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Enviado: Qua Nov 14, 2007 11:20 am
por Jacobs
orestespf escreveu:
Jacobs escreveu:Olha, é meio "compricado" :evil: achar que o Su-35BM ja nascerá com armamentos integrados, só porque é uma versão do Su-30/35.

O radar é novo, o barramento de dados é diferente, a interface homem máquina é atualizada, então, não tem como crer em tudo isso que o Orestes falou.

Alias, ele usou o argumento de que o Su-35 vem carregando o legado dos projetos anterios. Mas eu te pergunto, Orestes: Os Rafale também não tem nas costas o legado da familia Mirage 2000, F-1 e SEM?

Você acha que o RBE-2 foi construido do zero, sem nada em comum com os RDY (um otimo radar, por sinal)? Eu acho meio dificil. O RBE-2 ja nasceu com o MICA integrado...

Bom, essa é minha opinião, espero estar contribuindo para este debate muito interessante. :wink:


Olá Jacobs,

acreditar ou não é como fé, cada um tem a sua. Então não se discute isso.

Respondendo suas perguntas: o Rafale não tem legado algum com os Mirages, F-1 e SEM, é um novo projeto, totalmente diferente. Temos vários amigos e colegas aqui no fórum que podem esclarecer melhor estes detalhes do "hardware".

O ponto mais delicado do Rafale, na parte eletrônica, é o novo barramento de dados, isso muda tudo no software. Quando se muda o software, muda-se tudo na integração (equipamentos, armamentos, etc.). Homologação é outra coisa.

Você cita os radares e as várias evoluções até chegar no RBE-2. Ok, está correto, mesmo que sejam completamente diferentes (não estou afirmando isso). Não se perde conhecimentos adquiridos. Assim, toda a técnica de construção, todo conhecimento sobre o comportamento de componentes, materiais, formas de emissões, etc. continua existindo e é a partir destas informações previamente conhecidas é que se aventura em projetos mais "ousados".

Mas veja o que está acontecendo com os americanos e seu F-35: eles conhecem a tecnologia stealth, conhecem o FBW, possuem as mais novas tecnologias militares em radares, aviônicos, motores, etc. Mas o caça está enfretando sérios problemas. A cada dia se torna mais caro, e não existe intenção alguma que isso ocorra, não é intencional. O F-35 seriam uma evolução de várias experiências que os americanos possuem, mas o mesmo enfrenta sérios problemas. Ah, mais é um caça muito complexo, se fosse mais simples não seria assim. Claro, se fosse mais simples não seria também um F-35, seria outro caça. Problemas existem mesmo quando se fala em evolução de equipamentos.

Posso lhe mais um ponto para observar: o RBE-2 e o RDY. Por que o alcance do primeiro é menor do que o do segundo? Não é estranho? Por que os armamentos que foram integrados ao RDY ainda não estão totalmente integrados ao RBE-2?

A resposta é muito simples: os dois radares são muito diferentes, usam materiais e tecnologias diferentes. Então é natural que problemas existam. Claro que os estudos e conhecimentos adquiridos para se construir radares até o RDY foram absorvidos e usados para se estudar, elaborar e construir um novo radar, o RBE-2. Mas como tudo mudou, os problemas da mesma forma mudaram, radicalmente. O RBE-2 foi construído para não ter os mesmos problemas detectados até o RDY, mas novos e diferentes problemas surgiram e este é a grande questão.

O RBE-2 nasceu com o MICA integrado. Ok, concordo. Mas este armamento assegura a classificação do Rafale como um caça multi-função? Este é o ponto da discussão. Por quê? Porque a FAB a mais de 10 anos fala que seu novo caça será multi-função.

Se ela não deseja mais um caça multi-função, se ela aceita comprar um caça não multi-função, mas com potencial de atualização para não sei quando, se, se e se, bem, aí as coisas mudam. O certo é que o Rafale hoje não é multi-missão. Se a FAB o comprar, saberá em que chão está pisando e eu não questionarei. O que eu não aceito é tampar o sol com a peneira, dizendo que faz coisas que sabemos claramente que não faz.

A questão do SU-35-1 (ex-BM) eu já comentei a exaustão. Problemas existem sim, mas não difere do tal Rafale F3. O que existe hoje para ser comercializado é Rafale F2 e SU-35 (antigo). Se a FAB quer mais do que isso, terá que se contentar em esperar que fiquem prontos. O mesmo se aplica ao Gripen N e até mesmo o F-35.

Só existem duas formas de se discutir estas coisas:

1) Aceitar que só existem Rafale F2, SU-30/35 (antigo), Gripen C, EF-2000 (não me lembro a última versão operacional), F-18 E, F-16 Blc 52 (e mais vários plus), F-15 K, para venda imediata. E a partir destes, se discute o que é ou não melhor para a FAB.

2) Especular sobre o Rafale F3, SU-35-1, Gripen N, F-35 e Typhoon "não sei o que". Se é para se discutir sobre o que não existe, baseados em promessas de fabricantes com datas que não sabemos realmente quais serão, melhor aceitar todos os argumentos contrários dos colegas, pois todos estariam certos e errados simultaneamente.

É o que eu acho.


Abraços,

Orestes


Bascamente concordo com tudo que você falou sobre Rafale, Su-35, mas o ponto é o seguinte:

Você foi muito generalista quando isso que o Su-35BM nasceria com tudo integrado, "tudo as mil maravilhas", só por se tratar de uma atualização do projeto do Flanker original.

A galera da defesa do Flanker ta caindo muito em contradição. Quando a gente fala que o RCS do Su-35 é mostro, o pessoal ja rebate: "Não, a coisa é toda nova, o projeto foi revisto, ele não tem nada a ver com o antigo Su-35.... ". Ai quando se fala em armamento, ai a coisa é ja é bem diferente: "Não, ele ja tem tudo integrado, ja nasceu pronto pra entrar em combate... ". :lol:

A questão é que fábrica nenhuma faz milagre. Até agora, a Dassault e a Lockheed não fizeram. Tudo leva a crer que a KNAAPO também não vai fazer, aida mais levando em contat que ninguem está bancando o projeto e a Russia ainda não comprou nada...

Enviado: Qua Nov 14, 2007 11:39 am
por Morcego
Por favor, deixem eu dar o meu PITACO.

EVIDENTEMETNE cada um acredita no que quizer, TODA VIA, existe uma diferença BASICA.

SE EU VEJO UMA LARANJA NA MINHA FRENTE, não tem como vc vir e me falar, NÃO ISSO É O QUE VC ACREDITA eu acredito que isso é um avião.

ORAS esta CLARO, LIMPIDO E FIRME COMO O EVERESTE que a LARANJA é uma LARANJA não um avião.

logo, PARA ACREDITAR QUE UMA LARANJA É UM AVIÃO, VC TEM QUE SER MUITO MAS MUITO FROXO COM SUA OPINIÃO, OU SEJA, UM LARANJA.

Enviado: Qua Nov 14, 2007 11:46 am
por orestespf
Sniper escreveu:
orestespf escreveu:
projeto escreveu:Mas o Prick está certo, a compra do Su-35 é boato, altamente incerta.

[]'s


E o do Rafale F-3? Não poderia ser um blefe? Se o problema é "papel" assinado e divulgado, nenhum dos dois existem de fato. Por mais que o Rafale F3 seja natural, visto que o SU-35 antigo não houve nada... Prova por prova, não existe.


Poxa Orestes, assim você me desaponta...

O standard F3 sería um blefe? Então é um blefe de 659 milhões de Euros.

Você deve ter esquecido do documento da DGA que eu postei neste mesmo tópico ontem. Vou dar um desconto pois você podería estar com sono após um longo dia de trabalho. :D

http://www.defense.gouv.fr/dga/dossiers ... nt_en_2004

orestespf escreveu:Logo tudo não passa de especulação nossa (para não dizer achismo). Por que digo isso? Por que a boca diz o que quer. Qualquer país diz uma coisa, mas na realidade pode ser outra. Explico: se o Rafale não vender de forma alguma (apenas uma hipótese), por que existiria a versão F3? Por que foi dita? Pra mim não. Acredito que pararia em uma versão upgrade da F2. Absurdo? Talvez... Mas como se trata de achismo, "achei" também!! rsrsrs

Brincadeira, claro.

Orestes


Orestes, o Rafale será o úncio caça Frances pelo menos até 2040
http://www.dassault-aviation.com/fr/def ... misee.html

Substitui nada menos que 7 diferentes tipos de aviões.

Por sí só isso deixa óbvio que exportando ou não a França COM CERTEZA irá desenvolver muito ainda o projeto que óbviamente não irá parar no standard F3 já contratado e pago.

Abraços!


Olá Sniper,

não afirmei que o Rafale é um blefe, não penso assim, apenas dei um exemplo de como se pode levantar suspeitas sobre algo que não existe. Fui meio fraquinho mesmo. rsrsrs Ontem eu estava dando um forte apoio ao programa do Etanol e os argumentos ficaram tontos. :D :D :D

Confesso que vi o link do tal documento, mas não o li até agora. Vou olhar com calma. Passei os olhos por cima agora, não li com detalhe, mas uma coisa é certa, trata-se de um planejamento, não prova a existência. O mesmo pode ser dito sobre o SU-35-1 e Gripen N. Mas não tenho dúvidas que o Rafale F3 existirá de fato.

Na segunda parte do seu post, comentando uma anterior minha, volto a dizer, se é para achar, qualquer um tem o direito de achar, mesmo que seja algo absurdo. Não é o que eu penso, mas no campo do achismo, absurdo não é.

Você afirma que o Rafale será o único caça francês até 2040, verdade, isso foi dito faz tempo. Mas tem acompanhado o que anda circulando na mídia francesa? O que tem dito vários políticos e especialistas a respeito do programa do Rafale? A boca diz o que quer e eles podem e devem estar exagerando, mas a desconfiança passou a existir.


Agora eu quero deixar bem claro a minha opinião, o Rafale vai continuar, vai evoluir, vai existir a versão F3 e com toda certeza outras adiante. Porém este tipo de argumento não contrapõe aos SU-35-1 e Gripen N. Vários outros fatores em estão em jogo, assim este tipo de comparação (não me refiro a você) pra mim não procede, é tudo um jogo no escuro pra nós que estamos de fora.


Abração,

Orestes

Enviado: Qua Nov 14, 2007 11:48 am
por PRick
morcego escreveu:Por favor, deixem eu dar o meu PITACO.

EVIDENTEMETNE cada um acredita no que quizer, TODA VIA, existe uma diferença BASICA.

SE EU VEJO UMA LARANJA NA MINHA FRENTE, não tem como vc vir e me falar, NÃO ISSO É O QUE VC ACREDITA eu acredito que isso é um avião.

ORAS esta CLARO, LIMPIDO E FIRME COMO O EVERESTE que a LARANJA é uma LARANJA não um avião.

logo, PARA ACREDITAR QUE UMA LARANJA É UM AVIÃO, VC TEM QUE SER MUITO MAS MUITO FROXO COM SUA OPINIÃO, OU SEJA, UM LARANJA.


O problema é que tem gente vendo abacaxi voando! E achando que caças voando são abacaxis! :twisted: :twisted: :twisted:

[ ]´s

Enviado: Qua Nov 14, 2007 11:48 am
por Jacobs
morcego escreveu:Por favor, deixem eu dar o meu PITACO.

EVIDENTEMETNE cada um acredita no que quizer, TODA VIA, existe uma diferença BASICA.

SE EU VEJO UMA LARANJA NA MINHA FRENTE, não tem como vc vir e me falar, NÃO ISSO É O QUE VC ACREDITA eu acredito que isso é um avião.

ORAS esta CLARO, LIMPIDO E FIRME COMO O EVERESTE que a LARANJA é uma LARANJA não um avião.

logo, PARA ACREDITAR QUE UMA LARANJA É UM AVIÃO, VC TEM QUE SER MUITO MAS MUITO FROXO COM SUA OPINIÃO, OU SEJA, UM LARANJA.


Que metafora mais criativa!

Vou virar fan do morcego! :lol:

Enviado: Qua Nov 14, 2007 11:59 am
por A.K. for T-7
Para quem quer saber de helis russos e prazos de FX e sub nuclear (interessante em vermelho, comentários em azul):

Jobim explica a nova Política Industrial de Defesa
Em entrevista ao Projeto Brasil, o Ministro da Defesa adianta
aspectos da nova politica industrial para a defesa


Na sala de reuniões do Ministro da Defesa Nelson Jobim é possível ver uma pilha de livros sobre defesa nacional e tecnologia. Desde que foi indicado Ministro, Jobim tem se debruçado sobre um tema que não dominava. Como advogado e intelectual, Jobim não teve maiores dificuldades em dominar rapidamente os fundamentos do tema e identificar os pilares centrais de uma política de defesa.

Auto-suficiência interna na fabricação, compras públicas com imposição de transferência de tecnologia, visão estratégica se sobrepondo à mera questão do menor preço, articulação dos esforços de pesquisa das Forças Armadas e com o setor privado.

Além disso, definiu etapas claras para a construção do plano de defesa, seguindo a ordem correta: primeiro, definindo os objetivos para depois chegar aos meios.

Essa entrevista foi concedida em Brasília.

LUÍS NASSIF – O que o Ministro pensa a respeito da política industrial e da política defesa?
NELSON JOBIM - O critério que se tem tradicionalmente é que cada Força – Marinha, Exército e Aeronáutica - fixavam suas necessidades de material. E aquilo era feito da perspectiva interna (e não tinha outra) e das idiossincrasias de cada Força. Então, se um Comando era simpático a um departamento, privilegiava isso ou aquilo. Nós começamos a discutir e já falamos com as três Forças e sugerimos ao Presidente a criação do Comitê de Formulação de um Plano Estratégico Nacional de Defesa. Esse comitê é composto pelo Ministro da Defesa, que é o presidente, pelo Roberto Mangabeira Unger que é o Coordenador. É integrado ainda pelos três Comandantes das Forças, assessorados cada um deles pelos seus Estados Maiores, Ministro da Fazenda, Ministro do Planejamento e Ministro da Ciência e Tecnologia.

Nós já fizemos reuniões setoriais preliminares, que envolvem o Ministro da Defesa, o Mangabeira e cada uma das Forças: uma com a Marinha, uma com o Exército e outra com a Aeronáutica. Em cima disso nos propusemos para cada um das Forças uma série de questões e hipóteses de defesa.

Por exemplo: Monitoramento de Fronteira em Litoral no Território Brasileiro em Tempos de Paz. Essa é a hipótese A primeira pergunta (que é genérica) seria: como a Força pretende executar a tarefa? É evidente que a Aeronáutica diz respeito ao espaço aéreo, o Exército diz respeito às fronteiras e a marinha às costas e fronteiras.

Respondida essa pergunta, aí vêm as perguntas específicas, considerando as respostas que eles tenham dado. Uma diz respeito ao perfil das tropas e à organização. Ou seja é preciso mudar o perfil das tropas? Como essa tropa se organizaria para cumprir essa tarefa?

Segundo: quais as mudanças operacionais das tropas, em termos de operações estratégicas. Terceiro: Quais os equipamentos necessários para cumprir a tarefa. Então, o equipamento nas Forças surge a partir da formulação do Plano e não é uma conseqüência ou necessidade dela própria.

LN – Há duas concepções de defesa nacional, uma (que é atual), de muitos soldados em uma estrutura ampla; e a outra, uma estrutura enxuta mas com grande mobilidade. Isso não está pré-definido?
NJ – Essa é a discussão. Isso vai surgir do Plano. Não adianta partir da parte teórica.
Nós temos que monitorar o território. O que fazer na hipótese de penetração do território nacional por uma força paramilitar? E com problemas da GLO - Garantia da Lei e da Ordem -, quais são as condições para se fazer isso. As Operações de Paz, tipo Haiti que estamos participando... Definindo quais são as tarefas, nos vamos chegar na modelagem. Essa sua pergunta está aqui: como é que se organiza?

Na Amazônia não há de se falar de uma organização militar baseado em tanques. Como se faz o monitoramento do território amazônico?

E a quarta pergunta que se faz a cada uma das tropas é como elas podem colaborar com as outras Forças no cumprimento da tarefa. E aqui vem a questão da integração. Depois você tem algumas perguntas que são transversais a todas elas.

A idéia é: nós temos, para tudo isso, a necessidade da criação de uma Tecnologia Independente, e aí diz respeito ao setor privado. Nós precisamos ter indústrias de defesa que nos dêem ou nos viabilizem esses equipamentos considerando essa Política Nacional e Estratégica de Defesa. Ou seja, significa que precisa ter equipamento, que não precise vir de fora. Aqui tem uma decisão política.

As Forças terão trinta para nos responder essas hipóteses e depois vamos sentar com cada um desses comandos. Aí, definido isso, sentamos os três, e tentamos reunificar os projetos. Depois entram o Planejamento, a Fazenda e Ciência e Tecnologia.



LN – Para se ter essa tecnologia independente, há a necessidade de garantia de recursos orçamentários, não é?
NJ – Para garantirmos isso vamos ter que ter uma política de compras públicas. Você não pode pretender que se possa criar uma indústria brasileira que vai ser exclusivamente alimentada pelas compras públicas. Então vamos ter uma política latino-americana ou sul-americana de exportações para viabilizar políticas de exportações dessas indústrias, para assegurar uma possibilidade de lucro, inclusive exportações mundiais. No ano que vem vou circular por toda América Latina, em especial na do Sul, em contatos e tentar formular estruturas, com os governos sul-americanos, critérios de Defesa.

Têm empresas nossas, como a Avibrás, que exporta para a Arábia Saudita e nós não compramos deles. Então tem que ter política de compras públicas e flexibilização no processo das regras de licitação. Não pode mais ter licitação como se fosse comprar de qualquer um. Senão, não tem sentido. E outra: jogar também os institutos tecnológicos das Forças nessa regra.

LN – Tem um linha de Institutos bastante diversificada que não se falam entre si. Vai ter algum organismo supervisor?
NJ - Temos grandes desenvolvimentos tecnológicos no Projeto Aramar, submarino nuclear e da produção nuclear que estão se desenvolvendo dentro do pólo da Marinha. Você tem centro de excelência aeronáutica, mas tem o problema de sobreposição. É preciso estabelecer uma forma de diálogo de complementaridade. A idéia é que através desse projeto não só se tenha na Defesa Nacional, suas obras razoavelmente multiplicadas, mas tenhamos também o desenvolvimento no setor privado. A razão é simples. Se seus insumos militares dependem de importação e exportação você está aniquilado. (Ai, ai, Chuck...)
LN – Aqui entram dois aspectos relevantes dessa Política que é a questão do offset (as contrapartidas exigidas nas compras públicas) e da compra do FX (a licitação de caças) e do submarino nuclear.
NJ – Isso é o problema da tensão que nós vivemos. Nós temos a necessidade de criar um Centro de Tecnologia Independente de um lado, e de atender às necessidades de coisas atuais. Então você tem que conciliar essa tensão, esses conflitos dialéticos entre essas duas situações. A idéia é: as aquisições que venhamos a fazer serão todas elas com procedimentos de transferência tecnologia.

LN – A transferência de tecnologia é um ponto fundamental. Na licitação anterior do FX havia vários candidatos, alguns oferecendo mais tecnologia outros menos tecnologia havia um veto dos EUA em relação à transferência de tecnologia.
NJ – Esse é um grande problema ... uma grande disputa

LN – Mais isso vai ser um fator decisivo...
NJ – Ou abre a tecnologia ou não vence a licitação. É a mesma coisa não só no FX, mas também a fabricação de helicópteros. Estamos discutindo a instalação e fabricação de helicópteros, negociando com Helibras. Comprar fora está fora de cogitação: se você tem produção nacional a perspectiva é produção nacional.... Não há razão de investir num preço mais barato se você não tem possibilidade de criar um pólo independente. (Adiós, Mi-17 e Mi-35...Bem vindo, EC735 e Tiger...). Essa é a política que nos pretendemos.

LN – A idéia é se for comprar um submarino ou se for comprar avião, há a necessidade de um parceiro brasileiro que possa absorver a tecnologia.
NJ – Se não vai ficar a vida inteira nessa coisa. E a indústria nacional não vai existir nunca. você não tem condições de pensar que essa indústria, como a Agrale, possa concorrer com a indústria estrangeira. Não tem como. Imagina o seguinte: os jipes da Agrale, os Marruás poderão concorrer com os Land Rover? Não. Agora seria interessante para nós comprarmos o Land Rover ao invés de comprar os Marruá? Mesmo que a Agrale tenha condições e tecnologia menores que a tecnologia dos Land Rover nós temos como desenvolver isso.

LN – Isso significa mudanças nas leis das licitações?
NJ – Já teve alterações, mas não o suficiente. Na Lei diz assim “É dispensável licitação” no artigo foi introduzido um dos dispositivos diz assim “para o fornecimento desses serviços produzidos ou prestados no país, que envolvam cumulativamente alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especial designada por autoridade máxima do órgão”, ou seja, poderia se comprar isso sem licitação, desde que tivesse as duas condições. É evidente que dentro dessa regra quando se fala “alta complexidade tecnológica” isso inclui muita coisa. É preciso alterar isso. Por que nem tudo que se fala da indústria de defesa se vincula a alta tecnologia.

LN – Quando se fala Defesa também fala e Segurança Pública?
NJ – Não.

LN – É a questão de recursos orçamentários, como é que fica ?
NJ – Nós tínhamos destinado pelo Planejamento R$ 6 bi para Forças Armadas, fora folha de pagamento, só investimentos. Eu negociei com o Planejamento e conseguimos mais R$ 3 bilhões.. Então teremos R$ 9 bilhões. Nesses nove bilhões tem um bilhão que vamos conseguir em redução orçamentária. E há um compromisso do governo de nós começarmos a investir em projetos tecnológicos. Desse dinheiro todo tem 130 milhões, que está acertado para ser alocado no projeto Aramar. Na semana que vem vamos bater o martelo em relação ao desenvolvimento do projeto nuclear, a aceleração do projeto nuclear. Eu estive lá e falta pouco para toda nacionalização. Agora há ainda o enriquecimento de urânio e um dos elos da cadeia depende de insumos de terceiros.

LN – O que fabricam lá da pra exportar tranquilamente. E uma das melhores tecnologias que se tem por ai
NJ – Tanto que os EUA estão loucos para descobrir como são as nossas usinas.

LN – Em relação ao FX e ao submarino que envolve valores mais substanciais, já tem algum horizonte? NJ – Nós vamos definir até o fim do ano. A minha idéia era definir tudo até fevereiro. Para o plano estratégico a data final desse plano é setembro do ano que vem - sete de setembro – é uma data simbólica. Em seis de setembro apresentaremos isso para o Presidente. Nós vamos ter soluções intercorrentes. A nossa idéia é que em março fecharíamos definições de critérios de submarino nuclear, que é fundamental. Hoje em dia desapareceram certos dogmas em matéria de defesa. Por exemplo, você não deixava sobrevoar o espaço aéreo para não tirar fotografia dos locais. Isso é loucura. Não tem mais sentido. Por exemplo, os navios de guerra perderam eficácia, embora sejam absolutamente necessários ainda, pois tudo que tiver em superfície você enxerga.

LN - O submarino é o único que não aparece.
NJ – E tem capacidade de circulação. você tem que ter uma capacidade dissuasória que impeça a reunião de tropas e armadas de guerra perto do território brasileiro.

LN – Se pegar os pontos críticos no país : Amazônia, plataforma de petróleo...
NJ – Praticamente isso. A marinha chama de Amazônia Azul. Tem esses dois pontos fundamentais: uma é a Amazônia e a outra é o mar. E a Amazônia tem uma característica completamente distinta, por exemplo, do centro-oeste. Qualquer tentativa na Amazônia só pode ser com tropa. você não vai pensar que o cara vai colocar bomba em cima da Floresta. Então tem que ser tropa. Daí o tipo de estratégia tem sua especificidade. E tropa em uma floresta adversa pra burro.

Por isso eu visitei diversos postos. Nós já fomos em 17 unidades. Aí mostra as necessidades e aí faz surgir os equipamentos. As vezes as pessoas pensam, mas é uma a unidade militar com 30 ou 40 soldados. Mas o sentido disso não é os 40 soldados pra resistir a uma invasão, mas 40 soldados que vão advertir sobre o que está acontecendo.

E com isso você começa a identificar problemas e necessidades. Tem que ter radar em terra, nesse postos precisam ter soldados com instrumentos de visão noturna? O Brasil não tem, não fabrica isso. São coisas que você só identifica quando está com pé no chão.

LN – No Campo de Marte a Aeronáutica tem um sistema de certificação de produtos. Os produtos certificados, de armamento a fardamento, vão para um catálogo da OTAN. Pretende-se utilizar essa possibilidade?
NJ – Claro. A pergunta é: o que nós necessitamos? Por isso nós não temos uma resposta com base numa política. A idéia que está se percebendo que ao próprio decreto que instituiu o grupo define que esse Plano de Defesa Nacional tem que estar conectado com o Plano de Desenvolvimento do País. O plano do desenvolvimento industrial está embolado nisso. De forma tal de que isso deixe de ser Defesa (que é mudança de cultura) deixe de ser Defesa algo que seja da Agenda Militar porque Defesa integra a Agenda Nacional.

LN – Porque o BNDES não está nesse grupo setorial?
NJ – Estão o Ministério do Planejamento e da Fazenda. Depois entra o conjunto. Agora não podemos definir que tipo de equipamento sem ter uma decisão de governo, de Estado sobre a política de defesa.

LN – O setor privado não foi chamado ainda
NJ – Nesse primeiro momento não. Depois disso, nós vamos pedir para o Paulo Skaf, presidente da FIESP. Eles tem lá um trabalho que nos mandaram é o Comdefesa – Comitê de Cadeia Produtiva da Indústria de Defesa – com quem vou ter uma reunião até o fim do ano. Eu já tive uma reunião com a indústria de defesa que quer isenção de tributos, minimação de custos. Mas eu não posso falar em minimação de custos sem ter o que comprar. Essa definição vai me dizer o que fazer.

Enviado: Qua Nov 14, 2007 12:04 pm
por Morcego
uhmmmm TEM QUE TER UM CONTRATO PRA MAIS DE 100 UNITS do contrario, não vejo como se justifique FABRICAR AQUI.

Enviado: Qua Nov 14, 2007 12:06 pm
por Jacobs
morcego escreveu:uhmmmm TEM QUE TER UM CONTRATO PRA MAIS DE 100 UNITS do contrario, não vejo como se justifique FABRICAR AQUI.


Justifica sim... e o mercado civil? :wink:

Enviado: Qua Nov 14, 2007 12:11 pm
por PRick
Jacobs escreveu:
morcego escreveu:uhmmmm TEM QUE TER UM CONTRATO PRA MAIS DE 100 UNITS do contrario, não vejo como se justifique FABRICAR AQUI.


Justifica sim... e o mercado civil? :wink:


Pois é, as FA´s podem representar um mercado para o início da produção, principalmente, para o modelo EC-725, depois ele poderia ser vendido ao mercado civil, já que é muito usado em Plataformas Off-Shore.

[ ]´s

Enviado: Qua Nov 14, 2007 12:13 pm
por Morcego
PRick escreveu:
Jacobs escreveu:
morcego escreveu:uhmmmm TEM QUE TER UM CONTRATO PRA MAIS DE 100 UNITS do contrario, não vejo como se justifique FABRICAR AQUI.


Justifica sim... e o mercado civil? :wink:


Pois é, as FA´s podem representar um mercado para o início da produção, principalmente, para o modelo EC-725, depois ele poderia ser vendido ao mercado civil, já que é muito usado em Plataformas Off-Shore.

[ ]´s


bom, é tem fundamento, afinal, acho qeu somos o 2.º OU 3.º maior pais em numero de HELIS.

com o erro não tenho compromisso, POR TANTO, vcs me convenceram.

Enviado: Qua Nov 14, 2007 12:14 pm
por orestespf
morcego escreveu:Por favor, deixem eu dar o meu PITACO.

EVIDENTEMETNE cada um acredita no que quizer, TODA VIA, existe uma diferença BASICA.

SE EU VEJO UMA LARANJA NA MINHA FRENTE, não tem como vc vir e me falar, NÃO ISSO É O QUE VC ACREDITA eu acredito que isso é um avião.

ORAS esta CLARO, LIMPIDO E FIRME COMO O EVERESTE que a LARANJA é uma LARANJA não um avião.

logo, PARA ACREDITAR QUE UMA LARANJA É UM AVIÃO, VC TEM QUE SER MUITO MAS MUITO FROXO COM SUA OPINIÃO, OU SEJA, UM LARANJA.


Hehehehehe

Você fala que uma laranja é uma laranja, só porque seus olhos dizem ser uma laranja, mas não é bem assim. Basta estudar física quântica para se apavorar muito. hehehehe

Mas lhe um exemplo singelo: um daltônico. Este vê uma cor (digamos vermelha), mas o seus olhos através do cérebro diz que é outra (verde).

Ou seja, um daltônico vê uma coisa, está ali, mas jura de pé junto que é outra coisa, pois o seu cérebro faz a decodificação errada da coisa.

Resumindo, sua comparação não é boa, talvez seja "daltônico" para certas coisas. hehehe


Abração,

Orestes

Enviado: Qua Nov 14, 2007 12:16 pm
por Morcego
Quem disse que se identifica uma laranjá apenas pela cor?

podemos imaginar então que a FAB é dautonica?

OU ELA TEM PROBLEMA DE OLFATO?

OU ELA É TÃO PROBLEMATICA QUE NÃO TEM NENHUM DOS SENTIDOS?

Enviado: Qua Nov 14, 2007 12:17 pm
por Gerson Victorio
orestespf escreveu:
morcego escreveu:Por favor, deixem eu dar o meu PITACO.

EVIDENTEMETNE cada um acredita no que quizer, TODA VIA, existe uma diferença BASICA.

SE EU VEJO UMA LARANJA NA MINHA FRENTE, não tem como vc vir e me falar, NÃO ISSO É O QUE VC ACREDITA eu acredito que isso é um avião.

ORAS esta CLARO, LIMPIDO E FIRME COMO O EVERESTE que a LARANJA é uma LARANJA não um avião.

logo, PARA ACREDITAR QUE UMA LARANJA É UM AVIÃO, VC TEM QUE SER MUITO MAS MUITO FROXO COM SUA OPINIÃO, OU SEJA, UM LARANJA.


Hehehehehe

Você fala que uma laranja é uma laranja, só porque seus olhos dizem ser uma laranja, mas não é bem assim. Basta estudar física quântica para se apavorar muito. hehehehe

Mas lhe um exemplo singelo: um daltônico. Este vê uma cor (digamos vermelha), mas o seus olhos através do cérebro diz que é outra (verde).

Ou seja, um daltônico vê uma coisa, está ali, mas jura de pé junto que é outra coisa, pois o seu cérebro faz a decodificação errada da coisa.

Resumindo, sua comparação não é boa, talvez seja "daltônico" para certas coisas. hehehe


Abração,

Orestes


Essa do daltônico foi boa!!!!!! :lol: :lol: :lol:

Enviado: Qua Nov 14, 2007 12:17 pm
por orestespf
morcego escreveu:Quem disse que se identifica uma laranjá apenas pela cor?

podemos imaginar então que a FAB é dautonica?

OU ELA TEM PROBLEMA DE OLFATO?

OU ELA É TÃO PROBLEMATICA QUE NÃO TEM NENHUM DOS SENTIDOS?


Não me referi a cor alaranjada, mas a fruta laranja (parte da física quântica).

Depois eu dei um exemplo envolvendo cores, mas sem ligação alguma com a citada fruta.

Enviado: Qua Nov 14, 2007 12:18 pm
por A.K. for T-7
morcego escreveu:uhmmmm TEM QUE TER UM CONTRATO PRA MAIS DE 100 UNITS do contrario, não vejo como se justifique FABRICAR AQUI.


São no mínimo quatro BAVEx a serem completados (1 em Manaus, 1 em Campo Grande, 2 em São Paulo), com previsão de pelo menos mais 1 (na Região Sul)...

Cada um tem que ter pelo menos duas Cias (Esquadrões?) de Manobra, cada qual tem três Pelotões (esquadrilhas?) de quatro helos, ou seja, 24 helos médios de transporte (EC735) por BAVEx. São 120 helos para os 5 BAVEx. Fora helos para a FAB e MB...

Cada Bavex deve ter uma Cia de Ataque, com 9 a 12 helos (Tiger). São 45 a 60 helos de ataque. Só para o EB.

E temos que considerar mais um BAVEx no PA (porção leste da Amazônia) e um no NE (região de Petrolina/norte da BA)...

E aí? Volume tem...