EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Acho que vai acontecer com a Embraer ao similar a Nokia, vai ficar alguns anos fora do mercado principal, depois que a Boeing Absorver a marca "Embraer" assim como a Microsoft fez com a Marca Nokia mantendo apenas os E-jet. a Embraer Militar/Executivo retornará ao Mercado da aviação comercial com Turbo-hélice e futuramente outros jatos comerciais.
A boeng deve ta de olho nos E-jet pra tapar buraco contra o C-séries e os engenheiros pra fazer o substituto do 737. Depois com certeza ela vai largar esse mercado Regional de 70 até 120 pax para Bombardier e Embraer voltarem a se engalfinhar, rs
A boeng deve ta de olho nos E-jet pra tapar buraco contra o C-séries e os engenheiros pra fazer o substituto do 737. Depois com certeza ela vai largar esse mercado Regional de 70 até 120 pax para Bombardier e Embraer voltarem a se engalfinhar, rs
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
Engenharia de alto nível
Reconhecida mundialmente por sua qualificação, equipe técnica da Embraer é motivo de cobiça da gigante norte-americana
http://revistapesquisa.fapesp.br/2018/0 ... lto-nivel/
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- arcanjo
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
Publicada Em 14/06 - 21h42
Embraer: estamos implacavelmente focados em concretizar vendas
* Letícia Fucuchima
Enquanto as conversas com a Boeing para um potencial acordo se desenrolam em um plano paralelo, a Embraer segue normalmente sua vida e concentra esforços em fechar encomendas das aeronaves da 2ª geração dos E-Jets. E o cenário é promissor: desde que o primeiro avião E2 foi certificado, em fevereiro, a fábrica de São José dos Campos recebe, toda semana, CEOs de companhias aéreas interessadas nos novos modelos da empresa brasileira, contou ao Broadcast o presidente da Embraer Aviação Comercial, John Slattery.
“A analogia de ‘sucesso’ no meu negócio, nesse ponto do ciclo que estamos, são as vendas. Então meu time e eu estamos implacavelmente focados em concretizar vendas”, disse em entrevista exclusiva durante a 74ª reunião da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), em Sydney. O executivo ressalta que a fabricante está fortemente engajada no programa E2 e que tem se empenhado para vencer a competição nas campanhas abertas pelo mundo.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista:
As companhias aéreas têm se mostrado mais interessadas no 190-E2 depois de concluída a certificação e a entrada em operação?
A aeronave recebeu certificação tripla, das duas maiores autoridades do mundo a europeia EASA e a norte-americana FAA e da Anac, em fevereiro. Posso dizer que o engajamento por parte das aéreas vai de “interessadas” a “totalmente engajadas”, e isso no mundo inteiro.
Uma demonstração disso é que, se você visitar a fábrica de São José dos Campos, verá que toda semana estamos recebendo pelo menos um CEO de alguma companhia aérea para falar explicitamente sobre o E2. Na verdade, em diversas ocasiões, temos vários CEOs por lá ao mesmo tempo, trocando experiências.
É claro que a Embraer se beneficia por ter 70 operadores da 1ª geração dos E-Jets em 50 países. Mas pelo menos metade das consultas sobre o E2 tem vindo de novos operadores – o que me leva a crer que o mercado a ser atendido e o tamanho da nossa oportunidade são muito maiores em uma base global.
A Embraer havia mostrado a intenção de alcançar as grandes companhias aéreas com o E195-E2. Esse é um plano que se sustenta?
É definitivamente um objetivo estratégico ter o E195-E2 operando com as grandes companhias pelo mundo. E considerando a versatilidade dessa aeronave, também queremos vê-la em operação com as companhias de baixo custo e ultra baixo custo.
O mantra da “frota de um único tipo” já está ultrapassado. Hoje as aéreas buscam lucratividade, retorno sobre capital investido, fluxo de caixa livre. Elas já estão mais engajadas em adicionar às suas frotas um segundo tipo de aeronave, que trará benefícios imediatos à última linha do balanço.
Como está o desenvolvimento do programa E2? Segue dentro do cronograma e do orçamento para todas as três aeronaves?
Sobre o 190-E2, que acabou de entrar em serviço, a aeronave está voando oito ciclos por dia com a Widerøe, a uma taxa de 100% de “schedule reliability” que mede a capacidade do avião de cumprir sua programação de voo sem atrasos ou cancelamentos. Já o 195-E2 também segue dentro do cronograma para certificação na primeira metade de 2019, estou ansioso para ver essa aeronave voando com a Azul.
Em relação ao “bebê” da família, o 175-E2, posso confirmar que está programado para certificação na segunda metade de 2021, como previsto. Como você sabe, tivemos que fazer uma ligeira alteração do cronograma, mas depois disso o programa prossegue conforme estipulado.
Embora os E2 não tenham vindo necessariamente para substituir a 1ª geração, quais são as perspectivas para os modelos mais antigos?
A fábrica de São José dos Campos funciona hoje com uma linha híbrida, então temos capacidade de produzir o E1 por muitos e muitos anos. Enquanto as aéreas nos pedirem para produzir o E1, com alguma estabilidade em termos de encomendas, faremos isso.
Sendo mais específico, estamos falando do mercado norte-americano e dos 175 e 175-SC. Caso não haja uma mudança na cláusula de escopo determinação do sindicato de pilotos que impede, hoje, as operações do 175-E2 nos EUA e as aéreas ainda demandarem o modelo da 1ª geração, queremos poder nos posicionar para isso.
O que você pode comentar sobre as campanhas que estão acontecendo pelo mundo, como a da JetBlue?
Sobre a JetBlue, eu asseguro que a Embraer está bastante focada nessa batalha. Acredito que o 195-E2 é a solução perfeita para os planos futuros da empresa. Mas, como qualquer outra campanha, é uma luta cruel.
Há muitas campanhas pelo mundo e em vários estágios. Posso dizer que tenho conversado com todos os 70 operadores do E1. E também estou falando com vários potenciais novos clientes, particularmente para o 195-E2.
Acho que este ano será crucial para a Embraer e para o E-Jets. A analogia de “sucesso” no meu negócio, nesse ponto do ciclo que estamos, são as vendas. Então meu time e eu estamos implacavelmente focados em concretizar vendas.
O ambiente competitivo mais acirrado, com os novos players asiáticos e com a Airbus entrando no programa CSeries, preocupa a empresa?
O fato de estar havendo alguma consolidação na indústria cria uma nova dinâmica – e uma dinâmica séria -, mas o nosso foco está em engajar o cliente. Estou tranquilo com a competição: em bases iguais, a família E-Jet é uma solução melhor do que os CSeries e melhor do que o ultrapassado CRJ ambos da Bombardier. Também é uma solução bem competitiva para aéreas que querem complementar sua frota de 737s e A320s.
Nós gostamos do desafio do ambiente competitivo, mas temos de ver como isso se materializará, estamos acompanhando bem de perto.
Em relação ao potencial acordo com a Boeing, como as negociações têm progredido?
Minha posição é a de que devemos respeitar a integridade do processo. Confiamos no Paulo presidente para nos liderar nisso, temos um amplo grupo que representa o interesse da Embraer, dos acionistas, e do governo. Não posso dar mais visibilidade ou comentar sobre esse assunto.
*A jornalista viajou a convite da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês)
Fonte: REVISTA ISTO É DINHEIRO, via NOTIMP http://www.fab.mil.br/notimp#19
abs.
arcanjo
Embraer: estamos implacavelmente focados em concretizar vendas
* Letícia Fucuchima
Enquanto as conversas com a Boeing para um potencial acordo se desenrolam em um plano paralelo, a Embraer segue normalmente sua vida e concentra esforços em fechar encomendas das aeronaves da 2ª geração dos E-Jets. E o cenário é promissor: desde que o primeiro avião E2 foi certificado, em fevereiro, a fábrica de São José dos Campos recebe, toda semana, CEOs de companhias aéreas interessadas nos novos modelos da empresa brasileira, contou ao Broadcast o presidente da Embraer Aviação Comercial, John Slattery.
“A analogia de ‘sucesso’ no meu negócio, nesse ponto do ciclo que estamos, são as vendas. Então meu time e eu estamos implacavelmente focados em concretizar vendas”, disse em entrevista exclusiva durante a 74ª reunião da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), em Sydney. O executivo ressalta que a fabricante está fortemente engajada no programa E2 e que tem se empenhado para vencer a competição nas campanhas abertas pelo mundo.
Leia abaixo os principais trechos da entrevista:
As companhias aéreas têm se mostrado mais interessadas no 190-E2 depois de concluída a certificação e a entrada em operação?
A aeronave recebeu certificação tripla, das duas maiores autoridades do mundo a europeia EASA e a norte-americana FAA e da Anac, em fevereiro. Posso dizer que o engajamento por parte das aéreas vai de “interessadas” a “totalmente engajadas”, e isso no mundo inteiro.
Uma demonstração disso é que, se você visitar a fábrica de São José dos Campos, verá que toda semana estamos recebendo pelo menos um CEO de alguma companhia aérea para falar explicitamente sobre o E2. Na verdade, em diversas ocasiões, temos vários CEOs por lá ao mesmo tempo, trocando experiências.
É claro que a Embraer se beneficia por ter 70 operadores da 1ª geração dos E-Jets em 50 países. Mas pelo menos metade das consultas sobre o E2 tem vindo de novos operadores – o que me leva a crer que o mercado a ser atendido e o tamanho da nossa oportunidade são muito maiores em uma base global.
A Embraer havia mostrado a intenção de alcançar as grandes companhias aéreas com o E195-E2. Esse é um plano que se sustenta?
É definitivamente um objetivo estratégico ter o E195-E2 operando com as grandes companhias pelo mundo. E considerando a versatilidade dessa aeronave, também queremos vê-la em operação com as companhias de baixo custo e ultra baixo custo.
O mantra da “frota de um único tipo” já está ultrapassado. Hoje as aéreas buscam lucratividade, retorno sobre capital investido, fluxo de caixa livre. Elas já estão mais engajadas em adicionar às suas frotas um segundo tipo de aeronave, que trará benefícios imediatos à última linha do balanço.
Como está o desenvolvimento do programa E2? Segue dentro do cronograma e do orçamento para todas as três aeronaves?
Sobre o 190-E2, que acabou de entrar em serviço, a aeronave está voando oito ciclos por dia com a Widerøe, a uma taxa de 100% de “schedule reliability” que mede a capacidade do avião de cumprir sua programação de voo sem atrasos ou cancelamentos. Já o 195-E2 também segue dentro do cronograma para certificação na primeira metade de 2019, estou ansioso para ver essa aeronave voando com a Azul.
Em relação ao “bebê” da família, o 175-E2, posso confirmar que está programado para certificação na segunda metade de 2021, como previsto. Como você sabe, tivemos que fazer uma ligeira alteração do cronograma, mas depois disso o programa prossegue conforme estipulado.
Embora os E2 não tenham vindo necessariamente para substituir a 1ª geração, quais são as perspectivas para os modelos mais antigos?
A fábrica de São José dos Campos funciona hoje com uma linha híbrida, então temos capacidade de produzir o E1 por muitos e muitos anos. Enquanto as aéreas nos pedirem para produzir o E1, com alguma estabilidade em termos de encomendas, faremos isso.
Sendo mais específico, estamos falando do mercado norte-americano e dos 175 e 175-SC. Caso não haja uma mudança na cláusula de escopo determinação do sindicato de pilotos que impede, hoje, as operações do 175-E2 nos EUA e as aéreas ainda demandarem o modelo da 1ª geração, queremos poder nos posicionar para isso.
O que você pode comentar sobre as campanhas que estão acontecendo pelo mundo, como a da JetBlue?
Sobre a JetBlue, eu asseguro que a Embraer está bastante focada nessa batalha. Acredito que o 195-E2 é a solução perfeita para os planos futuros da empresa. Mas, como qualquer outra campanha, é uma luta cruel.
Há muitas campanhas pelo mundo e em vários estágios. Posso dizer que tenho conversado com todos os 70 operadores do E1. E também estou falando com vários potenciais novos clientes, particularmente para o 195-E2.
Acho que este ano será crucial para a Embraer e para o E-Jets. A analogia de “sucesso” no meu negócio, nesse ponto do ciclo que estamos, são as vendas. Então meu time e eu estamos implacavelmente focados em concretizar vendas.
O ambiente competitivo mais acirrado, com os novos players asiáticos e com a Airbus entrando no programa CSeries, preocupa a empresa?
O fato de estar havendo alguma consolidação na indústria cria uma nova dinâmica – e uma dinâmica séria -, mas o nosso foco está em engajar o cliente. Estou tranquilo com a competição: em bases iguais, a família E-Jet é uma solução melhor do que os CSeries e melhor do que o ultrapassado CRJ ambos da Bombardier. Também é uma solução bem competitiva para aéreas que querem complementar sua frota de 737s e A320s.
Nós gostamos do desafio do ambiente competitivo, mas temos de ver como isso se materializará, estamos acompanhando bem de perto.
Em relação ao potencial acordo com a Boeing, como as negociações têm progredido?
Minha posição é a de que devemos respeitar a integridade do processo. Confiamos no Paulo presidente para nos liderar nisso, temos um amplo grupo que representa o interesse da Embraer, dos acionistas, e do governo. Não posso dar mais visibilidade ou comentar sobre esse assunto.
*A jornalista viajou a convite da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês)
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Entrevista muito interessante do criador da Embraer e sua visão sobre o negócio com a Boeing.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Que barato!!
Tive que parar de assistir. Tentei ver só o que interessava logo na primeira pergunta sobre a Boeing/Embraer mas depois você começa a ouvi-lo e não dá para dispensar nada.
Vou assistir com calma após o jogo ( Argentina/Croácia).
Seja como for, em países mais sérios já teriam feito filmes sobre ele e a criação da Embraer.
Abraços
Tive que parar de assistir. Tentei ver só o que interessava logo na primeira pergunta sobre a Boeing/Embraer mas depois você começa a ouvi-lo e não dá para dispensar nada.
Vou assistir com calma após o jogo ( Argentina/Croácia).
Seja como for, em países mais sérios já teriam feito filmes sobre ele e a criação da Embraer.
Abraços
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Assisti essa entrevista inteira na TV Cultura, a gente fica preso ao programa, pelo alto nível da entrevista e o Cel Oziris é uma baluarte do nosso país!
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Homens do quilate dele são cada vez mais escassos no Brasil.
Pará não dizer em extinção.
Abs
Pará não dizer em extinção.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Fico pensando tambem em quantos (e quantas) brasileiros idealistas que tinham ema idéia para fazer este país ser protagonista e que não encontraram apoio algum por parte de quem decide.
Com o sr. Ozires encontrou na visita inesperada do presidente.
Muitos foram tentar desenvolvê-las no exterior.
- FCarvalho
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Com a decisão do STF de submeter ao congresso a privatização de estatais, está havendo muito burburinho em torno da venda da Embraer para a Boeing.
Este fator pode ser algo que realmente acabe inviabilizando o negócio já que ninguém em Brasília irá querer esse tipo de propaganda contra si no horário eleitoral.
Ao menos até passarem as eleições.
Abs
Este fator pode ser algo que realmente acabe inviabilizando o negócio já que ninguém em Brasília irá querer esse tipo de propaganda contra si no horário eleitoral.
Ao menos até passarem as eleições.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Eu conheço muitos (e me incluo nesses que não conseguiu apoios para desenvolvimento no Brasil)Tutankhamon escreveu: ↑Sex Jun 29, 2018 9:25 pm Fico pensando tambem em quantos (e quantas) brasileiros idealistas que tinham ema idéia para fazer este país ser protagonista e que não encontraram apoio algum por parte de quem decide.
Com o sr. Ozires encontrou na visita inesperada do presidente.
Muitos foram tentar desenvolvê-las no exterior.
Triste. mas é a realidade.
"Most people do not listen with the intent to understand; they listen with the intent to reply."
- Stephen R. Covey
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Eita!Tikuna escreveu: ↑Seg Jul 02, 2018 10:17 amEu conheço muitos (e me incluo nesses que não conseguiu apoios para desenvolvimento no Brasil)Tutankhamon escreveu: ↑Sex Jun 29, 2018 9:25 pm Fico pensando tambem em quantos (e quantas) brasileiros idealistas que tinham ema idéia para fazer este país ser protagonista e que não encontraram apoio algum por parte de quem decide.
Com o sr. Ozires encontrou na visita inesperada do presidente.
Muitos foram tentar desenvolvê-las no exterior.
Triste. mas é a realidade.
Imagino a decepção porque, mais além do desenvolvimento pessoal, pessoas assim tem um senso
de nacionalismo ( na melhor acepção da palavra ) , de querer ver sua contribuição reconhecida e ajudando o Brasil.
Valeu e boa sorte.
- Túlio
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Aí, @FCarvalho, me ajuda nessa: como parece que a EMBRAER vai mesmo virar Boeing do Brazil, que tale, ao invés de ficar chorando pelo leite derramado, sair para um Plano B?
A indústria Aeronáutica no Brasil gravita em torno de São José dos Campos, SP. Até o DCTA (com seus órgãos subordinados, como IAE, IEAv, ITA & quetales) está lá, com seus laboratórios e equipamentos, bem como Incubadoras e um Parque Tecnológico. São Bernardo, ao menos por enquanto, não é mais do que um extensão disso.
Bueno, o que não deve faltar por lá é startup. E se uma delas propuser uma espécie de "Bandeco do século XXI", alguma coisa entre o Grand Caravan e o Sherpa (em capacidades como carga, passageiros, autonomia, operação em pistas ruins - ou mesmo com uma versão anfíbia¹ - e curtas, à noite e/ou com mau tempo, etc) e "vender" a ideia de começar de fato a Aviação Regional no Brasil por onde ela é mais necessária, ou seja, no NORTE? Lá tudo é longe, assim como no resto do Brasil (mesmo S e SE) mas que, ao contrário das citadas regiões, que têm uma malha rodoviária muito maior (se eu quiser sair daqui de Tramandaí e ir até Saquarema, RJ, posso pegar meu carro ou ir de ônibus, dá uns 1.600 km mas tem estrada asfaltada de A até B, e aberta o ano todo), ou a pessoa/produto, se arrasta devagarinho em algum barco através de rios sinuosos, levando semanas para percorrer a distância que, de carro ou ônibus, eu percorreria em umas 24 hs, ou tem que esperar pela boa vontade e disponibilidade da FAB que, na boa vontade mas à base do "puxadinho", mata antes de nascer a Aviação Regional lá. Não é função de uma Força Aérea transportar cargas e passageiros não-militares, ela o faz porque não tem quem faça, e não tem quem faça porque ela já faz. Círculo vicioso, portanto.
Claro, a proposta seria apenas inicial, tipo desenho, .ppt & quetales. Talvez alguma demonstração de conceito até, tipo uma animação como a que mostra a importância do WAD para o Gripen E/F. Mas alguns dos verdadeiros desafios seriam convencer a FAB a ceder espaço à "concorrência" paisana (e isso é ceder "poder", numa visão corporativista estreita e de curto prazo); convencer Brasília a conversar e incentivar os governos das províncias que seriam beneficiadas; pior, convencer algum empresário ou grupo empresarial a criar uma companhia para comprar os aviões e viabilizar a ideia; convencer a transformar pistas furrecas - e mesmo hidroportos¹ para aeronaves anfíbias - em mini-aeroportos, que depois iriam crescer. Há outros, dos quais falarei (ou outro Colega) se este post despertar atenção.
Resolvendo-se os gargalos, viria então o PULO DO GATO, que seria o verdadeiro Plano B, citado no começo: o avião seria projetado e desenvolvido em SP, claro, pois lá estão os melhores quadros e recursos para isso, mas fabricado na Zona Franca (e eu pensava que só tinha em Manaus, daí fui pesquisar e é muito mais ampla. De todo modo, Manaus ainda me parece a melhor opção), principalmente por causa de:
A - Isenção de IPI;
B - Isenção de Impostos de Importação;
C - Grande redução no ICMS.
O item B é essencial, pois tradicionalmente se monta aeronave no Brasil com a grande maioria dos insumos importados. Sem tarifação alfandegária, a competitividade em custo de aquisição e a disponibilidade de sobressalentes a baixo custo é imensa e faz toda a diferença do mundo; mas as outras duas também o são, pois permitem a venda a preço altamente competitivo do avião no Brasil. E ainda por cima na própria região-alvo!
Para encerrar, não sei por que não fizeram as unidades fabris da EMBRAER já em Manaus: os aviões seriam ainda mais competitivo$, eis que, com a maioria dos seus componentes provindo do exterior, a carga tributária para isso sera ZERO! Idem o IPI e ainda por cima com ICMS reduzido, além de outras barbadas que nem citei, como isenção de IPTU por uma década inteira. Não é à toa que Honda e Yamaha fazem moto lá para vender aqui no RS, a vários milhares de km, e saem no lucro, mesmo tendo que arcar com os custos de transporte por cegonheiro e sei lá mais o que; avião sai da fábrica já voando e com dono...
NOTA
1 - Essa charla de que operar hidroavião ou anfíbio não dá porque volta e meia tem toco ou carcaça de bicho morto no rio nunca me convenceu: aeroporto tem que ter pessoal para fazer limpeza e manutenção da(s) pista(s) e até para matar/espantar urubu, qual a grande dificuldade em botar gente a fazer o mesmo na parte operável por Aviação de um rio? Creio que é até mais barato, não precisa tapar buraco em rio, renovar o material da pista (que se renova sozinha, é apenas água), basta algum barquinho e gente de boa visão para inspecionar e remover qualquer obstáculo que as águas tragam antes de uma aeronave decolar ou pousar. Isso gera empregos para gente de pouca instrução, além de tudo.
Que acham? Vale a pena pensar nisso ou o melhor mesmo é ficar só esbravejando por causa da EMBRABOEING?
A indústria Aeronáutica no Brasil gravita em torno de São José dos Campos, SP. Até o DCTA (com seus órgãos subordinados, como IAE, IEAv, ITA & quetales) está lá, com seus laboratórios e equipamentos, bem como Incubadoras e um Parque Tecnológico. São Bernardo, ao menos por enquanto, não é mais do que um extensão disso.
Bueno, o que não deve faltar por lá é startup. E se uma delas propuser uma espécie de "Bandeco do século XXI", alguma coisa entre o Grand Caravan e o Sherpa (em capacidades como carga, passageiros, autonomia, operação em pistas ruins - ou mesmo com uma versão anfíbia¹ - e curtas, à noite e/ou com mau tempo, etc) e "vender" a ideia de começar de fato a Aviação Regional no Brasil por onde ela é mais necessária, ou seja, no NORTE? Lá tudo é longe, assim como no resto do Brasil (mesmo S e SE) mas que, ao contrário das citadas regiões, que têm uma malha rodoviária muito maior (se eu quiser sair daqui de Tramandaí e ir até Saquarema, RJ, posso pegar meu carro ou ir de ônibus, dá uns 1.600 km mas tem estrada asfaltada de A até B, e aberta o ano todo), ou a pessoa/produto, se arrasta devagarinho em algum barco através de rios sinuosos, levando semanas para percorrer a distância que, de carro ou ônibus, eu percorreria em umas 24 hs, ou tem que esperar pela boa vontade e disponibilidade da FAB que, na boa vontade mas à base do "puxadinho", mata antes de nascer a Aviação Regional lá. Não é função de uma Força Aérea transportar cargas e passageiros não-militares, ela o faz porque não tem quem faça, e não tem quem faça porque ela já faz. Círculo vicioso, portanto.
Claro, a proposta seria apenas inicial, tipo desenho, .ppt & quetales. Talvez alguma demonstração de conceito até, tipo uma animação como a que mostra a importância do WAD para o Gripen E/F. Mas alguns dos verdadeiros desafios seriam convencer a FAB a ceder espaço à "concorrência" paisana (e isso é ceder "poder", numa visão corporativista estreita e de curto prazo); convencer Brasília a conversar e incentivar os governos das províncias que seriam beneficiadas; pior, convencer algum empresário ou grupo empresarial a criar uma companhia para comprar os aviões e viabilizar a ideia; convencer a transformar pistas furrecas - e mesmo hidroportos¹ para aeronaves anfíbias - em mini-aeroportos, que depois iriam crescer. Há outros, dos quais falarei (ou outro Colega) se este post despertar atenção.
Resolvendo-se os gargalos, viria então o PULO DO GATO, que seria o verdadeiro Plano B, citado no começo: o avião seria projetado e desenvolvido em SP, claro, pois lá estão os melhores quadros e recursos para isso, mas fabricado na Zona Franca (e eu pensava que só tinha em Manaus, daí fui pesquisar e é muito mais ampla. De todo modo, Manaus ainda me parece a melhor opção), principalmente por causa de:
A - Isenção de IPI;
B - Isenção de Impostos de Importação;
C - Grande redução no ICMS.
O item B é essencial, pois tradicionalmente se monta aeronave no Brasil com a grande maioria dos insumos importados. Sem tarifação alfandegária, a competitividade em custo de aquisição e a disponibilidade de sobressalentes a baixo custo é imensa e faz toda a diferença do mundo; mas as outras duas também o são, pois permitem a venda a preço altamente competitivo do avião no Brasil. E ainda por cima na própria região-alvo!
Para encerrar, não sei por que não fizeram as unidades fabris da EMBRAER já em Manaus: os aviões seriam ainda mais competitivo$, eis que, com a maioria dos seus componentes provindo do exterior, a carga tributária para isso sera ZERO! Idem o IPI e ainda por cima com ICMS reduzido, além de outras barbadas que nem citei, como isenção de IPTU por uma década inteira. Não é à toa que Honda e Yamaha fazem moto lá para vender aqui no RS, a vários milhares de km, e saem no lucro, mesmo tendo que arcar com os custos de transporte por cegonheiro e sei lá mais o que; avião sai da fábrica já voando e com dono...
NOTA
1 - Essa charla de que operar hidroavião ou anfíbio não dá porque volta e meia tem toco ou carcaça de bicho morto no rio nunca me convenceu: aeroporto tem que ter pessoal para fazer limpeza e manutenção da(s) pista(s) e até para matar/espantar urubu, qual a grande dificuldade em botar gente a fazer o mesmo na parte operável por Aviação de um rio? Creio que é até mais barato, não precisa tapar buraco em rio, renovar o material da pista (que se renova sozinha, é apenas água), basta algum barquinho e gente de boa visão para inspecionar e remover qualquer obstáculo que as águas tragam antes de uma aeronave decolar ou pousar. Isso gera empregos para gente de pouca instrução, além de tudo.
Que acham? Vale a pena pensar nisso ou o melhor mesmo é ficar só esbravejando por causa da EMBRABOEING?
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Publicado Em 03/07 - 23h10
Comunicado vai detalhar união entre Boeing e Embraer
SÃO PAULO - Embraer e Boeing devem divulgar em breve comunicado conjunto com detalhes da criação da nova companhia, marcando o fim das negociações. A companhia americana será majoritária na nova empresa que incluirá a aviação comercial da brasileira. As áreas de defesa, serviços e aviação executiva da Embraer ficam fora do negócio. Nesta terça-feira (3), o presidente Michel Temer realizou reunião com três ministros e o comandante da Aeronáutica para conhecer os detalhes do negócio.
O Valor havia adiantado o teor da negociação na edição desta terça-feira, em reportagem assinada por Claudia Safatle e Fabio Murakawa. Segundo fontes, a reunião entre as empresas para a apresentação de memorandos de entendimentos deverá ser marcada para as próximas duas semanas.
Executivos das duas empresas estiveram reunidos na semana passada em Évora, Portugal, onde a companhia brasileira possui uma fábrica. As notícias, segundo disse um ministro ao Valor, são de que “as coisas estão caminhando bem”.
No governo, o tema vem sendo monitorado por representantes dos Ministérios da Fazenda e da Defesa, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Aeronáutica. Enquanto fontes no mercado falam em um acordo próximo, a pasta da Defesa trata a informação ainda como “especulação”.
Os memorandos de entendimento detalham como ficam o desenvolvimento da pesquisa no Brasil, o emprego dos engenheiros, a divisão dos ativos, as compras conjuntas e o uso da joint venture para impulsionar as vendas da Embraer defesa. O desfecho das negociações entre as duas empresas está próximo.
Fontes do governo atribuem às duas empresas as maiores dificuldades em todo o processo. No início, o único reparo do governo, quando soube do interessa da Boeing em adquirir ou fazer uma parceria com a Embraer, foi manifestar preocupações quanto ao que poderia acontecer com o braço de defesa da Embraer e com a continuidade da pesquisa no Brasil.
A área de defesa da Embraer opera muito próxima da área comercial e as inovações dos projetos de defesa acabam, não raro, sendo utilizados na área comercial da companhia. Ao governo interessava saber como, em uma eventual fusão, ficaria o formato e, também, quais as restrições que o governo americano poderia colocar no braço de defesa da Embraer no caso de uma aquisição.
A primeira abordagem da Boeing foi a possibilidade de uma aquisição quase que integral da Embraer e eventual fechamento de capital da empresa. Tal proposta, porém, nem chegou a ser apresentada ao conselho de administração da empresa brasileira e o governo deixou claro que teria restrições a esse modelo, dada a importância da Embraer na pesquisa e em projetos de defesa no país.
Em fevereiro, quando as considerações do governo brasileiro foram levadas à Boeing, ficou claro para as duas empresas que a saída seria uma parceria. De março para cá, as maiores dificuldades nas negociações foram as restrições impostas pelo conselho da Embraer.
Nos dois últimos meses, maio e junho, ambas passaram a trabalhar em uma associação por meio de uma joint venture com controle da Boeing e com participação minoritária da Embraer. A área de defesa, nesse modelo, seria apartada e ficaria sob o guarda chuva de uma nova empresa controlada 100% pela atual Embraer.
Fonte: JORNAL VALOR ECONÔMICO , via NOTIMP http://www.fab.mil.br/notimp#n135729
abs.
arcanjo
Comunicado vai detalhar união entre Boeing e Embraer
SÃO PAULO - Embraer e Boeing devem divulgar em breve comunicado conjunto com detalhes da criação da nova companhia, marcando o fim das negociações. A companhia americana será majoritária na nova empresa que incluirá a aviação comercial da brasileira. As áreas de defesa, serviços e aviação executiva da Embraer ficam fora do negócio. Nesta terça-feira (3), o presidente Michel Temer realizou reunião com três ministros e o comandante da Aeronáutica para conhecer os detalhes do negócio.
O Valor havia adiantado o teor da negociação na edição desta terça-feira, em reportagem assinada por Claudia Safatle e Fabio Murakawa. Segundo fontes, a reunião entre as empresas para a apresentação de memorandos de entendimentos deverá ser marcada para as próximas duas semanas.
Executivos das duas empresas estiveram reunidos na semana passada em Évora, Portugal, onde a companhia brasileira possui uma fábrica. As notícias, segundo disse um ministro ao Valor, são de que “as coisas estão caminhando bem”.
No governo, o tema vem sendo monitorado por representantes dos Ministérios da Fazenda e da Defesa, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Aeronáutica. Enquanto fontes no mercado falam em um acordo próximo, a pasta da Defesa trata a informação ainda como “especulação”.
Os memorandos de entendimento detalham como ficam o desenvolvimento da pesquisa no Brasil, o emprego dos engenheiros, a divisão dos ativos, as compras conjuntas e o uso da joint venture para impulsionar as vendas da Embraer defesa. O desfecho das negociações entre as duas empresas está próximo.
Fontes do governo atribuem às duas empresas as maiores dificuldades em todo o processo. No início, o único reparo do governo, quando soube do interessa da Boeing em adquirir ou fazer uma parceria com a Embraer, foi manifestar preocupações quanto ao que poderia acontecer com o braço de defesa da Embraer e com a continuidade da pesquisa no Brasil.
A área de defesa da Embraer opera muito próxima da área comercial e as inovações dos projetos de defesa acabam, não raro, sendo utilizados na área comercial da companhia. Ao governo interessava saber como, em uma eventual fusão, ficaria o formato e, também, quais as restrições que o governo americano poderia colocar no braço de defesa da Embraer no caso de uma aquisição.
A primeira abordagem da Boeing foi a possibilidade de uma aquisição quase que integral da Embraer e eventual fechamento de capital da empresa. Tal proposta, porém, nem chegou a ser apresentada ao conselho de administração da empresa brasileira e o governo deixou claro que teria restrições a esse modelo, dada a importância da Embraer na pesquisa e em projetos de defesa no país.
Em fevereiro, quando as considerações do governo brasileiro foram levadas à Boeing, ficou claro para as duas empresas que a saída seria uma parceria. De março para cá, as maiores dificuldades nas negociações foram as restrições impostas pelo conselho da Embraer.
Nos dois últimos meses, maio e junho, ambas passaram a trabalhar em uma associação por meio de uma joint venture com controle da Boeing e com participação minoritária da Embraer. A área de defesa, nesse modelo, seria apartada e ficaria sob o guarda chuva de uma nova empresa controlada 100% pela atual Embraer.
Fonte: JORNAL VALOR ECONÔMICO , via NOTIMP http://www.fab.mil.br/notimp#n135729
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?
Um projeto assim, por exemplo?Túlio escreveu: ↑Seg Jul 02, 2018 3:18 pmAí, @FCarvalho, me ajuda nessa: como parece que a EMBRAER vai mesmo virar Boeing do Brazil, que tale, ao invés de ficar chorando pelo leite derramado, sair para um Plano B?
A indústria Aeronáutica no Brasil gravita em torno de São José dos Campos, SP. Até o DCTA (com seus órgãos subordinados, como IAE, IEAv, ITA & quetales) está lá, com seus laboratórios e equipamentos, bem como Incubadoras e um Parque Tecnológico. São Bernardo, ao menos por enquanto, não é mais do que um extensão disso.
Bueno, o que não deve faltar por lá é startup. E se uma delas propuser uma espécie de "Bandeco do século XXI", alguma coisa entre o Grand Caravan e o Sherpa (em capacidades como carga, passageiros, autonomia, operação em pistas ruins - ou mesmo com uma versão anfíbia¹ - e curtas, à noite e/ou com mau tempo, etc) e "vender" a ideia de começar de fato a Aviação Regional no Brasil por onde ela é mais necessária, ou seja, no NORTE? Lá tudo é longe, assim como no resto do Brasil (mesmo S e SE) mas que, ao contrário das citadas regiões, que têm uma malha rodoviária muito maior (se eu quiser sair daqui de Tramandaí e ir até Saquarema, RJ, posso pegar meu carro ou ir de ônibus, dá uns 1.600 km mas tem estrada asfaltada de A até B, e aberta o ano todo), ou a pessoa/produto, se arrasta devagarinho em algum barco através de rios sinuosos, levando semanas para percorrer a distância que, de carro ou ônibus, eu percorreria em umas 24 hs, ou tem que esperar pela boa vontade e disponibilidade da FAB que, na boa vontade mas à base do "puxadinho", mata antes de nascer a Aviação Regional lá. Não é função de uma Força Aérea transportar cargas e passageiros não-militares, ela o faz porque não tem quem faça, e não tem quem faça porque ela já faz. Círculo vicioso, portanto.
Claro, a proposta seria apenas inicial, tipo desenho, .ppt & quetales. Talvez alguma demonstração de conceito até, tipo uma animação como a que mostra a importância do WAD para o Gripen E/F. Mas alguns dos verdadeiros desafios seriam convencer a FAB a ceder espaço à "concorrência" paisana (e isso é ceder "poder", numa visão corporativista estreita e de curto prazo); convencer Brasília a conversar e incentivar os governos das províncias que seriam beneficiadas; pior, convencer algum empresário ou grupo empresarial a criar uma companhia para comprar os aviões e viabilizar a ideia; convencer a transformar pistas furrecas - e mesmo hidroportos¹ para aeronaves anfíbias - em mini-aeroportos, que depois iriam crescer. Há outros, dos quais falarei (ou outro Colega) se este post despertar atenção.
Resolvendo-se os gargalos, viria então o PULO DO GATO, que seria o verdadeiro Plano B, citado no começo: o avião seria projetado e desenvolvido em SP, claro, pois lá estão os melhores quadros e recursos para isso, mas fabricado na Zona Franca (e eu pensava que só tinha em Manaus, daí fui pesquisar e é muito mais ampla. De todo modo, Manaus ainda me parece a melhor opção), principalmente por causa de:
A - Isenção de IPI;
B - Isenção de Impostos de Importação;
C - Grande redução no ICMS.
O item B é essencial, pois tradicionalmente se monta aeronave no Brasil com a grande maioria dos insumos importados. Sem tarifação alfandegária, a competitividade em custo de aquisição e a disponibilidade de sobressalentes a baixo custo é imensa e faz toda a diferença do mundo; mas as outras duas também o são, pois permitem a venda a preço altamente competitivo do avião no Brasil. E ainda por cima na própria região-alvo!
Para encerrar, não sei por que não fizeram as unidades fabris da EMBRAER já em Manaus: os aviões seriam ainda mais competitivo$, eis que, com a maioria dos seus componentes provindo do exterior, a carga tributária para isso sera ZERO! Idem o IPI e ainda por cima com ICMS reduzido, além de outras barbadas que nem citei, como isenção de IPTU por uma década inteira. Não é à toa que Honda e Yamaha fazem moto lá para vender aqui no RS, a vários milhares de km, e saem no lucro, mesmo tendo que arcar com os custos de transporte por cegonheiro e sei lá mais o que; avião sai da fábrica já voando e com dono...
NOTA
1 - Essa charla de que operar hidroavião ou anfíbio não dá porque volta e meia tem toco ou carcaça de bicho morto no rio nunca me convenceu: aeroporto tem que ter pessoal para fazer limpeza e manutenção da(s) pista(s) e até para matar/espantar urubu, qual a grande dificuldade em botar gente a fazer o mesmo na parte operável por Aviação de um rio? Creio que é até mais barato, não precisa tapar buraco em rio, renovar o material da pista (que se renova sozinha, é apenas água), basta algum barquinho e gente de boa visão para inspecionar e remover qualquer obstáculo que as águas tragam antes de uma aeronave decolar ou pousar. Isso gera empregos para gente de pouca instrução, além de tudo.
Que acham? Vale a pena pensar nisso ou o melhor mesmo é ficar só esbravejando por causa da EMBRABOEING?
https://ifronline.blogspot.com/2012/02/ ... porte.html
Wingate