Fórum Defesa Brasil

brisa escreveu:Ola Orestes.......agora conta ai sobre as chances do Eurofighter

Abracao e bom retorno

Brisa, não sei mesmo, aliás não sei as chances de nenhum caça, nem sei se existe algum com mais chances que outros. Explico, a coisa recomeçou recentemente, os caças são conhecidos sim, mas as outras variáveis, não. Por exemplo, conseguirá o Governo levar a ferro e fogo a questão de tecnologia ou terá que abrir mão disso para diminuir os custos? Outro ponto, considerando o número de célula produzidas, a longo prazo não seria o Typhoon mais "barato" que o Rafale? Como tem um caça de 5ªG na lista, podendo haver outros (PAK-FA e o projeto suéco), não seria interessante comprar (prateleira) cerca de 24-36 caças destes e a Embraer desenvolver um jato supersônico para substituir os F-5 e A-1? Ou ainda o contrário, comprar algumas dezenas (24-36 também) de caças de 4ªG e entrar em parceria (Embraer) com um fabricante que irá desenvolver e produzir um caça de 5ªG? São várias as perguntas e as possibilidades.

Em suma, a discussão agora não é pelas características técnicas do caça em si, mas sobre o que fará o País lucrar mais (tecnologias) a custos de investimentos menores. Uma difícil equação pra se resolver.


Abraços,

Orestes

soultrain escreveu:

Outro ponto que as pessoas se esquecem (mas sabem) é que um equipamento militar aumenta muito o custo de manutenção ao longo do tempo, os custos não diminuem, só aumentam. Então, quando se fala em comprar caças para operar nos próximos 30 anos tem que se levar em consideração tudo isso. Isto sem falar que o Governo fala em transferência de tecnologia, se ele quer, terá que pagar e não é barato mesmo. Tem também o custo de desenvolvimento dos armamentos nacionais, custos de integração, e por aí vai.

Re-bemvindo e que seja por muito tempo. É isso mesmo, o maior custo nem é o de aquisição. Por isso é importante que o vector tenha uma vida util boa, que ajam parceiros a pensar nos mesmos problemas, a desenvolver soluções de modernização desde a primeira hora, para que um investimento grande não esteja ultrapassado em 10 ou 15 anos. Por isso sempre achei que o F-16 e parecidos, não faziam sentido para a FAB.

O que me levanta duvidas no RFI, é a diversidade dos escolhidos. Um F/A-35 ou um F/A-18E, embora façam as mesmas missões dos restantes, em alguns casos até fazem melhor, não têm as mesmas capacidades dinâmicas dos demais. Existe aqui um meio termo que é o Rafale, mas realmente é uma amalgama dificil de comparar.

[[]]'s

Valeu, Soultrain!!!

Você abordou assuntos que são quentes mesmo, da mesma forma que temos mil dúvidas, tem o Governo e a FAB. Falar em custos é algo delicado, por isso sempre disse aqui no DB, o melhor caça do mundo pode não ser o melhor caça para um dado país.


Grande abraço,

Orestes

orestespf escreveu:

brisa escreveu:Ola Orestes.......agora conta ai sobre as chances do Eurofighter

Abracao e bom retorno

Brisa, não sei mesmo, aliás não sei as chances de nenhum caça, nem sei se existe algum com mais chances que outros. Explico, a coisa recomeçou recentemente, os caças são conhecidos sim, mas as outras variáveis, não. Por exemplo, conseguirá o Governo levar a ferro e fogo a questão de tecnologia ou terá que abrir mão disso para diminuir os custos? Outro ponto, considerando o número de célula produzidas, a longo prazo não seria o Typhoon mais "barato" que o Rafale? Como tem um caça de 5ªG na lista, podendo haver outros (PAK-FA e o projeto suéco), não seria interessante comprar (prateleira) cerca de 24-36 caças destes e a Embraer desenvolver um jato supersônico para substituir os F-5 e A-1? Ou ainda o contrário, comprar algumas dezenas (24-36 também) de caças de 4ªG e entrar em parceria (Embraer) com um fabricante que irá desenvolver e produzir um caça de 5ªG? São várias as perguntas e as possibilidades.

Em suma, a discussão agora não é pelas características técnicas do caça em si, mas sobre o que fará o País lucrar mais (tecnologias) a custos de investimentos menores. Uma difícil equação pra se resolver.


Abraços,

Orestes

É Mestre......

Acho que devería-mos incluir tambem nesta complicada equacao a variável política.

Abracos

Brisa

crubens escreveu:

orestespf escreveu:Amigos, colegas e principalmente os inimigos do Orestes, ele voltará, mas não me informou quando. Ele me pediu para escrever o seguinte, um "ponto cantado":

Cachimbo de vovô solta fumaça,
só não vê quem é que não quer (Bis)

Eles trabalham com São Cipriano,
mironga deles é na sola do pé... (Bis).


É isso, o cachimbo vive soltando fumaça, mas pra ver é preciso querer, ou seja, as coisas estão aí e são expostas a todos, mas a compreensão é pra poucos, lamentavelmente.


Forte abraços a todos (amigos, colegas e até aos inimigos, que não tenho, apenas os chamo de adversários temporais).

Orestes Piermatei Filho

Valeu mano véio pelo seu retorno!!, só vi agora pois também estava meio afastado do DB.
Abraços!!!

X2

orestespf escreveu:
Brisa, não sei mesmo, aliás não sei as chances de nenhum caça, nem sei se existe algum com mais chances que outros. Explico, a coisa recomeçou recentemente, os caças são conhecidos sim, mas as outras variáveis, não. Por exemplo, conseguirá o Governo levar a ferro e fogo a questão de tecnologia ou terá que abrir mão disso para diminuir os custos? Outro ponto, considerando o número de célula produzidas, a longo prazo não seria o Typhoon mais "barato" que o Rafale? Como tem um caça de 5ªG na lista, podendo haver outros (PAK-FA e o projeto suéco), não seria interessante comprar (prateleira) cerca de 24-36 caças destes e a Embraer desenvolver um jato supersônico para substituir os F-5 e A-1? Ou ainda o contrário, comprar algumas dezenas (24-36 também) de caças de 4ªG e entrar em parceria (Embraer) com um fabricante que irá desenvolver e produzir um caça de 5ªG? São várias as perguntas e as possibilidades.

Em suma, a discussão agora não é pelas características técnicas do caça em si, mas sobre o que fará o País lucrar mais (tecnologias) a custos de investimentos menores. Uma difícil equação pra se resolver.


Abraços,

Orestes

Professor, se a questão fosse o lucro tecnológico, com certeza optar por um caça de prateleira para agora e um de quinta geração para ser a base da FAB nos próximos 30 anos, seria muito melhor, o problema que todos nós conhecemos muito bem, é bem outro...



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orestespf escreveu:

soultrain escreveu: Re-bemvindo e que seja por muito tempo. É isso mesmo, o maior custo nem é o de aquisição. Por isso é importante que o vector tenha uma vida util boa, que ajam parceiros a pensar nos mesmos problemas, a desenvolver soluções de modernização desde a primeira hora, para que um investimento grande não esteja ultrapassado em 10 ou 15 anos. Por isso sempre achei que o F-16 e parecidos, não faziam sentido para a FAB.

O que me levanta duvidas no RFI, é a diversidade dos escolhidos. Um F/A-35 ou um F/A-18E, embora façam as mesmas missões dos restantes, em alguns casos até fazem melhor, não têm as mesmas capacidades dinâmicas dos demais. Existe aqui um meio termo que é o Rafale, mas realmente é uma amalgama dificil de comparar.

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Valeu, Soultrain!!!

Você abordou assuntos que são quentes mesmo, da mesma forma que temos mil dúvidas, tem o Governo e a FAB. Falar em custos é algo delicado, por isso sempre disse aqui no DB, o melhor caça do mundo pode não ser o melhor caça para um dado país.


Grande abraço,

Orestes

x2 É uma questão realmente extremamente delicada, vai muito do planejamento estratégico e aonde queremos estar quando essas aeronaves entrarem em serviço e além disso.

Muito bom saber que estamos lidando isso 'do zero'... O problema é a competição entre gerações... é realmente... 'o que nós queremos?'


[]s
CB_Lima

Melhor seria 'do quê realmente precisamos', não? Se as ameaças que se encontram no horizonte são as mesmas de sempre, ou seja, a vizinhança eternamente descontente conosco, qualquer caça atual já estaria de bom tamanho, mas se se precisa de capacitação tecnológica - alguém questiona este ponto? - bueno, então um modelo acima me chamou a atenção, pelo quesito PARCEIROS DE RISCO E DESENVOLVIMENTO, creio que nesse quesito o Typhoon é difícil de bater, além de ser no mínimo tão capaz quanto qualquer um dos outros 4G.

Já num cenário onde se vislumbre a possibilidade de aeronaves stealth serem usadas contra nós - e todo mundo sabe QUEM seria capaz disso e O PORQUÊ - as opções escasseariam e não vejo razão para nos darem tempo para desenvolver, adquirir em quantidade e formar doutrina, seria sim o caso de nos atacarem ANTES disso, então, estaríamos ferrados com ou sem PAK-FA.

Então, se não tivermos problemas com os ianques, um 4G com absorção de tecnologia de ponta está mais do que bueno, a despeito dos altos custos; se tivermos, num haverá PAK que nos salve, é 'todo mundo pro mato' e fim.

É o que penso.

Se a EADS fizer uma proposta no mesmo molde a que fez para a Índia, certamente seria muito bom, mas o questionamento não é o que seria melhor para o Brasil...e no melhor estilo CM, se é que me entendes.



[ ]s

Não estou defendendo um determinado caça - continuo tão Flankeiro quanto antes - mas apenas assinalando um ponto que me chamou a atenção, Immortal véio. E quanto ao resto do meu post, o seu verdadeiro fulcro, o que achaste?

Eu acho que tens toda razão, tio Túlio, a preocupação vale sim, mas faria uma ressalva e ao mesmo tempo um questionamento: os EUA são sim a potência hegemônica do momento, mas estariam eles preparados para uma crise petrolífera realmente séria? Será que eles teriam forças suficientes para empregar dominação em vários lugares diferentes (partindo do princípio de ofensiva que colocastes), será que o BRIC, e eles são cada vez mais realidade, não poderão contrabalançar o poder ianque? Sinceramente não sei, 5/10 anos é um período curto, mas onde muitas coisas mudam, quem diria que seríamos tão importante nesse apoteótico cenário energético?


[ ]s

Túlio véio, voltaste afiado como sempre, gaudério!

Abração

Fabio

Wolfgang escreveu:Túlio véio, voltaste afiado como sempre, gaudério!

Abração

Fabio

Fala, Mr. Mallmsteen

Mas entres na dança, qual dos dois cenários te parece mais possível? Porque sem definir isso, me parece que qualquer discussão sobre vetores é estéril - claro, posso perfeitamente estar errado...

Immortal Horgh escreveu:Eu acho que tens toda razão, tio Túlio, a preocupação vale sim, mas faria uma ressalva e ao mesmo tempo um questionamento: os EUA são sim a potência hegemônica do momento, mas estariam eles preparados para uma crise petrolífera realmente séria? Será que eles teriam forças suficientes para empregar dominação em vários lugares diferentes (partindo do princípio de ofensiva que colocastes), será que o BRIC, e eles são cada vez mais realidade, não poderão contrabalançar o poder ianque? Sinceramente não sei, 5/10 anos é um período curto, mas onde muitas coisas mudam, quem diria que seríamos tão importante nesse apoteótico cenário energético?


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Pense dá seguinte forma; Vaí que um dia os EUA ameace o Brasil, iriamos ter uma debandada de político maravilhosa, não iría ficar nem o presidente.
Já reparam quando é pra compra jatinho executivo como à verba é liberada rapidinho.
Mais pra compra um caça que preste...

[]'s

Sou favorável à opção de Tiffies para que se troque todos os caças e crie-se outro GDA. Isso se os americanos não flexibilizarem no F-35, o que acho difícil.
Uma fábrica da EADS aqui, com boa transferência tecnológica e mais do que isso CAPACIDADE DE PRODUÇÃO... Já pensaste em 120 Tiffies armados com MAR-1, A-Darter, MAN-1, etc?
É como disseste.. sem nukes, se os americanos vierem para o pau, de que adianta 120 PAK´s? Eles terão mais de 1.000 F-35 e mais algumas centenas de Raptors.
Temos que dissuadir e com o 2ª melhor caça em operção, o Tiffie.

Abração

Fabio

Acho que a coisa poderia ser diferente. Sinceramente vejo pouquíssimas possibilidades de em 10/15 anos sofrermos tal tipo de ameaça, mas isso significa que devemos ficar de braços cruzados ou melhor, ficar como esses caras de pau de nossos políticos, reclamando para o vento? Deveríamos sim nos preparar para o pior e isso pra mim significa desenvolver nukes e quando a coisa apertar, fazemos um teste real e aí mostramos que o calo aqui é mais embaixo.



[ ]s