MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4681 Mensagem por LeandroGCard » Dom Set 21, 2014 4:06 pm

Bourne escreveu:Agora fica claro o que é BC independente.

E, o mais importante, os problemas que antecedem a discussão sobre BC independente e foram ignorados nessa eleição. Esses temas o Brasil não chegou perto de resolver, discutir de fato e, talvez, nem considerar um problema.


Fábulas e Mistificações no Debate sobre a Proposta de Independência do Banco Central do Brasil: uma leitura middle-of-the road
21 domingo set 2014.
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Em suma, não existe razão para temer um Banco Central Independente desde que (a) os objetivos da política monetária sejam definidos pelos representantes eleitos pelo povo, mais precisamente, o Presidente da República e os ministros por ele escolhidos (no caso brasileiro, o Ministro da Fazenda e o Ministro do Planejamento que formam o Conselho Monetário Nacional); (b) O Presidente e a Diretoria do Banco Central sejam politicamente nomeados, ou seja, indicados pelo Presidente da República e aprovados pelo Congresso Nacional (no caso brasileiro, o Senado Federal); (c) os objetivos da política monetária sejam redefinidos de forma que a autoridade monetária seja obrigada a buscar a mais alta taxa de crescimento compatível com a obtenção da meta de inflação no médio-prazo (dois a três anos); (d) As decisões do Banco Central possam ser anuladas, em situações extremas, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
Legal, bacana, um artigo interessante e lúcido, mas... ,

Cadê a discussão do restante implícito na parte marcada em vermelho?!?! É só isso de novo, BC, BC, BC, e o resto que se dane?

Sem considerar todo o restante do arcabouço econômico, financeiro e legal do país discutir apenas a independência ou não do banco central (obviamente dentro de parâmetros razoáveis, sem exageros como entregar o BC aos sindicatos ou vendê-lo a algum banco privado) não passa de firula. Com tantos problemas que temos um BC que busca um equilíbrio um pouco mais para lá ou um pouco mais para cá entre a taxa de crescimento e a inflação usando como ferramenta apenas o ajuste da Selic vai fazer tanta diferença quanto um balde a mais ou a menos para tirar água do porão do Titanic :roll: .

É isto que eu tenho apontado nos meus posts sobre o assunto. Discutir o BC é legal, mas é uma gota em um oceano de coisas que precisam ser discutidas e que ninguém nem menciona. Parece que acabou virando uma cortina de fumaça atrás da qual os candidatos escondem o que realmente acham e pretendem fazer em termos de política econômica, ou a sua abjeta ignorância do assunto e absoluta falta de ideia do que fazer :? .


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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4682 Mensagem por Bourne » Dom Set 21, 2014 5:04 pm

Homi, não dá para tratar tudo de uma vez só e nem esquecer elementos que são importantes. Por isso que existem que trabalham com coisas diferentes e tem especialidades diferentes.

A tema BC independente apareceu devido ao marqueteiro da Dilma colocou pilha e terrorismo para atacar Marina Silva. Ao mesmo tempo em que justifica a intervenção na estrutura operacional do BACEN durante a gestão Dilma e blinda contra critica o fato da inflação bater 6%, acima da meta e a equipe do BC ter virado piada. é como se dissesse publicamente que intervem e vai intervir na estrutura operacional do BC para proteger a população

É claro que criou problemas sérios para 2015 e 2016, a inflação vai continuar alta e pessoal não para de especular. Imagina o tamanho do problema que o novo ministro da fazenda e presidente do BC vão receber. Embora se o objetivo foi ganhar eleição em outubro pode ter ajudado. :|




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4683 Mensagem por Bourne » Dom Set 21, 2014 6:51 pm

Indicações do que virá em 2015/2016
Dilma já estuda ajustes na área fiscal e cambial

Fonte http://exame.abril.com.br/economia/noti ... e-cambial/

Entre as medidas cogitadas pela presidente está o fim dos atrasos nos repasses de recursos do Tesouro Nacional e desvalorização maior do real,

Brasília - Pressionada a adotar uma estratégia mais amigável ao mercado, mas sem renunciar ao "apetite" desenvolvimentista, a presidente Dilma Rousseff já começou a definir os direcionamentos da política econômica para um eventual segundo mandato. O Estado apurou que ajustes importantes serão feitos na condução da economia no campo fiscal, de infraestrutura e cambial. Depois de 8 anos e 6 meses de Guido Mantega, o Ministério da Fazenda trocará de mãos, como já antecipou a presidente. Embora Dilma proíba qualquer discussão na campanha quanto a nomes de substituto, o próprio governo avalia algumas propostas. Uma delas seria a colocação de um empresário para comandar a Fazenda, num plano que seria amarrado com a elevação do Ministério do Planejamento para a linha de frente macroeconômica. "Dividir um pouco o poder e colocar duas vozes com força para defender a economia", segundo um auxiliar presidencial afirmou, em entrevista gravada.

A política fiscal vai mudar. No Palácio do Planalto e também no Ministério da Fazenda há um consenso de que devem ser terminadas as operações chamadas nos bastidores de "duvidosas", como os atrasos nos repasses de recursos do Tesouro Nacional à Caixa e à Eletrobras promovidos para melhorar pontualmente as despesas federais.

Há na campanha presidencial, no Planalto e também na Fazenda uma visão de que o governo deve apresentar em 2015 um esforço de recursos muito inferior no ano que vem, na faixa de 1% a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa meta seria considerada "realista", diante do quadro atual: as receitas estão em baixa e o PIB está saindo de uma recessão. "Se não conseguimos chegar a 1,9% do PIB em 2014, como aumentar em 2015? É preciso ser realista", disse fonte graduada do governo.

Questionado sobre o assunto para esta reportagem, Mantega afirmou que não concorda com a definição de uma meta fiscal menor para o ano que vem. "Não concordo. O caminho agora é de um aperto fiscal maior no ano que vem, como forma de abrir espaço para o corte de juros", disse. Mas o ministro não fará parte de um eventual segundo mandato de Dilma.

Segundo o professor Luiz Gonzaga Belluzzo, que esteve com Dilma na quarta-feira em Campinas, o debate sobre a política fiscal "está distorcido" na campanha presidencial. "Parece que é fácil fazer um superávit fiscal com economia crescendo a zero. A austeridade não resolve o problema do crescimento, mas agrava, como vemos na Europa. O momento é outro. Quando a economia voltar a crescer, é claro, o esforço fiscal deve aumentar mesmo", disse.

Câmbio

Segundo outro conselheiro presidencial, Dilma entende que o real deve se desvalorizar mais para poder trazer competitividade para a indústria brasileira. No entanto, tendo a mudança de política do Fed (o banco central dos EUA) colocada para 2015, a presidente pode aguardar os reflexos disso no Brasil para promover a desvalorização desejada apenas aproveitando a "janela de oportunidade".

Quando o Fed voltar a elevar os juros nos Estados Unidos, o fluxo de capitais hoje concentrado nos países emergentes, como o Brasil, deve se inverter e fluir para os EUA, provocando uma desvalorização das moedas. Foi o que ocorreu no fim de 2013, quando o Fed começou a sinalizar este cenário.

Antes disso, entre o fim de 2011 e o início de 2013, o próprio governo Dilma perseguiu uma desvalorização da moeda brasileira. De acordo com Mantega, é "arriscado fazer ajustes muito fortes em 2015, porque a indústria também importa insumos e pode ser impactada com uma desvalorização maior".

Propostas

Estuda-se no governo a separação entre a Receita Federal e a Aduana. A ideia tem sido defendida internamente por Alessandro Teixeira, um dos coordenadores do programa do PT na eleição presidencial. Homem de confiança de Dilma, ele foi secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento nos dois primeiros anos de mandato, antes de assumir cargo no Planalto.

A proposta é que, fora do guarda-chuva da Receita, os técnicos da Aduana poderiam ganhar mais autonomia e atuar mais fortemente na defesa dos exportadores brasileiros. Ao mesmo tempo, a Receita poderia ficar focada na arrecadação tributária, área onde a presidente Dilma Rousseff entende ser possível modernizar, para tornar o Fisco mais "amigável" e ágil no trato com o contribuinte. Ainda há resistências quanto a esta separação.

Na área de infraestrutura, o governo já tem definido que, se consórcios privados manifestarem interesse, os aeroportos de Salvador (BA), Recife (PE), Vitória (ES) e Curitiba (PR) podem ter seu controle transferido das mãos da Infraero. No máximo dois entre esses 4 terminais seriam leiloados. O governo avalia abrir a licitação ainda no fim de 2015, de forma a colher resultados no fim do próximo mandato.

O governo também garante ter sinal verde dos bancos privados quanto ao modelo de financiamento e operacionalização das concessões de ferrovias. De acordo com uma fonte, a presidente pode anunciar os primeiros leilões ainda em novembro, em caso de vitória nas eleições.

Na área de portos, o Planalto mantém o tom de indignação com o TCU que, segundo um auxiliar presidencial, "travou totalmente" o setor por dois anos. "Passadas as eleições, o TCU haverá de liberar, porque a razão da trava terá acabado."

O governo teme as consequências de uma mudança na política monetária nos Estados Unidos, que provavelmente ocorrerá em 2015. As concessões de infraestrutura, na visão do governo, devem "voar" justamente para criar um canal paralelo de entrada de dólares no Brasil. "A insegurança de cenário será em 2015. Quando o mercado se estabilizar quanto ao Fed, o quadro deve ser outro a partir de 2016", disse um economista que já participou do governo federal.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Se for empresário no Ministério da Fazenda é por que nenhum dos outros nomes técnicos (experiência acadêmica e de governo) topou os termos. Pelo menos não vão por outro cachorro louco para dar show na fazenda como Mantega atualmente faz.

O resto necessário. Veremos se a chefe consegue desenterrar.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4684 Mensagem por Bourne » Seg Set 22, 2014 4:48 pm

:oops:
Economistas ligados a presidenciáveis batem boca em seminário da FGV

Fonte? http://economia.uol.com.br/noticias/reu ... da-fgv.htm

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Economistas ligados aos três principais candidatos à Presidência da República entraram no clima eleitoral faltando duas semanas para a votação e promoveram um verdadeiro bate-boca nesta segunda-feira em uma seminário promovido pela FGV.

O ponto de partida para a troca de farpas foi a discussão em torno do baixo crescimento da economia brasileira no governo Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT.

Marcio Holland, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, justificou o fraco desempenho da economia colocando a culpa nos efeitos da crise global.

A visão do integrante do governo foi contestada pelo economista Samuel Pessoa, ligado ao candidato do PSDB, Aécio Neves.

Segundo Pessoa, no governo Dilma foram cometidos erros gerenciais e administrativos que inibiram a capacidade de crescimento da economia brasileira.

Para o economista tucano, o governo vem fazendo uma "política de esparadrapos", ou seja, tentando curar problemas de ordem econômica no dia a dia.

“Dizer que a culpa é da crise mundial não faz sentido”, afirmou Pessoa.

O economista Marco Bonomo, ligado à candidata Marina Silva (PSB), criticou a falta de independência do Banco Central e a relação com as taxas de juros e inflação. Ele também atacou o expansão dos gastos dos bancos públicos sem o devido retorno para o crescimento da taxa de investimento do país.

“Ouvindo o Marcio falar parece que estamos em outro país, que nada de errado ocorreu e foi tudo maravilhoso. Quando penso no futuro governo, temos uma herança maldita na economia. Falta transparência, não se sabe ao certo o que é contabilidade criativa, pedaladas e não se sabe quais esqueletos virão“, afirmou.

A reação de Holland foi imediata, aumentando o tom do debate, que virou um bate-boca.

“O Samuel (Pessoa) ainda acredita em Milton Friedman, que ganhou Nobel de economia em 1968, escreveu bons trabalhos, nos anos 70 teve alguma contribuição, mas de lá para cá houve modernização da teoria econômica muito superior a essa... o Samuel já teve mais rigor científico”, afirmou o secretário, causando surpresa na plateia.

“(Bonomo) você não entende as políticas de empréstimo do BNDES. Não temos no Brasil mercado privado de longo prazo para financiar e você diz que os gastos do BNDES são inúteis. Sobre independência do Banco Central... o assunto não é tão trivial como parece. Foi uma apresentação um pouco ingênua”, acrescentou, ao citar a falta de dados na explanação do economista ligado à candidata do PSB.

A réplica dos economistas opositores ao governo ganhou contornos de debate eleitoral.

”Imagino que o Márcio (Holland) está numa posição desconfortável. Sempre que a gente está num debate público e enfrenta uma discordância e a forma de enfrentá-la é sugerindo que seu oponente é ignorante ou lê pouco é um sinal que estamos em maus lençóis”, afirmou, sob aplausos, o economista tucano, que em tom de provocação encerrou sua participação afirmando que continuará lendo e aprendendo com as teorias econômicas de Friedman.

O economista Marco Bonomo, próximo à Marina, acrescentou que ficou surpreso com a postura de Holland, ex-colega de FGV.

“Eu quando estava fazendo esta apresentação sobre Banco Central independente me lembrei da propaganda da Dilma na TV e me perguntei: será que ele não fica constrangido com programa que diz que banqueiro vai tirar dinheiro das crianças pobres? Confesso que estava bastante errado”, afirmou.

Em meio a troca de farpas e acusações, o secretário do governo parou sua defesa para atender uma chamada em seu celular. Holland se ausentou da mesa principal por alguns minutos, o que fomentou brincadeiras e perguntas da plateia se ele ainda permanecia no cargo.

Ao final, Holland disse apenas que se ausentou para atender uma “ligação de trabalho”.

(Por Rodrigo Viga Gaier)




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4685 Mensagem por zela » Seg Set 22, 2014 10:05 pm

Governo reduz previsão para o PIB e usa manobras para cumprir meta fiscal
Por Dinheiro Público & Cia
22/09/14 17:50



O governo Dilma Rousseff reduziu a projeção para o crescimento econômico e adotou duas manobras na tentativa de fechar as contas do Tesouro Nacional neste ano eleitoral.

A estimativa oficial para a expansão do PIB, que era de 2,5% no início do ano e já havia caído para 1,8%, passou a 0,9%. Ainda assim, é otimista na comparação com as previsões do mercado, que estão em torno de 0,3%.

A debilidade econômica também significa menor margem de aumento da arrecadação tributária, como indicou o relatório bimestral de avaliação do Orçamento, divulgado nesta segunda-feira (22).

Para reforçar o caixa, o governo decidiu utilizar R$ 3,5 bilhões em recursos do Fundo Soberano, uma espécie de poupança criada em 2008 para investimentos e aplicações financeiras. A maior parte do dinheiro já havia sido utilizada para fechar as contas de 2012.

Além disso, houve recuo na intenção de elevar os subsídios à conta de luz de R$ 9 bilhões para R$ 13 bilhões. Trabalha-se agora novamente com o valor original.

No início do ano, quando tentava recuperar a credibilidade de sua política econômica, o governo prometeu poupar R$ 80,8 bilhões para o abatimento da dívida pública. Foi uma forma de demonstrar que os gastos não sairiam do controle com o calendário eleitoral.

Essa poupança viria da diferença entre receitas de R$ 1,088 trilhão e despesas de R$ 1,007 trilhão com pessoal, programas sociais, custeio administrativo e investimentos.

A receita, porém, estava claramente superestimada: contava-se com uma expansão de até 3,5% na arrecadação dos principais impostos e contribuições sociais. Com a economia entre a estagnação e a recessão, a arrecadação caiu 0,2% nos primeiros sete meses do ano.

Para cumprir a meta fiscal sem manobras, o governo deveria cortar gastos à medida que fossem observados os dados da receita abaixo do esperado. Em vez disso, no entanto, divulgou previsões de que recursos extraordinários seriam suficientes para fechar as contas.

Esses recursos viriam do programa de parcelamento de dívidas em atraso com o fisco, relançado neste ano.
Fonte: http://dinheiropublico.blogfolha.uol.co ... ta-fiscal/




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4686 Mensagem por Bourne » Ter Set 23, 2014 2:07 pm

Uma estimativa precisa para o produto (comportamento setorial, regional, desemprego, etc...) são importante para planejamento da politica fiscal. Por que mexe na arrecadação e gastos.

Para isso, no Brasil, o IPEA foi criado. Obvio que não acerta 100% por não ter o dom de ver o futuro, mas tem dados, metodologia, modelos e pesquisadores para chegar o mais perto possível. De preferencia e por parcimônia coloca números abaixo do estimado para evitar decepções e problemas de planejamento. Ou seja, muito pior faltar do que sobrar.

O que isso tem a ver com a matéria? Oras pois, não adianta manobrar sem resolver o problemas, o estrago esta feito e gera mais instabilidade que reverte em inflação e falta de investimento la na frente. Desdo do fim do ano passado o cenário era de crescimento modesto.

O IPEA tinha na mãos esses dados e o governo ignorou e colocou 2,5. Para 2015 e 2016 a pratica se mantem. A motivação [e que serve para aprovar e justificar um orçamento maior do que o possível, devido ao crescimento da arrecadação. O problema não estourar o orçamento, mas maquiar e achar números mágicos para dizer que esta cumprindo. As pessoas não são bobas e as empresas/bancos tem equipes que analisam cenários para traçar estrategias de negócios.

O que se esperava era admitir que existe desajuste nas contas e anunciar um plano de retorno no longo prazo, com números e metas realistas. isto [e, não precisa mudar a prova para tirar tirar 7, mas admitir que esta ruim e precisa estudar mais para corrigir o problema ao longo do tempo. Ao longo do tempo realmente faze-lo e mostrar que esta fazendo. Essa [e a logica básica das politicas anti-cíclicas e por que não geram problemas em países desenvolvidos como inflação.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4687 Mensagem por mmatuso » Ter Set 23, 2014 3:03 pm

Pois é, essa gente fica tentando enganar a todos, no fundo eles não enganam nem a si mesmo.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4688 Mensagem por Bourne » Ter Set 23, 2014 3:51 pm

Falta a coleira e mão firme d pessoal que ficou com eles ate 2008/2010. Eles estão magoados ate hoje com a Dilma e grupo que ele protege, pois alertavam para os possíveis problemas nas discussões internas naquele tempo.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4689 Mensagem por Bourne » Qua Set 24, 2014 1:22 pm

Fundo Soberano ficará quase zerado com uso de R$ 3,5 bilhões (O Globo, 24-09-2014)

Fonte: http://jlcoreiro.wordpress.com/2014/09/ ... 4-09-2014/

BRASÍLIA, RIO, NOVA YORK E CURITIBA – A decisão de sacar R$ 3,5 bilhões do Fundo Soberano (FSB) para ajudar a fechar as contas de 2014 vai deixar essa poupança praticamente zerada. Segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o patrimônio líquido do Fundo era de R$ 3,8 bilhões até 22 de setembro. A queda das ações do Banco do Brasil este mês por causa do clima eleitoral provocou, ainda, tombo de 10,7% no patrimônio do FSB até a última segunda-feira. Com o saque, o montante ficará em apenas R$ 300 milhões. Para economistas, essa estratégia de política fiscal é equivocada, pois o governo está abrindo mão de uma reserva importante para momentos de crise em vez de fazer um corte efetivo de gastos.

O economista da Fundação Getulio Vargas Gabriel Leal de Barros diz que, embora o saque de recursos do FSB seja legal, ele reflete a fragilidade das contas públicas e a dificuldade que o governo enfrenta para cumprir a meta de superávit primário, a economia para o pagamento de juros da dívida pública.

— É uma clara evidência de que o governo está realmente sem opção para fechar as contas. É a raspa do tacho. Zerar o fundo mostra realmente que a situação está bem mais complicada e dramática do que poderia ser — afirmou. — Se retirarmos todas as receitas extraordinárias, o governo central fará esforço fiscal zero. Todo o esforço fiscal do governo central este ano será alcançado por meio de receitas extraordinárias. No passado, a gente fazia três pontos percentuais do PIB.

Para o professor de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) José Luis Oreiro, o governo não vai fechar as contas este ano porque a economia está crescendo pouco.

— Não tem como fazer mágica e a variável de ajuste é o superávit primário — afirmou, acrescentando que, desde 2012, o governo vem tomando medidas para esconder a dificuldade que enfrenta para cumprir as metas fiscais. — O que mais agrava é a tentativa de esconder esse fato. Fica pior para o governo, que não engana e passa por mentiroso.

Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu o uso do FSB, criado em 2008, no auge da crise global, com patrimônio de R$ 14,2 bilhões:

— Não tem nada mais legítimo do que usar o fundo. Ele é uma poupança primária que fizemos em 2008. Portanto, ele é perfeitamente utilizável. Eu não vejo qual é a complicação nisso.

DILMA ESTRANHA REAÇÃO

Em Nova York, a presidente Dilma Rousseff afirmou que é “estranhérrimo” e “estarrecedor” o modo como o saque repercutiu no Brasil. Segundo a candidata do PT à reeleição, o mecanismo foi criado para a situação corrente, em que o país, e consequentemente a arrecadação, está crescendo menos. Para ela, irresponsabilidade teria sido gastar o dinheiro em outra situação:

— Nas vacas gordas, você tem dinheiro. Nas vacas magras, tem menos dinheiro. Um fundo soberano, criado em 2008 porque tivemos uma arrecadação e todo um desempenho a melhor, foi feito para ser usado quando? Quando o país precisasse, porque ele tem característica contracíclica, e foi criado exatamente assim. É estarrecedor que questionem o uso do fundo quando o país cresce menos do que crescia quando o Fundo foi formado. Ele foi feito para isso.

A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, disse, em Curitiba, que o uso do FSB põe em risco a estabilidade da economia. E afirmou que o país foi atingido por um tsunami, em alusão à frase do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que a crise de 2008 chegaria no Brasil como “uma marolinha”.

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— O uso do fundo para socorrer as contas do governo é demonstração de que esse governo está comprometendo o desenvolvimento e a estabilidade.

Em Niterói, o candidato Aécio Neves (PSDB) afirmou que a gestão petista busca recursos do FSB para fechar as contas porque o país parou de crescer:

— No momento em que esse governo demoniza por dez anos a parceria com o setor privado, ela afasta os investimentos. (Colaboraram Rennan Setti, Flávia Barbosa, Isabel De Luca, Sérgio Roxo e Letícia Fernandes)




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4690 Mensagem por mmatuso » Qua Set 24, 2014 2:59 pm

Receita do governo quando a arrecadação de impostos é ultrapassada pelos gastos "miseráveis" deles = aumentar impostos + fazer ginástica contábil

Por isso que esse país tem um futuro imediato bastante sombrio se continuar na mão dessa gente.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4691 Mensagem por Grep » Qua Set 24, 2014 11:26 pm

mmatuso escreveu:Receita do governo quando a arrecadação de impostos é ultrapassada pelos gastos "miseráveis" deles = aumentar impostos + fazer ginástica contábil

Por isso que esse país tem um futuro imediato bastante sombrio se continuar na mão dessa gente.
Seja mais preciso, var quebrar em alguns meses? Ano que vem?

Quero estar preparado.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4692 Mensagem por Bourne » Qui Set 25, 2014 9:43 am

:twisted:

Quebrar não. A não ser que a crise internacional venha forte. Porem, tenha certeza que a tesoura vem forte em 2015, isso [e certo. A sociedade vai pagar a conta.

Os membros chefes (mantega, o Trombine e, principalmente, o secretario do tesouro) conseguiram o feito de romper a margem de segurança para politicas anticíclicas contruida ao longo da década de 2000s. Era para ser usada e, em seguida, reconstruída para uma eventual crise que vira um dia. Usar o fundo soberano no atual momento [e uma aberração. Praticamente, acabou com o fundo para fechar contas correntes.

Isso não posição de politicagem ou delírios da empirius (aquela consultoria picareta), mas opinião comum de qualquer economista seria. Seja ortodoxo ou heterodoxo, de oposição ou situação, ate mesmo entre os expurgados do governo pela Dilma. Menos para a Dilma e os escolhidos dentro do governo que vivem no mundo da fantasia.

Inclusive esses dias ouvi dois petistas. Um ex-membro do ministério do trabalho, passou por um monte de cargo no tesouro, Banco do Brasil, MEC e outros que fez parte do expurgo de 2008 e 2010. Eles estão escrevendo um livro sobre economica brasileira, atualizando na verdade. A retrospectiva do governo FHC e Lula foi tranquila, mas não conseguem escrever a retrospectiva do governo Dilma. Por que não concorda e não suportam a politica econômica da Dilma. Principalmente com as distorções nos projetos que ele tinha participado e tinha discutido.

Eu tenho passado petista, tal como muitos que criticam. :oops: :(




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4693 Mensagem por mmatuso » Qui Set 25, 2014 10:38 am

Bourne já vem nos alertando aqui sobre os desmandos dessa turma vermelha no comando do país.

Se eu soubesse quando vai quebrar meu nome seria mãe Dinah e eu estaria morto.

Como não sou a grande analista econômica/social só posso dizer que quem pagar para ver verá o país se tornar uma segunda Venezuela ou até cuba.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4694 Mensagem por rodrigo » Qui Set 25, 2014 11:46 am

Não vamos quebrar. Seria um alívio. Vamos sentir a corda apertando o pescoço lentamente, com os aumentos tarifários que vêm aí. A derrama continua, juntando com o apadrinhamento de milhares de petistas no governo, e a máquina burocrática só cresce e piora de qualidade.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#4695 Mensagem por cassiosemasas » Qui Set 25, 2014 6:18 pm

Em suma; Dona "Vana" criou um monstro econômico insano...onde a cada declaração do ministro da fazenda, percebe-se o quão fora da casinha esta essa equipe....é uma pena mas é bem por ai...não creio que o país vá quebrar, mas teremos tempos difíceis pela frente....uma nova Cuba ou Venezuela, não....ainda tem que se fazer muita merda para se chegar nesse estágio...até mesmo porque isso não envolve só economia, existem outros aspectos, nas nações supra citadas que ainda não conseguimos igualar....




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