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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Abr 23, 2010 10:51 am
por Marino
Num tô entendendo.
Mas não foram reduzidas armas dos dois lados? :lol: :lol: :lol:
=====================
MÍSSEIS ATÔMICOS
EUA manterão armas na Europa
Hillary Clinton diz que retirada só ocorrerá com contrapartida da Rússia
A secretária de Estado norte- americana, Hillary Clinton, descartou ontem uma retirada
antecipada e unilateral dos mísseis nucleares norte-americanos da Europa. Ela disse, em um encontro
da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que qualquer redução nos arsenais europeus
precisará ter uma contrapartida em diminuição dos arsenais atômicos da Rússia apontados para a
Europa. Segundo ela, a Rússia tem mais mísseis apontados para alvos co continente.
Nenhuma negociação desse tipo com a Rússia está prevista e Moscou tem mostrado pouco
interesse, até agora, em negociar armas táticas.
Hillary Clinton também disse esperar que a Otan aceite um sistema de defesa antibalístico na
Europa, como parte do esforço mais amplo para combater os perigos colocados pelas armas nucleares,
químicas e biológicas. Ela disse que armas atômicas e mísseis de defesa são sistema complementares
numa maneira de deter ataques contra os EUA e seus 27 parceiros na Aliança Atlântica.
PAPEL VITAL DE DEFESA
Pouco antes de Hillary falar, o secretário-geral da Otan, general Anders Fogh Rasmussen, disse
em coletiva de imprensa que, na sua visão, as armas nucleares dos EUA têm um papel vital na defesa
da Europa e não deverão ser removidas, uma vez que outros países têm arsenal atômico. "Acredito que
a presença das armas nucleares americanas na Europa são uma parte essencial de um sistema eficaz
de prevenção de atos hostis."
Alguns membros europeus da Otan, entre eles a Alemanha, têm dito que chegou a hora de os
EUA retirarem da Europa seus arsenais nucleares remanescentes da Guerra Fria. Eles citam o
compromisso do presidente dos EUA, Barack Obama, feito na República Tcheca, de tornar o mundo livre
desses armas.
Mas alguns membros novatos da Otan, quase todos países do Leste Europeu que na era
comunista fizeram parte do Pacto de Varsóvia, são contrários à retirada. Afirmam que a presença dos
mísseis dos EUA garantem a integridade territorial.
Acredita-se que os EUA tenham 200 bombas atômicas, armazenadas em cinco países europeus,
que poderiam, em caso de guerra, ser carregadas rapidamente em bombardeios. Países da extinta
União Soviética e que possuíam armas nucleares, como Bielo-Rússia, Ucrânia e Cazaquistão, aderiram
em meados da década de 1990 ao Tratado de Não-proliferação Nuclear (TNP) e entregaram as bombas
a Moscou.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Abr 23, 2010 11:14 am
por guilhermecn
Marino escreveu:Num tô entendendo.
Mas não foram reduzidas armas dos dois lados? :lol: :lol: :lol:
=====================
MÍSSEIS ATÔMICOS
EUA manterão armas na Europa
Hillary Clinton diz que retirada só ocorrerá com contrapartida da Rússia
A secretária de Estado norte- americana, Hillary Clinton, descartou ontem uma retirada
antecipada e unilateral dos mísseis nucleares norte-americanos da Europa. Ela disse, em um encontro
da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que qualquer redução nos arsenais europeus
precisará ter uma contrapartida em diminuição dos arsenais atômicos da Rússia apontados para a
Europa. Segundo ela, a Rússia tem mais mísseis apontados para alvos co continente.
Nenhuma negociação desse tipo com a Rússia está prevista e Moscou tem mostrado pouco
interesse, até agora, em negociar armas táticas.
Hillary Clinton também disse esperar que a Otan aceite um sistema de defesa antibalístico na
Europa, como parte do esforço mais amplo para combater os perigos colocados pelas armas nucleares,
químicas e biológicas. Ela disse que armas atômicas e mísseis de defesa são sistema complementares
numa maneira de deter ataques contra os EUA e seus 27 parceiros na Aliança Atlântica.
PAPEL VITAL DE DEFESA
Pouco antes de Hillary falar, o secretário-geral da Otan, general Anders Fogh Rasmussen, disse
em coletiva de imprensa que, na sua visão, as armas nucleares dos EUA têm um papel vital na defesa
da Europa e não deverão ser removidas, uma vez que outros países têm arsenal atômico. "Acredito que
a presença das armas nucleares americanas na Europa são uma parte essencial de um sistema eficaz
de prevenção de atos hostis."
Alguns membros europeus da Otan, entre eles a Alemanha, têm dito que chegou a hora de os
EUA retirarem da Europa seus arsenais nucleares remanescentes da Guerra Fria. Eles citam o
compromisso do presidente dos EUA, Barack Obama, feito na República Tcheca, de tornar o mundo livre
desses armas.
Mas alguns membros novatos da Otan, quase todos países do Leste Europeu que na era
comunista fizeram parte do Pacto de Varsóvia, são contrários à retirada. Afirmam que a presença dos
mísseis dos EUA garantem a integridade territorial.
Acredita-se que os EUA tenham 200 bombas atômicas, armazenadas em cinco países europeus,
que poderiam, em caso de guerra, ser carregadas rapidamente em bombardeios. Países da extinta
União Soviética e que possuíam armas nucleares, como Bielo-Rússia, Ucrânia e Cazaquistão, aderiram
em meados da década de 1990 ao Tratado de Não-proliferação Nuclear (TNP) e entregaram as bombas
a Moscou.
Papo para boi dormir :D

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Abr 23, 2010 4:17 pm
por Francoorp
Hoje começa nova rodada de tratados e contra tratados do TNP+... muitos deverão abandonar expectativas ou ainda sonhos de Potência armada... para sempre.

Enquanto isso em uma terra distantes (mas não tanto) existe um povo que diz que o fim das armas nucleares e das plataformas de lançamento de tais armas é próximo, e que é justo, até mesmo justíssimo, que todos os outros abandonem as armas nucleares, ou pelo menos aqueles que ainda não a possuem... mas do outro lado da retórica, apresentam isto ao mundo:


Estados Unidos fazem voo teste de espaçonave para uso militar


Imagem

O protótipo de uma espaçonave desenvolvida para a Força Aérea americana foi colocado em órbita na quinta-feira (22), em meio a especulações sobre seu possível uso militar.

O protótipo X-37B parece um ônibus espacial em tamanho menor e foi lançado do Cabo Canaveral, na Flórida.

O veículo militar não tem piloto, e realizará a primeira volta à Terra e aterrissagem autônomas da história do programa espacial americano.

Com 9 metros de comprimento, 4,5 metros de asa a asa e pesando cinco toneladas, o protótipo, que é reutilizável, é cerca de um quarto do tamanho de uma espaçonave normal, com um motor colocado na traseira para mudanças de órbita.

E enquanto a energia elétrica dos ônibus espaciais normais vem de células de combustíveis (células eletroquímicas em que a energia é liberada após o consumo de um combustível), a do protótipo é fornecida por energia solar e baterias de íon-lítio.

O custo exato do projeto e seu objetivo não foram revelados, mas os primeiros voos permitirão que autoridades avaliem o desempenho do veículo e garantam que os componentes e sistemas funcionam como devem.

“A prioridade é demonstrar a tecnologia do próprio foguete neste primeiro voo”, disse Gary Payton, vice-secretário da Força Aérea americana para programas espaciais.



Sigilo


O X-37B começou a ser projetado em 1999 como um programa da agência espacial americana, mas a Nasa passou o projeto ao Pentágono em setembro de 2004.

Por isso, apesar de divulgar detalhes sobre o funcionamento da espaçonave, a Força Aérea vem mantendo sigilo sobre seu objetivo, gerando especulações de que o projeto poderá estar contribuindo para uma militarização do espaço.

“Não sei como isso poderia ser chamado de militarização do espaço. É apenas uma versão atualizada do tipo de atividades dos ônibus espaciais no espaço. Nós, a Força Aérea, temos uma gama de missões militares no espaço e esse novo veículo poderia potencialmente nos ajudar a realizar melhor essas missões”, disse Payton.

Segundo Joan Johnson-Freese, do US Naval War College, a Força Aérea já queria há algum tempo uma nave com agilidade de manobra no espaço, para monitorar, por exemplo, “as águas de Taiwan (que os Estados Unidos prometeram proteger contra possíveis ataques da China) e escapar tentativas de derrubá-lo”. “Poderia fazer várias coisas que até agora vêm sendo ficção”, disse ele.



Autonomia


O X-37b foi lançado verticalmente a partir de um foguete Atlas V. A Força Aérea disse que o voo teste verificará os sistemas de orientação avançada, navegação e controle da nave, entre outras coisas.

O ministério da Defesa americano não especificou qual será a duração da missão, mas o X-37B é designado para operar em órbita por até 270 dias.

“Honestamente, nós não sabemos quando ele voltará. Dependerá do progresso que fizermos com os experimentos e demonstrações em órbita”, disse Payton.

Quando a missão for completada, um comando será enviado da Terra para que o protótipo acione seu motor e entre novamente na atmosfera.

O veículo navegará então autonomamente até a pista de pouso na Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia.

Fonte: G1

Minhas Considerações pessoais:



Sem duvidas poderia se tratar de um bombardeiro nuclear espacial… transporte de ogivas ou mísseis carregados com ogivas, e desenganchar no espaço fazendo-as entrar na atmosferano ponto justo para cair sobre os objetivos civis(cidades) e militares(Tropas) em terra inimiga, e também poderia ser uma unidade para abater satélites… tudo controlado remotamente, diferente dos ICBM, que são programados ainda em terra, e depois de lançados não podem ter a “rota” alterada… e ainda vem falar de TNP+, Piada de mal gosto !!

Mas existem sempre os Capachos do Império, como o Serra , pronto a assinar a rendição incondicional aos interesses internacionais… e vendo estas novas plataformas, me vem na cabeça é o abandono completo deste tratado e do tratado dos mísseis também !!

Valeu !!

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Abr 23, 2010 4:42 pm
por Francoorp
Francoorp escreveu:Caros colegas foristas, venho através desta pedir que os prezados se dirijam ao tópico " Pressões Nucleares sobre o Brasil " na Pag.34, para conferir até que ponto chega à hipocrisia de uma nação e de um tratado internacional.

Hoje os USA iniciaram os testes de uma nova plataforma de armas, uma plataforma que não tem outra explicação de existir senão para uso de sistemas de armas de destruição em massa... e hoje também a inicio o no TNP+, as conversações pelo menos... Confiram o que já está na internet sobre novas plataformas!!

Valeu e desculpem o Off-topic, mas tem o caso de que bate a revolta no peito de um patriota...

Agora fiz um tópico para o assunto, assim é melhor pra discussão... Valeu !!

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Abr 23, 2010 4:48 pm
por Bender
Não se preocupe,que eles já se comprometeram a só usar armas convencionais com quem não tem nucleares,fiquemos tranquilos quanto ao futuro,mesmo porque são nossos amigos de sempre,eles tem outros inimigos de sempre.

Este vant possivelmente é somente para futuro monitoramento dos rebeldes afegãos.

Se continuarmos a ficar no nosso cantinho,e pararmos de ficar falando besteiras e fazendo birra por ai,nada nos acontecerá pois é sabido por todos que não temos inimigos e somos da paz,ai não precisamos ficar preocupados que apontem suas armas para nós.

Daqui para frente basta nos comportarmos e tudo voltará a ser como antes,mas é preciso desistir dos Vls também que é uma coisa de indio metido a besta,que não serve pra nada,só para torrar dinheiro do contribuinte.

Viva os Quilombolas!

Oxalá calemos a boca,e voltemos para a velha cartilha,ai me sentirei mais seguro.

Sds.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Abr 23, 2010 5:16 pm
por rodrigo
É melhor temer o que não sabemos. Esse X-37 está escancarado na página da NASA:
http://search.nasa.gov/search/search.js ... clude=X-37

Um pdf sobre ele:
http://www.nasa.gov/centers/marshall/pd ... -facts.pdf

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Abr 23, 2010 5:42 pm
por Francoorp
rodrigo escreveu:É melhor temer o que não sabemos. Esse X-37 está escancarado na página da NASA:
http://search.nasa.gov/search/search.js ... clude=X-37

Um pdf sobre ele:
http://www.nasa.gov/centers/marshall/pd ... -facts.pdf

Mas agora é um program militar!!!

pois se fosse uma coisa de "Civis", para o bem da humanidade, ficaria na NASA e não iria para a USAF !!

Isso ai pra mim é somente uma maneira de se girar o Start II, pois essa nova plataforma NAO é um ICBM, então pode ser produzido sem ROMPER o acordo, acordo que bloqueia o numero de ICBMs em 800 para cada parte !!!

Não justificaria um programa assim passar para a USAF para usar sistemas de armas convencionais, então o objetivo desta nova plataforma é muito claro, substituir os ICBM no transporte de armas de destruição em massa... muito claro isso pra mim, se não é assim, por que o programa foi para a USAF ???

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Abr 23, 2010 10:07 pm
por Penguin
EUA enfrentam escolha de novas armas para ataques rápidos

23/04/2010 - 01h53 | do UOL Notícias
David E. Sanger e Thom Shanker
Em Washington (EUA)
George El Khouri Andolfato

Nos próximos anos, o presidente Obama decidirá se empregará uma nova classe de armas, capazes de atingir qualquer ponto do planeta a partir dos Estados Unidos em menos de uma hora, assim como com tamanha força e precisão que diminuiriam enormemente a necessidade americana de seu arsenal nuclear.
Mas desde já as preocupações com a tecnologia são tão fortes que o governo Obama cedeu a uma exigência da Rússia, a de que os Estados Unidos eliminem um míssil nuclear para cada uma dessas armas convencionais posicionadas pelo Pentágono. Esse artigo, segundo a Casa Branca, está presente no tratado Novo START, que Obama e o presidente Dmitri Medvedev assinaram em Praga há duas semanas.
Chamada “Prompt Global Strike” (Ataque Global Rápido), a nova arma é projetada para realizar tarefas como atingir Osama Bin Laden em uma caverna, se a correta puder ser encontrada; destruir um míssil norte-coreano enquanto está sendo conduzido para a plataforma de lançamento; ou destruir um sítio nuclear iraniano –tudo isso sem cruzar o limiar nuclear. Na teoria, a arma atirará uma ogiva convencional de peso enorme a uma alta velocidade e com extrema precisão, gerando o poder destrutivo localizado de uma ogiva nuclear.
A ideia não é nova: o presidente George W. Bush e sua equipe promoveram a tecnologia, imaginando que esta nova geração de armas convencionais substituiria as ogivas nucleares nos submarinos.
Em encontros com o presidente Bush, os líderes russos se queixaram de que a tecnologia poderia aumentar o risco de uma guerra nuclear, porque a Rússia não teria como saber se os mísseis contêm ogivas nucleares ou convencionais. Bush e seus assessores concluíram que os russos estavam certos.
Parcialmente em consequência, a ideia “não foi a lugar nenhum no governo Bush”, disse o secretário de Defesa, Robert M. Gates, que serviu a ambos os presidentes, recentemente no programa “This Week” da “ABC”. Mas ele disse que ela foi “abraçada pelo novo governo”.
O próprio Obama citou o conceito em uma recente entrevista ao “New York Times”, dizendo que ela faz parte de um esforço “para dar menos ênfase às armas nucleares”, assegurando ao mesmo tempo que “a capacidade de nossas armas convencionais seja um dissuasor eficaz em todas as circunstâncias, exceto as mais extremas”.
A equipe de segurança nacional de Obama descartou a ideia de colocar as novas armas convencionais em submarinos. Em vez disso, a Casa Branca pediu ao Congresso cerca de US$ 250 milhões para o próximo ano para explorar a nova alternativa, uma que utiliza a tecnologia militar mais avançada atual, assim como algumas que ainda nem foram inventadas.
O preço final do sistema permanece desconhecido. O senador John McCain do Arizona, o líder da bancada republicana no Comitê de Serviços Armados do Senado, disse em uma audiência na quinta-feira que o Prompt Global Strike seria “essencial e crítico, mas também caro”.
Ele ficaria baseado, ao menos inicialmente, na Costa Oeste, provavelmente na Base Vandenberg da Força Aérea.
Segundo o plano de Obama, a ogiva Prompt Global Strike seria montada em um míssil de longo alcance para iniciar sua jornada rumo ao alvo. Ela viajaria pela atmosfera em velocidade várias vezes superior a do som, gerando tanto calor que precisaria ser protegida com materiais especiais para evitar o derretimento. (Neste aspecto, é semelhante ao problema enfrentado pelos projetistas do ônibus espacial décadas atrás.)
Mas como o veículo permaneceria dentro da atmosfera em vez de ir ao espaço, ele seria bem mais manobrável do que um míssil balístico, capaz de evitar o espaço aéreo de países neutros, por exemplo, ou evitar território hostil. Seus projetistas notam que ele poderia voar diretamente até o meio do Golfo Pérsico antes de dar uma forte guinada rumo ao alvo.
O Pentágono espera posicionar uma primeira versão do sistema em 2014 ou 2015. Mas mesmo segundo os prazos mais otimistas, um conjunto completo de mísseis, ogivas, sensores e sistemas de controle só deverá entrar para o arsenal entre 2017 e 2020, muito depois de Obama ter deixado o governo, mesmo se for eleito para um segundo mandato.
O planejamento do Prompt Global Strike está sendo chefiado pelo general Kevin P. Chilton da Força Aérea, o mais alto oficial do Comando Estratégico das Forças Armadas e o homem encarregado pelo arsenal nuclear americano. Na era Obama –onde toda discussão do governo a respeito de armas nucleares leva em consideração o compromisso de Obama de buscar o “Zero Global”, a eliminação do arsenal nuclear– a nova parte do trabalho do general Chilton é conversar a respeito de alternativas convencionais.
Em uma entrevista em seu quartel-general na Base Offutt da Força Aérea, o general Chilton descreveu como a capacidade convencional oferecida pelo sistema proposto daria ao presidente mais opções.
“Hoje, nós podemos apresentar algumas opções convencionais ao presidente para atacar um alvo em qualquer parte do globo, variando de 96 horas a várias horas, talvez 4, 5 ou 6 horas”, disse o general Chilton.
Mas isso não seria rápido o bastante, ele notou, caso chegasse uma inteligência sobre uma movimentação de terroristas da Al Qaeda ou o lançamento iminente de um míssil. “Se o presidente quiser agir contra um alvo em particular mais rapidamente do que isso, a única coisa mais rápida que temos é uma resposta nuclear”, ele disse.
Mas a chave para preencher essa lacuna é assegurar que a Rússia e a China, entre outras potências nucleares, entendam que o míssil lançado que virem em suas telas de radar não sinalize o início de um ataque nuclear, disseram as autoridades.
Segundo a nova doutrina do governo, a Rússia ou outros países inspecionariam regularmente os silos do Prompt Global Strike para se certificarem de que as armas não são nucleares. E seriam posicionados em locais distantes da força nuclear estratégica.
“Quem sabe se algum dia viremos a posicioná-la?” disse Gary Samore, o alto conselheiro de Obama para armas não-convencionais, em uma conferência em Washington na quarta-feira. Mas ele notou que a Rússia já está tão concentrada na possibilidade que insistiu que qualquer arma convencional montada em um míssil que possa alcancá-la seja contada dentro do novo limite ao arsenal americano segundo o tratado.
No próximo tratado, ele disse, os russos certamente negociarão o Prompt Global Strike e defesas antimísseis balísticos.
Se Obama decidir empregar o sistema, disse Samore, o número de armas seria pequeno o bastante para a Rússia e a China não temerem que possam ser usadas contra seus arsenais nucleares.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Abr 23, 2010 10:57 pm
por Francoorp
Tò falando !! :roll:

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sáb Abr 24, 2010 1:35 am
por romeo
Bender escreveu:Não se preocupe,que eles já se comprometeram a só usar armas convencionais com quem não tem nucleares,fiquemos tranquilos quanto ao futuro,mesmo porque são nossos amigos de sempre,eles tem outros inimigos de sempre.

Este vant possivelmente é somente para futuro monitoramento dos rebeldes afegãos.

Se continuarmos a ficar no nosso cantinho,e pararmos de ficar falando besteiras e fazendo birra por ai,nada nos acontecerá pois é sabido por todos que não temos inimigos e somos da paz,ai não precisamos ficar preocupados que apontem suas armas para nós.

Daqui para frente basta nos comportarmos e tudo voltará a ser como antes,mas é preciso desistir dos Vls também que é uma coisa de indio metido a besta,que não serve pra nada,só para torrar dinheiro do contribuinte.

Viva os Quilombolas!

Oxalá calemos a boca,e voltemos para a velha cartilha,ai me sentirei mais seguro.

Sds.
Éeeeeee... Até podemos pedir pro Salgueiro desfilar em 2011 com o enredo "Titio Sam no Carnaval"...

E se isso não for suficiente pra demonstrar nossa ilimitada amizade, paramos com esse negócio de soccer e aprendemos futebol americano.

Bença Tio...

Uuuuurrrfffff

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 25, 2010 11:02 am
por Marino
Extrato da entrevista do Kissinger que postei no "Geopolítica":

Como o sr. vê o novo tratado nuclear entre EUA e Rússia, a reformulação da estratégia americana para o uso de armas atômicas e a recente reunião com líderes mundiais sobre a segurança nuclear, em Washington?

O Start (acrônimo em inglês para Tratado Estratégico para a Redução de Armas) é um passo significativo para um recomeço nas relações entre Rússia e EUA. As reduções anunciadas são marginais em sua substância e serão realizadas, em parte, por meio de alterações nas regras de contagem. Trata-se de um passo útil que merece a ratificação. Também concordo com as novas diretrizes para o uso de armas nucleares nos EUA. Entretanto, a declaração de que os EUA não responderiam com armas nucleares a ataques biológicos e químicos é demasiadamente explícita. Certa ambiguidade deveria ser mantida nessa questão. Quanto à recente reunião de cúpula entre líderes mundiais, é fundamental controlar o material físsil em todo o mundo, especialmente com a difusão do uso civil da energia nuclear.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 25, 2010 11:43 am
por Bender
"Alterações nas regras de contagem", é ótimo :D me lembra muito um país que vivia mudando as regras de base de calculo da inflação de acordo com as conveniências do momento,e era chamado "páis que não é sério". :wink:

Sds.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 25, 2010 1:49 pm
por Marino
Artigo do Professor Francisco Carlos, um dos palestrantes do 1º Seminário de Segurança Internacional, na FGV-Rio:

Nem tanto Irã e bem mais Brasil

O Brasil não pode aceitar a imposição de “visitas”, “inspeções” ou controles externos em processos científicos, tecnológicos e de desenvolvimento das nações. Aceitação de tais medidas acabaria por voltar-se contra nós mesmos.

Francisco Carlos Teixeira

Nos últimos dias as relações entre Brasil e o Irã tornaram-se o centro de um amplo debate na mídia brasileira, muitas vezes emulando a imprensa norte-americana. O centra da discussão é o pretenso apoio do Brasil ao programa nuclear iraniano. É aí que começam as dificuldades. A crítica centra-se em dois pontos fundamentais: de um lado o “apoio” brasileiro ao Irã e, de outro, o conseqüente isolamento internacional brasileiro daí decorrente. Cabe examinar as duas assertivas.

O Brasil perante o programa nuclear iraniano
Fontes da Inteligência norte-americana afirmaram, na última semana, que o Irã estaria desenvolvendo capacidade de enriquecimento de combustível fóssil capaz de dotar o país, em cinco anos, com armas nucleares. Em face de tal possibilidade, seria fundamental a votação, urgente, por parte do Conselho de Segurança da ONU de novas sanções contra o Irã. O governo brasileiro contra-argumentou o seguinte: 1. a atual capacidade iraniana é compatível com todas as afirmações de Teerã no sentindo de que seu programa possui fins pacíficos e volta-se para a produção de energia elétrica e de meios para uso civil, tais como medicina e agricultura ( conservação de alimentos ); 2. Não há qualquer evidência incontestável de desenvolvimento de um programa nuclear para fins militares no Irã; 3. As fontes – norte-americanas – que denunciam o programa nuclear do Irã são as mesmas fontes (a Inteligência dos EUA) que afirmaram, com absoluta certeza, que o Iraque possuía armas de destruição em massa capazes der lançar um ataque ao Ocidente em 45 minutos, justificando o ataque aquele país em 2003.

De posse deste diagnóstico os Estados Unidos desfecharam um ataque militar contra Bagdad que custou, até o momento, mais de 100 mil mortos e uma total desestabilização no Oriente Médio.

A “metodologia” utilizada pelos EUA no caso do Iraque entre 2002 e 2003 assemelha-se, assustadoramente, ao atual procedimento do Presidente Obama. Através de relatórios inconclusos da AIEA, somando-se a análises totalmente hipotéticas da CIA ( “... caso o Irã prossiga no atual ritmo de enriquecimento de material físsil, poderá em cinco anos... “) surge uma “certeza”no caráter belicoso do programa iraniano. Daí se intensificam as sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Com a esperada reação negativa – orgulhosa e muitas vezes provocativas de Teerã – dar-se-iam as condições de um ataque preventivo por parte dos EUA ou, mesmo, por parte de Israel, ante a “passividade”da ONU e a “desobediência” de Teerã.

Estaríamos perante o caminho da maior crise bélica do novo século.
É em face de tais dúvidas que o governo brasileiro insiste na necessidade de prosseguir nas negociações com Irã, evitando a passagem rápida para o uso de sanções.

O Brasil e a ONU na crise iraniana
A posição brasileira – no atual momento o país é membro rotativo, sem direito à veto, no Conselho de Segurança da ONU – a partir das dúvidas acima expostas evoluiu em direção a dois pontos fundamentais: 1. A experiência recente em relações internacionais comprovaria que a utilização de sanções econômicas contra países, visando objetivos políticos, não gera, de forma alguma, os efeitos esperados, bem ao contrário. Assim, nos últimos 30 anos, Cuba, África do Sul ( do apartheid ), Somália, Coréia do Norte, entre outros, foram alvos de sanções econômicas, inclusive decretadas pelos EUA ( como no caso, injusto, de Cuba ) sem atingir seus objetivos. As sanções, ao contrário do esperado, geram em verdade uma punição coletiva para a população e uma aglutinação de forças em torno do poder central, fortalecendo as posições “nacionais” em face da pressão externa. Assim, não só as sanções seriam inúteis, como ainda contraproducentes; 2. O Conselho de Segurança da ONU arrisca-se, mais uma vez, a tornar-se instrumento da política de uma grande potência, desmoralizando-se num procedimento arriscado e sem bases materiais que justifiquem uma posição extrema porte da comunidade internacional.

O risco, mais uma vez, reside em que a ONU acabe seguindo, como fato consumado, as exigências da política interna dos EUA, quando o Presidente Obama, em virtude do seu público interno e de parte de popularidade, e em face da aproximação das eleições de meio de mandato, queira mostrar-se como um governante capaz de defender o país e recorrer ao “hard Power”americano.

É neste sentido que Brasília exige, mais uma vez, a “democratização” dos organismos internacionais e desconcentração de poder em escala mundial.

Um caminho alternativo
Para o Brasil ainda existe espaço, e tempo, suficientes para o prosseguimento de negociações. No caso da Coréia do Norte – que efetivamente já fez testes nucleares – os EUA aceitaram participar diretamente, das chamadas negociações de Beijing ( envolvendo as duas Coréias, Rússia, Japão ). Parece um total contrasenso de Washington aceitar negociações diretas com um país que concretamente desafiou a AIEA e a comunidade internacional explodindo artefatos nucleares e negar-se a negociar com o Irã ( que “poderá “ fazê-lo em cinco anos... ). Assim, o endurecimento da política externa americana em relação ao Irã assemelha-se, cada vez mais, a busca de meios para viabilizar uma mudança de regime em Teerã, nos mesmos termos ( catastróficos ) do que foi feito no Iraque.

O Brasil espera que o tema possa ser discutido ainda mais intensamente, incluindo aí a visita de Lula ao Irã em maio próximo, quando esperar-se-á uma declaração definitiva e clara de Teerã.

Aceitando o fato de que ainda há espaço para negociações, o Brasil apóia a proposta feita pela AIEA, endossada pela Rússia, pela qual o urânio iraniano seria enriquecimento no exterior – talvez na própria Rússia – e reenviado para o país, existindo um efetivo controle sobre o uso do material físsil. Em principio Teerã aceitou a sugestão. O problema aqui reside na garantia de retorno do material enriquecido – na última vez que o Irã fez isso o material foi embargado na França – e no prazo estipulado para o processo. Assim, este seria um caminho plausível para a resolução da crise, feitas as garantias necessárias.

Além disso, o Irã exige, tal qual Cuba, a suspensão das sanções decretadas por Washington contra o país desde a Revolução Islâmica de 1979 e, em especial, de quando da tomada de reféns americanos em Teerã. Ou seja, existe, por detrás da crise, um passivo EUA/Irã que envenena, desde muito, as relações bilaterais, independente da capacidade nuclear desenvolvida no Irã.

O Brasil isolado?
De forma muito afoita, seguindo muito, muitíssimo em verdade, de perto a mídia norte-americana, muitos críticos do governo brasileiro, afirmaram o isolamento “internacional” do Brasil. Este não é o fato. Na verdade as relações Brasil/EUA nunca foram tão boas e firmes. Nos últimos dias o Brasil assinou dois tratados estratégicos com Washington, um voltado para o combate ao narcotráfico e outro de cooperação militar. Da mesma forma, em visita ao Oriente Médio, o presidente Lula assinou o primeiro tratado de livre comércio do Brasil com Israel, evidenciando as ótimas relações com Tel Aviv ( para além dos achaques de mal humor do ministro do exterior daquele país, o mesmo que ofendeu o vice-presidente dos EUA, Joe Biden ).

A questão central em relação ao Irã hoje reside, de um lado, em uma postura firme da defesa direito dos países desenvolverem para fins pacíficos a energia atômica – como EUA ou a Europa o fazem – e, de outro, moderar, através de aconselhamentos e negociações, posturas irresponsáveis de Teerã, quando, por exemplo recusa, de forma absurda, a reconhecer a catástrofe do Holocausto.

O Brasil não pode aceitar a imposição de “visitas”, “inspeções” ou controles externos em processos científicos, tecnológicos e de desenvolvimento das nações. Aceitação de tais medidas acabaria por voltar-se contra nós mesmos. Aceitando as imposições contra as usinas iranianas, corremos o risco de nos obrigarmos a abrir nossas próprias instalações.

Francisco Carlos Teixeira é professor Titular de História Moderna e Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 25, 2010 2:05 pm
por FOXTROT
Artigo muito lúcido, o Brasil ao defender o direito Iraniano ao uso de energia atômica para fins pacíficos está defendo os nossos próprios interesses, só não vê quem compra o "produto embalado" que os EUA e seus aliados no Médio Oriente querem vender.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Abr 26, 2010 10:46 am
por Marino
Correio Brasiliense
Política nuclear
# Por Josemar Dantas
À falta de informações mais consistentes e de detalhamentos estratégicos, é cedo para declarar
se é pertinente, ou não, a decisão do atual governo de legar aos sucessores política nuclear a ser
executada até 2022. Mas se sabe que a intenção é inserir o Brasil entre as poucas nações habilitadas à
exportação de urânio enriquecido, combustível, serviços e equipamentos para usinas atômicas. Antes,
porém, será necessário tornar o país autossuficiente em infraestruturas industriais capazes de produzir a
complexa aparelhagem utilizada por semelhantes fontes de produção de energia.
No caso da matéria prima essencial, o Brasil possui tecnologia própria para o enriquecimento do
urânio. Técnicos de agências governamentais projetam espaço bastante amplo no mercado mundial para
a colocação de produtos brasileiros do gênero. Raciocinam na base de que a inevitável opção por
matrizes renováveis de energia, sobretudo por parte dos países comprometidos com a preservação
ambiental, concede ampla preferência ao uso da fonte nuclear.
Alguns estudos ainda restritos ao campo dos especialistas, asseguram que 40% da produção
energética mundial procederão, entre 2016 e 2027, de reatores atômicos. A previsão é endossada pelo
ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, embaixador Samuel
Pinheiro Guimarães.
Um dos pontos referenciais da iniciativa fundamenta-se no fato de que o Brasil dispõe, hoje, de
310 mil toneladas em reservas de urânio. Se outras seis usinas, além das três em Angra dos Reis, forem
construídas, haverá sobra potencial de 180 mil toneladas do insumo, além das aflorações que vierem a
ser descobertas. Registre-se que tais projeções são de responsabilidade das Indústrias Nucleares do
Brasil (INB).
A despeito do otimismo dos gestores públicos, política com tão longo prazo de alcance, eis que
avança até 2022, de há de superar alguns obstáculos tecnológicos internos complexos. Até agora não
entrou em funcionamento a Usina de Hexafluoreto de Urânio (Usexa) da Marinha, em Iperó, São Paulo.
Segue que o urânio beneficiado (yellowcake) é enviado ao Canadá para ser transformado em gás. Urge
a construção de duas unidades da (INB) em Resende, Rio de Janeiro, para fabricação e montagem de
novas centrífugas.
Se ainda não é possível elaborar análise crítica confiável em relação à pressa do atual governo
em desenhar, desde agora, painel para a política nuclear dos futuros governantes, um fato parece
indiscutível. Não foi oportuno tratar agora de questão que, ante a precipitada decisão do presidente Lula
de apoiar o suspeito o plano de expansão nuclear do Irã, colocou o Brasil sob severa censura de quase
toda a coletividade internacional.
Até mesmo a Rússia e a China, parceiros do regime sangrento liderado por Mahmoud Ahmadinejad,
já advertiram Teerã de que não admitem o uso da tecnologia da fissão para a fabricação de artefatos
nucleares. Moscou, inclusive, suspendeu o fornecimento de planilhas e equipamentos sensíveis. Parece
residir aí a razão por que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) exerce pressão para
convencer o Brasil a assinar o Protocolo Adicional do Tratado de Não Proliferação Nucelar (TNP). O
aditivo autoriza inspeções mais detalhadas da AIEA. A resistência em integrar o sistema mais severo de
controle tende a vulnerar a disputa brasileira no mercado mundial de urânio enriquecido e de
equipamentos usados pelo setor.
Editor do Suplemento Direito & Justiça e Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros.