Fórum Defesa Brasil

Perfeito, Rodrigo.

Acabei de ver o início de uma campanha patrocinada pela Rede Globo, contra o consumo de tóxicos, na rabeira do documentário de ontem no Fantástico (que eu não vi, mas bem posso imaginar).

Aí, eu tive uma ídéia: e se a Rede Globo exigir teste de sangue de todos os atores e atrizes do seu núcleo de novelas?

Quem aparecer com traços de cocaína e outras "inas", fica de fora da telinha.

Não é legal?

Ah, eu me esqueci! Isso é inconstitucional. E eu sou mesmo um monstro fascista e desumano.

Clermont, quem vai te chamar de fascista e desumano são as donas-de-casa, pois, a ser implementada tua idéia, acabam as novelas por falta de artistas...

Caro Renato Grilo, o Rodrigo já respondeu muito bem a suas perguntas. Vou acrescentar algo.

Renato Grilo escreveu:Alguém assistiuo o documentário Falcão - Garotos do Tráfico, no fantástico?
Agora, sinceramente, sem demagogia, protecionismo, ou baboseiras.... Será que não existe uma forma de nos mobilizarmos para cobrar ações para tentar amenizar esses problemas? Sei lá.... temos centenas de formadores de opinião no fórum, espalhados pelo Brasil inteiro e de diversas profissões.

Sinceramente, há duas maneiras de fazer algo. A primeira seria o óbvio, ou seja, lutar para tornar o Estado mais eficiente, já que essas vidas desperdiçadas são causadas pelo fato de que crianças são abandonadas à própria sorte, tornando-se animais. Uma social-democracia moderna poderia resolver o problema em algumas décadas. Mas vendo a paixão de boa parte da população por Lulla, eu sinceramente acho que essa primeira opção não vai funcionar, a não ser que seja dado um basta em outubro.

A segunda opção é agir sozinho, coisa que muitas dondocas e peruas fazem: juntar meia dúzia de endinheirados e criar uma escola integral privada filantrópica, para manter as crianças sãs, ocupadas, longe das drogas, estudando. Essa nunca foi uma opção que me atraiu. Sempre esperei poder influenciar a modernização das instituições públicas, através do voto, do debate, do engajamento. Mas ultimamente, vendo Lulla esbanjando popularidade (não nos enganemos pelo DB), tenho prestado mais atenção às iniciativas privadas. Uma instituição que cuida de 100 crianças estará livrando a nós e a nossos filhos de quantos traficantes, estupradores, latrocidas?

O terceiro comentário é o mais contundente: a liberação das drogas poderia acabar com o poder do tráfico rapidamente, ao mesmo tempo que gera dinheiro que pode ser revertido para educação, saúde, segurança. Mas isso geraria um fórum à parte.

Vi o documentário ontem, e realmente achei muito bom. Mostra que temos um problema seríssimo nas mãos.

Concordo com o Rodrigo(e, aliás, já disse outras vezes): NÃO há solução puramente militar para o problema das favelas. Apenas multiplicamos o exército do tráfico aplicando pura força. Além do mais, ontem ficou provado o terrível regularidade que ocorrem propinas para policiais "deixarem nóis trabalhar", na linguagem de um falcão. O que demonstra que alguns agentes que deveriam aplicar tal força não cumprem a sua missão.

Temos que desesperadamente integrar essas pessoas na sociedade.

O poder do tráfico tenderá a diminuir muito se a população da região tivesse condições dignas. Tenho pra mim ser praticamente impossível impedir que as drogas cheguem na favela, em virtude da falta de pessoal, do tamanho das fronteiras e da corrupção presente em muitos postos de fiscalização. Então, se não podemos acabar com a oferta, tentemos reduzir drasticamente a demanda.

Como? Bem, acho que até o governo aceita sugestões.

Abraços

César

VICTOR escreveu:O terceiro comentário é o mais contundente: a liberação das drogas poderia acabar com o poder do tráfico rapidamente, ao mesmo tempo que gera dinheiro que pode ser revertido para educação, saúde, segurança. Mas isso geraria um fórum à parte.

Tenho sérias reservas quanto a isso aí. Hoje a gente libera as drogas, amanhã o estupro, a seguir a pedofilia, sei lá, por mais meritório que pareça o fim, Aldous Huxley ensina, em 'Os Demônios de Loudun', e repete em 'A Filosofia Perene', que meios intrinsecamente maus não conduzem - de modo algum - a fins intrinsecamente bons. Talvez essa seja uma das razões mais importantes que me mantém fiel à Democracia, mesmo nessa josta em que anda o nosso País, pois alguma revolução só pioraria as coisas... Por quê? Oras, não creio que algo mau como uma guerra entre irmãos possa conduzir a algo bom e, por conseguinte, desconfio profundamente dos 'ideólogos' que a pregam.
Já vi mais gente boa aqui propor isso aí, de descriminalização, são gente direita que nem tu, mas estão enveredando por um caminho BEM pedregoso...

Uma proposta radical, que eu gostaria de ver implementada, seria a liberação do comércio dos entorpecentes. E um dos documentos que todos os candidatos a concurso público, emprego em empresa privada, para tirar passaporte, para admissão em universidade e etc. seria um certificado de exame de sangue, com negativo para uso de drogas.

Se é que eu entendi direito, Rodrigo, é algo tipo 'pode mas num pode'? Até que achei interessante...hehehehhehehehehehhheh

VICTOR escreveu:Caro Renato Grilo, o Rodrigo já respondeu muito bem a suas perguntas. Vou acrescentar algo.

Renato Grilo escreveu:Alguém assistiuo o documentário Falcão - Garotos do Tráfico, no fantástico?
Agora, sinceramente, sem demagogia, protecionismo, ou baboseiras.... Será que não existe uma forma de nos mobilizarmos para cobrar ações para tentar amenizar esses problemas? Sei lá.... temos centenas de formadores de opinião no fórum, espalhados pelo Brasil inteiro e de diversas profissões.

Sinceramente, há duas maneiras de fazer algo. A primeira seria o óbvio, ou seja, lutar para tornar o Estado mais eficiente, já que essas vidas desperdiçadas são causadas pelo fato de que crianças são abandonadas à própria sorte, tornando-se animais. Uma social-democracia moderna poderia resolver o problema em algumas décadas. Mas vendo a paixão de boa parte da população por Lulla, eu sinceramente acho que essa primeira opção não vai funcionar, a não ser que seja dado um basta em outubro.

A segunda opção é agir sozinho, coisa que muitas dondocas e peruas fazem: juntar meia dúzia de endinheirados e criar uma escola integral privada filantrópica, para manter as crianças sãs, ocupadas, longe das drogas, estudando. Essa nunca foi uma opção que me atraiu. Sempre esperei poder influenciar a modernização das instituições públicas, através do voto, do debate, do engajamento. Mas ultimamente, vendo Lulla esbanjando popularidade (não nos enganemos pelo DB), tenho prestado mais atenção às iniciativas privadas. Uma instituição que cuida de 100 crianças estará livrando a nós e a nossos filhos de quantos traficantes, estupradores, latrocidas?

O terceiro comentário é o mais contundente: a liberação das drogas poderia acabar com o poder do tráfico rapidamente, ao mesmo tempo que gera dinheiro que pode ser revertido para educação, saúde, segurança. Mas isso geraria um fórum à parte.

Tenho algumas dúvidas com relação à 1ª opção:
Qual seria a opção para a mudança?
Lula? Dispensa comentários a favor e/ou contra.
Alkimin? O que ele fez em São Paulo para alterar a situação da segurança pública? A criminalidade lá é de igual intensidade ao Rio. Só não tem a mesma propaganda. Caso eleito deverá seguir a mesma cartilha de economia seguida pelo Lula, que por sua vez seguiu a do Fernando Henrique, que por sua vez seguiu a dos que criaram o plano real - talvez com uma alteraçãozinha aqui e outra ali. As ações sociais criadas pelo Lula - inúteis por não passarem de distribuição de esmolas - serão desmontadas. Não sei se colocará outras no lugar - seu partido não é muito fã de política social. Sua passagem pelo governo paulista não foi muito propagada, o que o torna um ilustre desconhecido.
Garotinho? Precisa falar alguma coisa? Isto é uma piada de mau gosto armada por uma ala do PMDB.
Heloisa Helena? Sem chances. Quem garante que se for eleita seguirá, ou não, a cartilha que defende? Ainda é uma incógnita. Até agora tem demonstrado honestidade, garra e fidelidade à sua ideologia. Não inspira confiança aos alavancadores de uma candidatura - financiadores de campanha, apoios políticos, jornalistas, entidades de classe, etc.
Roberto Freire? Também sem chances. Os outros candidatos? Fora de foco nas pesquisas.
A 2ª opção, desde que séria, considero-a válida. Mas como um complemento da 1ª opção, após a implementação de uma política eficaz que dê amparo, educação, sustentabilidade e dignidade à população. Isto dará, também, alguma utilidade à classe endinheirada.
Uma opção está apontando no horizonte, apesar de eu ser veementemente contra. Uma revolução popular. Aí vai ser um Deus nos acuda! Salve-se quem puder! Os ingredientes para isto acontecer estão todos postos na mesa. Só está faltando alguém para misturá-los. A população já está no limite da tolerância com os desmandos e descontroles acontecendo por todos os lados. O descaso com que as autoridades estão tratando os acontecimentos. As prioridades sendo subvertidas pela classe política, onde a ordem do dia é de derrubarem o Lula e conseguirem se reeleger a qualquer custo . Já temos uma "célula" reiniciando seus movimentos para impor suas "vontades" a ferro e fogo - o MST. O tráfico de drogas e armas, com quem já temos uma situação de guerrilha urbana, caminhando a passos largos na constituição de um quarto poder.
As esperanças são que os responsáveis acordem e mudem o rumo de suas políticas e prioridades. Infelizmente, eu só tenho a esperança. Crença? Com esta corja que está distribuída nos Três Poderes e em nossas "elites"?
Nossa única e válida opção de escolha, o voto, a meu ver, é limitada. Não é a vontade popular quem escolhe os candidatos. Estes são escolhidos pelos partidos que espelham, nada mais/nada menos, a vontade de seus líderes. Desta "democrática" lista é que o povo escolhe o seu governante e aqueles que vão representá-lo para o bem ou para o mal. As renovações acontecidas neste sistema são pequenas. De uma maneira geral o que existe é uma perpetuação dos quadros políticos.
Deixo bem claro aqui que não sou uma das "trombetas do apocalipse", mas simplesmente um cidadão descrente. Sou um otimista e minhas esperanças sempre estão em "on" por natureza. O acima exposto é apenas uma parte dos fatos e, na minha insignificante visão, não estou conseguindo enxergar uma saída a curto prazo.

Posso, humildemente, fazer uma proposta?

Gostaria que nosso glorioso Victor abrisse um novo tópico em "Assuntos Gerais" e lá colocasse um texto que ele nos apresentou (em algum lugar desse bat-fórum) sobre o tema da liberação da venda de entorpecentes.

E que fosse convocada a opinião dos amiguinhos europeus, para que possamos saber como a situação dos tóxicos está sendo equacionada em seus países.

Como Portugal e Espanha estão mais próximos de Amsterdã do que o Brasil, talvez eles tenham algumas informações interessantes sobre as casas da luz vermelha (ops), quero dizer, sobre a política atual do governo holandês sobre as drogas. Afinal, a sociedade holandesa melhorou ou piorou com a tolerância ao tóxico?

Lá poderíamos discutir mais detalhadamente o tema "tóxicos".

Palhaçada, o desarmamento das FFAA, recebido por e-mail:

Correio Braziliense
"O Ministério Público Militar (MPM) voltará a recomendar ao Exército que retire seus fuzis de quartéis em que não sejam usados para treinamento. O objetivo é evitar o que aconteceu no Estabelecimento Central de Transporte (ECT), no Rio, de onde foram levados 10 fuzis FAL 7,62 e uma pistola 9mm. Promotores que sugeriram a medida há dois anos acreditam que o armamento, objeto de cobiça de traficantes, torne as unidades vulneráveis. Nos próximos dias, o MPM irá pedir a prisão preventiva dos dois ex-militares suspeitos de roubar o ECT. Eles estão presos temporariamente e devem ser denunciados até o fim da semana. A denúncia será feita antes mesmo da conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM) que apura o roubo. Segundo o promotor, essa medida permitirá que o inquérito seja conduzido com mais serenidade."

Isso é o começo do fim, primeiro retiram os fuzis de unidades pouco operativas, depois inventam mais umas desculpas esfarrapadas e obrigam as FFAA's a estocar todo o armamento.


Um abraço e t+

Pablo Maica escreveu:Isso é o começo do fim, primeiro retiram os fuzis de unidades pouco operativas, depois inventam mais umas desculpas esfarrapadas e obrigam as FFAA's a estocar todo o armamento.


Um abraço e t+

POde ser o final do EB na cidade do Rio de Janeiro.

Temos que desesperadamente integrar essas pessoas na sociedade.

Eu concordo em parte. É preciso dar condições a essas pessoas de se integrar a sociedade sim, mas também é preciso parar de tratar traficante como vitima ou como heroi. Bandido tem que voltar a ser bandido. Os valores estão completamente invertidos. É preciso colocar cada coisa no seu devido lugar. O cara tem que sentir vergonha de ser marginal.

Parece que as únicas pessoas necessitadas de recursos diversos são essas que enveredaram pelo caminho do crime, quando na verdade, a quantidade de pessoas que preferiram permanecer na merda, mas do lado certo da vida é uma imensa e esmagadora maioria. Querer ter coisas é normal, querer ter pai, carinho e uma vida legal,é a aspiração de qualquer ser humano normal. Porém, o fato de não conseguir algumas dessas coisas na minha opinião não pode ser a desculpa para pegar um fuzil e estourar a cabeça de um pai de família num sinal de trânsito. Veja que existem pessoas que continuam desempregadas, passando fome e de uma maneira geral se fudendo, mas não vão para o lado do crime. Querer usar cordãozão de ouro, tênis de marca, comer a menininhas melhores e tal todos querem, eu também. MAs se realmente o problema fosse apenas a tal revolta, eles poderiam se revoltar e roubar da boca, né? Mas não, rouba a otária no sinal, ou o otário que sai do banco, ou aquele outro que mora numa casa com muro de menos de 4 metros de altura e por aí vai. Porque em favela em que o tráfico domina, eles mesmos não assaltam e roubam??????? Porque eles não roubam dinheiro dos bicheiros????? Porque não se assalta uns certos políticos????? Quer dizer que a revolta e a fome é só prá uma parcela da população? Quanto dinheiro um cara desses levanta num assalto à banco? Quanto ganha um cara com o movimento do tráfico?? Não daria prá sair dessa? Ou trabalhar é digamos assim, mais trabalhoso?

Olha, como dizia minha portuguesa avó, nem tanto à terra nem tanto ao mar. Existe sim um componente social, mas vendo aquelas entrevistas, viu-se que muitos, senão todos os menores diziam que iam ficar naquela vida até completar 18 anos, porque? Qual é a mudança mágica da maioridade? É a trolha que passa a entrar fundo. Aliás na minha opinião tinha que entrar mais cedo e mais fundo ainda.

Sabe o que alimenta tudo isso? Impunidade e corrupção, todo mundo viu os caras serem presos e soltos depois de um arrego. Então amigo, não adianta botar escola, creche e o cacete a quatro. Aqui perto de casa tem um conjunto habitacional com água , luz, telefone, esgoto, condução, escola e tudo mais que se prega com a mágica solução social e única salvadora. Tem tráfico do mesmo jeito e forte prá cacete. Com tudo isso socialmente correto. Agora, as motos roubadas e carros idem circulam livremente pelo bairro, por quê? Porque não pode atrapalhar o movimento, o movimento rende muito, então deixa os "garoto" trabalhar, não pode atrapalhar o movimento se não não entra o dinheiro, tem que arregar.


Tá difícil cara, tá complicado prá cacete...