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Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Mariana Toledo
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Re: Euro Hawk para Alemanha

#496 Mensagem por Mariana Toledo » Sex Mar 23, 2007 5:23 pm

henriquejr escreveu:
A Alemanha adquiriu por EUR 430 milhões um UAV Euro Hawk para SIGINT. O Euro Hawk é baseado no RQ-4 Global Hawk Block 20. A entrega está planejada para 20011 a 2014.

430 milhões de Euros em apenas um UAV????

Fonte: http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/ ... mar07.html




Tá meio esquisito mesmo.... Se for, é o pior custo/benefício de que se tem notícia




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artenobre
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#497 Mensagem por artenobre » Qui Mar 29, 2007 3:34 pm

Rio de Janeiro - O diretor-geral da divisão latino-americana da fábrica austríaca Glock (Glock America), Luiz Antonio Horta, informou, à Agência Brasil, que a empresa desistiu de implantar, por enquanto, uma indústria de pistolas em território brasileiro. Segundo ele, foram feitos três pedidos ao Exército, desde 2005. Todos eles teriam retornado com as mesmas exigências que não agradaram à multinacional.

Segundo Horta, para autorizar a instalação, o Exército teria exigido que, no prazo de três anos, a fábrica brasileira da Glock produza todas suas pistolas com 100% de componentes fabricados no Brasil, pela própria empresa ou não. Nesses três anos, a Glock teria sua produção restrita a cinco mil unidades por ano.

O diretor da Glock disse que a empresa fez três propostas alternativas ao comando militar e, em todas elas, o Exército respondeu fazendo a mesma exigência de 100% de nacionalização em três anos. “Com essa proposta, é muito difícil, praticamente impossível. A Glock produz três mil armas por dia. Querem que, durante esses três anos, tenhamos a produção anual de dois dias. Essa proposta [do Exército] mata a empresa e nos tira a vontade de investir no Brasil”, afirmou Horta.

De acordo com o executivo, a última proposta apresentada pela empresa austríaca previa uma instalação em seis etapas, que durariam seis anos. Na primeira, a Glock montaria 15 mil pistolas, todas com componentes austríacos. Nas segunda e terceira fases, 25% e 35% das armas, respectivamente, seriam fabricadas com material nacional.

A quarta etapa já previa a fabricação de todas as pistolas com o chassi (corpo de arma) nacional, mas com outras peças estrangeiras. No quinto e sexto ano, já seriam incorporados o ferrolho e o cano brasileiros, tornando a arma 100% nacional, como o Exército deseja. Mas a proposta também foi recusada.

“A gente pode até vir a fazer outra proposta, porque continuo com a mesma proposta e o meu objetivo é de que a fábrica seja no Brasil. O Brasil é um país viável, assim como a China, a Turquia e a Colômbia. É muito difícil que a gente volte a negociar. A menos que uma flexibilização (do Exército) seja espontânea”, afirma Horta.

Horta diz que o Brasil está recusando a oportunidade de sediar a única fábrica da Glock fora da Áustria, uma vez que as outras unidades fora da Europa são apenas linhas de montagem e não produzem as peças usadas nas pistolas. Segundo ele, a Glock produziu, no ano passado, 680 mil armas. O plano para o Brasil incluía fabricar 350 mil pistolas por ano.

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, o Exército informou que “estabeleceu as condições para essa instalação [da Glock no Brasil], visando obter a plena nacionalização do produto, em prazo considerado adequado e, desde então, aguarda nova manifestação da empresa.”
fonte: Agência Brasil




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#498 Mensagem por chm0d » Dom Abr 15, 2007 10:28 am

Iraque: choque entre helicópteros mata britânicos

Dois helicópteros se chocaram hoje no norte de Bagdá provocando a morte de dois soldados britânicos. As informações iniciais eram de que as aeronaves seriam americanas. Porém, o ministro da Defesa do Reino Unido, Des Browne, confirmou que as vítimas e os helicópteros são de seu país.

Browne explicou que o fato se deve a um acidente e não foi causado por um ataque dos insurgentes. Além dos dois mortos, um terceiro militar ficou gravemente ferido. "Infelizmente, dois militares morreram e um está gravemente ferido. Todos são soldados do Reino Unido. Meus pensamentos e minha solidariedade estão com eles e suas famílias", assinalou Browne.

O Ministério da Defesa abriu uma investigação sobre os fatos, disse Browne. O ministro acrescentou que os parentes das vítimas já foram informados dos falecimentos.

Outros soldados britânicos estavam presentes no momento do acidente, mas só sofreram cortes e ferimentos leves. Com isso, sobe para 142 o número de efetivos das Forças Armadas britânicas que perderam a vida no Iraque desde o começo da invasão liderada pelos EUA, no início de março de 2003.

Um porta-voz do Ministério da Defesa confirmou à agência britânica PA que o acidente envolveu dois helicópteros Puma, que normalmente são utilizados pela Real Força Aérea (RAF) do Reino Unido. A fonte se recusou a confirmar o serviço ou o regimento a que pertenciam as vítimas.

Que fatalidade, meus pesames as familias.




dbotura
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Missel Tático da Avibras??????

#499 Mensagem por dbotura » Seg Abr 16, 2007 9:17 am

Alguem saberia me informar se o EB comprou algum daqueles mísseis de 300 KM, e se foi desenvolvida uma versão ar-terra do mesmo???


Atenciosamente;

37° Bimtz - Lins - SP

Brasil acima de tudo...




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artenobre
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#500 Mensagem por artenobre » Seg Abr 16, 2007 9:22 am

o míssil nem saiu do primeiro protótipo, portanto nunca existiu




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P44
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#501 Mensagem por P44 » Sex Abr 20, 2007 12:20 pm

US Senator Freezes Military Aid to Colombia


(Source: Voice of America news; issued April 19, 2007)




A leading U.S. lawmaker has frozen $55 million in military aid to Colombia due to concerns about a scandal linking Colombian politicians to paramilitary fighters.

U.S. Senator Patrick Leahy, a Democrat representing Vermont placed a temporary hold on the aid. He was acting as the chairman of the Senate's State and Foreign Operations subcommittee. Leahy's spokesman said the money is on hold pending a discussion with the U.S. State Department.

Colombia's Supreme Court is investigating political allies of Colombian President Alvaro Uribe who are suspected of having links to paramilitary squads.

On Wednesday, the court expanded the investigation to include three more pro-government lawmakers, including House of Representatives President Alfredo Cuello. Also Wednesday, President Uribe rejected allegations from an opposition senator that he helped the rise of far-right death squads in the 1990s.

In a speech in northern Colombia, Mr. Uribe accused the senator, Gustavo Petro, of being a "slanderer."

Petro told a congressional debate Tuesday that Mr. Uribe supported anti-crime groups that evolved into death squads. He said this occurred when the president was governor of Antioquia state, from 1995 to 1997.

Mr. Uribe has denied having any connection to right-wing paramilitaries, which are blamed for massacres, land grabs and drug trafficking.

A former intelligence chief and eight Uribe allies have been imprisoned for alleged collusion with the paramilitary groups.

-ends-

http://www.defense-aerospace.com/cgi-bi ... ele=jdc_34




*Turn on the news and eat their lies*
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EDSON
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#502 Mensagem por EDSON » Sex Abr 20, 2007 5:05 pm

P44 escreveu:US Senator Freezes Military Aid to Colombia


(Source: Voice of America news; issued April 19, 2007)




A leading U.S. lawmaker has frozen $55 million in military aid to Colombia due to concerns about a scandal linking Colombian politicians to paramilitary fighters.

U.S. Senator Patrick Leahy, a Democrat representing Vermont placed a temporary hold on the aid. He was acting as the chairman of the Senate's State and Foreign Operations subcommittee. Leahy's spokesman said the money is on hold pending a discussion with the U.S. State Department.

Colombia's Supreme Court is investigating political allies of Colombian President Alvaro Uribe who are suspected of having links to paramilitary squads.

On Wednesday, the court expanded the investigation to include three more pro-government lawmakers, including House of Representatives President Alfredo Cuello. Also Wednesday, President Uribe rejected allegations from an opposition senator that he helped the rise of far-right death squads in the 1990s.

In a speech in northern Colombia, Mr. Uribe accused the senator, Gustavo Petro, of being a "slanderer."

Petro told a congressional debate Tuesday that Mr. Uribe supported anti-crime groups that evolved into death squads. He said this occurred when the president was governor of Antioquia state, from 1995 to 1997.

Mr. Uribe has denied having any connection to right-wing paramilitaries, which are blamed for massacres, land grabs and drug trafficking.

A former intelligence chief and eight Uribe allies have been imprisoned for alleged collusion with the paramilitary groups.

-ends-

http://www.defense-aerospace.com/cgi-bi ... ele=jdc_34



Sem dinheiro não há como fazer guerras, e guerras sem cessar, só se tirvermos dinheiro infinito. Cícero senador Romano




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Guerra
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#503 Mensagem por Guerra » Qui Abr 26, 2007 9:17 am

Parece que domingo vai ter uma reportagem no Luciano Hulk sobre o CIGS, alguém confirma




WalterGaudério
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#504 Mensagem por WalterGaudério » Qui Abr 26, 2007 12:25 pm

SGT GUERRA escreveu:Parece que domingo vai ter uma reportagem no Luciano Hulk sobre o CIGS, alguém confirma

Bah! deve ser no sábado então, o programa dele não é no sábado?
Se for tá marcado. Depois da churrascada, o CIGS.

Walter




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Guerra
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#505 Mensagem por Guerra » Qui Abr 26, 2007 2:16 pm

cicloneprojekt escreveu:
SGT GUERRA escreveu:Parece que domingo vai ter uma reportagem no Luciano Hulk sobre o CIGS, alguém confirma

Bah! deve ser no sábado então, o programa dele não é no sábado?
Se for tá marcado. Depois da churrascada, o CIGS.

Walter


Achei

O Programa "Caldeirão do Huck" veiculará nos próximos dias 28/04 e 05/05 o quadro "Aventura em Família" gravado no Centro de Instrução de Guerra na Selva, em Manaus/AM, com a participação de militares do CIGS.




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Marino
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#506 Mensagem por Marino » Seg Abr 30, 2007 9:44 am

'Orçamento não atende às necessidades da Força'

Conhecido pela calma, general terá de enfrentar a insatisfação com a falta de verbas para programas de reaparelhamento militar

Roberto Godoy



O principal gabinete do “Forte Apache”, a reservada sede do Comando do Exército, em Brasília, está ocupado por um torcedor do Clube de Regatas Flamengo.

Um torcedor peculiar. O general Enzo Martins Peri, novo comandante da Força, acompanha o desempenho do time da mesma forma como faz todas as manhãs a leitura dos quatro principais jornais brasileiros: sob minuciosa atenção e com grande discrição.

Aos 66 anos, 47 dos quais dedicados à vida na caserna, o general Enzo chega ao posto máximo do Exército em um momento delicado. Há insatisfação interna com a falta de verbas para os programas de reequipamento e de reestruturação dos salários - esse último é assunto que ele remete ao Ministério da Defesa, “a quem cabe acompanhar e apresentar propostas de adequação dos vencimentos do pessoal militar”. Antes de assumir o Comando, no dia 8 de março, o general chefiava o Departamento de Engenharia e Construção, um dos maiores contingentes do Exército, com oito batalhões envolvidos em obras de infra-estrutura em todo o País.

A experiência, reconhece, influenciou sua escala de prioridades no novo cargo: “aumentar a presença na Amazônia, reaparelhar a Força e atender a família militar”, o que, de certa forma, remete à discussão salarial. Seu pacote de missões abrange ainda a transferência dos cerca de 3,5 mil homens de uma brigada completa, do Rio de Janeiro para a calha do Rio Negro, no Amazonas, e o início da fase executiva do programa de aquisição de novos blindados, leves e pesados.

Enzo Peri é um homem de fala pausada. De acordo com os colaboradores próximos, especializou-se em encurtar reuniões adotando um estilo objetivo e calmo. Um dos primeiros briefings do dia é dedicado à análise do resumo do noticiário nacional e internacional. Consome no máximo 20 minutos. O despacho dos processos e da agenda mantém a mesma cadência.

Solteiro, leitor de obras de história e de novelas policiais, católico praticante, o general Enzo acompanha as providências do Comando de Aviação do Exército, em Taubaté, para escoltar os deslocamentos em helicóptero do papa Bento XVI, em São Paulo, entre os dias 11 e 13. Seis aeronaves foram mobilizadas. Uma delas fará o sensoriamento eletrônico. Duas outras, do tipo AS-365K Pantera, voarão a meia distância, armadas com metralhadoras .50 - e levarão a bordo duas equipes das forças especiais.

Na sexta-feira, o general Enzo Martins Peri falou ao Estado. Abaixo, os principais trechos da entrevista.

Qual é a situação orçamentária do Exército?

O orçamento (R$ 17,1 bilhões em 2007) não tem atendido, nos últimos 30 anos, às necessidades da Força. Considerada apenas a reposição de equipamentos obsoletos - com base em uma vida média de 25 anos para o material - haveria necessidade de renovação de 4% do inventário militar a cada ano. Esse índice não tem sido possível de atender.

Há recursos suficientes?

A quase totalidade do orçamento tem sido destinada ao custeio de atividades correntes. A parcela para investimentos é muito restrita.

A vinculação por lei de recursos para a Defesa, como acontece no Chile, pode ser adotada no Brasil?

Uma fonte perene seria bem-vinda. Possibilitaria planejamento de aplicação, com mais credibilidade e aceitação.

Qual é o plano de reequipamento que o Exército precisa?

Hoje, são sete as prioridades referentes ao reaparelhamento: aquisição de novos veículos blindados; conclusão da implantação de brigadas de Operações Especiais, Blindadas e de Selva; renovação da artilharia antiaérea; compra de sistemas digitais de comunicações; de pontes flutuantes e embarcações; de novos veículos; aquisição de armamento e munições.

Quais são as etapas de expansão da estrutura de defesa da Amazônia que o sr. vai executar?

O principal projeto em curso é o da transferência da 2ª Brigada de Infantaria de Selva e unidades subordinadas, do Rio de Janeiro para o Rio Negro.



Onde o sr. situa os cenários de tensão para o Brasil?

Em um mundo de ameaças difusas ou repentinas é importante que o Exército tenha sua doutrina - aqui estou me referindo a organização, preparo e emprego - baseada em capacidades, mais do que em ameaças. O conjunto de recursos materiais e humanos deve estar pronto para atuar em qualquer cenário pela presença permanente na área, pela possibilidade de reforçar as forças lá existentes, aumentando assim a dissuasão estratégica contra o possível oponente.

O Comando do Exército acompanha a tendência das forças baseadas em instrução intensa, especialização e novas tecnologias?

Em uma situação restritiva de dinheiro, a Força Terrestre prioriza a atividade de ensino, aí considerada a formação, especialização e aperfeiçoamento de seus quadros. São requisitos mínimos para mantermos a capacidade de atualização nas artes militares modernas. Outro instrumento é a atualização da tropa em situação real, tal como acontece agora, no Haiti. Isso, todavia, não dispensa a atualização do material.



Quem é: Enzo Martins Peri

Foi chefe do Departamento de Engenharia e Construção até assumir o Comando do Exército, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva



O novo Urutu

O Comando do Exército já está executando o programa de criação de um blindado sobre rodas. Baseado no modelo anfíbio Urutu, fabricado há 20 anos, o veículo fica pronto em 2012.




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#507 Mensagem por Marino » Seg Abr 30, 2007 9:51 am

O importante para mim é que o artigo foi publicado no "O Globo", por incrível que pareça:

A base da Defesa

CARLOS FREDERICO DE Q. AGUIAR

Após um período esplendoroso na década de 1980, quando o Brasil se tornou o oitavo maior exportador mundial de materiais de defesa, uma série de fatores levou a indústria brasileira a uma crise sem precedentes. Entre os mais conhecidos estão o fim da Guerra Fria, o acirramento da concorrência internacional, a aceleração do desenvolvimento tecnológico e a dificuldade do Estado brasileiro de reaparelhar suas Forças Armadas.

Afora tratar-se de um setor que, segundo dados de 2005, era composto por 300 empresas, geradoras de 22.712 empregos diretos e 120 mil indiretos, a indústria de defesa do Brasil deve ser inserida num contexto mais amplo, o da Política Nacional de Segurança. Num país com as dimensões do Brasil, detentor de riquezas naturais cada vez mais escassas e cobiçadas, é urgente reconhecer a necessidade de se investir no desenvolvimento tecnológico e no fortalecimento da indústria nacional de defesa.

Trata-se, sim, de uma questão de segurança nacional. Ou será que alguém ainda pensa que Estados Unidos, Alemanha, Bélgica e França - só para citar as nações que mais investem no setor - compartilham sua melhor tecnologia com o que eles chamam de Terceiro Mundo?

A Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa), o Simde (Sindicato das Indústrias de Materiais de Defesa) e o Condefesa (Comitê da Cadeia Produtiva de Materiais de Defesa) identificaram as principais demandas para que o Brasil volte a ocupar posição relevante no setor.

A primeira trata da correção de distorções tributárias que estimulam a aquisição de equipamentos no exterior, em detrimento da indústria nacional, pois nossos impostos passam de 40%. A segunda se refere a parcerias em pesquisa e inovação de equipamentos militares de modo a viabilizar a produção para uso interno e exportação. E, finalmente, a criação do programa "Compre Brasil", priorizando a compra de material de defesa nas empresas nacionais estratégicas.

Uma base industrial forte na área de defesa é essencial para que o Brasil não só disponha de recursos dissuasivos contra agressões externas, mas também reforce seu peso nas relações internacionais.

CARLOS FREDERICO DE Q. AGUIAR é presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa (Abimde).





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gadugovitch
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#508 Mensagem por gadugovitch » Seg Abr 30, 2007 12:31 pm

Marino escreveu:'Orçamento não atende às necessidades da Força'

Conhecido pela calma, general terá de enfrentar a insatisfação com a falta de verbas para programas de reaparelhamento militar

Roberto Godoy



O principal gabinete do “Forte Apache”, a reservada sede do Comando do Exército, em Brasília, está ocupado por um torcedor do Clube de Regatas Flamengo.

Um torcedor peculiar. O general Enzo Martins Peri, novo comandante da Força, acompanha o desempenho do time da mesma forma como faz todas as manhãs a leitura dos quatro principais jornais brasileiros: sob minuciosa atenção e com grande discrição.

Aos 66 anos, 47 dos quais dedicados à vida na caserna, o general Enzo chega ao posto máximo do Exército em um momento delicado. Há insatisfação interna com a falta de verbas para os programas de reequipamento e de reestruturação dos salários - esse último é assunto que ele remete ao Ministério da Defesa, “a quem cabe acompanhar e apresentar propostas de adequação dos vencimentos do pessoal militar”. Antes de assumir o Comando, no dia 8 de março, o general chefiava o Departamento de Engenharia e Construção, um dos maiores contingentes do Exército, com oito batalhões envolvidos em obras de infra-estrutura em todo o País.

A experiência, reconhece, influenciou sua escala de prioridades no novo cargo: “aumentar a presença na Amazônia, reaparelhar a Força e atender a família militar”, o que, de certa forma, remete à discussão salarial. Seu pacote de missões abrange ainda a transferência dos cerca de 3,5 mil homens de uma brigada completa, do Rio de Janeiro para a calha do Rio Negro, no Amazonas, e o início da fase executiva do programa de aquisição de novos blindados, leves e pesados.

Enzo Peri é um homem de fala pausada. De acordo com os colaboradores próximos, especializou-se em encurtar reuniões adotando um estilo objetivo e calmo. Um dos primeiros briefings do dia é dedicado à análise do resumo do noticiário nacional e internacional. Consome no máximo 20 minutos. O despacho dos processos e da agenda mantém a mesma cadência.

Solteiro, leitor de obras de história e de novelas policiais, católico praticante, o general Enzo acompanha as providências do Comando de Aviação do Exército, em Taubaté, para escoltar os deslocamentos em helicóptero do papa Bento XVI, em São Paulo, entre os dias 11 e 13. Seis aeronaves foram mobilizadas. Uma delas fará o sensoriamento eletrônico. Duas outras, do tipo AS-365K Pantera, voarão a meia distância, armadas com metralhadoras .50 - e levarão a bordo duas equipes das forças especiais.

Na sexta-feira, o general Enzo Martins Peri falou ao Estado. Abaixo, os principais trechos da entrevista.

Qual é a situação orçamentária do Exército?

O orçamento (R$ 17,1 bilhões em 2007) não tem atendido, nos últimos 30 anos, às necessidades da Força. Considerada apenas a reposição de equipamentos obsoletos - com base em uma vida média de 25 anos para o material - haveria necessidade de renovação de 4% do inventário militar a cada ano. Esse índice não tem sido possível de atender.

Há recursos suficientes?

A quase totalidade do orçamento tem sido destinada ao custeio de atividades correntes. A parcela para investimentos é muito restrita.

A vinculação por lei de recursos para a Defesa, como acontece no Chile, pode ser adotada no Brasil?

Uma fonte perene seria bem-vinda. Possibilitaria planejamento de aplicação, com mais credibilidade e aceitação.

Qual é o plano de reequipamento que o Exército precisa?

Hoje, são sete as prioridades referentes ao reaparelhamento: aquisição de novos veículos blindados; conclusão da implantação de brigadas de Operações Especiais, Blindadas e de Selva; renovação da artilharia antiaérea; compra de sistemas digitais de comunicações; de pontes flutuantes e embarcações; de novos veículos; aquisição de armamento e munições.

Quais são as etapas de expansão da estrutura de defesa da Amazônia que o sr. vai executar?

O principal projeto em curso é o da transferência da 2ª Brigada de Infantaria de Selva e unidades subordinadas, do Rio de Janeiro para o Rio Negro.



Onde o sr. situa os cenários de tensão para o Brasil?

Em um mundo de ameaças difusas ou repentinas é importante que o Exército tenha sua doutrina - aqui estou me referindo a organização, preparo e emprego - baseada em capacidades, mais do que em ameaças. O conjunto de recursos materiais e humanos deve estar pronto para atuar em qualquer cenário pela presença permanente na área, pela possibilidade de reforçar as forças lá existentes, aumentando assim a dissuasão estratégica contra o possível oponente.

O Comando do Exército acompanha a tendência das forças baseadas em instrução intensa, especialização e novas tecnologias?

Em uma situação restritiva de dinheiro, a Força Terrestre prioriza a atividade de ensino, aí considerada a formação, especialização e aperfeiçoamento de seus quadros. São requisitos mínimos para mantermos a capacidade de atualização nas artes militares modernas. Outro instrumento é a atualização da tropa em situação real, tal como acontece agora, no Haiti. Isso, todavia, não dispensa a atualização do material.



Quem é: Enzo Martins Peri

Foi chefe do Departamento de Engenharia e Construção até assumir o Comando do Exército, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva



O novo Urutu

O Comando do Exército já está executando o programa de criação de um blindado sobre rodas. Baseado no modelo anfíbio Urutu, fabricado há 20 anos, o veículo fica pronto em 2012.


Boa notícia. Mais uma brigada na Amazônia, de 3,5 mil homens. Realmente muito boa notícia.




Está irado? Uma fumacinha está saindo dos seus ouvidos?
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#509 Mensagem por WalterGaudério » Seg Abr 30, 2007 4:07 pm

gadugovitch escreveu:
Marino escreveu:'Orçamento não atende às necessidades da Força'

Conhecido pela calma, general terá de enfrentar a insatisfação com a falta de verbas para programas de reaparelhamento militar

Roberto Godoy



O principal gabinete do “Forte Apache”, a reservada sede do Comando do Exército, em Brasília, está ocupado por um torcedor do Clube de Regatas Flamengo.

Um torcedor peculiar. O general Enzo Martins Peri, novo comandante da Força, acompanha o desempenho do time da mesma forma como faz todas as manhãs a leitura dos quatro principais jornais brasileiros: sob minuciosa atenção e com grande discrição.

Aos 66 anos, 47 dos quais dedicados à vida na caserna, o general Enzo chega ao posto máximo do Exército em um momento delicado. Há insatisfação interna com a falta de verbas para os programas de reequipamento e de reestruturação dos salários - esse último é assunto que ele remete ao Ministério da Defesa, “a quem cabe acompanhar e apresentar propostas de adequação dos vencimentos do pessoal militar”. Antes de assumir o Comando, no dia 8 de março, o general chefiava o Departamento de Engenharia e Construção, um dos maiores contingentes do Exército, com oito batalhões envolvidos em obras de infra-estrutura em todo o País.

A experiência, reconhece, influenciou sua escala de prioridades no novo cargo: “aumentar a presença na Amazônia, reaparelhar a Força e atender a família militar”, o que, de certa forma, remete à discussão salarial. Seu pacote de missões abrange ainda a transferência dos cerca de 3,5 mil homens de uma brigada completa, do Rio de Janeiro para a calha do Rio Negro, no Amazonas, e o início da fase executiva do programa de aquisição de novos blindados, leves e pesados.

Enzo Peri é um homem de fala pausada. De acordo com os colaboradores próximos, especializou-se em encurtar reuniões adotando um estilo objetivo e calmo. Um dos primeiros briefings do dia é dedicado à análise do resumo do noticiário nacional e internacional. Consome no máximo 20 minutos. O despacho dos processos e da agenda mantém a mesma cadência.

Solteiro, leitor de obras de história e de novelas policiais, católico praticante, o general Enzo acompanha as providências do Comando de Aviação do Exército, em Taubaté, para escoltar os deslocamentos em helicóptero do papa Bento XVI, em São Paulo, entre os dias 11 e 13. Seis aeronaves foram mobilizadas. Uma delas fará o sensoriamento eletrônico. Duas outras, do tipo AS-365K Pantera, voarão a meia distância, armadas com metralhadoras .50 - e levarão a bordo duas equipes das forças especiais.

Na sexta-feira, o general Enzo Martins Peri falou ao Estado. Abaixo, os principais trechos da entrevista.

Qual é a situação orçamentária do Exército?

O orçamento (R$ 17,1 bilhões em 2007) não tem atendido, nos últimos 30 anos, às necessidades da Força. Considerada apenas a reposição de equipamentos obsoletos - com base em uma vida média de 25 anos para o material - haveria necessidade de renovação de 4% do inventário militar a cada ano. Esse índice não tem sido possível de atender.

Há recursos suficientes?

A quase totalidade do orçamento tem sido destinada ao custeio de atividades correntes. A parcela para investimentos é muito restrita.

A vinculação por lei de recursos para a Defesa, como acontece no Chile, pode ser adotada no Brasil?

Uma fonte perene seria bem-vinda. Possibilitaria planejamento de aplicação, com mais credibilidade e aceitação.

Qual é o plano de reequipamento que o Exército precisa?

Hoje, são sete as prioridades referentes ao reaparelhamento: aquisição de novos veículos blindados; conclusão da implantação de brigadas de Operações Especiais, Blindadas e de Selva; renovação da artilharia antiaérea; compra de sistemas digitais de comunicações; de pontes flutuantes e embarcações; de novos veículos; aquisição de armamento e munições.

Quais são as etapas de expansão da estrutura de defesa da Amazônia que o sr. vai executar?

O principal projeto em curso é o da transferência da 2ª Brigada de Infantaria de Selva e unidades subordinadas, do Rio de Janeiro para o Rio Negro.



Onde o sr. situa os cenários de tensão para o Brasil?

Em um mundo de ameaças difusas ou repentinas é importante que o Exército tenha sua doutrina - aqui estou me referindo a organização, preparo e emprego - baseada em capacidades, mais do que em ameaças. O conjunto de recursos materiais e humanos deve estar pronto para atuar em qualquer cenário pela presença permanente na área, pela possibilidade de reforçar as forças lá existentes, aumentando assim a dissuasão estratégica contra o possível oponente.

O Comando do Exército acompanha a tendência das forças baseadas em instrução intensa, especialização e novas tecnologias?

Em uma situação restritiva de dinheiro, a Força Terrestre prioriza a atividade de ensino, aí considerada a formação, especialização e aperfeiçoamento de seus quadros. São requisitos mínimos para mantermos a capacidade de atualização nas artes militares modernas. Outro instrumento é a atualização da tropa em situação real, tal como acontece agora, no Haiti. Isso, todavia, não dispensa a atualização do material.



Quem é: Enzo Martins Peri

Foi chefe do Departamento de Engenharia e Construção até assumir o Comando do Exército, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva



O novo Urutu

O Comando do Exército já está executando o programa de criação de um blindado sobre rodas. Baseado no modelo anfíbio Urutu, fabricado há 20 anos, o veículo fica pronto em 2012.


Boa notícia. Mais uma brigada na Amazônia, de 3,5 mil homens. Realmente muito boa notícia.


Tem que começar a prestar mais atenção na região Centro-oeste.(...)




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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gadugovitch
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#510 Mensagem por gadugovitch » Seg Abr 30, 2007 8:16 pm

ciclone, poderia discorrer um pouco sobre o porque das atenções à região Centro-Oeste?




Está irado? Uma fumacinha está saindo dos seus ouvidos?
Tome um copo de tang!
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