Missão de Paz no Haiti
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- Einsamkeit
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- lelobh
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E no centro, ao fundo, podemos ver o capitão caverna...
Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
- Bolovo
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Pablo Maica escreveu:Poizé Bolovo, na ultima etapa do campeonato Gaúcho de IPSC que foi aqui em Santa Maria em 2005 um dos Rangers apareceu com uma M-4 e depois que a prova acabou a gente (Rangers e RO's) fomos dar uma brincada com a criança e ela tinha empunhadura vertical, eu pessoalmente gostei muito desse tipo de empunhadura, mas la teve gente que não gostou muito tbm.
Um abraço e t+
O bom é a arma ficar com a "cara" do atirador. Quando mais personalizado melhor.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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- VICTOR
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Correio Braziliense
Visita de gratidão
Novo presidente René Préval chega ao Brasil no próximo dia 9, onde agradecerá apoio diplomático para sua eleição e conversará com Lula sobre o futuro da missão militar
Claudio Dantas Sequeira
Da equipe do Correio
O presidente eleito do Haiti, René Préval, desembarcará em Brasília no dia 9 de março para uma rápida visita de cortesia, a fim de agradecer as gestões da diplomacia brasileira na solução política que garantiu sua vitória nas eleições do último dia 7. A data de chegada foi confirmada por fontes do Itamaraty, que não revelaram se Préval pegará carona num avião da FAB, como publicado na imprensa. O haitiano terá um encontro com o colega Luiz Inácio Lula da Silva, que estará retornando de uma viagem a Londres, e o chanceler Celso Amorim. Os três conversarão sobre o futuro da colaboração do Brasil na reconstrução daquele país e mudanças na missão de estabilização das Nações Unidas (Minustah), cujo comando militar é exercido pelo general José Elito Siqueira.
No mesmo dia, Préval deverá partir para Buenos Aires, seguindo depois a Santiago, onde assistirá à posse da socialista Michelle Bachelet. Diplomatas chilenos disseram à reportagem que o presidente eleito haitiano deverá manter reuniões paralelas durante a passagem pelo Chile. Como o Correio antecipou, o embaixador chileno Juan Gabriel Valdés deixará em abril o comando geral da operação de paz no Haiti. Em seu lugar, a ONU escolherá entre o sociólogo peruano Luis Alberto Thais Díaz e o advogado uruguaio Renzo Pomi, especialista em direitos humanos.
Préval foi declarado presidente numa manobra política que consistiu em distribuir os votos brancos apurados entre todos os candidatos. Dessa forma, o apoio nas urnas ao candidato do partido Esperança (Lespwa) passou de 48,7% para 51,1%, conseguindo a maioria necessária para evitar que a disputa fosse a um segundo turno. A solução foi articulada pelo Brasil com o Conselho Eleitoral Provisório. Ontem, a Minustah informou que a segurança aumentou de forma significativa depois das eleições.
“Está claro que a situação evoluiu. As coisas estão melhores graças a uma estreita cooperação (da polícia haitiana)”, disse Damian Onses Cardona, porta-voz da missão. Ele também rejeitou as versões de acordos com líderes de gangues. “Nenhum acordo foi feito com qualquer criminoso.” Um oficial francês, citado pela agência de notícias Xinhua, disse que um contingente extra de mil militares foi destacado para postos de controle e patrulhas em Porto Príncipe.
Via Notimp
Visita de gratidão
Novo presidente René Préval chega ao Brasil no próximo dia 9, onde agradecerá apoio diplomático para sua eleição e conversará com Lula sobre o futuro da missão militar
Claudio Dantas Sequeira
Da equipe do Correio
O presidente eleito do Haiti, René Préval, desembarcará em Brasília no dia 9 de março para uma rápida visita de cortesia, a fim de agradecer as gestões da diplomacia brasileira na solução política que garantiu sua vitória nas eleições do último dia 7. A data de chegada foi confirmada por fontes do Itamaraty, que não revelaram se Préval pegará carona num avião da FAB, como publicado na imprensa. O haitiano terá um encontro com o colega Luiz Inácio Lula da Silva, que estará retornando de uma viagem a Londres, e o chanceler Celso Amorim. Os três conversarão sobre o futuro da colaboração do Brasil na reconstrução daquele país e mudanças na missão de estabilização das Nações Unidas (Minustah), cujo comando militar é exercido pelo general José Elito Siqueira.
No mesmo dia, Préval deverá partir para Buenos Aires, seguindo depois a Santiago, onde assistirá à posse da socialista Michelle Bachelet. Diplomatas chilenos disseram à reportagem que o presidente eleito haitiano deverá manter reuniões paralelas durante a passagem pelo Chile. Como o Correio antecipou, o embaixador chileno Juan Gabriel Valdés deixará em abril o comando geral da operação de paz no Haiti. Em seu lugar, a ONU escolherá entre o sociólogo peruano Luis Alberto Thais Díaz e o advogado uruguaio Renzo Pomi, especialista em direitos humanos.
Préval foi declarado presidente numa manobra política que consistiu em distribuir os votos brancos apurados entre todos os candidatos. Dessa forma, o apoio nas urnas ao candidato do partido Esperança (Lespwa) passou de 48,7% para 51,1%, conseguindo a maioria necessária para evitar que a disputa fosse a um segundo turno. A solução foi articulada pelo Brasil com o Conselho Eleitoral Provisório. Ontem, a Minustah informou que a segurança aumentou de forma significativa depois das eleições.
“Está claro que a situação evoluiu. As coisas estão melhores graças a uma estreita cooperação (da polícia haitiana)”, disse Damian Onses Cardona, porta-voz da missão. Ele também rejeitou as versões de acordos com líderes de gangues. “Nenhum acordo foi feito com qualquer criminoso.” Um oficial francês, citado pela agência de notícias Xinhua, disse que um contingente extra de mil militares foi destacado para postos de controle e patrulhas em Porto Príncipe.
Via Notimp
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Vai falar o quê?
MISSÃO NO CARIBE
Militar volta do Haiti com síndrome do pânico
Soldado gaúcho diz sonhar com imagens que viu de pessoas queimadas vivas; família quer processar União
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TRÊS COROAS (RS)
A síndrome do pânico, uma doença psiquiátrica que pode ser gerada por situações de grande estresse ou ansiedade, foi o diagnóstico recebido por Tailon Ruppenthal, 22, depois de servir de junho a dezembro de 2004 como soldado na força de paz da ONU no Haiti.
Ruppenthal conversou com a reportagem da Folha na casa de sua família, na cidade gaúcha de Três Coroas, a 98 km de Porto Alegre. Seis meses antes de integrar a missão no Haiti, como voluntário, ele havia entrado no 19º Batalhão de Infantaria Motorizada de São Leopoldo (RS). Hoje, desligado do Exército brasileiro, diz estar arrependido.
"Vi gente sendo queimada viva. Tive de trocar tiros com milícias e pedir licença para as pessoas saírem da frente. Elas ficavam em meio ao fogo cruzado sem se importar com a perda da própria vida", afirma sobre a situação em Porto Príncipe, capital haitiana.
"Quando pensei que via um porco morto ao meu lado, olhei melhor e constatei se tratar de uma criança de uns três anos, completamente carbonizada. Era cheiro de podridão com a imagem de corpos a céu aberto. Certa vez, aproximei-me do que pareciam pneus em chamas de uma barricada e vi que eram pessoas."
Pessoas morrendo queimadas são personagens diárias de seus sonhos. Para dormir, o ex-soldado toma meio Lexotan, acompanhado de outros dois remédios que lhe foram ministrados pelo psiquiatra particular Luís Guilherme Streb, com quem se trata: Depakene 250, para bipolaridade, e o antidepressivo Sertralina. O valor da despesa com remédios chega a R$ 330 mensais.
Alguns sintomas da síndrome de pânico, diagnosticada no ex-soldado por Streb, são medo de sair de casa, sensação de perigo iminente, falta de ar e vertigens.
As dificuldades de Ruppenthal vão da agitação em locais fechados ao sonambulismo, passando pela impossibilidade de freqüentar ambientes com muitas pessoas e de ter um sono tranqüilo.
A mãe de Ruppenthal, Marileusa, 46, pretende recorrer à Justiça contra a União para ter ajuda no tratamento do filho e talvez pleitear uma indenização. O psiquiatra lhe disse que seu filho ficará com seqüelas do trauma ocorrido quando servia na missão militar.
Além dos males da saúde, Ruppenthal gastou os R$ 20 mil que conseguiu trazer do Haiti -boa parte com bebida alcoólica.
Ruppenthal foi dispensado do Exército em março do ano passado. Ele iria servir nas Forças Armadas pelo prazo de um ano, que poderia ser prorrogado por mais seis, o que não ocorreu. Depois disso, ele foi trabalhar como diagramador em um jornal de Três Coroas. O jornal fechou, e Ruppenthal, cuja família é de classe média, passou a trabalhar como frentista, para ganhar R$ 600 mensais por meio turno.
Com o temperamento agressivo que assumiu em razão dos problemas emocionais, ele brigou com amigos e colegas de trabalho. Atualmente, está de licença do trabalho de frentista para tratamento de saúde.
Contrariando depoimentos reservados de outros militares, Ruppenthal se diz frustrado com a atuação brasileira no Haiti. "No terceiro mês, as pessoas se cansaram de nos ver subir e descer ruas, fazendo escolta para autoridades. Trocaram aplausos por vaias, pedradas e garrafadas. Sabe o que é ver uma criança se esforçar para falar a palavra água em português apenas para pedir um copo?".
"Nos últimos dias, resolvemos juntar o que sobrou da nossa comida e para dar àquela gente. Juntamos um caminhão. Mas era pouco. Queriam que a gente fosse embora. A única trégua ocorreu quando a seleção brasileira jogou lá [em agosto de 2004]", afirma.
Ruppenthal diz que só começou a sentir os sintomas da síndrome de pânico e da depressão dois meses após voltar ao Brasil. "Lá, não dava tempo para pensar. Aqui, processei tudo e entrei em depressão. Entre nós [os soldados], comentávamos muito os rumos que as coisas estavam tomando. A maioria estava infeliz."
Outro lado: Exército diz não ter constatado problemas com o ex-soldado
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TRÊS COROAS (RS)
O Comando Militar do Sul, do Exército brasileiro, disse, por meio de sua seção de comunicação social, que o ex-soldado Tailon Ruppenthal passou por uma inspeção de saúde que não constatou problemas psiquiátricos.
São confirmados apenas dois casos de soldados que estiveram no Haiti e foram licenciados para tratamento de saúde. Ambos ainda estão vinculados ao Exército. Os nomes não são revelados. Novos exames com esses soldados estão marcados para março. Caso não haja alta, os dois serão reformados.
Um desses militares, de 21 anos e oriundo de Jaguarão (fronteira com o Uruguai), sonha freqüentemente estar sentado em uma cadeira cercado por inimigos com fuzis apontados para sua cabeça, segundo seu advogado.
Outro, também de 21, chegou a ser afastado -em razão de liminar proferida pela 1ª Vara Federal de Novo Hamburgo- das suas atividades no 19º Batalhão de Infantaria Motorizada de São Leopoldo. Também segundo seu advogado, ele tinha crises de choro, pesadelos, evitava sair de casa, parou de se alimentar e se descuidou da higiene pessoal.
De acordo com o capitão Rogério Teixeira, assessor-adjunto da seção de comunicação do Batalhão Brasil no Haiti, não há, atualmente, casos de militares no país com problemas psicológicos. O atual contingente é integrado por tropas de São Paulo. O único caso de repatriação envolveu um militar que, em razão de acidente de trabalho, fraturou o pé. (LG)
Folhha de S. Paulo - Via Notimp
MISSÃO NO CARIBE
Militar volta do Haiti com síndrome do pânico
Soldado gaúcho diz sonhar com imagens que viu de pessoas queimadas vivas; família quer processar União
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TRÊS COROAS (RS)
A síndrome do pânico, uma doença psiquiátrica que pode ser gerada por situações de grande estresse ou ansiedade, foi o diagnóstico recebido por Tailon Ruppenthal, 22, depois de servir de junho a dezembro de 2004 como soldado na força de paz da ONU no Haiti.
Ruppenthal conversou com a reportagem da Folha na casa de sua família, na cidade gaúcha de Três Coroas, a 98 km de Porto Alegre. Seis meses antes de integrar a missão no Haiti, como voluntário, ele havia entrado no 19º Batalhão de Infantaria Motorizada de São Leopoldo (RS). Hoje, desligado do Exército brasileiro, diz estar arrependido.
"Vi gente sendo queimada viva. Tive de trocar tiros com milícias e pedir licença para as pessoas saírem da frente. Elas ficavam em meio ao fogo cruzado sem se importar com a perda da própria vida", afirma sobre a situação em Porto Príncipe, capital haitiana.
"Quando pensei que via um porco morto ao meu lado, olhei melhor e constatei se tratar de uma criança de uns três anos, completamente carbonizada. Era cheiro de podridão com a imagem de corpos a céu aberto. Certa vez, aproximei-me do que pareciam pneus em chamas de uma barricada e vi que eram pessoas."
Pessoas morrendo queimadas são personagens diárias de seus sonhos. Para dormir, o ex-soldado toma meio Lexotan, acompanhado de outros dois remédios que lhe foram ministrados pelo psiquiatra particular Luís Guilherme Streb, com quem se trata: Depakene 250, para bipolaridade, e o antidepressivo Sertralina. O valor da despesa com remédios chega a R$ 330 mensais.
Alguns sintomas da síndrome de pânico, diagnosticada no ex-soldado por Streb, são medo de sair de casa, sensação de perigo iminente, falta de ar e vertigens.
As dificuldades de Ruppenthal vão da agitação em locais fechados ao sonambulismo, passando pela impossibilidade de freqüentar ambientes com muitas pessoas e de ter um sono tranqüilo.
A mãe de Ruppenthal, Marileusa, 46, pretende recorrer à Justiça contra a União para ter ajuda no tratamento do filho e talvez pleitear uma indenização. O psiquiatra lhe disse que seu filho ficará com seqüelas do trauma ocorrido quando servia na missão militar.
Além dos males da saúde, Ruppenthal gastou os R$ 20 mil que conseguiu trazer do Haiti -boa parte com bebida alcoólica.
Ruppenthal foi dispensado do Exército em março do ano passado. Ele iria servir nas Forças Armadas pelo prazo de um ano, que poderia ser prorrogado por mais seis, o que não ocorreu. Depois disso, ele foi trabalhar como diagramador em um jornal de Três Coroas. O jornal fechou, e Ruppenthal, cuja família é de classe média, passou a trabalhar como frentista, para ganhar R$ 600 mensais por meio turno.
Com o temperamento agressivo que assumiu em razão dos problemas emocionais, ele brigou com amigos e colegas de trabalho. Atualmente, está de licença do trabalho de frentista para tratamento de saúde.
Contrariando depoimentos reservados de outros militares, Ruppenthal se diz frustrado com a atuação brasileira no Haiti. "No terceiro mês, as pessoas se cansaram de nos ver subir e descer ruas, fazendo escolta para autoridades. Trocaram aplausos por vaias, pedradas e garrafadas. Sabe o que é ver uma criança se esforçar para falar a palavra água em português apenas para pedir um copo?".
"Nos últimos dias, resolvemos juntar o que sobrou da nossa comida e para dar àquela gente. Juntamos um caminhão. Mas era pouco. Queriam que a gente fosse embora. A única trégua ocorreu quando a seleção brasileira jogou lá [em agosto de 2004]", afirma.
Ruppenthal diz que só começou a sentir os sintomas da síndrome de pânico e da depressão dois meses após voltar ao Brasil. "Lá, não dava tempo para pensar. Aqui, processei tudo e entrei em depressão. Entre nós [os soldados], comentávamos muito os rumos que as coisas estavam tomando. A maioria estava infeliz."
Outro lado: Exército diz não ter constatado problemas com o ex-soldado
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TRÊS COROAS (RS)
O Comando Militar do Sul, do Exército brasileiro, disse, por meio de sua seção de comunicação social, que o ex-soldado Tailon Ruppenthal passou por uma inspeção de saúde que não constatou problemas psiquiátricos.
São confirmados apenas dois casos de soldados que estiveram no Haiti e foram licenciados para tratamento de saúde. Ambos ainda estão vinculados ao Exército. Os nomes não são revelados. Novos exames com esses soldados estão marcados para março. Caso não haja alta, os dois serão reformados.
Um desses militares, de 21 anos e oriundo de Jaguarão (fronteira com o Uruguai), sonha freqüentemente estar sentado em uma cadeira cercado por inimigos com fuzis apontados para sua cabeça, segundo seu advogado.
Outro, também de 21, chegou a ser afastado -em razão de liminar proferida pela 1ª Vara Federal de Novo Hamburgo- das suas atividades no 19º Batalhão de Infantaria Motorizada de São Leopoldo. Também segundo seu advogado, ele tinha crises de choro, pesadelos, evitava sair de casa, parou de se alimentar e se descuidou da higiene pessoal.
De acordo com o capitão Rogério Teixeira, assessor-adjunto da seção de comunicação do Batalhão Brasil no Haiti, não há, atualmente, casos de militares no país com problemas psicológicos. O atual contingente é integrado por tropas de São Paulo. O único caso de repatriação envolveu um militar que, em razão de acidente de trabalho, fraturou o pé. (LG)
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- Vinicius Pimenta
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Para mim é mais um querendo aparecer. No entanto, se for constato que ele tem algum problema em decorrência da missão, os custos do tratamento devem ser arcados pelo governo sim, acredito eu. Agora, indenização não!
Vinicius Pimenta
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- delmar
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Vinicius Pimenta escreveu:Para mim é mais um querendo aparecer. No entanto, se for constato que ele tem algum problema em decorrência da missão, os custos do tratamento devem ser arcados pelo governo sim, acredito eu. Agora, indenização não!
Podem acreditar. Tem advogado experto orientando os dois para conseguirem uma aposentadoria (reforma) por invalidez.
Saudações
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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delmar escreveu:Vinicius Pimenta escreveu:Para mim é mais um querendo aparecer. No entanto, se for constato que ele tem algum problema em decorrência da missão, os custos do tratamento devem ser arcados pelo governo sim, acredito eu. Agora, indenização não!
Podem acreditar. Tem advogado experto orientando os dois para conseguirem uma aposentadoria (reforma) por invalidez.
Saudações
Eu ia falar justamente isso. Com certeza estão querendo encostar no Exército. Mamar eternamente nas fartas tetas do governo. Uma vergonha
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Mariana Toledo escreveu:delmar escreveu:Vinicius Pimenta escreveu:Agora, indenização não!
Tem advogado experto orientando os dois para conseguirem uma aposentadoria (reforma) por invalidez.
Com certeza estão querendo encostar no Exército. Mamar eternamente nas fartas tetas do governo. Uma vergonha
Daqui há mais uns 20 anos, não haverá um só ex-combatente da Segunda Guerra Mundial vivo. Mas, com certeza, muitos desses soldados que estão no Haiti, estarão entrando na Justiça, em busca de uma pensão de ex-combatente, igual aos que lutaram na Itália. O pessoal que participou das missões de paz na Península do Sinai, nos anos 50, sempre tentou descolar essa mordomia. Não sei se conseguiram.
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Isso é assim eu me lembro que na BASM tinham uns soldados que passavam todo o tempo tentando arrumar um problema de joelho ou coisa assim pra pegar aposentadoria, alem do mais que vai para o haiti é voluntario e ja deve ter visto materias ou até outros militares comentando de como é por la então deve ter uma ideia de como é...
Um abraço e t+
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Mas se vocês repararem, a maior parte dos problemas aconteceu com o 1° Contingente. Eles foram para lá meio que sem saber o que esperar. Os demais já foram mais preparados tanto em termos de treinamento específico quanto psicologicamente.
Vinicius Pimenta
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Pablo Maica escreveu:Isso é assim eu me lembro que na BASM tinham uns soldados que passavam todo o tempo tentando arrumar um problema de joelho ou coisa assim pra pegar aposentadoria, alem do mais que vai para o haiti é voluntario e ja deve ter visto materias ou até outros militares comentando de como é por la então deve ter uma ideia de como é...
Confere. Um amigo ortopedista disse ontem mesmo que seus 365 dias de EB foram um pesadelo, era só joelhos aposentantes aqui, uns pés pensionistas acolá. Diga-se de passagem, sendo justos, coisa que acontece na área pública civil aos montes também
Presidente eleito do Haiti defende permanência de tropas brasileiras
10/03/2006 - 13h16m
Agência Brasil
BRASÍLIA - O presidente eleito do Haiti, René Préval, agradeceu nesta sexta-feira o apoio que o Brasil tem dado ao restabelecimento da democracia em seu país e defendeu a permanência dos soldados brasileiros na missão de paz das Nações Unidas (ONU). Préval está nesta sexta em visita a Brasília.
- O Exército tem tido um papel importante. Nosso país está vivendo um momento crítico, mas esperamos que todas as discussões democráticas sejam restabelecidas de pronto - disse Préval.
No Congresso Nacional, ele pediu que os parlamentares brasileiros, da oposição e do governo, apóiem os soldados brasileiros no Haiti porque, segundo ele, sem a missão de paz, o país ficaria em uma situação muito complicada.
Para o futuro presidente haitiano, a viagem ao Brasil pretende fortalecer as relações entre o Haiti e o Brasil.
- Temos muitos projetos potenciais na agricultura e infra-estrutura. A minha viagem é uma maneira de reforçar uma cooperação e tentar alavancar isso - afirmou.
René Préval foi recebido na comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Para o presidente da Comissão, senador Roberto Saturnino (PT-RJ), com a visita, o Brasil tem a oportunidade de mostrar que é um país em busca da paz.
- O Brasil é uma nação que deseja ser uma das mais fortes na paz, no direito internacional, na justiça. Encaramos a missão (de paz no Haiti) com essas características. Uma missão de paz, democracia, cooperação e justiça. Temos orgulho disso e certeza que a nossas tropas e a diplomacia terá êxito no Haiti - disse Saturnino.
À tarde, o presidente eleito do Haiti dará entrevista coletiva para falar sobre os encontros mantidos com as autoridades brasileiras e as expectativas em relação a seu futuro governo. Préval permanece no Brasil até este sábado, quando viaja em companhia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Chile. Os dois vão assistir à posse da nova presidente chilena, Michelle Bachelet.
http://oglobo.globo.com/online/mundo/pl ... 218532.asp
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General aposta em permanência de missão no Haiti por mais 2 ou 3 anos
Heliana Frazão
SALVADOR. O general brasileiro José Elito Carvalho Siqueira, de 59 anos, comandante militar da Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah), aposta na permanência da força de paz naquele país por pelo menos mais dois ou três anos. Segundo ele, o clima após a eleição do presidente René Préval é de otimismo e alegria, mas existe uma instabilidade característica do povo haitiano, e tudo pode mudar de uma hora para outra sem que haja uma razão específica.
— Não sairemos a curto prazo de lá. Pode haver troca de países, o que é natural, mas ainda há muito a ser feito e leva tempo para que a força policial do país esteja reestruturada e preparada para assumir o controle da segurança — explica.
O comandante veio passar dez dias entre Bahia e Sergipe para se despedir de familiares, ex-comandados e amigos, pois não teve tempo de retornar desde que seu nome foi aprovado pela ONU para comandar a missão, há dois meses.
General fica no Haiti até janeiro de 2007
Na opinião do general, as tropas brasileiras permanecerão até o fim da missão, por serem consideradas um exemplo de profissionalismo.
— Existe uma grande empatia entre as tropas brasileiras e o povo haitiano. Eles nos consideram um modelo de competência profissional. Todos lá falam excepcionalmente bem da nossa tropa — elogia.
Para José Elito, o efetivo atual da Minustah, de quase oito mil homens, é o ideal.
O general disse que embora tenha constatado os graves problemas sociais enfrentados pela população há várias gerações, de modo geral se surpreendeu positivamente com o que encontrou no Haiti. Ele destaca o interesse na busca pela educação. E acredita que o Haiti é um país em condições de se tornar muito melhor para o seu povo.
No seu entendimento, o desafio não diz respeito ao comando, mas à complexidade do trabalho.
— Eu tenho lá pessoas de toda a América do Sul, Europa Ásia, África, mas não existem dificuldades de comando, porque são soldados preparados para o trabalho, e todos muito bons — afirma, acrescentando estar certo de que Préval demonstrará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na visita de dois dias ao Brasil, a sua satisfação com o trabalho realizado no Haiti.
Segundo o general, ainda não há um esquema de segurança especial montado para a posse de Préval, que foi adiada para a segunda quinzena de abril.
— Ele decidiu assumir o comando do país junto com o Congresso que será eleito no início do próximo mês — diz, definindo o novo presidente como uma pessoa equilibrada, o único que cumpriu todo o mandato e passou o cargo para o sucessor.
Elito fica no Haiti até o dia 15 de janeiro de 2007. A família dele permanecerá na Bahia.
— Quando assumimos uma missão como essa, temos bônus e ônus. Nesse caso, o bônus é a experiência de vida, que é inigualável — define.
Préval acompanha Lula na viagem ao Chile
René Préval chegou ontem à noite a Brasília, onde se encontrará com várias autoridades. Ele acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva amanhã na viagem ao Chile para a posse da presidente Michelle Bachelet. Préval, segundo o Itamaraty, foi convidado por Lula para fazer parte da comitiva ao Chile. Depois da posse de Bachelet, o presidente eleito seguirá para Buenos Aires, onde se encontrará com o presidente da Argentina, Néstor Kirchner.
http://oglobo.globo.com/jornal/mundo/192215545.asp