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Hugo, 12 anos, foi atingido na cabeça por bala perdida, há uma semana
Rio - Morreu no Hospital Miguel Couto, no fim da tarde de ontem, o estudante Hugo Ronca Cavalcante, 12 anos, atingido na cabeça por bala perdida, há uma semana, quando jogava futebol na quadra de esportes do Clube Federal, na Rua Timóteo da Costa, no Alto Leblon, região nobre da Zona Sul.
Muito emocionados, os pais e amigos da família do menino estiveram no Instituto Médico Legal (IML) e agradeceram a todas as pessoas que rezaram pela recuperação do menino.
“O momento é muito duro para todos nós, mas se Deus levou o Huguinho é porque era o melhor pra ele. Agradecemos a todas as pessoas, conhecidos e anônimos, que oraram por ele. Também aos policiais, que continuam se empenhando para descobrir como e quem causou essa tragédia, e aos médicos do hospital Miguel Couto, que deram toda a assistência possível a ele”, disse um amigo da família, que não quis se identificar.
Durante a semana, a polícia fez a reconstituição do momento em que o menino foi atingido e não tem dúvidas de que o tiro que atingiu Hugo foi dado do Morro Chácara do Céu. O garoto estava de frente para a arquibancada quando foi baleado na cabeça.
Os policiais estiveram também no Instituto Pereira Passos (IPP) analisando plantas do local. Eles levantaram altura dos prédios, do clube e dos morros e mediram distância entre os locais usando as escalas dos mapas do IPP. Na segunda-feira, os responsáveis pela investigação deverão se reunir com um militar do Exército, que é cientista e especialista em balística.
Hugo morava em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói, com os pais, a designer Sandra Ronca Cavalcante e o empresário José Augusto Cavalcante. A família havia mudado do Leblon por medo da violência do Rio e, no dia em que o menino foi atingido, visitava amigos.
Soldados do Exército são acusados de desviar 9 mil balas de fuzil do maior paiol da América Latina, em Paracambi
Rio - Madrugada de domingo, dia 9, três horas da manhã. Os soldados Elton e F. Nascimento saem passando pela principal guarda do Depósito Central de Munição do Exército, em Paracambi, o maior da América Latina. Num veículo oficial do Exército, um Fiat Uno preto, eles transportam 9 mil balas calibre 7.62, para fuzis, amplamente utilizadas tanto pelo Exército como por traficantes. O carregamento tinha destino certo: favelas dominadas pela facção Comando Vermelho (CV).
Na última quarta-feira, os soldados acabaram presos e um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado. A munição, porém, já estava em poder de traficantes. O caso é investigado pela 4ª Auditoria da Justiça Militar, na Ilha do Governador.
Pelo serviço, eles receberiam R$ 150 mil — o equivalente a R$ 15 para cada cápsula de fuzil fornecida ao tráfico para alimentar os confrontos quase diários com a polícia fluminense. Ainda não se sabe a exata relação entre os soldados e os traficantes de drogas, mas não há dúvidas sobre o destino da munição. Há indícios do envolvimento de pelo menos 20 pessoas no desvio, num esquema que opera há mais de um ano e conta com a participação de soldados, sargentos e um oficial.
Para não ter o carro revistado por um dos postos de vigilância do quartel e justificar o volume da carga que transportavam, os soldados alegaram que levavam gasolina vencida, dada a eles por um oficial. Deixariam o combustível na casa de F. Nascimento, em Lajes, próximo a Paracambi.
Apesar da pressa e de retornarem ao quartel após três horas, o roubo só foi descoberto pelo comando da unidade depois de três dias, quando os soldados foram presos.
INVESTIGAÇÃO
Na última sexta-feira, um dos cunhetes (caixa de madeira com duas alças) com algumas balas foi encontrado numa casa em Lajes. A busca foi feita com mandado judicial da 4ª Auditoria. Os militares desviaram nove caixas, cada uma com mil projéteis. No quartel onde o episódio aconteceu, tudo é tratado com o mais absoluto sigilo. As investigações visam outros envolvidos e, talvez, os roubos.
O Comando Militar do Leste diz não ter informações sobre o caso. Mas perícia da Polícia Militar constatou que não houve arrombamento dos paióis, o que indica que os soldados tinham a chave. Também encontraram as impressões digitais dos dois acusados nas portas dos depósitos. Há quatro meses, o soldado Nascimento foi detido após ser encontrado com munição e carros roubados.
O depósito de Paracambi fornece munição para todo o estado. São 74 paióis e três armazéns com armamento e protegidos por um sistema de código de barras.
DOCUMENTO ALERTA SOBRE OFENSIVA DO TRÁFICO
Concluído este ano pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), o relatório Caderno de Instrução e Projeto de Liderança, com base em informações de 2006, reúne análises de documentos do Exército, da Secretaria Nacional Antidrogas e da Universidade Federal de São Paulo sobre a ameaça das drogas nos quartéis. O objetivo é orientar oficiais para lidar com o avanço das drogas e de criminosos que podem atacar ou mesmo se infiltrar nas unidades militares.
De acordo com o documento, recentemente, órgãos de inteligência detectaram que traficantes de drogas estavam incentivando a “incorporação às Forças Armadas de jovens por eles cooptados, para que prestassem o serviço militar obrigatório”. Assim, apreenderiam a manusear bem um armamento e teriam acesso ao esquema de segurança dos quartéis.
O documento traz alertas sobre o grande interesse das quadrilhas nos quartéis, “possíveis locais de suprimento” de armas e munição, e descreve detalhadamente como deve funcionar o controle sobre esses itens. O levantamento dos militares também inclui a cotação do valor de mercado do armamento: R$ 30 mil, para um fuzil calibre 7.62 e R$ 800, para uma caixa de munição com 20 cartuchos.
As atribuições no controle dos depósitos de munição são tão específicas que é praticamente impossível operar um desvio sem a cobertura de pelo menos quatro militares. De 12 em 12 meses, a Inspeção Anual de Munições e Explosões do Exército verifica os níveis dos estoques e as condições de conservação do material. Cada organização militar possui um “oficial de munição” e um “sargento encarregado do paiol”, homens diretamente responsáveis pelo controle da distribuição, uso e recolhimento de todos os artefatos utilizados pela tropa, tanto em missões como na segurança do quartel.
A conferência de munição gasta por ocasião dos exercícios de tiro deve ser feita minuciosamente pelos responsáveis — oficiais e sargento-de-tiro. É função deles saber, sem erro, quantos cartuchos foram retirados do paiol e quantos foram consumidos.
Soldados do Exército são acusados de desviar 9 mil balas de fuzil do maior paiol da América Latina, em Paracambi
Sniper escreveu:Soldados do Exército são acusados de desviar 9 mil balas de fuzil do maior paiol da América Latina, em Paracambi
Porra, mas o EB parece que gosta levar trolha mesmo!
Colocar o maior paiol da américa latina a alguns metros das quadrilhas mais bem armadas e perigosas do país!
É muita burrice!
Será que o Comando do Exército e o ministério da defesa estão esperando acontecer alguma tragédia maior ainda?
Desculpem o tom da mensagem, mas é duro ter que lêr uma coisa dessas...
Vinicius Pimenta escreveu:Sniper escreveu:Soldados do Exército são acusados de desviar 9 mil balas de fuzil do maior paiol da América Latina, em Paracambi
Porra, mas o EB parece que gosta levar trolha mesmo!
Colocar o maior paiol da américa latina a alguns metros das quadrilhas mais bem armadas e perigosas do país!
É muita burrice!
Será que o Comando do Exército e o ministério da defesa estão esperando acontecer alguma tragédia maior ainda?
Desculpem o tom da mensagem, mas é duro ter que lêr uma coisa dessas...
Agora que vi essa sua mensagem.
Pera aí, Sniper. Não está havendo uma inversão de valores?
O depósito está lá ANTES de áreas no entorno ficarem violentas.
Se alguém tem que sair de lá são os bandidos, não o Exército, não concorda?
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