O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
helio
Sênior
Sênior
Mensagens: 2074
Registrado em: Ter Nov 23, 2004 1:56 pm
Localização: São Paulo / SP
Agradeceram: 25 vezes

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4966 Mensagem por helio » Sáb Fev 04, 2012 3:24 pm

sapao escreveu: Leandro
Obrigado pela sua explicação, entretanto não há como simplesmente guardar os misseis e utilizar somente em combate.
Sapão escreveu = Não?
Então o que fazer quando a vida util do missil (você sabia que ele tem ciclo de vida com pousos e horas de vôo?) vence enquanto se está sendo utilizado em um missão real? Vai disparar mesmo sabendo que o fabricante NÃO garante que vai sair tudo certo?




Confesso que não tenho visto há muito tempo tiro real de mísseis na FAB, infelizmente a situação economica da FAB não tem permitido isto.
Sapão escreveu = Helio, defina: ou é a falta de verba ou é a sua suspeita de que compramos misseis incompativeis que você acabou de dizer ou ambos.
Qual seria a razão para a falta de disparos reais ( já que você afirmou que isso não é realizado)?


Sapão
Muitas FA estrangeiras, disparam mísseis em tiro real, quando estão vencendo a vida util deles, mesmo porque o recondicionamento nem sempre é compensador.
Quanto aos M2000, vou repetir novamente: saiu na mídia em 2008 que os M2000 da FAB não conseguem disparar os mísseis adquiridos. A razão seria a não compatibilidade, pois alguns sistemas do padrão OTAN foram retirados antes de vir para a FAB, e caso a FAB quisesse instalar novos avionicos o custo ficaria alto.
Esta noticia nunca foi contestada pela FAB.

Se quiser saber a minha opinião é falta de verbas: pois se tivesse,instalaria sistemas adequados para o disparo. Se nem simulador adquiriu, como iriam gastar mais dinheiro nestes tampões?

Hélio




Avatar do usuário
papagaio
Avançado
Avançado
Mensagens: 555
Registrado em: Ter Fev 17, 2004 9:58 pm
Agradeceu: 8 vezes
Agradeceram: 34 vezes

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4967 Mensagem por papagaio » Sáb Fev 04, 2012 3:30 pm

Falando um pouco de simulador.
Acho que o fator primordial para a aquisição do simulador de uma aeronave seja, pra variar, os custos.
Um simulador nível D (o mais realista) tem um custo de aquisição quase igual ao de uma aeronave de verdade, soma-se a isso um custo anual para sua operação, que pode custar milhões de dólares por ano, normalmente realizado por empresa que domine softwares bastante sofisticados.
Há ainda um custo indireto grande, por exemplo, a infra-estrutura da base que irá servir de sede (uma coisa idiota, a conta de luz da base aumenta enormemente, porque o simulador não é desligado e precisa ser mantido em condições controladas de temperatura, um ar-condicianado ligado full, a construção de um prédio para alojar o simulador, estações informatizadas de briefing e debriefing, ...).
Não tenho dúvidas que a FAB tem dado grande valor aos simuladores, visto que quase todas aeronaves recentemente adquiridas, envolvem um simulador associado (F-5M, A-29, ...). No caso do C-295, a FAB é inclusive a primeira compradora do simulador.
Agora pro caso específico dos Mirage 2000, que boatos falam que vão ser retirados de serviço ano que vem, na minha opinião, não faz sentido sua aquisição, é sem dúvida mais barato mandar pilotos pra treinar na França.
Só de curiosidade, os fabricantes pedem um prazo de cerca de 24-36 meses para entrega de um simulador Nível D, após a assinatura do contrato.
Não faz sentido todo este investimento, pra uma aeronave que já veio pro Brasil com data pra ser retirada.
Minha opinião.
Abs,




Editado pela última vez por papagaio em Sáb Fev 04, 2012 3:32 pm, em um total de 1 vez.
helio
Sênior
Sênior
Mensagens: 2074
Registrado em: Ter Nov 23, 2004 1:56 pm
Localização: São Paulo / SP
Agradeceram: 25 vezes

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4968 Mensagem por helio » Sáb Fev 04, 2012 3:30 pm

sapao escreveu: Simulador é importante? Sim! E muito, mas isto não isenta de ter que treinar também em ambientes não virtuais.
Sapão escreveu = Olha, se tem uma coisa que eu gosta na cultura Anglo-saxã é o amor pela estatistica e sua influencia nas decisões deles!
Existem varios estudos dizendo que a grande maioria das baixas se dá até as 10 primeiras missões reais, isso se falando de vôo.
Se não me engano mais de 90% das mortes dos pilotos na IIWW se deu nessa zona, e foram mortos majoritariamente por pilotos que que já haviam ultrpassado essa marca!
O que fazer então?
Como dar essa experiencia para um piloto sem que ele morra no processo? Simulando!
Então você tem um piloto voando em uma CRUZEX que já teve pane monomotor, já teve pane eletrica voando IFR, que já combateu BVR contra 2 aeronaves, que ja fez um pouso de emergencia sem ter que gastar nenhuma hora de querosene.
Até porque esse tipo de treinamento ele NUNCA faria em um ambiente real, se fizer não vai ser treinamento e sim real...

Isso não quer dizer que ele não vai treinar em ambientes reais, mas sim que ele está MUITO mais preparado para aquele treinamento em ambiente não-virtual ou uma situação real do que um piloto que NUNCA fez simulador.

Então quando você diz que o fato de o atirador ter feito simulador ou não NÃO influencia no resultado, eu discordo.
Porque mesmo sendo uma experiencia simulada, um atirador tem MUITO mais experiencia na operação do equipamento do que outro.
Sapão
Eu não estou contestando a importancia de um simulador, conforme já cansei de escrever
Estou lhe dizendo ,que nas condições que foram executadas a demonstração de tiro em Formosa, o simulador não iria fazer diferença.
Se a FAB tem simulador, parabéns a ela, para o EB o uso de Iglas parece não ser prioritário, pois a função dela não de restringe a defender a segurança de um aeroporto como os batalhoes de infantaria da aeronautica.

Hélio




helio
Sênior
Sênior
Mensagens: 2074
Registrado em: Ter Nov 23, 2004 1:56 pm
Localização: São Paulo / SP
Agradeceram: 25 vezes

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4969 Mensagem por helio » Sáb Fev 04, 2012 3:35 pm

papagaio escreveu:Falando um pouco de simulador.
Acho que o fator primordial para o simulador de uma aeronave seja, pra variar, os custos.
Um simulador nível D (o mais realista) tem um custo de aquisição quase igual ao de uma aeronave de verdade, soma-se a isso um custo anual para sua operação, que pode custar milhões de dólares por ano, normalmente realizado por empresa que domine softwares bastante sofisticados.
Há ainda um custo indireto grande, por exemplo, a infra-estrutura da base que irá servir de sede (uma coisa idiota, a conta de luz da base aumenta enormemente, porque o simulador não é desligado e precisa ser mantido em condições controladas de temperatura, um ar-condicianado ligado full, a construção de um prédio para alojar o simulador, estações informatizadas de briefing e debriefing, ...).
Não tenho dúvidas que a FAB tem dado grande valor aos simuladores, visto que quase todas aeronaves recentemente adquiridas, envolvem um simulador associado (F-5M, A-29, ...). No caso do C-295, a FAB é inclusive a primeira compradora do simulador.
Agora pro caso específico dos Mirage 2000, que boatos falam que vão ser retirados de serviço ano que vem, na minha opinião, não faz sentido sua aquisição, é sem dúvida mais barato mandar pilotos pra treinar na França.
Só de curiosidade, os fabricantes pedem um prazo de cerca de 24-36 meses para entrega de um simulador Nível D, após a assinatura do contrato.
Não faz sentido todo este investimento, pra uma aeronave que já veio pro Brasil com data pra ser retirada.
Minha opinião.
Abs,
Papagaio
Se a FAB quisesse nem precisaria ter adquirido um simulador novo,poderia ter adquirido um usado da França.
Nós não esperamos um tempão para que os M2000 viessem? Mesmo usados ainda tivemos que esperar mais de um ano para estar operacional. Vieram em doses homeopáticas, pois estavam ainda em uso na França. Que comprassem um simulador também! Garanto que a FAB economizaria com isto.

Hélio

Hélio




sapao
Sênior
Sênior
Mensagens: 4009
Registrado em: Qui Jul 22, 2010 9:42 am
Agradeceu: 54 vezes
Agradeceram: 253 vezes

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4970 Mensagem por sapao » Sáb Fev 04, 2012 6:29 pm

Paulo Bastos escreveu: Então reconsidere novamente: O CAAAD (Companhia de Artilharia Antiaérea de Auto Defesa) de Manaus ainda não esta plenamente implantado, os IGlas estão no GAAAD.

Sobre os exercicios de tiro a FAB divulga sim, pois são tão poucos que em todos a imprensa é chamada, ou pelo menos era...

Simuladores realmente barateiam o treinamento, mas não podem substituir o treino real. Ou será que você realmente acredita que um militar que utilizou somente um simulador esta plenamente apto a utilizar um sistema complexo como o Igla? Se vejo que muita gente que não conhece os cursos da EsACosAAe, com tiro real, critica os treinamentos do EB em relação a suposta eficacia de uma arma russa (que para alguns é algo absolutamente divino) o que dizer então do treinamento apenas virtual?

Sobre o alvo realmente ele pode ser comprado, como fez a MB, ou construido em suas unidades como fez o EB, mas a FAB não fez nada disso, e porque? Porque ela não atira, simples assim.

Abraços,
Paulo Bastos

Você tem a sua informação, eu tenho a minha. Que eu saiba a CAAD-MN já está operacional esperando a construção do seu predio e do seu simulador para se tornar um GAAD no futuro.

Vou explicar novamente: eu NÃO acho e jamais disse que um simulador elimina a necessidade da utilização real do equipamento.
Disse que ele é capaz de formar muito melhor o individuo, lhe proporcionando experiencias qe ele talvez jamais verá na realidade.
E não só acho como tenho certeza que ele habilita a formação de um atirador do Igla, já que o proprio EB forma os seus atiradores SEM o simulador!
Pelo logica, eu acredito que a introdução do mesmo FACILITARIA a formação e não o contrário.

Sobre as criticas ao treinamento do EB, vejo por 2 partes:
1- qualquer um que não tenha conhecimento nenhum pode criticar o quanto quiser, pois o Forum é um espaço democratico.
2- As criticas vieram de uma demonstração em que supostamente aconteceram certas coisas. Novamente, cada um escreve o que quer dentro do respeito ao outro, pelo menos é assim que eu penso que funciona o DB.


Sobre o fato da FAB atirar ou não, bom, acho que pela lógica então o Python, a Lizard, o RecceLite e o Litening nunca foram homologados, o MI-35 nunca disparou nada, o MAR e o MAA estão parados e o P-3 veio liso.
Ou você viu alguem da imprensa ser chamado para alguma dessas campanhas?
Não confunda as coisas.
As FFAA depdendem da imprensa, e a imprensa expecializada delas.
Um usa o outro quando tem vontade e necessidade disso, acho que isso é meio obvio. Daí a afimrar que porque não sai na imprensa é porque não aconteceu, bom, é uma opinião. Cada um com a sua...




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
Avatar do usuário
Paulo Bastos
Sênior
Sênior
Mensagens: 1067
Registrado em: Sex Abr 25, 2003 7:13 pm
Localização: Belo Horizonte/MG
Agradeceu: 80 vezes
Agradeceram: 262 vezes
Contato:

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4971 Mensagem por Paulo Bastos » Sáb Fev 04, 2012 6:57 pm

Realmente Sapão, cada um aqui tem suas "informações", umas factíveis, outras oníricas, mas como você mesmo disse " o Forum é um espaço democratico"...

Sobre a FAB ou qualquer Força, informar ou não sobre algo, pode ter certeza, devido a magnitude que esses eventos exigem, a imprensa especializada fica sabedo sim, até porque, vários dos eventos que você citou foram, ou ainda estão sendo, amplamente divulgados por ela.

Abraços,
Paulo Bastos




“O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas e as idiotas cheias de certezas” – Henry Charles Bukowski jr
sapao
Sênior
Sênior
Mensagens: 4009
Registrado em: Qui Jul 22, 2010 9:42 am
Agradeceu: 54 vezes
Agradeceram: 253 vezes

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4972 Mensagem por sapao » Sáb Fev 04, 2012 7:17 pm

Helio, vamos por partes então:

Sobre os lançadores:
concordo plenamente com você que os numeros são irrisórios, mesmo que eu não saiba quais são!
E se você fala que o EB tem mais dificuldade de ter um simulador porque ele não é uma prioridade, eu concrod tambem.
Acho que no fim falamos a mesma coisa: não tem verba para isso.

Sobre a idade dos equipamentos/misseis:
Citei as aeronaves para citar o mesmo ponto acima: temos tanta verba para comprarmos misseis para repor os que vamos atirar que ainda estamos voando de H-1H, F-5M, P-95...
Um missil custa muito caro, e mesmo proximo do fim da vida, até onde sei, pode ser transformado em um modelo de treinamento.

Sobre o simulador:
foi o que eu disse, o simulador é muito bom mas não é tudo, Pode-se ter um militar formado sem, mas com ele o grau de formaçao do individuo melhora exponencialmente por um preço razoavel. Pode perguntar a qualquer pessoa aqui no DB que já tenha passado por isso.
Como piloto é nitida a diferença entre uma pessoa com e outra sem simulador, e eu acredito que no caso da AAe seja igual, até porque o Igla depende muito da experiencia do operador para acertar os parametros de tiro.

Sobre a denuncia ao MP:
Olha, se "quem cala consente" não é valido eu tambem diria que "a quem acusa cabe o ônus da prova" tambem não está sendo aplicado.
Quem acusou? Com que provas?
Porque na maioria das noticias bombasticas que atingem a FAB (como a reportagem do Fantastico, por exemplo) o CECOMSAER não demora 24 horas para emitir uma nota.
Você já entrou em contato com aquele orgão questionando a veracidade das informações?
E sobre o porque dos missies nunca terem sido disparados ou terem sido divulgadas noticias dos seus disparos?

Sobre o simulador do F-2000:
Olha Helio, só respondi ao fato de você ter dito que "nem simulador das aeroanves têm."
E para provar o valor que o simulador tem, que mesmo não tendo aqui a FAB paga lá fora para formar seus pilotos, não só no F-2000 como no C-130, C-99, C-95, H-60, H34...
Sobre a lógica da França ter o simulador, bem, o Brasil foi o primeiro a ter o do C-295.

Sobre o simulador do Igla x F-2000:
Helio, qual a expectativa de vida util do Igla e do F-2000 na FAB na epoca da sua compra?
Divida isso pelo valor do seu simulador (que já postei acima) e verá o porque de termos comprado um e o outro não.

Sobre o tiro em Formosa:
e vou continuar discordando que o simulador faria diferença sim!
Pois pelo alvo lançado e pelas condições atmosfericas um atirador que já tivesse treinado com aquele alvo e com aquelas condições no simulador teria MAIS capacidade de perceber se o tiro seria valido ou não do que um atirador que NUNCA fez simulador e só estudou a teoria no livro.
Sobre o tecnico russo, bom, se formos ter que ficar confiando em um assessor para nos dizer quando podemos ou não disparar o armamento então é melhor contratar ele para equipar nossas FFAA.
Acho que, SE for esse o caso, que nosso problema é maior do que pensavamos.

Sobre o comportamento do tecnico:
olha, não posso julgar o comportamento dele porque não estava lá e muito menos conheço a pessoa.
Então prefiro não emitir nenhum julgamento.

Sobre o disparo dos misseis:
muitas FFAA estrangeiras tambem têm diversas outras soluções para diversas situação que aqui não aplicamos. Como você disse, o recondicionamento nem sempre é compensador; você pode afirmar que PARA a FAB ele NÃO é compensador?

Sobre a compra do simulador do F-2000:
Helio, você sabe qual era a expectativa de vida util do F-2000 e o preço de compra e operação de um simulador do F-2000 para dizer que seria mais economico ter um aqui do que mandar o pessoal lá fora?




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
sapao
Sênior
Sênior
Mensagens: 4009
Registrado em: Qui Jul 22, 2010 9:42 am
Agradeceu: 54 vezes
Agradeceram: 253 vezes

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4973 Mensagem por sapao » Sáb Fev 04, 2012 7:18 pm

Paulo Bastos escreveu:Realmente Sapão, cada um aqui tem suas "informações", umas factíveis, outras oníricas, mas como você mesmo disse " o Forum é um espaço democratico"...

Sobre a FAB ou qualquer Força, informar ou não sobre algo, pode ter certeza, devido a magnitude que esses eventos exigem, a imprensa especializada fica sabedo sim, até porque, vários dos eventos que você citou foram, ou ainda estão sendo, amplamente divulgados por ela.

Abraços,
Paulo Bastos
Concordo plenamente.
E você não concorda que existem alguns que NÃO estão sendo divulgados?




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
helio
Sênior
Sênior
Mensagens: 2074
Registrado em: Ter Nov 23, 2004 1:56 pm
Localização: São Paulo / SP
Agradeceram: 25 vezes

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4974 Mensagem por helio » Sáb Fev 04, 2012 7:43 pm

sapao escreveu:
Paulo Bastos escreveu:
Abraços,
Paulo Bastos

Sobre as criticas ao treinamento do EB, vejo por 2 partes:
1- qualquer um que não tenha conhecimento nenhum pode criticar o quanto quiser, pois o Forum é um espaço democratico.
2- As criticas vieram de uma demonstração em que supostamente aconteceram certas coisas. Novamente, cada um escreve o que quer dentro do respeito ao outro, pelo menos é assim que eu penso que funciona o DB.


Sobre o fato da FAB atirar ou não, bom, acho que pela lógica então o Python, a Lizard, o RecceLite e o Litening nunca foram homologados, o MI-35 nunca disparou nada, o MAR e o MAA estão parados e o P-3 veio liso.
Ou você viu alguem da imprensa ser chamado para alguma dessas campanhas?
Não confunda as coisas.
As FFAA depdendem da imprensa, e a imprensa expecializada delas.
Um usa o outro quando tem vontade e necessidade disso, acho que isso é meio obvio. Daí a afimrar que porque não sai na imprensa é porque não aconteceu, bom, é uma opinião. Cada um com a sua...
Sapão
Perdoe-me mas as coisas não foram supostamente narradas. As fontes são primárias, e confirmadas pelo proprio EB. Não se trata de boatos.

Quanto ao P-3. ele veio sim liso, os Harpoon não foram ainda adquiridos. Hoje em dia, Sapão, ao contrário dos tempos da guerra fria, tais aquisições em paises não beligerantes, são divulgados pelos proprios fabricantes. Basta vc ler o military Balance, o Janes e algumas revistas, e consegue-se ter informações com baixissima possibilidade de erro. Além do mais aqui no próprio DB vc vê as portarias de aquisição.
Outro armamento que não veio ainda são os foguetes para os Mil-35. Outrossim, o CeComSAer faria o maior alarde tal qual quando uma galinha bota os ovos, quando pela primeira vez os Mi-35 dispararam (seus canhões, bem entendido) pela primeira vez.

Mesmo que a FAB através da CeComSAer seja o mais fechado e engessado Centro de Comunicações das 3 armas, que na atual gestão, ao contrario dos demais armas, procura dificultar o acesso à mídia, informações relevantes como o disparo de um míssil é materia de capa do site com direito a you tube e que tais.
(Desculpem por ser off topic)

Hélio




helio
Sênior
Sênior
Mensagens: 2074
Registrado em: Ter Nov 23, 2004 1:56 pm
Localização: São Paulo / SP
Agradeceram: 25 vezes

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4975 Mensagem por helio » Sáb Fev 04, 2012 7:58 pm

sapao escreveu:Helio, vamos por partes então:

Sobre os lançadores:
concordo plenamente com você que os numeros são irrisórios, mesmo que eu não saiba quais são!
E se você fala que o EB tem mais dificuldade de ter um simulador porque ele não é uma prioridade, eu concrod tambem.
Acho que no fim falamos a mesma coisa: não tem verba para isso.

Sobre a idade dos equipamentos/misseis:
Citei as aeronaves para citar o mesmo ponto acima: temos tanta verba para comprarmos misseis para repor os que vamos atirar que ainda estamos voando de H-1H, F-5M, P-95...
Um missil custa muito caro, e mesmo proximo do fim da vida, até onde sei, pode ser transformado em um modelo de treinamento.
Com certeza, o problema de verbas é endemico, atinge toda as FA
Sim, um míssil custa caríssimo, mas a doutrina da interceptação dos F5 e M2000 dependem principalmente desta arma.
De nada adianta ter M2000 e F5 com prontidão de 24 horas nos hangarettes se só temos o canhão para confrontar com o inimigo.
De nada adianta treinar pilotos a um custo altissimo, se não temos mísseis suficientes. Não quero comparar o Exercito Russo que durante a invasão alemã, chegou a ter um fuzil para cada dois soldados, mas o numero de míssies que adquirimos é pequeno (e acredite, este dado é publico)
Um míssil quando chega ao fim de sua vida util, serve sim para ser colocado no avião para treinamento, mas sempre que há oportunidas a FAB dispara um míssil, como treinamento e análise do equipamento. No caso dos M2000, estamos já chegando na aposentadoria deles e ...nada.

Hélio




helio
Sênior
Sênior
Mensagens: 2074
Registrado em: Ter Nov 23, 2004 1:56 pm
Localização: São Paulo / SP
Agradeceram: 25 vezes

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4976 Mensagem por helio » Sáb Fev 04, 2012 8:07 pm

sapao escreveu:Helio, vamos por partes então:

Sobre o simulador:
foi o que eu disse, o simulador é muito bom mas não é tudo, Pode-se ter um militar formado sem, mas com ele o grau de formaçao do individuo melhora exponencialmente por um preço razoavel. Pode perguntar a qualquer pessoa aqui no DB que já tenha passado por isso.
Como piloto é nitida a diferença entre uma pessoa com e outra sem simulador, e eu acredito que no caso da AAe seja igual, até porque o Igla depende muito da experiencia do operador para acertar os parametros de tiro.

Sobre a denuncia ao MP:
Olha, se "quem cala consente" não é valido eu tambem diria que "a quem acusa cabe o ônus da prova" tambem não está sendo aplicado.
Quem acusou? Com que provas?
Porque na maioria das noticias bombasticas que atingem a FAB (como a reportagem do Fantastico, por exemplo) o CECOMSAER não demora 24 horas para emitir uma nota.
Você já entrou em contato com aquele orgão questionando a veracidade das informações?
E sobre o porque dos missies nunca terem sido disparados ou terem sido divulgadas noticias dos seus disparos?
Esta noticia não saiu nem no Fantastico e muito menos no Datena, saiu na mídia especializada. O CeComSAer recebe exemplares destas mídias impressas todos os dias e faz um clipping.
Quem escreveu primeiro foi um diretor comercial e pesquisador de uma revista especializada, autor de vários livros sobre FAB e aviação civil brasileira.
A FAB o conhece bem, e nunca em momento algum contestou.
Eu sempre quis saber sobre este assunto, mas como postei anteriormente, este órgão é o mais engessado de todas as 3 armas , e ultimamente chegou a tal ponto, que mesmo a mídia mais chapa branca pró-FAB de todas que vc conhece, na sua ultima edição não publicou sequer uma matéria sobre a FAB. Aliás não, publicou apenas uma nota da ida do B737 Sucatinha ao Musal. É mole????

Abraços

Hélio




Avatar do usuário
Paulo Bastos
Sênior
Sênior
Mensagens: 1067
Registrado em: Sex Abr 25, 2003 7:13 pm
Localização: Belo Horizonte/MG
Agradeceu: 80 vezes
Agradeceram: 262 vezes
Contato:

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4977 Mensagem por Paulo Bastos » Sáb Fev 04, 2012 8:09 pm

sapao escreveu:
Paulo Bastos escreveu:Realmente Sapão, cada um aqui tem suas "informações", umas factíveis, outras oníricas, mas como você mesmo disse " o Forum é um espaço democratico"...

Sobre a FAB ou qualquer Força, informar ou não sobre algo, pode ter certeza, devido a magnitude que esses eventos exigem, a imprensa especializada fica sabedo sim, até porque, vários dos eventos que você citou foram, ou ainda estão sendo, amplamente divulgados por ela.

Abraços,
Paulo Bastos
Concordo plenamente.
E você não concorda que existem alguns que NÃO estão sendo divulgados?
Quais, por exemplo?

No caso da FAB, até tiro de canhão o CeComSAer transforma em evento....

Abraços,
Paulo Bastos

Abraços,
Paulo




“O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas e as idiotas cheias de certezas” – Henry Charles Bukowski jr
helio
Sênior
Sênior
Mensagens: 2074
Registrado em: Ter Nov 23, 2004 1:56 pm
Localização: São Paulo / SP
Agradeceram: 25 vezes

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4978 Mensagem por helio » Sáb Fev 04, 2012 8:25 pm

sapao escreveu:Helio, vamos por partes então:

,Sobre o simulador do F-2000:
Olha Helio, só respondi ao fato de você ter dito que "nem simulador das aeroanves têm."
E para provar o valor que o simulador tem, que mesmo não tendo aqui a FAB paga lá fora para formar seus pilotos, não só no F-2000 como no C-130, C-99, C-95, H-60, H34...
Sobre a lógica da França ter o simulador, bem, o Brasil foi o primeiro a ter o do C-295.

Sobre a compra do simulador do F-2000:
Helio, você sabe qual era a expectativa de vida util do F-2000 e o preço de compra e operação de um simulador do F-2000 para dizer que seria mais economico ter um aqui do que mandar o pessoal lá fora?
Peraí Sapão, o piloto de Bandeirante tem que ir para o exterior para utilizar simulador? Pra que país?
O simulador é mais importante para caças aonde a hora voada é carissima, e temos poucas versões biplaces. Um vetor de transporte por ser side by side, possibilita o treinamento mais em conta do que um M2000.
A verdade é que, por mais que seja tampão a forma como adquirimos os M2000 foi equivocada. Além de não adquirir simulador, tivemos que esperar um bom tempo para compormos o GDA, pois os franceses forneceram em doses homeopáticas. Ainda por cima conscientes pela sua pouca durabilidade

Não tenho idéia de valores do custo que vc pergunta, mas tenho certeza de que o custo/benefício de ter um simulador em solo patrio, proporciona um treinamento muito maior e menos custoso do que ter que agendar hora para utilizar o simulador, atravessar o atlantico, pagar pela alimentação e alojamento dos pilotos, pagar pelo aluguel do simulador em horas/uso, e isto, com certeza, dificulta o numero de horas que cada piloto tem de simulador. Se já de horas voadas é minimo, agora temos restrições de simulador. Não é a toa que muitos pilotos querem servir no GTE. Pelo menos voam......

Hélio




helio
Sênior
Sênior
Mensagens: 2074
Registrado em: Ter Nov 23, 2004 1:56 pm
Localização: São Paulo / SP
Agradeceram: 25 vezes

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4979 Mensagem por helio » Sáb Fev 04, 2012 9:15 pm

sapao escreveu:Helio, vamos por partes então:



Sobre o simulador do Igla x F-2000:
Helio, qual a expectativa de vida util do Igla e do F-2000 na FAB na epoca da sua compra?
Divida isso pelo valor do seu simulador (que já postei acima) e verá o porque de termos comprado um e o outro não.

Sobre o tiro em Formosa:
e vou continuar discordando que o simulador faria diferença sim!
Pois pelo alvo lançado e pelas condições atmosfericas um atirador que já tivesse treinado com aquele alvo e com aquelas condições no simulador teria MAIS capacidade de perceber se o tiro seria valido ou não do que um atirador que NUNCA fez simulador e só estudou a teoria no livro.
Sobre o tecnico russo, bom, se formos ter que ficar confiando em um assessor para nos dizer quando podemos ou não disparar o armamento então é melhor contratar ele para equipar nossas FFAA.
Acho que, SE for esse o caso, que nosso problema é maior do que pensavamos.

Sobre o comportamento do tecnico:
olha, não posso julgar o comportamento dele porque não estava lá e muito menos conheço a pessoa.
Então prefiro não emitir nenhum julgamento.

Sobre o disparo dos misseis:
muitas FFAA estrangeiras tambem têm diversas outras soluções para diversas situação que aqui não aplicamos. Como você disse, o recondicionamento nem sempre é compensador; você pode afirmar que PARA a FAB ele NÃO é compensador?
Sapão
Se o simulador faria a diferença, naqueles tiros de Igla, o que vc pode dizer de tiros reais?
Sim, foram disparados vários tiros na véspera da demonstração, mas mesmo assim deu no que deu...

Aliás, se o Igla já é utilizado pelo EB e FAB há muitos anos, o que fazia o russo lá ? O alemão da KMW eu entendo, pois queria vender o Guepard ?
Por que ele tinha que meter o bedelho lá?
Que eu saiba não tinha nenhum técnico da Bofors também lá ensinado como gira a manivela :mrgreen:
No caso dos Iglas, o EB vem tentando recuperar seus lançadores, que tem uma vida limitada de tiros. O cilindro que armazena o nitrogenio que é utilizado no disparo segundo o pessoal do EB não é recarregavel. Venceu a carga, ou acabou? Joga o lançador fora.... Isto deve ser também uma das razões da FAB ter um simulador.

Abraços
Hélio




sapao
Sênior
Sênior
Mensagens: 4009
Registrado em: Qui Jul 22, 2010 9:42 am
Agradeceu: 54 vezes
Agradeceram: 253 vezes

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4980 Mensagem por sapao » Dom Fev 05, 2012 1:34 am

helio escreveu: Sapão
Perdoe-me mas as coisas não foram supostamente narradas. As fontes são primárias, e confirmadas pelo proprio EB. Não se trata de boatos.

Quanto ao P-3. ele veio sim liso, os Harpoon não foram ainda adquiridos. Hoje em dia, Sapão, ao contrário dos tempos da guerra fria, tais aquisições em paises não beligerantes, são divulgados pelos proprios fabricantes. Basta vc ler o military Balance, o Janes e algumas revistas, e consegue-se ter informações com baixissima possibilidade de erro. Além do mais aqui no próprio DB vc vê as portarias de aquisição.
Outro armamento que não veio ainda são os foguetes para os Mil-35. Outrossim, o CeComSAer faria o maior alarde tal qual quando uma galinha bota os ovos, quando pela primeira vez os Mi-35 dispararam (seus canhões, bem entendido) pela primeira vez.

Mesmo que a FAB através da CeComSAer seja o mais fechado e engessado Centro de Comunicações das 3 armas, que na atual gestão, ao contrario dos demais armas, procura dificultar o acesso à mídia, informações relevantes como o disparo de um míssil é materia de capa do site com direito a you tube e que tais.
(Desculpem por ser off topic)

Hélio
Ok, se não se trate de boatos você poderia me passar o link da nota do EB sobre o ocorrido para que eu possa avaliar a versão com meu proprio julgamento?

Sobre o P-3, o Harpoon NÃO é o unico armamento dele, e como você mesmo fez questão de afirmar, hoje em dia se consegue noticias com baixissima possibilidade de erro, portanto quando você afirma que ele veio sem nada está se contradizendo, não acha? Ou essa possibilidade de erro só vale para outros países?
Sobre o MI-35, novamente voltao a dizer que a relação FFAA com a imprensa é de interesse, um se aproveitando do outro. Não é porque ela não ficou sabendo que não existe.
Faz o seguinte, procura aqui mesmo no DB que você vai achar o furo de reportagem...

E agora começo a entender o teor apaixonado das criticas, ficando claro que você tem o maior "amor" pelo CECOMSAER...
Mais uma vez, disparo de missil é noticia desde que interesse a quem comanda, senão não é.




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
Responder