um modelo de submarino, que nos foi vendido.
Agora, estamos aprendendo a PROJETAR submarinos, por engenheiros brasileiros que estão cursando na França, por técnicos que já estão construíndo a seção de proa do primeiro (algo que nunca fizemos), subs que serão CONSTRUÍDOS em um estaleiro nacional, específico para este tipo de empreendimento.
A situação é totalmente outra.

Excelente. Finalmente entendo o que significou o IKL aqui, a capacitação da Indústria Nacional em construir e fazer a manutenção de subs. O próximo passo lógico é sem dúvida a capacitação em projeto e desenvolvimento autônomos. Palavra, até agora achava o 'caso IKL' como puro estelionato Alemão...

Mas e nos caças? JAMAIS fizemos um, sequer sob licença, como foi o caso dos IKL; jamais nos responsabilizamos pela manutenção integral dele, chegando ao ponto de desenvolver uma versão melhorada e mais potente (uma espécie de NG), como foi o caso do IKL; a seguir essa linha, o que podemos esperar do FX? Se partirmos do 'Modelo IKL' teremos então um caça para aprendermos a CONSTRUIR - qualquer dos dois com REAL chance no FX, ou seja, Super Hornet e Rafale - para só então darmos o segundo passo, ou seja, escolher um novo projeto para aprendermos a DESENVOLVER...

E aí a porca torce o rabo: tanto a versão do IKL feita no Brasil quanto o Scorpéne NÃO FORAM ADQUIRIDOS por seus Países de origem. AMBOS foram/são navios pensados APENAS PARA A EXPORTAÇÃO. A Alemanha atualmente está com apenas quatro modelos IKL212 (desativou os outros seis IKL206) e a França usa apenas SSNs, tendo desativado o último Agosta em 1999.

Isso me faz olhar com um pouco mais de simpatia para o GRIPEN NG: a Suécia dificilmente o irá adquirir, do mesmo modo que as citadas Marinhas não adquiriram os subs citados. No caso do Scorpéne ou a França desenvolve uma versão diferente (parece que as kôzaz se encaminham nessa direção) ou vai ter confusão judicial com a Espanha e teremos de pagar royalties ao Chile (cliente de lançamento).

Bueno, onde quero chegar? Com o NG poderíamos reunir grande parte das DUAS fases seguidas pela MB com seus subs em UMA SÓ, apenas aprendendo a CONSTRUIR o que já está feito e a PROJETAR e DESENVOLVER o que falta. Tudo na mesma geração e não em mais de três décadas, como foi no caso dos subs...

E isso valeria bem um TAMPAX tipo Mirage 2000-9 - se for o caso, e acho que realmente É - até o NG ficar pronto, dentro de especificações NOSSAS, com projetistas, técnicos e engenheiros NOSSOS e para atuarem dentro da NOSSA realidade, já saindo da linha de montagem com sistemas e armas Nacionais integrados. E a experiência obtida nos permitiria torná-lo o NOSSO LO em uma equação HI-LO-MIX, com o HI sendo desenvolvido por NÓS, talvez até com ajuda Sueca ou de quem quiser participar de um projeto de caça biturbina para a próxima geração. Para mim seria um excelente caminho a ser trilhado, mesmo tendo em mente o chamado 'risco AMX' que, aliás, existe igualmente com o Rafale, ou seja, apenas Brasil e França operando uma determinada aeronave (no caso do Rafale e do SH não precisaria TAMPAX, creio)...

É a minha opinião. 8-]




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51757 Mensagem por kekosam » Qui Dez 23, 2010 9:30 am

Tulio, neste caso, teriamos que votar na Dilma ou Lula ad eternum, pois se entrar a oposição, acaba a grana pra isto tudo e babaus... FAs terceirizadas no Brasil. (Quem sabe o Stalone não vem ser mercenário de verdade aqui?)




Assinatura? Estou vendo com meu advogado...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51758 Mensagem por Knight » Qui Dez 23, 2010 9:41 am

Túlio escreveu:
Marino escreveu:
Com o IKL nós aprendemos a CONSTRUIR um modelo de submarino, que nos foi vendido.
Agora, estamos aprendendo a PROJETAR submarinos, por engenheiros brasileiros que estão cursando na França, por técnicos que já estão construíndo a seção de proa do primeiro (algo que nunca fizemos), subs que serão CONSTRUÍDOS em um estaleiro nacional, específico para este tipo de empreendimento.
A situação é totalmente outra.

Excelente. Finalmente entendo o que significou o IKL aqui, a capacitação da Indústria Nacional em construir e fazer a manutenção de subs. O próximo passo lógico é sem dúvida a capacitação em projeto e desenvolvimento autônomos. Palavra, até agora achava o 'caso IKL' como puro estelionato Alemão...

Mas e nos caças? JAMAIS fizemos um, sequer sob licença, como foi o caso dos IKL; jamais nos responsabilizamos pela manutenção integral dele, chegando ao ponto de desenvolver uma versão melhorada e mais potente (uma espécie de NG), como foi o caso do IKL; a seguir essa linha, o que podemos esperar do FX? Se partirmos do 'Modelo IKL' teremos então um caça para aprendermos a CONSTRUIR - qualquer dos dois com REAL chance no FX, ou seja, Super Hornet e Rafale - para só então darmos o segundo passo, ou seja, escolher um novo projeto para aprendermos a DESENVOLVER...

E aí a porca torce o rabo: tanto a versão do IKL feita no Brasil quanto o Scorpéne NÃO FORAM ADQUIRIDOS por seus Países de origem. AMBOS foram/são navios pensados APENAS PARA A EXPORTAÇÃO. A Alemanha atualmente está com apenas quatro modelos IKL212 (desativou os outros seis IKL206) e a França usa apenas SSNs, tendo desativado o último Agosta em 1999.

Isso me faz olhar com um pouco mais de simpatia para o GRIPEN NG: a Suécia dificilmente o irá adquirir, do mesmo modo que as citadas Marinhas não adquiriram os subs citados. No caso do Scorpéne ou a França desenvolve uma versão diferente (parece que as kôzaz se encaminham nessa direção) ou vai ter confusão judicial com a Espanha e teremos de pagar royalties ao Chile (cliente de lançamento).

Bueno, onde quero chegar? Com o NG poderíamos reunir grande parte das DUAS fases seguidas pela MB com seus subs em UMA SÓ, apenas aprendendo a CONSTRUIR o que já está feito e a PROJETAR e DESENVOLVER o que falta. Tudo na mesma geração e não em mais de três décadas, como foi no caso dos subs...

E isso valeria bem um TAMPAX tipo Mirage 2000-9 - se for o caso, e acho que realmente É - até o NG ficar pronto, dentro de especificações NOSSAS, com projetistas, técnicos e engenheiros NOSSOS e para atuarem dentro da NOSSA realidade, já saindo da linha de montagem com sistemas e armas Nacionais integrados. E a experiência obtida nos permitiria torná-lo o NOSSO LO em uma equação HI-LO-MIX, com o HI sendo desenvolvido por NÓS, talvez até com ajuda Sueca ou de quem quiser participar de um projeto de caça biturbina para a próxima geração. Para mim seria um excelente caminho a ser trilhado, mesmo tendo em mente o chamado 'risco AMX' que, aliás, existe igualmente com o Rafale, ou seja, apenas Brasil e França operando uma determinada aeronave (no caso do Rafale e do SH não precisaria TAMPAX, creio)...

É a minha opinião. 8-]
Parabéns! É uma boa defesa do NG, mas merece comentários :)

=> aprendendo a CONSTRUIR o que já está feito
Concordo, mas com o Rafale também teremos isso

=> PROJETAR e DESENVOLVER o que falta
Com resalvas... pode ser, mas também com resalvas poderemos
ter com tecnologias que serão absorvidas de outras propostas.

=> Tudo na mesma geração e não em mais de três décadas
Tudo tem seu próprio tempo Túlio, ainda precisamos formar aqueles que
vão absorver estes conhecimentos todos.

=> TAMPAX tipo Mirage 2000-9 se for o caso
Espero que os F5M aguentem o suficiente, mas entendo a possibilidade

=> 'risco AMX' (com o Gripen) existe igualmente com o Rafale
Não é bem o caso né Túlio, o Rafale é para a FR muito mais que o AMX
foi para a Itália e o NG sonharia em ser para Suécia.

Abs.




Bender

Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51759 Mensagem por Bender » Qui Dez 23, 2010 9:59 am

Túlio escreveu:
Marino escreveu:
Com o IKL nós aprendemos a CONSTRUIR um modelo de submarino, que nos foi vendido.
Agora, estamos aprendendo a PROJETAR submarinos, por engenheiros brasileiros que estão cursando na França, por técnicos que já estão construíndo a seção de proa do primeiro (algo que nunca fizemos), subs que serão CONSTRUÍDOS em um estaleiro nacional, específico para este tipo de empreendimento.
A situação é totalmente outra.

Excelente. Finalmente entendo o que significou o IKL aqui, a capacitação da Indústria Nacional em construir e fazer a manutenção de subs. O próximo passo lógico é sem dúvida a capacitação em projeto e desenvolvimento autônomos. Palavra, até agora achava o 'caso IKL' como puro estelionato Alemão...

Mas e nos caças? JAMAIS fizemos um, sequer sob licença, como foi o caso dos IKL; jamais nos responsabilizamos pela manutenção integral dele, chegando ao ponto de desenvolver uma versão melhorada e mais potente (uma espécie de NG), como foi o caso do IKL; a seguir essa linha, o que podemos esperar do FX? Se partirmos do 'Modelo IKL' teremos então um caça para aprendermos a CONSTRUIR - qualquer dos dois com REAL chance no FX, ou seja, Super Hornet e Rafale - para só então darmos o segundo passo, ou seja, escolher um novo projeto para aprendermos a DESENVOLVER...

E aí a porca torce o rabo: tanto a versão do IKL feita no Brasil quanto o Scorpéne NÃO FORAM ADQUIRIDOS por seus Países de origem. AMBOS foram/são navios pensados APENAS PARA A EXPORTAÇÃO. A Alemanha atualmente está com apenas quatro modelos IKL212 (desativou os outros seis IKL206) e a França usa apenas SSNs, tendo desativado o último Agosta em 1999.

Isso me faz olhar com um pouco mais de simpatia para o GRIPEN NG: a Suécia dificilmente o irá adquirir, do mesmo modo que as citadas Marinhas não adquiriram os subs citados. No caso do Scorpéne ou a França desenvolve uma versão diferente (parece que as kôzaz se encaminham nessa direção) ou vai ter confusão judicial com a Espanha e teremos de pagar royalties ao Chile (cliente de lançamento).

Bueno, onde quero chegar? Com o NG poderíamos reunir grande parte das DUAS fases seguidas pela MB com seus subs em UMA SÓ, apenas aprendendo a CONSTRUIR o que já está feito e a PROJETAR e DESENVOLVER o que falta. Tudo na mesma geração e não em mais de três décadas, como foi no caso dos subs...

E isso valeria bem um TAMPAX tipo Mirage 2000-9 - se for o caso, e acho que realmente É - até o NG ficar pronto, dentro de especificações NOSSAS, com projetistas, técnicos e engenheiros NOSSOS e para atuarem dentro da NOSSA realidade, já saindo da linha de montagem com sistemas e armas Nacionais integrados. E a experiência obtida nos permitiria torná-lo o NOSSO LO em uma equação HI-LO-MIX, com o HI sendo desenvolvido por NÓS, talvez até com ajuda Sueca ou de quem quiser participar de um projeto de caça biturbina para a próxima geração. Para mim seria um excelente caminho a ser trilhado, mesmo tendo em mente o chamado 'risco AMX' que, aliás, existe igualmente com o Rafale, ou seja, apenas Brasil e França operando uma determinada aeronave (no caso do Rafale e do SH não precisaria TAMPAX, creio)...

É a minha opinião. 8-]
Na minha opinião a “amarração” de seu raciocínio é totalmente lógica Túlio,mas quando voltamos a estes dilemas básicos da questão dos caças como: comprar X fazer , ( O companheiro Faterra bate muito nesta tecla!)tempo X Capacitação de quadros,Hi X Low ,operacional X versão demo,por mais que pareça um retrocesso é bom retornar a linha de partida do pensamento do tão debatido “sucedâneo”:

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

“"Dentre todas as preocupações a enfrentar no desenvolvimento
da Força Aérea, a que inspira cuidados mais vivos e prementes é a
maneira de substituir os atuais aviões de combate no intervalo entre
2015 e 2025, uma vez esgotada a possibilidade de prolongar-lhes a
vida por modernização de seus sistemas de armas, de sua aviônica e
de partes de sua estrutura e fuselagem.
O Brasil confronta, nesse particular, dilema corriqueiro em toda a parte:
manter a prioridade das capacitações futuras sobre os gastos atuais,
sem tolerar desproteção aérea. Precisa investir nas capacidades que lhe
assegurem potencial de fabricação independente de seus meios aéreos
de defesa. Não pode, porém, aceitar ficar desfalcado de um escudo aéreo
enquanto reúne as condições para ganhar tal independência. A solução
a dar a esse problema é tão importante, e exerce efeitos tão variados
sobre a situação estratégica do País na América do Sul e no mundo, que
transcende uma mera discussão de equipamento e merece ser entendida
como parte integrante da Estratégia Nacional de Defesa.

O princípio genérico da solução é a rejeição das soluções extremas -
simplesmente comprar no mercado internacional um caça “de quinta
geração” ou sacrificar a compra para investir na modernização dos aviões
existentes, nos projetos de aviões não-tripulados, no desenvolvimento,
junto com outro país, do protótipo de um caça tripulado do futuro e
na formação maciça de quadros científicos e técnicos. Convém solução
híbrida, que providencie o avião de combate dentro do intervalo
temporal necessário mas que o faça de maneira a criar condições para
a fabricação nacional de caças tripulados avançados.
Tal solução híbrida poderá obedecer a um de dois figurinos. Embora
esses dois figurinos possam coexistir em tese, na prática um terá
de prevalecer sobre o outro. Ambos ultrapassam de muito os limites
convencionais de compra com transferência de tecnologia ou “off-set” e
envolvem iniciativa substancial de concepção e de fabricação no Brasil.
Atingem o mesmo resultado por caminhos diferentes.

De acordo com o primeiro figurino, estabelecer-se-ia parceria com
outro país ou países para projetar e fabricar no Brasil, dentro do
intervalo temporal relevante, um sucedâneo(Qualquer coisa que possa substituir outra e tenha igual valôr) a um caça de quinta
geração à venda no mercado internacional. Projeta-se e constrói-se
o sucedâneo de maneira a superar limitações técnicas e operacionais
significativas da versão atual daquele avião (por exemplo, seu raio
de ação, suas limitações em matéria de empuxo vetorado, sua
falta de baixa assinatura radar). A solução em foco daria resposta
simultânea aos problemas das limitações técnicas e da independência
tecnológica.
22
De acordo com o segundo figurino, seria comprado um caça de quinta
geração, em negociação que contemplasse a transferência integral de
tecnologia, inclusive as tecnologias de projeto e de fabricação do avião
e os “códigos-fonte”. A compra seria feita na escala mínima necessária
para facultar a transferência integral dessas tecnologias. Uma empresa
brasileira começa a produzir, sob orientação do Estado brasileiro,
um sucedâneo àquele avião comprado, autorizado por negociação
antecedente com o país e a empresa vendedores. A solução em foco
dar-se-ia por seqüenciamento e não por simultaneidade.

A escolha entre os dois figurinos é questão de circunstância e de
negociação. Consideração que poderá ser decisiva é a necessidade de
preferir a opção que minimize a dependência tecnológica ou política em
relação a qualquer fornecedor que, por deter componentes do avião a
comprar ou a modernizar, possa pretender, por conta dessa participação,
inibir ou influir sobre iniciativas de defesa desencadeadas pelo Brasil." “

---------------------------------------------------------------------------------------

Quando eu particularmente releio estas linhas acima,eu geralmente me convenço novamente que não existirá uma receita pronta,comparações como estas feitas por ti com relação aos subs da MB por mais “lógicas” que pareçam como espelho para FX, são apenas uma das muitas e infinitas possibilidades que antevejo para o futuro,dentre muitas que não estão nem nestas palavras da END e outras do Min. MU.

Pois ao contrário da MB,que quando se associou a IKL nunca sequer tinha feito a “montagem” de um sub,a industria aeronáutica nacional já está consolidada a 50 anos,e já possui mão de obra,tecnologia e expertise industrial,de nível internacional mesmo que mais fortemente na área de aviação civil,e já foi “montadora de outros projetos de caças,sem citar inclusive o F5Tiger que é quase um produto nacionalizado.
Existe “lógica” na tua idéia,mas as diferenças entre o patamar de evolução da industria naval mais especificamente no caso dos Subs,quanto a quadros e parque industrial é bem distante da já consolidada industria aeronáutica na figura da Embraer.

Só uma opinião também. :wink:

Grande abraço!




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51760 Mensagem por Marino » Qui Dez 23, 2010 10:19 am

Túlio escreveu:
Marino escreveu:
Com o IKL nós aprendemos a CONSTRUIR um modelo de submarino, que nos foi vendido.
Agora, estamos aprendendo a PROJETAR submarinos, por engenheiros brasileiros que estão cursando na França, por técnicos que já estão construíndo a seção de proa do primeiro (algo que nunca fizemos), subs que serão CONSTRUÍDOS em um estaleiro nacional, específico para este tipo de empreendimento.
A situação é totalmente outra.

Excelente. Finalmente entendo o que significou o IKL aqui, a capacitação da Indústria Nacional em construir e fazer a manutenção de subs. O próximo passo lógico é sem dúvida a capacitação em projeto e desenvolvimento autônomos. Palavra, até agora achava o 'caso IKL' como puro estelionato Alemão...
O estelionato veio depois, com a exigência da compra de sobressalentes via MARLOG, p. ex., que cobrava de 50% a 90% mais caro que os fabricantes. Este é um dos exemplos.
O seu raciocínio a primeira vista parece lógico, mas está se esquecendo de alguns pontos.


Mas e nos caças? JAMAIS fizemos um, sequer sob licença, como foi o caso dos IKL; jamais nos responsabilizamos pela manutenção integral dele, chegando ao ponto de desenvolver uma versão melhorada e mais potente (uma espécie de NG), como foi o caso do IKL; a seguir essa linha, o que podemos esperar do FX? Se partirmos do 'Modelo IKL' teremos então um caça para aprendermos a CONSTRUIR - qualquer dos dois com REAL chance no FX, ou seja, Super Hornet e Rafale - para só então darmos o segundo passo, ou seja, escolher um novo projeto para aprendermos a DESENVOLVER...
Como o Bender já escreveu, temos a 3ª maior indústria aeronáutica do mundo.
Nos responsabilizamos pela manutenção integral do F5 e do A-1, inclusive modernizando-os (acrescente os A-4).
Quanto aprender a construir e a desenvolver, voltemos à END e o que ela prevê: um caça AGORA e outro, de 5ª geração, adiante :wink: .
Nunca tire este raciocínio da cabeça.
PARECE um caminho igual aos dos subs, não? :wink:


E aí a porca torce o rabo: tanto a versão do IKL feita no Brasil quanto o Scorpéne NÃO FORAM ADQUIRIDOS por seus Países de origem. AMBOS foram/são navios pensados APENAS PARA A EXPORTAÇÃO. A Alemanha atualmente está com apenas quatro modelos IKL212 (desativou os outros seis IKL206) e a França usa apenas SSNs, tendo desativado o último Agosta em 1999.

Isso me faz olhar com um pouco mais de simpatia para o GRIPEN NG: a Suécia dificilmente o irá adquirir, do mesmo modo que as citadas Marinhas não adquiriram os subs citados. No caso do Scorpéne ou a França desenvolve uma versão diferente (parece que as kôzaz se encaminham nessa direção) ou vai ter confusão judicial com a Espanha e teremos de pagar royalties ao Chile (cliente de lançamento).
A questão entre a França e a Espanha já foi resolvida. Cada um seguiu por seu caminho.

Bueno, onde quero chegar? Com o NG poderíamos reunir grande parte das DUAS fases seguidas pela MB com seus subs em UMA SÓ, apenas aprendendo a CONSTRUIR o que já está feito e a PROJETAR e DESENVOLVER o que falta. Tudo na mesma geração e não em mais de três décadas, como foi no caso dos subs...
Hummm, será?
Será que aprenderíamos TUDO?
As TECNOLOGIAS que precisaríamos estariam disponíveis com o Gripen? Os outros países que detêm estas tecnologias estariam dispostos a repassá-las para aumentar a capacitação da 3ª maior indústria aeronáutica do mundo?
Não haveria algo, com o Rafale, como está acontecendo com os engenheiros da MB, indo para a França?
De novo, lembre da END.


E isso valeria bem um TAMPAX tipo Mirage 2000-9 - se for o caso, e acho que realmente É - até o NG ficar pronto, dentro de especificações NOSSAS, com projetistas, técnicos e engenheiros NOSSOS e para atuarem dentro da NOSSA realidade, já saindo da linha de montagem com sistemas e armas Nacionais integrados. E a experiência obtida nos permitiria torná-lo o NOSSO LO em uma equação HI-LO-MIX, com o HI sendo desenvolvido por NÓS, talvez até com ajuda Sueca ou de quem quiser participar de um projeto de caça biturbina para a próxima geração. Para mim seria um excelente caminho a ser trilhado, mesmo tendo em mente o chamado 'risco AMX' que, aliás, existe igualmente com o Rafale, ou seja, apenas Brasil e França operando uma determinada aeronave (no caso do Rafale e do SH não precisaria TAMPAX, creio)...
Um TAMPAX, e no âmbito de material para as 3 FA, está virando tabu. O NJ e os Comtes militares não querem ouvir falar de compras de oportunidade. Claro que elas poderão ocorrer, mas excepcionalmente.
De novo a questão de nossos projetistas, nossas especificações, e a tecnologia DOS OUTROS, não disponível com duas aeronaves.
E de novo o que prevê a END. :wink: :wink: :wink:
Forte abraço irmão do Sul.


É a minha opinião. 8-]




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51761 Mensagem por Marino » Qui Dez 23, 2010 10:21 am

Bender, BZ!
Não tinha prestado atenção que vc havia transcrito a END.
Este é o diferencial do DB.
BZ!




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51762 Mensagem por Túlio » Qui Dez 23, 2010 10:26 am

Knight escreveu:




Parabéns! É uma boa defesa do NG, mas merece comentários :)

=> aprendendo a CONSTRUIR o que já está feito
Concordo, mas com o Rafale também teremos isso
IKL209. Três décadas para a fase seguinte.
Knight escreveu:=> PROJETAR e DESENVOLVER o que falta
Com resalvas... pode ser, mas também com resalvas poderemos
ter com tecnologias que serão absorvidas de outras propostas.
Até certo ponto tendo a concordar. Por exemplo, com o Gripen NG teríamos de partir do zero para uma versão naval, já dos outros dois concorrentes um é naval de origem e o outro tem versão específica pronta. Os custos certamente pesariam mais CONTRA o NG. O que quis dizer é que um LO monoturbina ME é mais palatável que um LO biturbina, além do que com o primeiro CREIO que poderemos estar mais perto do HI da próxima geração, quando os parâmetros definitivos desta finalmente estiverem estabelecidos de modo sólido e não com as caríssimas experiências ianques (fora que LO e HI biturbinas - MiG29/Su27 - e com turbinas diferentes ainda por cima me parece kôza de Russo e eles atualmente têm algo bem melhor a oferecer, nós é que recusamos :wink: )...
Knight escreveu:=> Tudo na mesma geração e não em mais de três décadas
Tudo tem seu próprio tempo Túlio, ainda precisamos formar aqueles que
vão absorver estes conhecimentos todos.
Aí volto à definição de ToTs do LEANDRO, acrescentando que Engenheiro Aeronáutico a gente forma aqui há décadas, o problema é que os bancos pagam melhor. Quanto eles não pagarão a mais para Mestres/Doutores formados na França ou Suécia...? :wink:

Knight escreveu:=> TAMPAX tipo Mirage 2000-9 se for o caso
Espero que os F5M aguentem o suficiente, mas entendo a possibilidade
Só seriam necessários se embarcássemos no NG ou se a demora na assinatura do contrato dos outros dois demorar demais; fora isso, NO TAMPAX!

Knight escreveu:=> 'risco AMX' (com o Gripen) existe igualmente com o Rafale
Não é bem o caso né Túlio, o Rafale é para a FR muito mais que o AMX
foi para a Itália e o NG sonharia em ser para Suécia.

Abs.
Vamos por partes:

:arrow: ITÁLIA: o AMX era o LO do Tornado. Secundário, portanto. Para NÓS era a capacidade estratégica - ainda que em grau mínimo - preconizada fazia tempos pela FAB.

:arrow: FRANÇA: o Rafale é o 'faz-tudo' deles, desenvolvido para ser seu ÚNICO caça para todas as funções possíveis e imagináveis, e igualmente bueno para todas (o tale de conceito OMNIROLE, não um 'jack for all trades but master of none' e sim um 'master of all'). A Grande Crise os pegou pelo pé de apoio e ameaça até a sua capacidade de continuarem capacitados a desenvolver seus próximos caças. Para NÓS seria o primeiro caça de última geração e a introdução ao conceito OMNIROLE, além da possibilidade de operarmos em terra e no mar o mesmo caça. Aliás, essa parte vale para o SH também.

:arrow: Suécia: caça, repito, DE EXPORTAÇÃO. Os exemplos de subs foram no sentido de demonstrar que isso não torna um produto necessariamente ruim ou mesmo inferior. O fator que considerei vantajoso no modelo a não ser adquirido por sua própria Força Aérea foi justamente o FATO de que esta não teria muitas especificações pesando sobre ele e mesmo estas seriam bem mais flexíveis. Na realidade COMO EU A VEJO se nos juntarmos ao desenvolvimento do Gripen NG teríamos chances muito maiores de, mesmo às custas de um maior investimento em tempo e dinheiro - e necessariamente um TAMPAX - obtermos um caça 'com a nossa cara'.

Os outros dois teriam de ser ADAPTADOS às nossas necessidades, não seriam realmente 'sob medida'. Então é uma escolha do tipo Calvin Klein x Saville Row, ou seja, roupas feitas em série e adaptadas a cada cliente ou roupas já feitas sob medida. E aqui.


Minha opinião.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51763 Mensagem por Zavva » Qui Dez 23, 2010 10:39 am

Para mim, a grande diferencial do NG, está em trazer demanda para a industria aeronautica nacional, para que possa desenvolver/aprimorar sua propria tecnologia, sob orientação dos projetistas suécos.
Com isso estaremos canalizando parte dos recursos do F-X2 com este fim, oportunidade rara, infelizmente, em nosso país.

Nossa industria tem capacidade de atender a vários aspectos de inovação tecnológica do NG e a Saab já mapeou isso. Eles não são tolos, sabem que tem prazos a cumprir e terão que assumir a responsabilidade se seus fornecedores falharem.

Temos os conhecimentos necessários para dar mais este salto qualitativo em termos de desenvolvimento tecnologico, galgando mais um degrau afim de atingirmos os objetivos da END, de produzirmos um caça de 5a geração significativamente nacional.

Produzir sob licensa, usar tecnolonogia sob licensa, nos fará produzir um caça de 5a geração cheio de licensas.
Não me iludo quanto a necessidade de termos um ou mais parceiros internacionais para chegarmos a termos um caça de 5a geração com forte participação nacional, mas precisamos tentar caminhar com nossas proprias pernas agora, em termos tecnologicos, para termos o que contribuir de forma efetiva no futuro, caso contrário, seremos apenas um posto avançado da França ou dos EUA, por exemplo.

Prefiro ficar exposto as restrições americanas agora, e nos prepararmos para tentar algo mais nacional no futuro, do que ficarmos buscando atalhos que só nos fará mudar de "donos".

Abs




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51764 Mensagem por Marino » Qui Dez 23, 2010 10:53 am

Zavva, mudar de donos?
É este seu pensamento para o Brasil?
Em vez de ficar preso a terceiros por causa de licenças, que podem não ser dadas, não se esqueça disso, não é melhor fazer um acordo com quem já declarou publicamente, e por carta assinada pelo Chefe de Estado, que não tem restrições a liberação de tecnologia ao Brasil?
Prefere ficar exposto a restrições americanas do que se livrar delas?
Por favor, não repita que ficaremos expostos as francesas, pois o objetivo nacional é receber as tecnologias para evitarmos esta exposição.
O objetivo é a capacitação da indústria nacional, a geração de empregos no Brasil, não ficar pedindo país a país que liberem um item para a Embraer, ou receber 10% de multa e continuarmos com o gap tecnológico a nós imposto.
Entenda, isso não vai acontecer, não assinaremos nenhum contrato com restrições.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#51765 Mensagem por Zavva » Qui Dez 23, 2010 10:58 am

Marino,

Acho que você não entendeu a minha frase:

"Prefiro ficar exposto as restrições americanas agora, e nos prepararmos para tentar algo mais nacional no futuro, do que ficarmos buscando atalhos que só nos fará mudar de "donos"."

O que eu quis dizer é justamente não termos donos, que seria a consequencia de se produzir sob licensa, ou seja, desenvolvermos a nossa propria tecnologia para evitar isso.

Abs




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