GEOPOLÍTICA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: GEOPOLÍTICA

#4711 Mensagem por Marino » Dom Abr 22, 2012 8:57 pm

Marino escreveu:Agora tenho quase certeza, nunca podemos dizer 100%, de que a entrevista é uma farsa:

© Copyright 2011 dailysquib.co.uk | The Daily Squib is a curious satirical publication and should therefore be taken fu**ing seriously

Mas valeu a pesquisa.
Squib em inglês significa sátira.
Incrível como um fake deste nível está sendo utilizado como fonte de diversos artigos.
Inacreditável!




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Re: GEOPOLÍTICA

#4712 Mensagem por FoxHound » Dom Abr 22, 2012 9:51 pm

Marino escreveu:
Marino escreveu:Agora tenho quase certeza, nunca podemos dizer 100%, de que a entrevista é uma farsa:

© Copyright 2011 dailysquib.co.uk | The Daily Squib is a curious satirical publication and should therefore be taken fu**ing seriously

Mas valeu a pesquisa.
Squib em inglês significa sátira.
Incrível como um fake deste nível está sendo utilizado como fonte de diversos artigos.
Inacreditável!
Como diria Chapolin Colorado "Suspeitei desde o principio".




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Re: GEOPOLÍTICA

#4713 Mensagem por Snowmeow » Dom Abr 22, 2012 10:35 pm

Bom... Menos mal.




"Não cortes uma árvore no Inverno; sentirás falta dela no Verão." J. N. Dias
"Você sabe porque USA nunca sofreu golpe de estado? Porque em USA, não existe embaixada de USA." Michele Bachelet, nova presidenta do Chile
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Re: GEOPOLÍTICA

#4714 Mensagem por Marino » Seg Abr 23, 2012 12:13 pm

Correio Braziliense             
VISãO DO CORREIO
Míssil indiano é mais um alerta à ONU

À sombra da inércia das Nações Unidas, que os Estados-membros, alheios à entrada da humanidade em uma nova era, resistem em reformar, cresce a sensação de insegurança internacional, e não apenas pela profunda crise econômica e financeira que consome potências mundiais. Também sem solução, a questão ambiental se agrava a olhos vistos e a fome continua a envergonhar. Mas o retrocesso se verifica mais fortemente na paralisia em relação à política de não proliferação de armas nucleares, que já traz de volta o espectro da corrida armamentista e da Guerra Fria, com ameaças veladas despontando num cenário de franca disseminação de artefatos bélicos de grande alcance destrutivo. Pior: com o ingrediente extra do risco de tais armamentos caírem em mãos de terroristas, o que teria resultados inimagináveis.

Até hoje, são cinco (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) as nações que compõem o clube atômico, embora não seja segredo que Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte produzam a bomba. Na semana passada, o terror atacou com precisão áreas fortemente policiadas no Afeganistão, reforçando as suspeitas de apoio paquistanês a forças afegãs dos talibãs. Mais uma preocupação, portanto, é o perigo crescente da infiltração de radicais em posições-chaves de órgãos governamentais, sobretudo de inteligência. Outros sinais recentes de alerta foram a fracassada tentativa norte-coreana de pôr um satélite em órbita, em clara demonstração de força, e, na sequência, o bem-sucedido lançamento, em meio a declarações ufanistas, de um míssil intercontinental indiano.

O Agni V tem potencial para levar ogivas nucleares a até 5 mil quilômetros de distância, raio em que, rumo ao norte, se localizam a capital e a segunda mais importante cidade chinesa, Pequim e Xangai. Rivais históricos em disputa territorial não resolvida, os dois países lideram a corrida armamentista. Mas a Índia também tem problemas na fronteira noroeste, com o Paquistão. Como é regra cada país ameaçado reforçar o sistema de defesa, fica fácil imaginar o efeito cascata a ser desencadeado pelo míssil indiano, a começar pela expectativa de uma resposta iraniana. Teerã, ressalve-se, já assombra o mundo com investimentos em enriquecimento de urânio e formação de estoques de combustível nuclear. E recebe o tratamento padrão: desgastadas e parciais sanções, como o embargo às compras europeias de petróleo.

A cada peça movida nesse xadrez nefasto, perde a civilização, que já não consegue arbitrar o jogo. Falta representatividade à ONU, cuja ação tem se limitado à imposição de boicotes, determinados segundo interesses do restrito grupo de controle do Conselho de Segurança. Em março, por exemplo, quando líderes de 53 países se reuniram em Seul, na 2ª Cúpula de Segurança Nuclear, destacou-se a importância do papel da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), como se a retórica bastasse para recuperar o respeito do organismo. Na ocasião, sobressaiu declaração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: “Ainda há muitos atores ruins em busca desses materiais perigosos”. Caberia a ele — como tentou fazer o antecessor, George W. Bush, com a divisão do mundo entre um eixo do bem e outro do mal — decidir quem pode ou não deter tal poder de fogo?




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Re: GEOPOLÍTICA

#4715 Mensagem por Marino » Seg Abr 23, 2012 12:53 pm

Atenção às terras raras
Teresa Surita - Deputada Federal (PMDB-RR)
No estágio em que se encontra a indústria mundial, os óxidos e as ligas de terras-raras são
indispensáveis à fabricação de bens estratégicos. A recente disputa instaurada no âmbito da
Organização Mundial do Comércio pelos Estados Unidos, Comunidade Européia e Japão contra a China
em torno dos terras-raras desnuda uma realidade à qual não se pode fugir: inexistem, hoje, outros
produtos minerais capazes de substituir os terras-raras.
As grandes potências despertaram tardiamente para um fato perturbador: a China detém o
monopólio dos terras-raras necessários para construir satélites, caças supersônicos e sistemas de
comunicação. A indústria de ponta do planeta está nas mãos da China, que produz 90% das ligas
metálicas com terras-raras.
Beneficiada pela abundância de terras-raras que caracteriza a geologia de seu território, a China
implantou uma cadeia produtiva, lastreada em preço e quantidade, que motivou centros produtores como
os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália a interromper o processamento dos elementos contidos,
acima de tudo, nos minerais dos grupos da bastnaesita, da monazita, das argilas iônicas e do xenotímio.
O Brasil chegou a produzir óxido de lantânio a partir da monazita. Na contra-mão da China, o
Estado brasileiro não compreendeu que os bens fabricados a partir dos terras-raras seriam
indispensáveis, inclusive por dinamizarem a balança comercial. Não se elaborou, então, uma política
para o setor.
No dia 13 de abril, a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais Geológico deu início a uma
avaliação do potencial de terras-raras no Brasil. Essa tarefa se estenderá até 2014 e, em um primeiro
estágio, implicará o levantamento de terras-raras em três províncias minerais localizadas em Roraima e
no Amazonas.
Esse estudo não pode, contudo, encerrar-se em si mesmo. Deve ser encarado como um
movimento no sentido de obter informações precisas que possibilitem o planejamento de uma cadeia
produtiva de óxidos e ligas de terras-raras no país. É indispensável ter em mente a necessidade de se
criar um pólo de desenvolvimento tecnológico dedicado ao assunto, semelhante ao do setor petrolífero,
um modelo paradigmático.
A consciência de que dominar o ciclo produtivo dos elementos de terras-raras exigirá
determinação política e disciplina programática levou o Conselho de Altos Estudos da Câmara dos
Deputados a aprovar minha proposta para realizar um amplo estudo sobre terras-raras e minerais
estratégicos, com vistas a sinalizar para o Poder Executivo a necessidade de o Brasil conquistar
autonomia no setor.
O que se quer é ter clareza sobre o que é necessário para o país colocar-se em situação
privilegiada quanto à disponibilidade de elementos de terras-raras, dominar a tecnologia de separação e
processamento e dar condições ao parque industrial de desenvolver a cadeia produtiva dos minerais
mais estratégicos.
Afinal, se o Brasil pretende materializar realizar sua plena potencialidade, é indispensável não
negligenciar o uso dos recursos naturais estratégicos disponíveis em nosso território, criar fortes linhas
de pesquisa e desenvolvimento das tecnologias de extração e processamento, bem como fomentar a
constituição de empresas nacionais que permitam perenizar em nosso país o conhecimento e a estrutura
industrial.




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Re: GEOPOLÍTICA

#4716 Mensagem por Marino » Seg Abr 23, 2012 12:54 pm

DIPLOMACIA
Patriota volta à África
O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, desembarca hoje na África, em
sua quarta viagem ao continente. Ele visitará Etiópia, Tunísia e Mauritânia, para mostrar que a região é
uma prioridade da política externa brasileira. Antes de embarcar, Patriota expôs a importância do laço
diplomático. “Hoje, já temos mais embaixadas na África do que o Reino Unido”, comentou. A situação da
Guiné Bissau e do Mali, que sofreram golpes de Estado nos últimos dias, é uma das principais
preocupações do Brasil. O ministro pretende discutir soluções e mostrar que está disposto a contribuir
para um possível diálogo.




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Re: GEOPOLÍTICA

#4717 Mensagem por Marino » Seg Abr 23, 2012 5:13 pm

Fazer o que, não é?
-----------

Brasil adota medidas da ONU contra armas de destruição em massa
23 de abril de 2012 • 14h07 • atualizado às 14h15

As autoridades brasileiras estão obrigadas a adotar, a partir desta segunda-feira, no âmbito de suas respectivas atribuições, medidas dispostas em duas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas que tratam do combate à proliferação de armas de destruição em massa. A determinação consta em um decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff publicado hoje no Diário Oficial da União, e alcança as armas nucleares, químicas e biológicas que constituam ameaça à paz e segurança internacionais, além dos vetores de lançamento para o transporte desses armamentos até o alvo, a exemplo de mísseis e foguetes.
Segundo o Itamaraty, com a publicação, o governo brasileiro dá início à implementação das medidas de desarmamento que também serão adotadas por todos os Estados-membros da ONU. A iniciativa é fruto de preocupação mundial com o terrorismo e o tráfico ilícito de armas, entre outras ameaças à paz e à segurança internacionais.
De acordo com a Resolução 1.540, é necessário que os Estados-membros resolvam, por meios pacíficos, quaisquer problemas que representem ameaça ou distúrbio à manutenção da estabilidade regional ou global. Pela resolução, isso inclui os compromissos relativos ao controle de armamento, ao desarmamento e à não-proliferação, em todos os seus aspectos, de qualquer arma de destruição em massa. O documento criou o Comitê 1.540, para adotar efetivamente suas normas e encorajar os Estados-membros a prepararem planos de ação nacionais de implementação traçando projetos e prioridades.
Já a Resolução 1.977, mais recente entre as adotadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas tratando do tema, reafirma documentos anteriores, a exemplo das resoluções 1.673 , de 27 de abril de 2006, e 1.810, de 25 de abril de 2008, além da própria Resolução 1.540. A norma também cobra a implementação das medidas anteriormente aprovadas.
 




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Re: GEOPOLÍTICA

#4718 Mensagem por cnaves » Ter Abr 24, 2012 2:31 pm

:shock: :shock: :shock:

Bolivia: Venezuela has five military bases in the country


(click on photo for larger view)

Bolivian legislator Norma Piérola has denounced the existence of five Venezuelan military installations in the countryside. Piérola, member of the Convergencia Nacional (National Convergence party), asserted that the military bases have existed since at least 2010.

Piérola made the statement during a session of the Legislative Assembly, in the presence of Defense Minister Rubén Saavedra and Government Minister Carlos Romero. Saavedra denied the military bases’ existence but declared that there are Venezuelan army personnel in Bolivia as part of an “educational exchange program” with friendly countries.

The Bolivian Constitution forbids any military installations from a foreign country.




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Re: GEOPOLÍTICA

#4719 Mensagem por marcelo bahia » Qui Abr 26, 2012 2:18 am

25 de Abril, 2012 - 11:26 ( Brasília )

Geopolítica

"Vamos unir a Embraer e a Bombardier"

Governador-geral do Canadá oferece à presidente brasileira a abertura de 12 mil vagas para bolsistas do Ciência sem Fronteiras

Imagem

DAVID JOHNSTON e SÍLVIO RIBAS

Um dos principais destinos de estudos no exterior dos brasileiros, o Canadá espera ganhar também posição de destaque no programa federal Ciência sem Fronteiras, que oferece bolsas de graduação e pós-graduação com ênfase em ciências exatas, engenharia, medicina e ciências da computação.

Para o governador-geral do país, David Johnston, que dedicou 54 dos seus 70 anos à carreira acadêmica, sofisticar as relações bilaterais de ensino também favorecerá parcerias tecnológicas e comerciais. Entre os alvos está a exploração do pré-sal e até uma inusitada cooperação das rivais da indústria Aeronáutica Embraer e Bombardier. "Não há nada melhor do que o conhecimento para agregar valor à produção nacional", disse o representante da chefe de Estado do Canadá, a rainha britânica Elizabeth II, em viagem oficial a Brasília. Ele promete agilizar a expedição de vistos para estudantes e ontem ofereceu à presidente Dilma Rousseff a abertura de 12 mil vagas para o programa que visa incentivar a inovação industrial. A seguir, os principais trechos da entrevista exclusiva ao Correio.

Como o Canadá pode colaborar com o esforço do governo brasileiro para capacitar mão de obra e estimular a inovação?

De várias formas. Os dois países têm uma oportunidade histórica para melhorar as suas relações nos campos da educação e do desenvolvimento tecnológico. Concordamos com a avaliação do governo brasileiro de que não há nada melhor do que o conhecimento para agregar valor à produção nacional. Nesse sentido, acreditamos que as instituições de ensino e pesquisa do Canadá podem ser uma das principais aliadas do Ciência sem Fronteiras, dentro da meta de enviar, em quatro anos, 100 mil bolsistas ao exterior.

Além de receber bem os beneficiados pelo programa federal, oferecemos a vantagem de laboratórios especializados em áreas complementares como agricultura, energia, indústria aeroespacial, telefonia móvel e gestão de recursos hídricos. Nesse ambiente, as fabricantes de aviões Embraer e Bombardier podem firmar acordos de cooperação para desenvolver produtos e terceiros mercados. O embaixador do Canadá no Brasil e o presidente da Embraer, inclusive, têm tido reuniões periódicas, a cada seis meses, para evitar conflitos comerciais como houve no passado.

Com um comércio global cada vez mais agressivo, quais são os espaços de cooperação?
Nossos países têm muitas características comuns — vastos territórios com paisagens naturais preservadas e um excepcional multiculturalismo — que servem de pontes para a cooperação comercial e, sobretudo, para o intercâmbio de ideias. Temos orgulho de nossos recursos humanos e tecnológicos, que podem ser úteis ao projeto brasileiro de prover a indústria de inovação e competitividade. Também conhecemos bem o desafio de explorar com responsabilidade uma expressiva e variada riqueza mineral. As áreas de interesse bilateral são óbvias e a conquista da tecnologia é o desafio para dar novos rumos à agenda de cooperação.

O esforço do Brasil para retirar petróleo do pré-sal pode ser uma dessas "áreas óbvias" de parceria?

A extração de petróleo e gás nos campos do pré-sal brasileiro é um bom exemplo de muitas oportunidades de entendimento, tendo como alvo a capacitação tecnológica. Temos centros especializados em grandes operações no fundo do mar, que exigem soluções cada vez mais sofisticadas e seguras. Esta, aliás, é uma nova fronteira econômica e tecnológica para toda a civilização humana, aberta após 10 mil anos lidando com os oceanos. Acredito que, no futuro próximo, técnicos brasileiros e canadenses da área petrolífera poderão trabalhar juntos em missões dentro e fora de seus países. Acreditamos também no crescimento da qualidade e quantidade das relações comerciais bilaterais.

Estudantes têm reclamado da demora de semanas para obter vistos para viajar ao Canadá.

Ouvi relatos nesse sentido e reconheço que a expedição de vistos para estudantes brasileiros pode ser aperfeiçoada para garantir agilidade. Estamos trabalhando nesse sentido, dentro dos limites do regime estabelecido pelo ministério canadense de cidadania e imigração. Em paralelo, fazemos uma aposta nas relações acadêmicas de mais longo prazo, o que facilitará cada vez mais o trânsito de brasileiros e canadenses. Mesmo já tendo o reconhecimento de que o Canadá oferece educação de qualidade com preços competitivos, queremos que o perfil médio de permanência dos estudantes brasileiros no país seja ampliado.

A maioria dos atuais 20 mil está matriculada em cursos de idiomas (inglês e francês) e fica só até seis meses. O diferencial que propomos para uma nova fase é o da igualdade de oportunidades, sim, mas com excelência ao mesmo tempo. Em décadas passadas, nosso país percebeu grande demanda por educadores para níveis superiores e renovou seu quadro docente enviando estudantes a grandes universidades britânicas e francesas. Acreditamos que dezenas de milhares de brasileiros podem participar de projeto semelhante, trazendo para seu país conhecimento e ideias do exterior.

Fonte: Correio Braziliense.




Diplomata Alemão: "- Como o senhor receberá as tropas estrangeiras que apoiam os federalistas se elas desembarcarem no Brasil??"

Floriano Peixoto: "- Com balas!!!"
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Re: GEOPOLÍTICA

#4720 Mensagem por Marino » Qui Abr 26, 2012 12:44 pm

 Re: Geopolítica
Do Forças Terrestres
Dois importantes generais falam sobre América Latina, Brasil e Estratégia
26 de abril de 2012, em Análise, Estratégia, por Galante

1. Reunião da UPLA-FLC/DEM-FHS/AL-FAES/PP/ES em S. Paulo dias 23-24 de abril. General (r) Juan Emilio Cheyre –ex-comandante do exército chileno e, hoje, Diretor do Centro de Estudos Internacionais da PUC-Chile, e General (r) Sergio Conforto –ex-comandante dos exércitos do sudeste e centro-oeste do Brasil, ex-ministro do STM e, hoje, professor de estratégia da FAAP-SP.

2. Gen. Cheyre.

2.1. Há matizes na politica exterior do Brasil e sua ação externa. Uma coisa é ter porte de potência e outra coisa é exercer este poder. Brasil aspira ser potência marcando diferenças com EUA e UE. Atuação internacional dos Países depende das condições internas além das externas.

2.2. BRICs. Afinal, o que os une além do tamanho? China e Brasil têm objetivos contrapostos. EUA desistiu de ser guardião do mundo. Quer parceiros regionais. Mas não é suficientemente coincidente com Brasil. América Latina não é realidade única. Há forças assimétricas e dissociativas. Há muitos pactos, tratados e convênios na região. Mas não se complementam, como Unasur e Pacto do Pacífico (Chile, Peru, Colômbia e México).

2.3. AL é única região em que não há guerra. Mas é onde a criminalidade é a maior pelo narcotráfico. Brasil: indefinição sobre combate ao tráfico. Brasil, agora com Dilma, tende a se preocupar mais com seus problemas internos. Fatores internos dos países são básicos para sua ação externa: qualidade das instituições, criminalidade, facilidade para fazer negócios, competitividade, pobreza e diferenças, etc. É um fator de poder. Brasil –por isso- não tem como exercer internacionalmente, o poder potencial que tem. Há, também, que pagar por este exercício de poder.

2.4. Na AL, Brasil tanto joga na ALBA como fora dela. China vota pouco no CS-ONU. Países da África votam pela China. Presença na África (e na AL) é preocupante. Interesse da China na África é que não há Estado de Direito.

3. General Sergio Conforto.

3.1. Fronteira terrestre do Brasil é 40% da circunferência do Equador e marítima é a distância Santos-Lisboa. Inteligência Militar: não apenas ter informações, mas convencer potenciais adversários que não valem a pena confrontos. O debate nacional sobre Defesa foi aberto em dezembro de 2008: “A Nova Defesa do Brasil” com planejamento para 20 anos. Exército se concentra na questão cibernética, Marinha na questão nuclear e Aeronáutica na questão espacial.

3.2. Mas, para isso, além dos 0,8% do PIB que as FFAAs gastam atualmente, há que se agregar mais 2,5% do PIB todo ano daqui até lá. Pré-Sal é foco da Marinha como defesa, afinal é uma Amazônia Azul pela área e pelos interesses que desperta. Brasil precisa controlar todo o Ciclo Nuclear até 20% de enriquecimento para produção de energia. Uma segunda esquadra na embocadura do rio Amazonas, completar efetivo do exército que está menor que o da lei, criar uma cortina eletrônica no oeste (tráfico de armas e drogas). Há 16 anos que Brasil discute que tipo de avião-caça comprar.

3.3. Plantação de Maconha no Paraguai tem 100 km de extensão. É plantada em bosques para encobrir. Cocaína na Bolívia com fronteiras abertas ao tráfico. Brasileiros controlam um e outro caso.

FONTE: Ex-Blog do Cesar Maia




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Re: GEOPOLÍTICA

#4721 Mensagem por Marino » Sex Abr 27, 2012 12:10 pm

Valor Econômico             
Amazonas poderá ter acesso ao Pacífico
Rosangela Capozoli


São Paulo - O "Acesso Nordeste ao Rio Amazonas" é um dos três projetos estruturantes compreendidos no Eixo Amazonas. O projeto envolve Colômbia, Brasil, Equador e Peru e está estimado em US$ 105,52 milhões. Seis obras individuais fazem parte do projeto: a melhoria da navegabilidade dos rios Içá e Putumayo, o porto de transferência de Carga Morona, a melhoria da navegabilidade dos rios Morona e Napo, e o Porto Providência. Segundo o projeto, "ligando as vias leste-oeste no Equador, Colômbia e Peru, que se articulam com os rios Putumayo, Morona e Napo, a obra irá conectá-las aos rios Içá e Amazonas e chegar à Manaus."

Ao melhorar a navegabilidade desses quatro rios (Putumayo, Içá, Morona e Napo), e implantar hidrovias e terminais fluviais pertinentes, o projeto promove a junção à capital amazonense, sem perder de vista a possibilidade de conexão com mercados ultramar, que se abrem pelas portas do Amazonas. "O rio Içá servirá para que o oeste do Brasil tenha uma saída para o porto Tumaco, no Pacífico. O rio faz fronteira com Equador, Peru e Brasil. Vamos fazer um estudo de navegabilidade e acordo com os países fronteiriços com início em julho próximo e com resultados esperados já para o próximo ano", diz Jean Philippe Pening Gaviria, diretor de Infraestrutura do Departamento Nacional de Planejamento da Colômbia.

O Eixo Escudo Guianês (4) deverá receber US$ 1,05 bilhão e integra o Brasil, Guiana, Suriname e Venezuela. Um dos projetos é a Recuperação da Rodovia Caracas-Manaus que consumirá R$ 480 milhões em melhorias ao longo dos 2.250 quilômetros que ligam as duas cidades. A rodovia une Roraima e Amazonas ao mar do Caribe. "O objetivo é o desenvolvimento sócio-econômico e comercial do Amazonas e de Roraima", diz Lúcia Barillo, assessora internacional do Ministério dos Transportes.

Outro projeto do Eixo Escudo Guianês é a melhoria e pavimentação da Rodovia Boa Vista a Georgetown. Entre as cidades de Lethem e Linden são 438 quilômetros que serão pavimentados a um custo de R$ 270 milhões numa iniciativa que integra Brasil e Guiana. Será a primeira rodovia pavimentada a atravessar toda a Guiana, reduzindo o acesso do Amazonas e de Roraima à costa do Caribe.

O terceiro projeto estruturante do eixo 4 são as rodovias de conexão entre Venezuela, Guiana e Suriname. Cerca de US$ 300 milhões estão previstos na execução dessas conexões que formarão um corredor rodoviário de integração no eixo litorâneo, ligando Guayana, na Venezuela, Georgetown, na Guiana, e Paramaribo, no Suriname. A construção de uma ponte sobre o rio Coren Tyne deve reduzir o gargalo no transporte provocado pela utilização de uma balsa.

A área de influência do projeto Eixo Escudo Guianês compreende uma superfície de 4 milhões de km2, equivalente a 40,80% da área dos países que integram o eixo.

O Eixo Peru, Brasil, Bolívia foi outro tema debatido, sobretudo a ligação rodoviária entre Porto Velho e o litoral peruano, que inclui uma ponte sobre o rio Madeira. Esse eixo, de número 8, prevê investimento de US$ 119 milhões e é um dos menores eixos de Integração da Infraestrutura da América do Sul. Sua área estimada totaliza 1.146 mil km2 e sua população em 2008 somava 10 milhões.




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Re: GEOPOLÍTICA

#4722 Mensagem por Marino » Sex Abr 27, 2012 12:28 pm

Ações do documento

Brasil evita desgaste com a Bolívia por conta da OAS
Autor(es): Por Fabio Murakawa | De São Paulo
Valor Econômico - 27/04/2012
 

A presidente Dilma Rousseff colocou panos quentes na polêmica envolvendo a anulação do contrato para a construção de uma estrada na Bolívia pela empreiteira brasileira OAS. Em conversa com o presidente Evo Morales, há duas semanas, Dilma disse que o governo brasileiro "não é advogado da OAS" e que o Brasil não vai forçar a Bolívia a fazer algo que não queira por meio de interferência política, segundo fontes próximas ao tema.

A presidente, porém, reiterou que a medida não agradou ao Brasil e disse a Morales que as boas relações entre os países "passam pela capacidade de as empresas brasileiras fazerem negócio na Bolívia".

"Não podemos dar a impressão de que somos porta-vozes da empresa. Mas achamos que o governo boliviano foi além nesse caso", disse uma autoridade brasileira.

Dilma disse ainda querer evitar que La Paz execute a garantia bancária de US$ 29 milhões depositada pela OAS, o que prejudicaria a empresa. O governo brasileiro vem pressionando Morales para que não o faça. "Minha expectativa é que na semana que vem nós tenhamos notícias tranquilizadoras, que evitem criar desgaste político sem necessidade", disse uma fonte.

Por orientação de Dilma, o Brasil não dificultará o acesso do país vizinho a financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para obras executadas por empresas brasileiras. O banco avalia atualmente a possibilidade de financiar um projeto de mineração avaliado em US$ 500 milhões envolvendo a empresa brasileira Setal e a espanhola Técnicas Reunidas para a produção de zinco metálico nos Departamentos (Estados) de Oruro e Potosí. Segundo uma fonte, o BNDES acompanha o desfecho do caso da estrada, mas "não considera que a polêmica afete a avaliação outros de projetos na Bolívia".

Diferentes fontes dão explicações diversas para a postura da presidente. A versão unânime é que, na avaliação de Dilma, esse impasse não deveria contaminar as relações bilaterais, que envolvem outros temas importantes, como gás e combate ao narcotráfico.

Outro fator é a percepção em Brasília de que muitas das decisões tomadas por Morales são motivadas pela alta temperatura do ambiente político boliviano. "Medidas como essa são muito mais marketing político do que intenção de dar uma pancada no Brasil. Não nos interessa ter um conflito com o vizinho", disse uma fonte.

Outra fonte deu ainda uma explicação local. "Há aí também um componente de política interna brasileira. Não foi a Dilma quem levou essa empresa para a Bolívia", disse. O acordo entre a OAS e o governo boliviano foi fechado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008.

A estrada foi pivô de uma das maiores crises do governo Morales, por atravessar o território indígena Tipnis sem que houvesse um acordo com os nativos. Orçada em US$ 415 milhões, ela contava com um financiamento de US$ 332 milhões do BNDES.

O BNDES não desembolsou nem um centavo do financiamento, em grande parte por conta das idas e vindas do governo boliviano no caso. Pressionado por uma marcha indígena, que teve amplo apoio da opinião pública, Morales assinou uma lei que impede qualquer obra de atravessar o parque. Isso desagradou sua base política de cocaleiros em Cochabamba, o que levou o presidente a aprovar uma consulta prévia sobre a obra.

No dia do anúncio, Brasília cogitava a possibilidade de evitar um encontro entre Dilma e Morales na Cúpula das Américas, dias depois na Colômbia. Morales, porém, não só conseguiu o encontro como voltou a La Paz dizendo que Dilma era "uma mãe" para a Bolívia.

Morales alegou que a OAS descumpriu prazos, além de apontar outras irregularidades, como a falta de apresentação de informes relativos a serviços prestados pela empresa e de sinalização nas obras, entre outros. Nesta semana, a OAS enviou uma carta ao governo boliviano contestando os argumentos. E se disse interessada em reativar o contrato. Ninguém no governo brasileiro, porém, acredita que isso venha a acontecer.




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Re: GEOPOLÍTICA

#4723 Mensagem por henriquejr » Sex Abr 27, 2012 12:49 pm

Ta certo que as relações bilaterais entre dois países não deve ser atingida por causa de problemas envolvendo interesses privados mas também acho que o Brasil não deve aceitar que seja utilizado como "saco de pancadas" para líderes populistas desviarem a atenção do seu povo! Isto vai de encontro com a política do Brasil em promover a democracia entre as nações sob sua influência!




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Re: GEOPOLÍTICA

#4724 Mensagem por Marino » Sex Abr 27, 2012 12:54 pm

Perfeito!!!!!!!!!




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Re: GEOPOLÍTICA

#4725 Mensagem por mmatuso » Sex Abr 27, 2012 2:26 pm

Lógico que o Evo considera a Dilma uma mãe, as empresas e BNDS estão investindo pesado em projetos e os caras lá parecem que estão fazendo o que querem.

Se a Dilma é uma mãe o Evo é um daqueles moleques birrentos e ranhento que não toma banho quando a mãe manda.

Fora que o Santos foi mal recebido por lá, isso já seria motivo para retirar o embaixador dos país. [004] [003]




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