Fórum Defesa Brasil

FCarvalho escreveu: ↑Ter Jul 13, 2021 8:58 pm Uma verdadeira salada de carros de combate e que vai deixar com uma baita dor de cabeça o pessoal da logística.
Agora, para comprarem os Abrams deve ter sido um negócio de pai para filho em termos de custos e aquisição. Porque a manutenção vai ser a pior possível para o erário público polonês.
Mais sensato seria adotar os Leo 2A7 alemão e mandar para o ferro velho os tanques soviéticos.
A ver como esse negócio será acordado.

Eu acho que os PT-91 vão ser aposentados com a compra desses Abrams, que se confirmou em 232 tanques e 12 veículos de treinamento.

https://translate.google.com/translate? ... 5six-bKEoM

EDIT: aliás, pesquisei melhor e ao que tudo indica vão continuar operando essa salada de tanques mesmos, os demais T-72 vão ser modernizados pro padrão Twardy e imagino que os Abrams e Leopards ficarão de prontidão pra uma guerra terrestre contra a Rússia.

E ainda estão fechando acordo com os Coreanos pelos K2. Vai ficar uma bagunça, com M1A2 SepV3 - muito provavelmente serão EDA e não viaturas novas - Leopard 2PL e K2PL.

gabriel219 escreveu: ↑Qua Jul 14, 2021 8:35 pm E ainda estão fechando acordo com os Coreanos pelos K2. Vai ficar uma bagunça, com M1A2 SepV3 - muito provavelmente serão EDA e não viaturas novas - Leopard 2PL e K2PL.

Pois é. Nisso agora eu fiquei confuso, pois eu pensava que com a assinatura da compra desses Abrams, a Polônia ia desistir do acordo com a Coréia do Sul. Mas cá entre nós eu acho que eles estão gastando dinheiro demais com blindados mas não o suficiente com uma força aérea..

Viktor Reznov escreveu: ↑Qua Jul 14, 2021 10:05 pm

gabriel219 escreveu: ↑Qua Jul 14, 2021 8:35 pm E ainda estão fechando acordo com os Coreanos pelos K2. Vai ficar uma bagunça, com M1A2 SepV3 - muito provavelmente serão EDA e não viaturas novas - Leopard 2PL e K2PL.

Pois é. Nisso agora eu fiquei confuso, pois eu pensava que com a assinatura da compra desses Abrams, a Polônia ia desistir do acordo com a Coréia do Sul. Mas cá entre nós eu acho que eles estão gastando dinheiro demais com blindados mas não o suficiente com uma força aérea..

Isso é um indicativo que vão de F-16 Block 70.

E F-35 ...

Exatamente. A pergunta é: da onde vem tanto dinheiro?

A Polônia é a nova bucha de canhão dos americanos na Europa, assim como a Estônia. Além do compromisso com a Otan, de gastar 2% do pib em defesa, eles estão na lista de prioridades em programas como o FMS, e de ajuda militar dos EUA e outros líderes da OTAN. Só no FMS eles torraram 16 bilhões de dólares até 2019, e como todo mundo sabe, no âmbito desse tipo de acordo estratégico entre governos, o preço dos materiais varia conforme a importância do aliado. Em janeiro de 2020 o governo polonês lançou um programa de modernização de 50 bilhões de dólares, apenas para troca de material. Com certeza essa grana não vai só para os americanos.

E enquanto o Puttin estiver disposto a encenar a guerra fria 2.0, mais dinheiro deve jorrar para a Polônia.

Os milicos poloneses devem estar igual a pinto no lixo, afinal até ha 30 anos atrás mal podiam escolher o próprio uniforme.


Um abraço e t+

O problema dos poloneses é ter Kaliningrado bem ali ao lado com algumas centenas de milhares de soldados russos instalados com todo tipo de equipamentos. O suficiente para deixar a Polônia em frangalhos rapidinho. Vizinhos bálticos, Alemanha e cia também. E ainda há a parte pior: Belarus. Literalmente um quintal russo que faz fronteira com a Polõnia por milhares de kms, aos quais os russos tem fácil acesso. Não por acaso eles tem tropas naquele país suficiente para dar conta do Báltico e dos poloneses também. Além das reservas estacionadas na própria Rússia e que podem chegar facilmente à fronteira via terrestre e/ou aérea.

A Polônia literalmente é o saco de pancada da OTAN no leste europeu, dado que a Ucrânia é um tampão com o resto da Europa Oriental, no caso de Hungria e Romênia, além de uma pequena parte da Polônia. Por isso a importância dada aquele país no sentido de mantê-lo o mais íntegro possível, e dentro do guarda chuva militar e político da OTAN/UE ainda que não oficialmente. Isso mantém os russos a uma certa distância e daria tempo para reunir e organizar forças bldas e mecanizadas para defender o leste europeu enquanto as forças locais aguentam a primeira pancada. Se aguentarem.

Aliás, os poloneses tinham comprado os H225M que não sei se foram recebidos ou não. E tem ainda a pretensão de substituir os Mi-2 que existem as dezenas ou centenas por lá por um novo helo de ataque, além de outros modelos, já que este helo é o pau para toda obra dos poloneses. A Leonardo chegou a oferecer participação no desenvolvimento do novo AW-249, mas até agora esta questão dos helos não foi resolvida.

Existem mais de 40 Mig-29 na força aérea, dos quais apenas metade foi modernizada/atualizada e está operacional. Seriam, em tese, substituídos pelos F-35 que teriam sido comprados. Quanto a F-16 Block 70 desconheço qualquer menção a compra deste modelo. Ainda há os Su-22 também que já merecem uma aposentadoria faz tempo.

Em todo caso, para eles se disporem a operar 4 linhas de manutenção diferentes de CC deve ser um misto de desespero ou loucura pré-paga. Porque só de K-2PL seriam mais de meio milhar de blindados. Mais que suficiente para tirar todos os T-72 E e derivados de operação. Agora some-se três centenas de Abrams, mais algumas centenas de Leo 2PL que estão sendo modernizados também, e teremos um país europeu com mais de 1 mil tanques prontos para combate. Só a Alemanha conseguiu algo assim nos idos tempos da guerra fria. E nós nem temos uma hoje. Mas parece que na cabeça dos políticos poloneses ela nunca acabou.

Seria interessante saber qual a necessidade dos poloneses em termos de lançadores de foguetes do tipo do Astros.
Quem sabe temos alguma oportunidade de negócios por lá envolvendo também o KC-390 ,e outros sistemas como o Super Tucano.
O Gripen E/F também concorre por fora para complementar a frota de caças, apesar dos F-16C/D Block 50 e F-35 recém adquirididos. Os sistemas ISR da Embraer baseados nos Phenom, Praetor e E-Jet também seria uma oportunidade a ser vista.
Aliás, o que a indústria polonesa de defesa tem que poderia servir de moeda de troca conosco em uma eventual off set na aquisição de material brasileiro para as ffaa's deles?

knigh7 escreveu: ↑Ter Set 14, 2021 6:54 pm

Sempre me pergunto onde se encaixa esse tipo de veículo. Artilharia? Fração/Subunidade Anticarro?

Não entendo os britânicos. Qual o alcance dessa versão terrestre?

Sinceramente, um jipe 4x4, blindado, faz o trabalho igual ou até melhor, por ser um alvo menor e mais rápido que o Ajax, além de absurdamente menos caro.

Eu considero um Spike NLOS ou FOG-MMP como artilharia de precisão orgânica de Unidades, como Batalhões e Regimentos. Complementaria os morteiros 120 mm.

O Spike NLOS, inclusive, utiliza ogiva tripla, sendo duas anti-carro e uma capa envolvendo as duas ogivas em tadem, com explosivos de efeito de fragmentação, podendo ser facilmente usado como anticarro e antiestrutura.

Viktor Reznov escreveu: ↑Qua Jul 14, 2021 10:05 pm

gabriel219 escreveu: ↑Qua Jul 14, 2021 8:35 pm E ainda estão fechando acordo com os Coreanos pelos K2. Vai ficar uma bagunça, com M1A2 SepV3 - muito provavelmente serão EDA e não viaturas novas - Leopard 2PL e K2PL.

Pois é. Nisso agora eu fiquei confuso, pois eu pensava que com a assinatura da compra desses Abrams, a Polônia ia desistir do acordo com a Coréia do Sul. Mas cá entre nós eu acho que eles estão gastando dinheiro demais com blindados mas não o suficiente com uma força aérea..

Eles têm uma encomenda de 32 F-35 e possuem 48 F-16 Block 50. É um bom número em comparação com outras Forças Aéreas. Mas a Polônia seria apenas um ator coadjuvante ao lado dos EUA numa briga de cachorro grande com a Rússia e não teria como ser diferente.

gabriel219 escreveu: ↑Ter Set 14, 2021 9:34 pm Não entendo os britânicos. Qual o alcance dessa versão terrestre?

Sinceramente, um jipe 4x4, blindado, faz o trabalho igual ou até melhor, por ser um alvo menor e mais rápido que o Ajax, além de absurdamente menos caro.

Eu considero um Spike NLOS ou FOG-MMP como artilharia de precisão orgânica de Unidades, como Batalhões e Regimentos. Complementaria os morteiros 120 mm.

O Spike NLOS, inclusive, utiliza ogiva tripla, sendo duas anti-carro e uma capa envolvendo as duas ogivas em tadem, com explosivos de efeito de fragmentação, podendo ser facilmente usado como anticarro e antiestrutura.

Os britânicos lamentam a retirada do FV102 Striker e do míssil Swingfire pois ficou sem um substituto direto. O problema é que os novos mísseis possuem alcance até 5 ou 6 x superior, o que implica em uma nova doutrina.

Não vejo espaço para um míssil com mais de 20 km de alcance dentro de um Batalhão de Infantaria.