Programa de Reaparelhamento da Marinha

[Andre Correa]

Uma hora aqui não podemos ter pensamento de vira-lata, depois vem o papo de custos altos, que não podemos suportar, etc...
tá difícil encontrar os que se mantém firme a palavra...
As vezes quando leio notícias aqui parece que estão a falar de um Brasil que não conheço...
Querem ToT de caças, pra fazer 3 ou 4 dúzias e sonhar com um 5G, querem ToT de SSN para fazer nem meia dúzia, querem ToT de Fragata pra fazer nem 10, querem ToT de NAPaoC pra fazer 1 ou 2, e dinheiro pra depois continuar tudo isso a escala e com desenvolvimento a visar o futuro??? De qual Brasil estão a falar? Pois o Brasil que eu conheço opera equipamento baseado nos anos 70 (Leopard, F-5 e Vosper), e mesmo assim, sofre para mantê-los, e não tem equipamento pra fazer Guerra nem por 1 semana com um país do mesmo poder económico do seu... A cada ano vemos apenas as frotas a diminuir, ou serem trocadas por equipamentos relativamente menos capacitados que os anteriores, na época em que foram adquiridos...
E quando surge uma oportunidade de ter algo realmente com poder de fogo começam a vestir-se em vira-latas e a dizer que isso é caro, que vai ter downgrade, que não temos necessidade disso (lembrando o NJ em relação ao F-35) e a mostrarem que realmente somos o primo pobre entre os Top 10 mundiais...
AB na MB só se for por vontade do GF, pois tbm acho que a MB está centrada em adquirir meios semelhantes aos que já tem, apenas com uma maior capacidade, e continuar com seus projectos para SSNBR e meios de superfície... mas o Logístico deles poderia ser interessante, se adquirido o Fort George também, pois quem tem 1, não tem nada... e temos o A-12 a voltar em breve, a precisar de um navio desses sempre ao seu lado...
Por isso vamos parar de se doer só porque a proposta assustou os mais vermelhuxos, e analisar apenas tecnicamente, sem opiniões idiológicas...

[faterra]

Receito chá de "PauMeu" para levantar o moral dos descrentes.
Este papo de sucata tá pior que ranço podre. Não desgruda.
Na realidade a única aquisição de oportunidade que pode acontecer, conforme informação dos ilustres Marinheiros, é o navio de apoio logístico. E ficaremos muito bem servidos se acontecer.

[Carlos Lima]

Sei lá... não acho que a questão está relacionada a azuis, vermelhos, verdes, mas se não temos $$$$ para fazer um real investimento na industria naval nacional e saímos pela tangente e eventualmente adiquirimos navios que são realmente caros de manter e são usados, a coisa toda pode jogar planos que realmente seriam benéficos para a MB e construções que seriam de acordo com as suas especificações no lixo e isso é lamentável.

Os americanos não dão ponto sem nó... se estão oferecendo esse tipo de navio com esse tipo de complexidade de sistemas é porque no mínimo não tem muito interesse que continuemos a desenvolver os nossos...

Esse é um filme que já vimos ínumeras vezes e acho que não deveria ser surpresa para nenhum de nós.

Então... sei lá... não é derrotismo é realmente já ter visto essa novela a mais de anos e acho que deveríamos minimizar esse tipo de dependência.

O navio Logístico é outra história... e nesse caso concordo plenamente, as type 23 sei lá... acho que só se as nossas type 22 estiverem muito surradas mesmo.

Enfim.

Vamos ver no que isso vai dar ou se é só fogo de palha por conta de mais uma visita de chefe de estado (lembrem que esse tipo de coisa sempre acontece)

[]s
CB_Lima

[Enlil]

É bem por aí .


[].

[Andre Correa]

Mas o cb_lima concorda que até bem pouco tempo atrás o pensamento geral era de vamos de novo, dinheiro não falta, usado é coisa de vira-lata, e que hoje em dia o pensamento mudou para vamos de T-22-3 ou T-23 pois AB é coisa de rico... ou seja, estamos na fase do ou vai de usado ou veja navios parados... pois estamos com uma frota incrivelmente pequena, e sem previsões para aumenta-la, apenas para trocar 2 por 1...


1 A-12 São Paulo
4 Arleigh Burke
4 Type 22/3
2 Type 23
6 Niteróis
3 Inhaúmas
1 Barroso
2 Classe Harpers Ferry
1 Classe Fort Victoria
4 Tupi
1 Tikuna

Estou correcto nessa lista, em relação aos nossos meios?
Assim temos a frota mais capaz da AL, ficando apenas a dever nos SSN... só faltaria o $$$ para mante-la... aquele mesmo $$$ que não era coisa de vira-lata...
Aí só falta fechar o pacote de 5+5 FREMM Francesas, e pronto... agradamos gregos e troianos, e ainda temos o nosso projecto... e que conforme forem sendo incorporadas, vão dando baixa nos mais "necessitados por descanso"...

1 GT com:

A-12 + 2 AB + 1 T-22/3 ou Niteroi + 1 T-23 + 2 Sub + 1 Harper's ou Fort Victoria é algo significativo? Só faltava alguns RGM/AGM-84L e TLAM Block IV pra ficar realmente fuderoso...

[DELTA22]

Estou achando que isso tudo não passa de canto do quero-quero.
[]s

Pode até ser. Mas acho que qdo. a MB ver a planilha de custo operacional dos AB, ela vai mesmo é de type 23.

SE algumas escoltas forem compradas de 2ª mão substituindo das Pará/Garcia (friso isso porque considero que fragatas NOVAS devem vir p/ substituir as classes T-22, Niterói e Inhauma), o mais sensato é ir pelas T-23, nada de AB! Aliás, oferecer AB podem oferecer, mas pelo histórico pragmatismo da MB, aceitar é outra coisa...

Enquanto isso, deixemos as crianças sonharem acordas!

[]'s.

[Carlos Lima]

Mas o cb_lima concorda que até bem pouco tempo atrás o pensamento geral era de vamos de novo, dinheiro não falta, usado é coisa de vira-lata, e que hoje em dia o pensamento mudou para vamos de T-22-3 ou T-23 pois AB é coisa de rico... ou seja, estamos na fase do ou vai de usado ou veja navios parados... pois estamos com uma frota incrivelmente pequena, e sem previsões para aumenta-la, apenas para trocar 2 por 1...


1 A-12 São Paulo
4 Arleigh Burke
4 Type 22/3
2 Type 23
6 Niteróis
3 Inhaúmas
1 Barroso
2 Classe Harpers Ferry
1 Classe Fort Victoria
4 Tupi
1 Tikuna

Estou correcto nessa lista, em relação aos nossos meios?
Assim temos a frota mais capaz da AL, ficando apenas a dever nos SSN... só faltaria o $$$ para mante-la... aquele mesmo $$$ que não era coisa de vira-lata...
Aí só falta fechar o pacote de 5+5 FREMM Francesas, e pronto... agradamos gregos e troianos, e ainda temos o nosso projecto... e que conforme forem sendo incorporadas, vão dando baixa nos mais "necessitados por descanso"...

Sei lá,

Não a acho que não teríamos uma AB por ser "coisa de rico"... é que eu acho que ela traria compomissos até na área de infra-estrutura que iam drenar seco o orçamento da MB para planos mais ambiciosos e é aí que perdemos... temos lá um navio desses mas existe aí a chance de estarmos abrindo mão dos nossos próprios planos... porque é assim... se a MB concordar e depois reclamar vai ouvir:

-Mas voces não acabaram de comprar um P.. navio dos EUA?? O Obama não veio aqui e deu um desses para vocês??? Além disso voces querem FREMM??

Enfim... é que eu já vi esse filme antes e se isso não passar de boataria típica de visita presidencial, vamos para mais um episódio de vale a pena "a ver navios"!

Sei lá... já cansei de ver números aqui e ali e quando vou ver os navios uma coisa aqui e outra acolá não funciona... tem os terminais com com esse e aquele sistema "não operacional" porque não "mandaram" as peças... e por aí vai...

Ou seja, na lista, no super-trunfo e na casca é lindo, mas a realidade .

Vamos aguardar o que a realidade vai nos mostrar
[]s
CB_Lima

[Carlos Lima]

Pode até ser. Mas acho que qdo. a MB ver a planilha de custo operacional dos AB, ela vai mesmo é de type 23.

SE algumas escoltas forem compradas de 2ª mão substituindo das Pará/Garcia (friso isso porque considero que fragatas NOVAS devem vir p/ substituir as classes T-22, Niterói e Inhauma), o mais sensato é ir pelas T-23, nada de AB! Aliás, oferecer AB podem oferecer, mas pelo histórico pragmatismo da MB, aceitar é outra coisa...

[]'s.

Verdade Delta

Se olhar as listas de "transferência" americana para a MB até hoje... tem coisa lá do "arco da velha" !

[]s
CB_Lima

[P44]

custos de operação de um AB, alguém sabe??????

edit:

encontrei isto

Unit Operating Cost Annual Average, $20000000 [source: [FY1996 VAMOSC]

20M USD, a preços de 1996

nesta página bastante completa sobre a classe:
http://www.fas.org/programs/ssp/man/usw ... burke.html

[suntsé]

Os Estados Unidos fizeram nossos diplomata fazerem papel de amadores diante do mundo todo, quando o Brasil em conjunto com a Turquia tentou mediar a questão nuclear iraniana a pedido deles....e tem gente que ainda acredita na boa intenções desses caras.

è triste ver como existem crianças ingênuas que acreditam no canto da sereia

Caro amigo, neste terreno, somos mais do que amadores. Doeu ver a realidade? Pois é, só ficou surpreso quem acreditou mesmo no canto do sereio!

Doeu sim, para quem tem o mínimo de amor próprio doi!

Exeto para aqueles que acham isso uma coisa trivial, e se contentam com espelhinhos e miçangas

[LeandroGCard]

Leandro,eu tenho lido teus posts(e já foram vários!!!) chamando a atenção para a questão industrial rebocar "politicamente" os projetos de reaparelhamento das FAs,saiba que estou dando este post para pactuar totalmente com estas tuas idéias e exposições,a leitura dada pelo MD até agora em que "novas compras" agregarão tots diversos a uma nacionalização futura,mas visivelmente improvavél dado o descompromisso e desfaçatez políticos com as questões da defesa nacional,não levará a lugar algum,a não ser a mais postergações,interrupções de planos e projetos e as já conhecidas descontinuidades de sempre,pois só mudam as moscas.

Tenho certeza que o unico caminho crível será o apontado por voce,se desejarmos que as coisas caminhem com o suporte necessário daqueles que só pensam nos votos e naqueles que sempre contribuem com suas campanhas eleitorais.

Já está provado que para compras "avulsas" nunca existem e existirão os recursos urgentes e necessários,quem sabe se forem planos de desenvolvimento industrial que gerem renda e empregos ao operariado,visibilidade aos politicos, independente do recheio tecnológico dos projetos em sua maioria vir de fora,a coisa não vai em frente?

Acho que fazer a casca,sejam de navios de guerra ou aviões de guerra, nós com um pouco de esforço concentrado conseguiremos, e podemos buscar também
cabeças ou bureaus fora do país para auxiliarem estes projetos,então: os políticos poderão ir a TV e de forma orgulhosa e ufanista cortarem as fitas nas inaugurações dos caças e naves de guerra genuinamete construidas com o esforço de milhares de brasileiros!E poderão inclusive guardar as imagens para serem usadas nas próximas propagandas eleitorais gratuitas.

SDS.

Olá amigo Bender,

Você pegou exatamente qual é minha idéia, transformar a questão da defesa em questão de desenvolvimento industrial, envolvendo assim interesses da classe política (pelo menos local) e dos empresários, e não apenas dos militares (e entusiastas como nós).

E para este tipo de envolvimento não adianta falar em armamento secundário, sistemas eletrônicos, ou software, é preciso ir direto para as plataformas, algo grande que possa ser “inaugurado” com fotos e fitinhas vermelhas (como você muito bem lembrou), e que envolva recursos suficientes para mobilizar o grande empresariado, e não apenas grupos de engenheiros bem intencionados montando empresas de fundo de quintal para produzir 4 ou 5 mísseis por mês.

Mas para isso a cabeça de nossos militares teria que mudar um pouco, deixando de lado a otimização dos meios e tendendo um pouco mais para a otimização do mercado. Como já mencionei em outro post lá nas aéreas, as doutrinas teriam em muitos casos que sofrer adequações. Apenas como exemplo podemos citar o caso dos escoltas: A MB já deixou claro que preferiria uma classe numerosa de navios de 6000 ton de algum modelo já testado, mas se os projetos forem próprios seria muito arriscado partir para algo assim agora, o ideal seria começar com uma versão atualizada das Niterói (talvez apenas um ou dois barcos) e continuar à partir daí, com classes aperfeiçoadas e cada vez maiores até chegar ao que se deseja. Talvez ao longo do processo a marinha acabasse com quatro ou seis navios menores do que ela imagina o ideal antes de começar a se equipar com os de 6000 ton, mas se pensarmos bem isto não seria muito diferente de adquirir agora um lote de Type-23, das quais aliás não vi ninguém reclamando.

Acho muito melhor que a MB tenha que se adaptar ao que é interessante para as empresas do país produzir do que ao que é interessante para os estrangeiros nos passarem de segunda mão.


Leandro G. Card

[Corsário01]

Estou achando que isso tudo não passa de canto do quero-quero.
[]s

Pode até ser. Mas acho que qdo. a MB ver a planilha de custo operacional dos AB, ela vai mesmo é de type 23.

Walter, o que uma planilha de custo naval prioriza?

Peças de um navio que não é mais fabricado ou peças de um navio que está em plena produção????

O que é mais barato? Comprar T22B3 e ficar cliente do mercador da morte( aquele que compra todo o lote de peças de navios que não são mais fabricados para revender a marinha que for opera-lo por 200 as vezes até 300% mais caro)????

Eu prefiro um AB Flight II porque o mesmo está em plena construção, aonde peças não serão nenhum problema de encontar, já com navios velhos como os T22B3 sofreriamos o que sofremos hj com os meios que possuimos.

Minha opinião.

[Corsário01]

Aliás, volto a dizer, quero a minha Marinha FORTE JÁ e não daqui a 30 ou 40 anos. Se isso acontecer mesmo, pois com o rumo que as coisas estão tomando, eu não confio mais no que foi pregado no MD.

[alex]

Fala-se em venda de quatro AB mas não se fala do pacote em si.

Vem com sobressalentes e consumiveis? sua manutenção seria feita aqui?
Qual o Grau de independencia de uso? O equipamento é caro mas qual seria sua utilização pela MB? A MB pensaria em manter os 4 navios ou menos? O custo seria de quantos milhões? seria interessante sem os AEGI?haveria compatibilidade com outros equipamentos da MB? Seu custo afetaria futuras aquisições de navios?

Enfim, inumeras perguntas a serem respondidas para ver se o negócio vale a pena.

[joao fernando]

Quem são os mercadores da morte???

Como funciona esse mercado?